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TERMINOLOGIAS EM FORRAGICULTURA

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Apresentação em tema: "TERMINOLOGIAS EM FORRAGICULTURA"— Transcrição da apresentação:

1 TERMINOLOGIAS EM FORRAGICULTURA
Profª D. Sc.Rosilene Agra da Silva

2 FORRAGICULTURA - TERMINOLOGIAS
IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DAS TERMINOLOGIAS EM FORRAGICULTURA Ainda ficamos presos a definições dúbias, sofrendo fortes INFLUENCIAS DE TERMOS REGIONAIS E TRADUÇÕES que muitas vezes não refletem a realidade do conceito correto, e isso acaba sendo propagado muitas vezes como sendo termos corretos, que são falados e escritos de forma inexata. Apesar de algumas contribuições feitas por alguns autores, no sentido de melhorar o entendimento desses conceitos, ainda não se tem na LITERATURA CIENTÍFICA NACIONAL, UM GLOSSÁRIO NA ÁREA DE PLANTAS FORRAGEIRAS E PASTAGENS, que tenha sido adotado e, principalmente, que tenha concordância com a TERMINOLOGIA INTERNACIONAL (Pedreira, 2002).

3 Forragem (forage): partes comestíveis das plantas, exceto os grãos, que podem servir na alimentação dos animais em pastejo, ou colhidas e fornecidas. Massa de Forragem: Massa total de forragem por unidade de área de solo acima de uma altura específica (normalmente, mas não necessariamente, o nível do solo).

4 estrato A, acima de 40 cm; B, 20-40 cm; e C, 0-20 cm do solo.

5 Herbage (sem tradução técnica adequada; em português, usada como sinônimo de forage): a biomassa de plantas herbáceas, exceto os grãos, geralmente acima do nível do solo, mas incluindo raízes e tubérculos comestíveis.

6 Relvado ou Dossel (sward): população de plantas herbáceas, caracterizada por um hábito de crescimento relativamente baixo, e uma cobertura do solo relativamente uniforme, incluindo tanto a parte aérea como órgãos subterrâneos. O relvado nos da uma idéia de comunidade vegetal com arquitetura, altura, estrutura e densidade e com finalidades de interceptação de luz, ângulos foliares, etc.

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8 Sendo que para PEDREIRA, (2002), dossel não pode ser exclusivo de plantas de porte baixo, como visto na definição, pois temos gramíneas de diferentes portes (alturas) que tem a característica de cobrir todo o solo, como é o caso do capim elefante (Penisetum purpureum) que pode chegar a três ou quatro metros de altura ou contrário do coastcross (Cynodon spp) que apresenta em média 40 cm, então essa diferença é apenas de escala, mas da forma que está definida pode gerar polêmica.

9 Pastejo: Ato de desfolhar a planta enraizada no campo, realizada pelo ruminante. Para o animal envolve busca, apreensão e ingestão. Método de pastejo (grazing method): procedimento ou técnica de manejo do pastejo, idealizada para atingir objetivos específicos. Referente à estratégia de desfolha e colheita pelos animais. Sistema de pastejo (grazing system): combinação integrada entre o componente animal, planta, solo, e fatores ambientais, mais o método de pastejo, com o objetivo de se atingir metas específicas.

10 Pastoreio: Condução do pastejo feita, normalmente, pelo homem (pastor).
Consumo (Ingestão): Processo de “perda” (desaparecimento) de fitomassa como conseqüência da colheita pelos animais.

11 Pasto: Forrageira que está disponível na pastagem.
Pastagem (pasture): um tipo de unidade de manejo de pastejo, fechada e separada de outras áreas por cerca ou outra barreira, e destinada à produção de forragem para ser colhida principalmente por pastejo. Piquete (paddock): área de pastejo correspondente a uma subdivisão de uma unidade de manejo de pastejo (ex.: uma pastagem), fechada e separada de outras áreas por cerca ou outra barreira. O piquete é muitas vezes confundido na literatura ou na própria rotina na fazenda com pastagem. Sendo que pela definição piquete é apenas uma subdivisão da pastagem. No caso do Rio Grande do Sul piquete é conhecido por “proteiro”, que é um termo regional.

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13 Resíduo: Forragem remanescente após corte ou pastejo, expressa como altura ou massa de forragem.

14 Capacidade de suporte (carrying capacity): é a máxima taxa de lotação que proporciona um determinado nível de desempenho animal, dentro de um método de pastejo, e que pode ser aplicada por determinado período de tempo sem causar a deterioração do ecossistema. A capacidade de suporte é flutuante entre anos e dentro de anos, e pode ser abordada e discutida dentro de estações ou de períodos do ano.

15 A capacidade de suporte média de uma pastagem, geralmente se refere à média de vários anos, ao passo que a capacidade de suporte anual geralmente se refere a um ano específico. Sendo um reflexo da produtividade do pasto, a capacidade de suporte é mais bem apreciada em função de níveis de adubação, principalmente a nitrogenada. Capacidade de suporte foi definida por MARASCHIN (1976), como sendo o número de animais, ou carga animal que aquela pastagem pode alimentar, assegurando alto rendimento por animal e próximo ao máximo rendimento por área.

16 Oferta de forragem (forage allowance): relação entre o peso (matéria seca) de forragem por unidade de área e o número de unidades animais (ou “unidades de consumo de forragem”, definidas como “um animal com uma taxa de consumo de forragem de 8 kg MS/dia) em um ponto qualquer no tempo”. Uma relação quantitativa e instantânea entre forragem e animal. O inverso de “pressão de pastejo”.

17 Pressão de pastejo (grazing pressure): relação entre o número de unidades animais ou unidades de consumo de forragem e o peso (MS) de forragem por unidade de área, em um ponto qualquer no tempo. Uma relação animal-forragem. Deve ser preterido em favor de “oferta de forragem”. MOTT (1960), definiu pressão de pastejo como o número de unidades de animais por unidade de forragem disponível, apresentando também a relação da pressão de pastejo com a resposta animal.

18 Pressão de Pastejo: Relação instantânea entre kg de peso vivo animal e kg de massa de forragem.
Oferta de Forragem : Relação quantitativa PONTUAL entre a massa de forragem (kg MS, acima da superfície do solo) e a "massa" de animais presentes na mesma área, em um ponto qualquer do tempo. Relação inversa à de "pressão de pastejo“ (Sollenberger et al., 2005).

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20 Lotação (stocking): é o número de animais por hectare usado para colher forragem, mas não tem relação alguma com produção de forragem (MARASCHIN e MOTT, 1989). Taxa de lotação (stocking rate): relação entre o número de animais ou de unidades animais (UA) e a área da unidade de manejo por eles ocupados, durante um período específico de tempo (uma estação de pastejo, um verão, etc.).

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22 Massa de forragem (forage mass): quantidade - massa ou peso seco - total de forragem presente por unidade de área acima do nível do solo (preferencialmente, mas não obrigatoriamente). Medida de caráter pontual, normalmente expressa em kg MS/ha. Acúmulo de forragem (forage accumulation): aumento na massa de forragem de uma área de pastagem durante um determinado período de tempo.

23 Crescimento: Síntese de novos tecidos vegetais pela planta, com aumento da sua massa.
Senescência: Processo de perda de biomassa determinado pelo envelhecimento de partes da planta, determinado por processos fisiológicos, pelo ambiente, e suas interações.

24 Forragem disponível (available forage): porção da massa de forragem, expressa como peso ou massa por unidade de área, que está acessível para o consumo dos animais. Este é um termo não recomendado uma vez que “forragem” é uma entidade definida e a "porção da massa que está disponível para consumo” é algo hipotético e sujeito à controvérsia da especulação, mesmo quando um resíduo pós-pastejo é usado como referência. Pode ocorrer, por exemplo, de parte da forragem abaixo do resíduo ser consumida antes que a altura média do resíduo seja atingida. 

25 Desempenho de pastagens regionais em virtude da freqüência de pastejo (sistema de pastejo).
Frequência ou sistema de pastejo Definição Indicação Investimento Produção Por Animal Por Hectare Continuo O gado fica mais de 30 dias numa mesma pastagem Sistemas extensivos (pastagens de baixa produtividade ou nativas, baixa lotação animal) baixo (em cercas) Média /alta Média / baixa Rotativo menos intensivo Pastagens com no máximo quatro sub-divisões. O gado fica numa sub-divisão por 7 a 30 dias, enquanto as outras descansam Sistemas menos intensivos (pastagem recém e bem fornada, média lotação animal). Médio (em cercas) Média Rotativo mais intensivo Pastagens com mais de quatro sub-divisões. O gado fica numa sub-divisão por 1 a 7 dias, enquanto as outras descansam Sistemas intensivos (pastagem de alta produção e qualidade, solos adubados, alta lotação animal). Alto (em cercas e adubos) Média /baixa

26 Pressão de pastejo X ao sistema de pastejo
Para passar de um sistema de pastejo contínuo para um rotativo, são necessários investimentos em cercas, bebedouros e cochos de sal, assim como maior gasto com mão-de-obra na sua condução. Maior parte da variabilidade na produção animal de uma pastagem é explicada pela variação da pressão de pastejo do que pelo sistema de pastejo.

27 Lotação contínua (continuous stocking): método de pastejo onde os animais têm acesso irrestrito a toda a área pastejada, sem subdivisão em piquetes e alternância de períodos de pastejo com períodos de descanso. Freqüentemente (e erroneamente) expressa por “pastejo contínuo”. Lotação rotacionada (rotational stocking): método de pastejo que utiliza subdivisão de uma área de pastagem em dois ou mais piquetes que são submetidos a períodos controlados de pastejo (ocupação) e descanso. Também conhecido como “pastejo rotacionado”, este um termo não recomendado, uma vez que o que é “rotacionado” (movimento este que nem sempre é óbvio) é a lotação (ocupação) e não o pastejo.

28 Feno: É a forragem desidratada, em que se procura manter o valor nutritivo original da forrageira.
Fenação: é o processo Silo: É a estrutura de armazenamento da forragem na ausência de O2 Silagem: É o produto da fermentação. É o que animal come. Forragem verde, suculenta, conservada por meio de um processo de fermentação anaeróbica Ensilagem: o processo de cortar a forragem, colocá-la no silo, compactá-la e protegê-la com a vedação do silo para que haja a fermentação

29 Suplemento: Aquilo que serve para suprir. O que se dá a mais
Suplemento: Aquilo que serve para suprir. O que se dá a mais. Parte que se junta a um todo para ampliar. Volumoso: Todo alimento de baixo valor energético por unidade de peso, principalmente em virtude de seu elevado teor em fibra bruta, ou em água. Todo alimento que possui >18% FB. Pode ser subdividido: 1) Forragem seca (feno, palhas, etc...); 2) Forragem aquosa ou úmida (silagem, pasto, etc...). Concentrado: Todos os alimentos que contém alto teor em energia utilizável por unidade de peso, graças ao teor de amido, gordura e proteína (16-20%PB) e, baixo teor de fibra (<18%FB) Minerais: macro (CÁLCIO E FÓSFORO (Ca E P), MAGNÉSIO (Mg), POTÁSSIO (K), SÓDIO E CLORO (Na, Cl) e ENXOFRE (S)) Microminerais (COBALTO (Co), ZINCO (Zn), FERRO (Fe), COBRE (Cu), MANGANÊS (Mn), IODO ( I ), SELÊNIO (Se), CROMO

30 Palatabilidade: É a medida que descreve a qualidade de ser agradável ao paladar. É um conceito pouco técnico, uma vez que não existem unidades nem equipamentos para quantificá‐lo. Preferência: Discriminação exercida pelos animais entre as diversas áreas ou localidades da pastagem ou entre os componentes do dossel. Também é observada em forragem colhida e oferecida no cocho. Seleção: Remoção pelo animal, de alguns componentes do dossel ou de uma amostra de forragem em detrimento de outros. É função da preferência modificada pela oportunidade de seleção.

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33 Pureza de 50%: Significa que na sacaria de 20 kg, 10 kg são de sementes puras.
Germinação de 70%: Significa que 70 dos 10 kg de sementes puras germinam nos primeiros 28 dias (aproximadamente) após o plantio, em condições ótimas de luz, temperatura e umidade. Tetrazólio de 92%: significa que 92% dos 10 kg de sementes puras, apresentam aptas a germinar, em condições ótimas. Fazendo-se a diferença entre a germinação e tetrazólio concluímos que 22% dos 10 kg de sementes puras apresentam dormência e podem demorar um pouco mais para germinar.

34 Valor Cultural: com a Instrução Normativa n°40 de junho/2002 este item deixou de ser referencia de padrão de sementes. É um indicativo da qualidade de uma semente e representa a porcentagem de sementes puras que germinam em uma determinada amostra. Através deste valor, calculamos a quantidade de sementes necessária para o plantio. %VC = %Pureza X %Germinação / 100

35 FATOR/VC = kg/há de sementes
Como calcular a quantidade de sementes plantadas por há? FATOR/VC = kg/há de sementes Ex.: Tabela de fatores para Brachiaria spp Condições linha/manual à lanço aéreo Ideais Médias Adversas Brachiaria brizantha VC=40% (plantio em linhas em boas condições) Qnt. De sem./ha = FATOR/VC = 240/40 = 6 kg/ha sem

36 Termos ecológicos aplicados a ecofisiologia da pastagem

37 Ecossistema: unidade natural formada por componentes vivos e não vivos que, num determinado ambiente, trocam energia e matéria*. Ecologia: Estudo das relações entre os seres vivos e o meio ambiente.* Biocenose: Coletividade de animais e vegetais dentro de um mesmo biótipo, cujos membros formam, em dependência recíproca, um equilíbrio biológico dinâmico*. Bioma: Comunidade biótica que se caracteriza pela uniformidade fisionômica da flora e da fauna que a formam e se influenciam mutuamente*. Biota: Flora e fauna de uma região*.

38 Campo: Bioma com distribuição geográfica variada: centro da América do Norte, Centroleste da Europa, parte da América do Sul. De dia, a temperatura é alta, mas cai ã noite. Muita luz, muito vento e pouca umidade. Recobertos por único estrato de vegetação, predominando as gramíneas. A massa de vegetação por unidade de área é menor por problema de água, por condições oligominerais e porque nos campos existem muitos consumidores primários: insetos, roedores, ungulados. Acompanham predadores: cobras, aves de rapina, carnívoros. Distinguem-se um campo limpo (pampa, estepe), muito uniforme e um campo sujo (cerrado, savana), com vegetação arbórea e arbustiva e espaçamento entre grupos dos mesmos*.

39 Deserto: Bioma encontrado na Austrália, Arábia, Atacama (Chile), Saara (África). Maior parte do solo descoberta; pouca vegetação, solo muito árido. Pouca chuva e muito irregular: fortes, de pequena duração, sem infiltração. Dias muito quente e noite muito frias. Pouca umidade. Ventos fortes. Plantas de crescimento rápido; raízes longas e horizontais; capacidade de armazenamento de água (cactáceas)*.

40 Tundra: fica na região circumpolar norte; não existe no hemisfério sul
Tundra: fica na região circumpolar norte; não existe no hemisfério sul. Pouca energia solar. Alta pressão. Pouca precipitação (10 cm/ano). Só duas estações: inverno longo e frio e verão curto (dois meses). neve e solo gelado; a camada superior do solo degela no verão, mas o subsolo permanece congelado. Os organismos estão adaptados a uma curta estação de degelo e pouca umidade. Poucas espécies. Vegetação rasteira. liquens e musgos; plantas com períodos curtos de crescimento e floração. No verão: moscas, mosquitos, aves marinhas, roedores e seus predadores. No inverno, roedores que conseguem sobreviver embaixo da neve; esquilos hibernantes; aves, caribu e rena (ungulados) migrantes; lobos que conservam a atividade; homocromia por embranquecimento (raposas, lebres, perdiz, etc.)*.

41 Ciclo biogeoquímico: Transporte de matéria nos ecossistemas, no qual os diversos elementos são constantemente reciclados*. Clímax: Na chamada sucessão ,o fim da evolução da série é representado por uma biocenose ou comunidade estável, em equilíbrio com o meio, denominada clímax*. Consumidores: Organismos que não conseguem sintetizar a substância orgânica a partir de substâncias inorgânicas. Estão na dependência dos produtores, são heterótrofos*. Produtores: são os vegetais clorofilianos, isto é, os organismos capazes de fabricar e acumular energia potencial sob forma de energia química, presente nas matérias orgânicas sintetizadas*.

42 Criptófito: são as ”plantas escondidas” que não têm órgãos vestigiais visíveis durante a má estação*. Húmus: terra rica em organismos em decomposição*. Micorriza: tipo de mutualismo encontrado entre fungos e raízes vegetais*. Fotossíntese: fenômeno biológico de produção de matéria orgânica a partir do gás carbônico e da água, com utilização de energia luminosa absorvida pelas moléculas de clorofila*. Meristema: tecido vegetal indiferenciado, dotado de células com alto poder proliferativo; constitui o tecido responsável pelo crescimento das plantas*. Sucessão Ecológica - É uma série de estágios do desenvolvimento de uma comunidade estável*. Sucessões Primárias - Correspondem à instalação dos seres vivos em um meio que nunca tinha sido povoado*. Sucessões Secundárias - Aparecem em um meio que já foi povoado, mas do qual foram eliminados os seres vivos por modificações climáticas, geológicas ou por intervenção do homem*.

43 CONSIDERAÇÕES FINAIS Para o uso da comunicação no estudo das plantas forrageiras tem que haver uma maior padronização dos conceitos, para se ter uma sintonia nacional e internacional e isso para ser conseguido, tem que vir do esclarecimento de nossos técnicos e pesquisadores, através de publicações, palestras, workshop e outras. Para então valorizarmos nossas terminologias através de um glossário nacional discutido e bem fundamentado por bons técnicos e pesquisadores de nosso país.


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