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1 I COLÓQUIO INTERSECTORIAL DE SAÚDE PÚBLICA Antropozoonoses BRUCELOSE Jorge Cordeiro da Costa Chefe de Serviço de Saúde Pública Adjunto do Delegado Regional.

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1 1 I COLÓQUIO INTERSECTORIAL DE SAÚDE PÚBLICA Antropozoonoses BRUCELOSE Jorge Cordeiro da Costa Chefe de Serviço de Saúde Pública Adjunto do Delegado Regional de Saúde do Centro na Sub-Região de Saúde de Leiria jorgecosta@pluricanal.net Coimbra, 28 de Novembro de 2006

2 2 Brucelose (Febre de Malta, Febre ondulante, Febre do Mediterrâneo, Doença de Bang) Doença sistémica com um quadro clínico muito diversificado, de início agudo ou insidioso, caracterizado por febre (contínua, intermitente ou irregular), sudação profusa e dor (artralgias, cefaleias, mialgias). Outros sintomas frequentes: anorexia, astenia, obstipação, náuseas, vómitos, tosse seca, alterações do sono e humor depressivo. Pode assumir formas crónicas, com localizações várias, designadamente, osteo-articulares, no sistema nervoso, uro-genitais, hepato-biliares, cutâneas, respiratórias e outras. Distribuição: Difundida no mundo inteiro, sobretudo nos países europeus e norte-africanos banhados pelo Mediterrâneo, na Ásia Central, México e América do Sul. Como doença profissional entre quem trabalha com animais infectados ou seus produtos, tais como, pastores, agricultores, veterinários e empregados de matadouros. Registam-se casos esporádicos ou surtos epidémicos entre os consumidores de leite e lacticínios (especialmente queijo) sem pasteurização.

3 3 Reservatório: Exclusivamente animal. Gado bovino, suíno, caprino, ovino, equino e canídeos. Modo de transmissão: Contacto directo com animais infectados e seus produtos (sangue, tecidos, urina, secreções vaginais, feto abortado, placenta) ou ingestão de leite não pasteurizado e derivados (leite, requeijão) proveniente desses animais. Período de incubação: Variável, de 5 a 30 dias, podendo estender-se aos 6 meses. Terapêutica: Esquemas terapêuticos de combinação de 2 antibióticos (v.g. associação de doxiciclina + estreptomicina), durante 6 semanas. Seguimento dos doentes, clínica e serologicamente, durante 2 anos. Agente infeccioso: Bactéria do género Brucella, das espécies Brucella Melitensis (gado caprino, ovino e camelos), Brucella Abortus (gado bovino), Brucella Suis (suínos) e Brucella Canis (cães).

4 4 Medidas de prevenção e controle: Educação para a saúde da população. Educação para a saúde dos trabalhadores que lidam com animais potencialmente infectados e sua sensibilização para os perigos associados à manipulação de animais e seus produtos e para a importância da utilização de meios de protecção individual. Rastreios de controlo veterinário e eliminação dos animais infectados. Pasteurização do leite e lacticínios provenientes da vaca, ovelha e cabra. Medidas de controle sanitário da carne. Notificação dos casos de doença humana à autoridade de saúde concelhia. Realização do inquérito epidemiológico, procurando determinar a origem da infecção e quebrar a cadeia epidemiológica. O controlo da brucelose humana baseia-se na erradicação da doença animal

5 5 Incidência: REGIÕES / DISTRITOS2000200120022003200420052006 (até 27/Nov) NORTE 188136 55 31 20 1514 CENTRO 182120 80 49 38 8852 Aveiro 5 3 0 2 4 0 1 Castelo Branco 35 16 12 5 1 3 4 Coimbra 29 34 13 10 5 4 3 Guarda 38 24 28 15 6 10 3 Leiria 11 9 7 1 14 5833 Viseu 64 34 20 16 9 13 8 LISBOA E VALE DO TEJO 50 55 33 16 24 4016 ALENTEJO 64 49 25 30 22 23 8 ALGARVE 20 13 10 6 4 4 PORTUGAL 50737520613911117094

6 6 Surto de Brucelose Concelhos de Batalha, Leiria, Marinha Grande e Porto de Mós – Julho e Agosto / 2005 (54 casos)

7 7 Cronologia das notificações, intervenções e “notícias”: (1) 20 de Junho: - Recepção da notificação do 1º caso de brucelose no concelho da Batalha. - Seguiu-se inquérito epidemiológico que apontou para a fonte de contágio ser o consumo de queijo fresco adquirido no mercado municipal e identificação da vendedora em causa. 24 de Junho: - Comunicação ao veterinário municipal, com intervenção deste junto da vendedora, do mercado municipal e informação institucional (DIV) (rastreio do gado). 11 de Julho: - Recepção de 2 novas notificações de brucelose no concelho da Batalha (entretanto, havia já conhecimento de 1 caso relacionado com a mesma vendedora em Leiria). - Intervenção imediata, conjunta da autoridade de saúde e do veterinário municipal da Batalha, junto da vendedora e seu rebanho. 12 a 26 de Julho: - Aparecimento de novos casos em Batalha, Leiria e Porto de Mós. - Reforço da intervenção médica e veterinária, alargada aos concelhos limítrofes, com alerta aos serviços de saúde e veterinários e medidas de fiscalização e controle. 27 e 28 de Julho: - Notícia na imprensa local. Número de casos: 11 (Batalha, Leiria e Porto de Mós).

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10 10 Cronologia das notificações, intervenções e “notícias”: (2) 30 de Julho: - Notícia no jornal Expresso, em primeira página. Semana de 1 a 6 de Agosto: - Divulgação nacional generalizada do surto de brucelose em Leiria. - Intensa e permanente pressão dos meios de comunicação social (televisões, rádios, jornais). - Grande pressão institucional (saúde, veterinária) e política. - Intenso trabalho de campo (nos intervalos dos relatórios e das entrevistas…) - Identificação da exploração de origem da infecção e intervenção veterinária. Semanas de 8 a 19 de Agosto: - Continuação do aparecimento de novos casos, devido ao alerta médico e da comunidade. - Continuação da pressão dos meios de comunicação social, institucional e política. - Continuação do trabalho de campo (inquéritos epidemiológicos, acompanhamento de casos, articulação inter-serviços e inter-profissionais, intervenções pontuais). - Intervenção da Inspecção-Geral das Actividades Económicas (IGAE). 23 de Agosto: - Conferência de imprensa e comunicado final. Número de casos: 46. Casos notificados até 10 de Setembro: 54

11 11 Total de doentes: 54 - Concelhos atingidos: Batalha (17), Leiria (30), Marinha Grande (2) e Porto de Mós (5) - Grande amplitude da idade dos doentes (entre 2 e 88 anos). - Predominância do sexo feminino (65% - 35 casos). Identificação imediata do veículo de infecção (queijos frescos) e adopção das medidas de salvaguarda da saúde pública (v.g. proibição de comercialização). Dificuldade na determinar a fonte de infecção (por ocultação da parte da vendedora), com identificação tardia do rebanho infectado, só possível após longa e cuidada investigação. Abate sanitário de todo o efectivo. Período de FÉRIAS: Dificuldades de trabalho e de contactos institucionais. Prioridades: - Identificação da origem e do veículo de infecção e interrupção da cadeia epidemiológica. - Articulação com autoridades veterinárias para intervenção (produção e comércio alimentar). - Informação e articulação com os serviços médicos e autoridades. - Comunicação do risco: Transmitir a informação correcta e adequada à comunidade e aos meios de comunicação social (v.g. conter o alarmismo e evitar múltiplas fontes de informação). Em conclusão:

12 12 Surto de Brucelose Matadouro de Leiria - Maio / 2006 (20 casos)

13 13 Cronologia das notificações e intervenções: Semana de 1 a 5 de Maio: - Recepção de 2 notificações de brucelose (Hospital de Santo André – Leiria). Semana de 8 a 12 de Maio: - Recepção de 2 novas notificações de brucelose (Centro de Saúde). - Contacto com médicos notificadores e com administração do matadouro de Leiria. - 12/Mai: Visita ao matadouro para reunião de trabalho. Decisão de realizar análises a todos os trabalhadores (76+7). Inicio das colheitas. Articulação com médico do trabalho da empresa. Semana de 15 a 19 de Maio: - Continuação da realização das análises. - Intervenção conjunta com medico do trabalho (inquéritos epidemiológicos, tratamento de casos). - 15/Mai: Vistoria conjunta com o Serviço de Higiene e Segurança às instalações do matadouro. - 17/Mai: Divulgação pública dos resultados do rastreio e da intervenção. N.º de casos: 15 Semana de 22 a 26 de Maio: - Continuação da realização de inquéritos epidemiológicos e intervenções pontuais. - Articulação com médicos assistentes para apoio e esclarecimento de situações. - 24/Mai: Acção de educação para a saúde e sensibilização aos trabalhadores. Casos notificados até 6 de Julho: 20

14 14 Total de doentes: 20 - Taxa de incidência: 24% (83 funcionários e colaboradores rastreados). - Atingidos diferentes serviços e classes profissionais. - Predominância em idades entre 30 – 59 anos (90% - 18 casos). - Predominância do sexo masculino (70% - 14 casos). Não foi possível determinar um momento único de contágio aplicável a todos os casos, pelo que se admite que as infecções tenham tido origem em diferentes abates sanitários. Prioridades: - Efectuar diagnósticos e tratamentos correctos. Garantir o adequado “follow-up” dos casos. - Sensibilizar os trabalhadores para o uso de meios de protecção individual. - Melhorar as condições de trabalho e equipamentos. - Garantir a qualidade de “serviços” do matadouro. - Transmitir a informação correcta e adequada aos meios de comunicação social: DOENÇA PROFISSIONAL NÃO HÁ RISCO PARA A SAÚDE PÚBLICA Em conclusão:

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16 16 Brucelose e Saúde Pública - Considerações finais: Dificuldades de diagnóstico Dificuldades de tratamento e de “follow-up” dos doentes Brucelose como doença da comunidade Brucelose como doença profissional Importância da articulação: Autoridades de Saúde Autoridades Veterinárias Importância da “Comunicação do Risco” em Saúde Pública


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