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Aptidão física funcional do trabalhador idoso Engenharia e Ciências da Saúde Joice Kuhnen (graduanda) Profas. Ana Regina Dutra e Anna Quialheiro A. da Silva Campus da Grande Fpolis – Art 170. Introdução O aumento da expectativa de vida traz consigo a longevidade populacional e, como conseqüência, o desafio da manutenção desta vida. A permanência em atividade laboral por um período de tempo maior do que até 50, ou 60, ou mesmo 70 anos é uma hipótese a considerar, pois o trabalho é o alicerce fundamental na vida das pessoas e elas se identificam com o trabalho. Uma considerável parcela das pessoas acima dos 60 anos continua trabalhando: 4 milhões dos 13,5 milhões de brasileiros idosos, embora somente 499 mil estejam no mercado formal de trabalho, estes números dobraram na última década (QUAGLIO, 1999). Mas, para a OIT (1992), o desafio é de oportunizar espaços de trabalho adequados aos idosos, ou seja, é o de se ter adequadas condições de trabalho aos mesmos (OIT, 1992). Objetivos O objetivo principal deste artigo é o de levantar indicadores da capacidade funcional do trabalhador idoso da Ponte de Imaruin/Palhoça. Metodologia A população a ser estudada foi composta por trabalhadores idosos do Bairro Ponte de Imaruin/Palhoça. A capacidade dos idosos para o trabalho foi avaliada por meio de um questionário desenvolvido pelo Instituto de Saúde Ocupacional da Finlândia, que conta com teste de agilidade e equilíbrio dinâmico; teste de coordenação motora; teste de flexibilidade; teste de resistência de força de membros superiores e teste de capacidade aeróbia e habilidade de andar. Resultados As condições de trabalho nos referidos locais de trabalho apresentam algumas deficiências que acabam impedindo o desempenho do trabalhador idoso, no que tange a produtividade e a qualidade dos produtos ou dos serviços prestados e, além disso, interferem na sua capacidade funcional. As deficiências encontradas, na grande maioria das vezes, referem-se às condições ambientais e técnicas, pouca menção as condições organizacionais. Quanto às condições ambientais, observam-se deficiências na luminosidade e nos níveis de pressão sonora, salientando ainda deficiências no mobiliário e leiaute dos espaços de trabalho. Os resultados da capacidade funcional mostram que quanto a flexibilidade, os idosos se apresentam fracos e quanto a força muscular, eles estão no patamar de muito fraco. No teste de coordenação motora, os idosos estão na faixa do regular e muito fraco. Conclusões Raffone e Hennington (2005) salientam que estudos recentes têm mostrado que promover a capacidade para o trabalho diminui a incapacidade e a aposentadoria precoce. A partir dos resultados obtidos, salienta-se que a prática de atividade física pode contribuir para a melhoria ou manutenção do nível de coordenação, força muscular e flexibilidade dos idosos e, assim, retardar os efeitos do processo de envelhecimento. O referido projeto de pesquisa conclui que há necessidade de um espaço mais adequado aos trabalhadores idosos, para que os mesmos possam alcançar os objetivos da empresa, sem prejuízo de sua saúde e segurança. Neste sentido, buscou-se na ergonomia e na fisioterapia argumentos para se discutir o binômio idoso-trabalho e se dar alguns encaminhamentos na busca da melhoria dos ambientes de trabalho e da capacidade funcional dos idosos. Bibliografia ODEBRECHT, Clarisse. Adequação do trabalho ao trabalhador que envelhece: recursos auxiliares. Tese de Doutorado, PPGEP/UFSC, 2002. RAFFONE, A. M. e HENNINGTON, E. A. Avaliação da capacidade funcional dos trabalhadores de enfermagem. Revista de Saúde Pública, 39 (4), pp:669-76, 2005. ZAGO A.S, GOBBI S. Valores normativos da aptidão funcional de mulheres de 60 a 70 anos. Rev Bras Ciên Mov, 11(2):77-86, 2003. Apoio Financeiro: Unisul e Governo do Estado de Santa Catarina
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