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História da Música V CMU 244 Módulo I Uma mudança de atitude – o Iluminismo Prof. Diósnio Machado Neto.

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1 História da Música V CMU 244 Módulo I Uma mudança de atitude – o Iluminismo Prof. Diósnio Machado Neto

2 O racionalismo do século XVII O espírito racionalista e experimental levou a uma revolução científica –A emergência da nova classe burguesa determina a produção de uma nova realidade cultural, a ciência física, que se exprime matematicamente. A filosofia se dedica à reflexão dessa nova ciência – Questão do Método –Ampliar as questões do conhecimento do ser para o problema do conhecimento. O sujeito passa a ser o foco; como se conhece algo! –René Descartes (1569 – 1650) – parte da existência de uma verdade primeira que não pode ser posta em dúvida; converte a dúvida em método – se duvido penso, se penso existo. »O sistema parte da perfeição de Deus: Deus existe e não me engana, logo existem objetos pensados por idéias claras, assim como, o mundo tem realidade. »Acentua-se o caráter absoluto e universal da razão, que partindo do cogito, pode chegar as todas as verdades possíveis. O método busca o ideal matemático, ou seja, o pensamento baseado na lógica e na ordem. Empirismo inglês – John Locke –Substitui a lógica de Descarte pela psicologia – as sensações – modificações feitas na mente através dos sentidos. A reflexão seria prisioneira dessa sensação. –Avanços da ciência do século XVII, principalmente da física de Newton (1642 – 1727). Primeiro exemplo de teoria científica – a teoria da gravitação universal –Esses sistema cobre a totalidade de um certo setor da realidade – síntese científica sobre a natureza do mundo físico.

3 Spinoza Um homem perseguido pela religião –Filho de pais cristãos-novos portugueses, nasce na Amsterdam. –Spinoza logo cedo se alia ao desenvolvimento de um pensamento radicado na nova ciência – ruptura com a ortodoxia judaica. Reage aos teólogos da Reforma O racionalismo contra a superstição. –“A superstição é uma paixão negativa da imaginação que, impotente para compreender as leis necessárias do universo, oscila entre o medo dos males e a esperança dos bens”. Essa condição pressupõe uma natureza caprichosa controlada por Deus, um ser colérico ao qual se deve prestar culto para que seja sempre benéfico. A superstição cria um poder religiosos capaz de controlar uma massa popular ignorante. –Esse poder forma um aparato militar e político para a sua sustentação –O método histórico-crítico e genético Genético – negação do conhecimento “por-ouvir-dizer” ou “por-experiência- vaga” –Conhecer pela causa, eliminando o conhecer pelos efeitos. Conhecer pelo modo como algo é produzido. –Elimina a exterioridade entre a idéia e aquilo de que ela é idéia. A verdade é imanente ao próprio conhecimento. –Imanência da verdade – teoria do ser. A consciência individual forma o conhecimento.

4 A Era das Luzes De Paris surge um movimento intelectual burguês que critica o Antigo Regime, o Mercantilismo, o Absolutismo, a sociedade estamental e a intolerância religiosa. –Naturalismo de Spinoza A idéia de que o homem não é "um império num império", mas que é regido pelas leis de todo o universo; encontro de explicações físicas de fenômenos antes tidos como milagres. –O Pensamento liberal Fruto das revoluções burguesas que ocorriam principalmente na Inglaterra. Locke – aceita que o Estado só sobrevive com um pacto, porém, ao contrário dos absolutistas, acredita que os homens são livres, iguais e independentes. Essa individualidade necessita de um poder regulador que é o Estado, porém esse Estado não pode subjugar a liberdade, muito pelo contrário, o direito natural do homem é que deve limitar o soberano –Relação de confiança que é exercida em um paralamento –O poder político não deve ser determinado por condições de nascimento. –Da mesma forma o Estado deve tutelar o livre exercício da propriedade (tudo o que pertence) »Todos são proprietários, mesmo o que não possui possui a vida e deve regê-la a seu critério –Elitismo de Locke »Só o possuidor de bens materiais terá direito pleno à vida na sociedade civil, justamente pelos interesses de seus bens. O contrato social de Rousseau –“A obediência à lei que se instituiu a si mesma é liberdade” –O soberano é o povo incorporado. Corpo coletivo que expressa, através da lei, a vontade geral.

5 Causas e efeitos Combate à sociedade estamental (privilégios aristocráticos) –Expansão da classe Média O pensamento liberal fortalece a classe média politicamente. –Declaração dos direitos humanos (1776) Movimentos em prol da abolição da escravatura Tolerância religiosa –Secularização da sociedade O pensamento iluminista se espalha através da Enciclopédia –Solidifica-se um grupo de intelectuais, chamados de iluministas, que pretendia levar o conhecimento científico (método racionalista) à população e seus governantes para destruir antigos preconceitos. Surgem panfletos contra o poder e a Igreja. Criação de movimentos de opinião. Algumas correntes são fortemente contrárias à religião, chegando ao ceticismo. O próprio Voltaire assume uma postura de confronto. Traité des sensations de Estevão Bannot de Condillac; O Espírito das Leis de Montesquie (1748). Sem embargo, Voltaire (Francisco Maria Arouet) representa o ponto mais brilhante do pensamento filosófico iluminista. –Montesquieu defende a limitação do poder do rei para assim, a burguesia ter mais espaço. Defende a divisão dos poderes, é inovador ao propor a divisão dos poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário –Os iluministas tinham um forte compromisso com o conhecimento generalizado. Opinam sobre as mais variadas áreas, desde música até medicina. A educação se torna um dos principais assuntos –Na música os tratados musicais proliferam no século XVIII »C. Ph. E. Bach, Quantz, Leopold Mozart Edição da Enciclopédie ou dictionaire des sciences, des arts et des métiers (1751-1780). 34 volumes. Dirigida por D’Alambert e Diderot.

6 Enciclopédie

7 A questão da Natureza No século XVIII, o conceito de Natureza passa por uma transformação. –Representa uma ruptura com a teoria dos afetos, dicionarizada, para uma estética do sentimento – individual. O homem é natureza, logo o espírito do homem é sensível as suas leis. O músico, que conhece a natureza dos sons, pode usá- los para produzir afetos para a outra natureza, que é a do espírito humano. –Para os teóricos do século XVII, como Mersenne e Descartes, o movimento se dava no momento em que esta [a música] se concretizava com o fundamento da natureza dela; entendendo-se por natureza o mundo natural e sobrenatural. Em outras palavras à música recairia, através de suas leis naturais - que movem os afetos – conectar o universo natural com a alma. »Existiria uma razão interna da música, logo, leis para a sua realização – contraponto exuberante seria uma exteriorização dessas leis.

8 A questão da Natureza – cont. A imitação da natureza –Esse conceito persiste desde o século XVII, até o fim do século XVIII. Século XVII, o termo Natureza significava razão e verdade e imitação o procedimento utilizado para embelezar a verdade racional. No século XVIII, segunda metade, Natureza significava o símbolo de sentimento, espontaneidade e expressividade. Imitação é empregada para coerência e verdade dramática. –A música está submetida ao homem criador (o gênio do romantismo). Valorização da liberdade, as regras seriam obstáculos. »Música e poesia como som da natureza, diria Hamann

9 O Iluminismo e a música A primeira manifestação iluminista está no campo da ópera, na disputa entre bufonistas e anti bufonistas –Rameau se converteu no símbolo dos conservadores franceses. Do outro lado, os enciclopedistas. Os princípios arraigados de lutas eram o de tempos atrás: a imitação da natureza, a razão, a expressão dos afetos. Esses conceitos foram de tal forma esvaziados que chegaram a significados opostos da tradição. –Rousseau é o teórico mais acreditado entre os bufonistas. Escreve o Dicionário de Música (1767). Rousseau ama a ópera italiana pelo seu melodismo e espontaneidade; desgosta da francesa por sua artificialidade, pela complexidade harmônica e falta de naturalidade. Aborrece-lhe a música instrumental, a polifonia e o contraponto. Em outro tempo, a ópera francesa era considerada exemplo de naturalidade (Lecerf e Rauganet), nos tempos de Rousseau ela se tornou artifício intelectual. – Para Lecerf natureza significa razão e para Rousseau, sentimento.

10 Rousseau e a música Rousseau incorpora o conceito da música como veículo do sentimento. –Tal postura foi desenvolvida no começo do século XVIII por Abbé Du Bos e Bateaux. Para Du Bos (1709), a imitação de objetos que movem a paixão deve obedecer critérios que versam justamente sobre a capacidade que tais objetos possuem para comoverem. Logo, o que move a paixão não é tanto o objeto imitado, mas sim como ele é imitado, o modo pela qual objeto e técnica se associam em prol da expressão capaz de movimentar as paixões. Para Du Bos, a música tem um campo limitado de atuação, no que diz respeito à imitação: os sentimentos. Nesse sentido, a música seria até mesmo privilegiada em relação às artes como a poesia e a pintura. A grande mudança proposta por Du Bos é de que existe uma verdade implícita que é revelada pela música. Esta ao apoiar a palavra não só a sustenta, mas também revela uma verdade supra-sensível, que é, de alguma forma, inerente ao sentido daquilo que se quer expressar. –"A música torna as palavras mais aptas para nos comover". Parece que Du Bos sugere que a música possui um carater metafísico, em sua relação com a palavra. –Estética do sentimento.

11 Rousseau e a música Rousseau acreditava que a música era a ponte para a essência da natureza. –Ela remetia a um passado onde canto e palavra estavam unidos inerentemente, assim "o homem poderia expressar suas paixões e seus sentimentos da forma mais completa". –A separação entre canto e linguagem empobreceu a capacidade expressiva de ambos. –Faz uma sistematização entre as línguas, que perderam o melodismo e por isso se tornaram duras e racionais ao extremo (francês, inglês e alemão). »Elas falam à razão e não ao coração. –Dentro do sistema de Rousseau, voltar a unir palavra e canto melodiosamente seria possibilitar uma ótima imitação das paixões e sentimentos. Assim, melodia e harmonia seriam irreconciliáveis. Rousseau valorizou a música dentro de suas possibilidades de expressar sentimentos, de falar ao coração humano.

12 RousseauRameau Expressão e imitação dos sentimentos do homem Razão A música tem uma compreensão particular que varia de povo para povo Universalidade Crença na liberdade criativa do gênio, que não observa regras O caráter matemático da música deve ser sempre observado na construção discursiva. Doutrina. Rousseau X Rameau

13 La Querelle des Bouffons e Le Devin du Village


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