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PublicouClara Felgueiras Fontes Alterado mais de 9 anos atrás
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Turma: NOTURNO - Local: ECA-USP 21 - SETEMBRO - 2015 A NATUREZA DO ESPAÇO Técnica e Tempo, Razão e Emoção 6a. AULA SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4ª edição. São Paulo: EDUSP, 2014. (Col. Milton Santos, 1) [1996]. (Caps. 11 e 12) DISCIPLINA: CBD0229 - DOCUMENTAÇÃO E INFORMÁTICA DOCENTE: Prof. Dr. Marcos Luiz Mucheroni MONITOR PAE: EDISON LUÍS DOS SANTOS
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TECNOPÓLIO = TECNOCIÊNCIA TÉCNICA e IDEOLOGIA Toda ferramenta está impregnada de um viés ideológico, de uma predisposição a construir o mundo como uma coisa e não como outra, a valorizar uma coisa mais que outra, a amplificar um sentido ou habilidade ou atitude com mais intensidade do que outros. (POSTMAN, 1994; 23)
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TECNOCRACIA & TECNOPÓLIO TECNOCRACIA Prevalência das técnicas; subordinação do mundo social e simbólico às exigências do desenvolvimento tecnológico; as ferramentas desempenham papel central no mundo das ideias da cultura; elas desafiam a cultura (tradição, costumes sociais, mitos, política, ritual, religião etc.) para se tornarem a cultura. DA TECNOCRACIA AO TECNOPÓLIO Tecnopólio é a tecnocracia totalitária. É a submissão de todas as formas de vida cultural à soberania da técnica e da tecnologia. (POSTMAN,1994; 61)
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TECNOESFERA X PSICOESFERA TECNOESFERA: é o resultado da crescente artificialização do meio ambiente. PSICOESFERA: é o resultado das crenças, desejos, vontades e hábitos que inspiram comportamentos filosóficos e práticos, as relações interpessoais e a comunhão com o Universo. Características da tecnoesfera RACIONALIDADE, FLUIDEZ, COMPETITIVIDADE Mercado Tirano e Estado Impotente Caminho livre para a circulação do dinheiro Conjunção Tempo, Espaço e Técnica
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TECNOLOGIAS INVISÍVEIS MECANISMOS DE CONTROLE DA INFORMAÇÃO PELO TECNOPÓLIO Burocracia Especialidade Maquinaria técnica TECNOLOGIAS INVISÍVEIS Linguagem Símbolos (Ex.: “Zero” [0]) Estatística Tecnologias disfarçadas e fraudulentas (Testes de QI, pesquisas de opinião, sistemas de classificação, testes de aptidão, cursos acadêmicos etc.)
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Meio técnico-científico-informacional O meio técnico- científico- informacional é a cara geográfica da globalização. (p. 239) É o processo de crescimento da população urbana mais rápido que o crescimento da população rural. Esse processo está diretamente relacionado ao êxodo rural.
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Êxodo rural
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Retirantes (Candido Portinari
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O MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL A ACELERAÇÃO CONTEMPORÂNEA: TEMPO-MUNDO E ESPAÇO-MUNDO > Aceleração contemporânea acrescentou novos itens à história. “É resultado da banalização da invenção, do perecimento prematuro dos engenhos e de sua sucessão alucinante”. (1998: 30) > Presente que foge > Império da imagem = Era dos signos (embaralham porque tomam o lugar das coisas verdadeiras) “O espaço se globaliza, mas não é mundial como um todo, senão como metáfora. Todos os lugares são mundiais, mas não há espaço mundial. Quem se globaliza, mesmo, são as pessoas e os lugares”. (SANTOS, 1998: 31) Fonte: SANTOS, Milton. Técnica espaço tempo: globalização e meio técnico-científico-informacional. 4ª ed. São Paulo: Hucitec, 1998.
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CAP. 11 – POR UMA GEOGRAFIA DAS REDES Redes “Reticule [retícula] faz sua aparição em francês em 1682, no Journal des Savants. É o latim reticulum, redezinha, empregado inicialmente em Astronomia, antes de designar uma bolsinha de senhora (denominada em seguida, por alteração, ridicule [ridícula]) (PARROCHIA, 1993: 7). [...] A palavra reseau [rede] (de résel, Marie de France, séc. XII) é uma variante (com outro sufixo) do francês antigo réseuil (do latim retiolus, diminutivo de retis, “rede”, que também deu origem a rets). Assim, ele designa, primitivamente, um conjunto de linhas entrelaçadas. Por analogia com a imagem de origem, chama-se “nó” da rede a cada intersecção dessas linhas (PARROCHIA, 1993: 5).”
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CAP. 11 – POR UMA GEOGRAFIA DAS REDES À medida que prolifera o se uso, invadindo a esfera do cotidiano e reclamando a atenção dos mais distintos campos das ciências exatas e sociais, a polissemia do vocábulo rede acaba por afrouxar o seu significado, gerando por vezes imprecisões e margens à ambiguidade em função de sua popularidade. [...] Antoine Laurent D’Lavoisier (1743-1794) desenvolveu importantes descobertas no campo da química moderna e apresentou “a verdadeira ciência da ligação e da comunicação das substâncias”, reclamando, na passagem do século XVIII para o século XIX, “instrumentos teóricos que estão na origem do conceito científico de redes” (PARROCHIA, 1993: 21)
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O QUE É UMA REDE? Duas grandes matrizes: MATERIAL SOCIAL / POLÍTICA (SANTOS, 2014: 262) Três sentidos: a)Redes urbanas b)Cartografia (globo) c)Redes hidrográficas, redes técnicas, redes territoriais, redes de telecomunicações (Henry Bakis, 1993: 4)
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>>>> REDE URBANAS: AS CIDADES GLOBAIS As causas da urbanização podem variar dependendo da economia do país: nos países desenvolvidos destaca-se a industrialização; nos países subdesenvolvidos, a invasão das transnacionais, a elevada concentração fundiária e o aumento da mecanização agrícola. CONCEITOS BÁSICOS Conurbação: fusão de cidades Megacidades: aglomerações urbanas com mais de 10 milhões de habitantes Megalópole: espaço conurbado envolvendo metrópoles, cidades médias e pequenas com fortes setores secundário e terciário e intenso fluxo de pessoas, mercadorias e capitais
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AS CIDADES GLOBAIS
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GLOBAL E LOCAL “ Chegamos a um momento da hist ó ria no qual o processo de racionaliza ç ão da sociedade atinge o pr ó prio territ ó rio e este passa a ser um instrumento fundamental da racionalidade social [...] Os lugares, hoje, se diferenciam e hierarquizam exatamente porque são todos mundiais. Os tempos também ”. (SANTOS, 1988: 46-47)
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Cidades Globais são cidades que possuem um razoável grau de influência em nível mundial.
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Tokkaido é uma megalópole localizada no sudeste do Japão. Com população de aproximadamente 45 milhões de habitantes, abrange as seguinte metrópoles: Tóquio, Kawasaki, Nagoya, Quioto, Kobe, Nagasaki e Osaka Tokkaido é a segunda megalópole do mundo.
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Tóquio – Cidade Global Tóquio : 27.242.000 hab.
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Megalópole Bos-Wash BosWash é uma megalópole localizada no nordeste dos Estados Unidos. Com população de aproximadamente 50 milhões de habitantes, é a maior megalópole do mundo, e abrange as seguinte metrópoles: Boston, Nova York, Filadélfia, Baltimore, Washington, DC
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Nova York
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Nova York – Cidade Global
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Washington, DC
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“O endurecimento da cidade é paralelo à ampliação da intencionalidade na produção dos lugares, atribuindo-lhes valores específicos e mais precisos, diante dos usos preestabelecidos. Esses lugares, que transmitem valor às atividades que aí se localizam, dão margem a uma nova modalidade de criação de escassez, e a uma nova segregação. Esse é o resultado final do exercício combinado da ciência e da técnica e do capital e do poder, na reprodução da cidade”. (p. 251). GLOBALIZAÇÃO DA MISÉRIA - SEGREGAÇÃO
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TEMPO CÍCLICO X TEMPO é DINHEIRO ($$$$) TEMPOS RÁPIDOS & TEMPOS LENTOS
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TEMPO DE PESCAR, PLANTAR, COLHER, FESTEJAR... Quilombo do Cambury - núcleo de escravos fugidos organizaram-se em torno da agricultura de subsistência e dos SABERES DA TRADIÇÃO ORAL.
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ESPAÇO NÃO HOMOGÊNIO E INSTÁVEL Londres
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LONDRESInglaterra ESPAÇO NÃO HOMOGÊNIO E INSTÁVEL
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ACELERAÇÃO E ALIENAÇÃO “Afirma-se, ainda mais, a dialética do território, mediante um controle ‘local’ da parcela ‘técnica’ da produção e um controle remoto da parcela política da produção. A parcela técnica da produção permite que as cidades locais ou regionais tenham um certo comando sobre a porção de território que as rodeia, onde se realiza o trabalho a que presidem. Este comando se baseia na configuração técnica do território, em sua densidade técnica e, também, de alguma forma, na sua densidade funcional a que podemos Igualmente chamar densidade informacional”. (SANTOS, 2014: 273).
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Londres
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FLUIDEZ... “ Uma das características do mundo atual é a exigência de fluidez para a circulação de ideias, mensagens, produtos ou dinheiro, interessando aos atores hegemónicos. A fluidez contemporânea é baseada nas redes técnicas, que são um dos suportes da competitividade. Daí a busca voraz de ainda mais fluidez, levando à procura de novas técnicas ainda mais eficazes. A fluidez é, ao mesmo tempo, uma causa, uma condição e um resultado”. (SANTOS, 2014: 274 Objetos e lugares destinados a favorecer a fluidez: oleodutos, gasodutos, canais, autopistas, aeroportos, teleportos, edifícios telemáticos, bairros inteligentes, tecnopolos...
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London Eye: ponto turístico singular em Londres
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Londres - Cidade Global
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Torre de escritórios. Swiss Tower London
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Prédio da Prefeitura de Londres
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A Itália possui grandes diferenças socioeconômicas entre a região norte e a região sul do país. O norte da Itália é altamente industrializado, e onde está localizado o centro financeiro do país, a cidade de Milão.
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Vale do Rio do Pó
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Nápoles é a terceira maior cidade da Itália após Roma e Milão e tem a segunda maior região metropolitana após a de Milão. Nápoles: centro-sul
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SOCIEDADE LOCAL: DIALÉTICA “O lugar é a terceira totalidade, onde fragmentos da rede ganham uma dimensão única e socialmente concreta, graças a ocorrência, na contiguidade, de fenômenos sociais agregados, baseados num acontecer solidário, que é fruto da diversidade e num acontecer repetitivo, que não exclui a surpresa. As redes são um veículo de um movimento dialético que, de uma parte, ao Mundo opõe o território e o lugar; e, de outra parte, confronta o lugar ao território tomado como um todo”. (SANTOS, 2014: 270).
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REDES: CONCLUSÕES PARCIAIS -VIRTUAIS e REAIS -TÉCNICAS e SOCIAIS -ESTÁVEIS e DINÂMICAS -GLOBAIS e LOCAIS -HÍBRIDAS e AMBÍGUAS -TEMPO e MATÉRIA “União das quatro regiões como sendo diferentes: natural, social, global, local (Latour, apud (SANTOS, 2014: 270).
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CAP. 12 – HORIZONTALIDADES E VERTICALIDADES “O todo constituiria o espaço banal, isto é, o espaço de todos os homens, de todas as firmas, de todas as organizações, de todas as ações — numa palavra, o espaço geográfico. Mas só os atores hegemônicos se servem de todas as redes e utilizam todos os territórios. Eis por que os territórios nacionais se transformam num espaço nacional da economia internacional e os sistemas de engenharia criados em cada país podem ser mais bem utilizados por firmas transnacionais do que pela própria sociedade nacional”. (SANTOS, 1988: 53)
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CAP. 12 – HORIZONTALIDADES E VERTICALIDADES “ As segmentações e partições presentes no espaço sugerem, pelo menos, que se admitam dois recortes. De um lado, há extensões formadas de pontos que se agregam sem descontinuidade, como na definição tradicional de região. São as horizontalidades. (cotidiano = forças centrípetas) De outro lado, há pontos no espaço que, separados uns dos outros, asseguram o funcionamento global da sociedade e da economia. São as verticalidades. O espaço se compõe de uns e de outros desses recortes, inseparavelmente. É a partir dessas novas subdivisões que devemos pensar novas categorias analíticas”. (tensões = forças centrífugas) (SANTOS, 2014: 286)
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Mapa da Exclusão
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REFERÊNCIAS POSTMAN, Neil. Tecnopólio - a rendição da cultura à tecnologia. São Paulo: Nobel, 1994. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4ª edição. São Paulo: EDUSP, 2014. (Col. Milton Santos, 1) [1996]. ____. Técnica espaço tempo: globalização e meio técnico- científico-informacional. 4ª edição. São Paulo: Hucitec, 1998, p. 9-72. ____.; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. 3ª edição. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 19-141.
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Tel.: (11)96314-9266 E-mail: edisonlz@usp.bredisonlz@usp.br Site: http://clinicadotexto.wordpress.com/http://clinicadotexto.wordpress.com/ PPGCI – ECA USP Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, prédio 8, sala 9 Cidade Universitária – CEP 05508-020 – São Paulo – SP – Brasil CONTATOS
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