Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, chevalier de Lamarck (1744-1829) por Léon Faget. Entrada do palácio de Valhubert - Jardim das Plantas - Paris. Jean-Baptiste.

Apresentação em tema: "Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, chevalier de Lamarck (1744-1829) por Léon Faget. Entrada do palácio de Valhubert - Jardim das Plantas - Paris. Jean-Baptiste."— Transcrição da apresentação:

1 Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, chevalier de Lamarck (1744-1829) por Léon Faget. Entrada do palácio de Valhubert - Jardim das Plantas - Paris. Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, chevalier de Lamarck Carmen Madureira

2 O uso frequente de um órgão conduz ao seu desenvolvimento «A ave que mergulha na água, dada a sua necessidade de encontrar aí a presa de que se alimenta, afasta os dedos da pata tentando, ao empurrar a água, deslocar-se à superfície. A pele que une os dedos, na base, adquire o hábito de ser esticada pelo afastamento contínuo dos dedos; assim, com o decurso do tempo, formam-se largas membranas que unem os dedos dos patos, dos gansos, etc., tal como actualmente as encontramos.» Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, chevalier de Lamarck Carmen Madureira

3 «Oh! Que grande é a antiguidade do globo terrestre! E como são pequenas as ideias daqueles que atribuem à existência deste globo uma duração de seis mil e alguns centos de anos (...); a antiguidade deste globo é tão grande que é absolutamente fora do poder do Homem avaliá-la de alguma maneira.» «O poder da vida proporciona ordem na natureza que só é perturbada por influências ambientais (…) nem todas as espécies são tão antigas como a natureza.» Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, chevalier de Lamarck Carmen Madureira

4 A evolução é gradual e progressiva «…se é verdade que todos os seres vivos são produto da natureza, tem de se pensar que eles só podem ser produzidos segundo uma ordem de sucessão e não todos de uma vez, num curto período; é de supor que se começou pelo mais simples e que só no final se chegou aos organismos mais complexos dos reinos animal e vegetal.» A acção do meio conduz a alterações dos indivíduos “O ambiente afecta a forma e a organização dos animais, o que significa que, quando o ambiente se torna muito diferente, produz, no decurso do tempo, as correspondentes modificações na forma e na organização dos animais.” Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, chevalier de Lamarck Carmen Madureira

5 A falta de uso de um órgão faz com que este fique atrofiado «As cobras adoptaram o hábito de rastejar pelo chão e de se esconder na erva; por isso, o seu corpo, como resultado de esforços repetidos continuamente no sentido do alongamento, com a finalidade de passar através de orifícios pequenos, adquiriu considerável comprimento, bem desproporcionado em relação ao seu tamanho. Assim, os membros ter-se-iam tornado desnecessários para estes animais e, consequentemente, não seriam usados. (...) A falta de uso destas partes tornou-se, então, permanente em várias raças, e resultou num completo desaparecimento dos membros, nalgumas (...).» Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, chevalier de Lamarck Carmen Madureira

6 A função de um órgão determina a sua estrutura «... não é a forma do corpo, ou as suas partes, que dão lugar à maneira de viver dos animais; mas, pelo contrário, são os hábitos e a maneira de viver que, com o tempo constituem a forma do corpo e das suas partes.» Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, chevalier de Lamarck Carmen Madureira

7 As transformações provocadas pelo ambiente são transmitidas à descendência «Se numa região diminuísse a intensidade das chuvas, as plantas passariam, como consequência, a ter necessidade de conservar a água. Passados muitos anos, à medida que a região se tornasse mais parecida com um deserto, as plantas transmitiriam aos descendentes as características que tinham adquirido para reter a água. Deste modo, ter-se-iam originado as plantas típicas das regiões desérticas, como os cactos, capazes de armazenar grandes quantidades de água.» Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, chevalier de Lamarck Carmen Madureira

8 Síntese da Teoria de Lamarck As alterações no ambiente leva o indivíduo a sentir necessidade de se adaptar. O uso de um órgão desenvolve-o e o seu desuso atrofia-o - Lei do uso e do desuso. As modificações adquiridas, pelo uso ou pelo desuso dos órgãos, são transmitidas aos descendentes - Lei da transmissão dos caracteres adquiridos. A função que um órgão desempenha vai determinar a sua estrutura - Lei da adaptação. Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, chevalier de Lamarck Carmen Madureira

9 Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, chevalier de Lamarck Carmen Madureira Críticas ao Lamarckismo A evolução é considerada uma consequência da “necessidade de adaptação” e uma “procura da perfeição”, o que não pode ser testado cientificamente. As modificações ou adaptações referidas por Lamarck são adaptações individuais, isto é, somáticas; não são hereditárias e, por isso, não podem ser transmitidas à descendência. Não explica o aparecimento de características desfavoráveis em certos indivíduos; nestes casos não se verifica o facto da função determinar a estrutura.