DOENÇAS PULMONARES MAIS FREQUENTES EM RECÉM- NASCIDOS

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1 DOENÇAS PULMONARES MAIS FREQUENTES EM RECÉM- NASCIDOS
Miguel Francisco Julio Neto

2 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN
Sindromes Aspirativa Meconial Taquipnéia Transitória

3 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN

4 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN
Doença da Membrana Hialina É a principal doença pulmonar no período neonatal A incidência e a gravidade são inversamente proporcionais à idade gestacional e ao peso Frequência: 26 – 28 semanas  50% dos RN 30 – 31 semanas  25% dos RN mais frequentes e mais graves em meninos

5 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN
Doença da Membrana Hialina FATORES DE RISCO Prematuridade Mãe diabética Gravidez multifetal (2º gemelar) Parto cesáreo Asfixia Hipotermia

6 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN
Doença da Membrana Hialina ETIOLOGIA Produção de surfactante: Início a partir da 20ª semana 33ª semana capaz de garantir a estabilidade alveolar Está relacionada ao aumento do nível de cortisol endógeno que ocorre no final da gestação

7 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN Doença da Membrana Hialina
CORTISOL FIBROBLASTOS DO PULMÃO FETAL AUMENTO DA PRODUÇÃO DE SURFACTANTE FATOR FIBROBLASTO DO PNEUMÓCITO PNEUMÓCITO TIPO II

8 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN
Doença da Membrana Hialina Surfactante: 6 fosfolipídeos + 4 apopreteínas Agente tensoativo, revestindo internamente os alvéolos, diminuindo a tensão superficial na interface ar-líquido Ajuda a manter a estabilidade alveolar ao impedir o colapso dos espaços aéreos pequenos ao final da expiração.

9 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN Doença da Membrana Hialina
DEFICIÊNCIA DE SURFACTANTE PULMONAR REDUÇÃO DA COMPLACÊNCIA PULMONAR MICROATELECTASIAS DIFUSAS MEMBRANA HIALINA HIPOVENTILAÇÃO HIPOXEMIA ACIDOSE LÁCTICA EXTRAVASAMENTO PLASMA/SANGUE HIPOPERFUSÃO PULMONAR SECUNDARIA (Shunt) ISQUEMIA DO EPITÉLIO ALVEOLAR

10 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN
Doença da Membrana Hialina QUADRO CLÍNICO Insuficiência respiratória de instalação precoce (90% nas primeiras 2h de vida) Taquipnéia (mais frequente, FR > 60) Retrações intercostais e diafragmáticas Gemidos expiratórios Batimentos de asas de nariz Cianose

11 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN
Doença da Membrana Hialina QUADRO CLÍNICO Piora  2 – 3 dias Melhora  após 72h de vida

12 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN
Doença da Membrana Hialina ASPECTOS RADIOLÓGICOS Padrão retículo-granular difusos bilateral {vidro estilhaçado} (atelectasias alveolares) Broncogramas aéreos superpostos Ou opacidade completa.

13 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN
Doença da Membrana Hialina DIAGNÓSTICO Pré-natal  testes bioquímicos do líquido aminiótico 1) relação lecitina/esfingomielina > 2 (maior maturidade pulmonar) 2) teste da estabilidade das bolhas (Clements)

14 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN
Doença da Membrana Hialina DIAGNÓSTICO Período neonatal 1) alerta para os fatores de risco 2) sistema de escore  Silvermann-Anderson, com pontuação de 0, 1 e 2, crescente conforme a intensidade dos sinais clínicos (movimento tórax e abdome, batimento asas, gemidos expiratórios, retrações intercostais, etc)

15 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN Doença da Membrana Hialina
TRATAMENTO Cuidados Gerais: Temperatura 36 – 36,5º C Oferta de líquido: restrição em 60ml/Kg /dia nas primeiras 48h, após ajustar de acordo com PA, Ht, Na, débito urinário Suporte hemodinâmico Nutrição: jejum enquanto houver instabilidade clínica Sedar.

16 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN
Doença da Membrana Hialina TRATAMENTO Oxigenoterapia: (Oxigênio umidificado e aquecido) Pressão positiva contínua de vias aéreas (CPAP)  mantém ventilação positiva no final da expiração. Ventilação mecânica

17 Síndrome do Desconforto Respiratório no RN
Doença da Membrana Hialina TRATAMENTO Surfactantes exógenos Desmame rápido da ventilação mecânica Reduz a mortalidade Diminui o risco de complicações Variedades: sintéticos, bovinos e porcinos.

18 Síndrome da Aspiração Meconial

19 Síndrome da Aspiração Meconial
A presença de mecônio intra-utero é considerada como sinal de sofrimento fetal, resultado da hipóxia fetal e acidose. A presença de mecônio no líquido amniótico ocorre em 5 – 15% dos RNs. A incidência global de SAM é de 1 – 3% dos RNs vivos, dos quais 55% têm mecônio na traquéia.

20 Síndrome da Aspiração Meconial
A capacidade de eliminação de mecônio no líquido amniótico aumenta conforme a maturidade fetal  raramente será encontrada nos RNPT. A presença de mecônio sempre deve ser considerada anormal (asfixia intra-uterina ou intraparto)

21 Síndrome da Aspiração Meconial
COR: O líquido amniótico amarelado sugere presença de mecônio antigo, proveniente de asfixia crônica O líquido verde espesso, aspecto de sopa de ervilha, sugere eliminação recente. ESPESSURA: Quanto mais espesso o mecônio, mais grave o grau de obstrução e maior o calibre das vias aéreas obstruídas  maior grau de hipóxia

22 Síndrome da Aspiração Meconial
A obstrução mecânica nas vias aéreas distais produz, por meio de mecanismo valvular, aprisionamento de ar no alvéolo  hipercapnia, risco de rotura alveolar (evolui para pneumotórax e pneumome-diastino) O mecônio fluido, composto de partículas finas  produzir mesmo mecanismo valvular de obstrução + pneumonite quími-ca com infecção bacteriana secundária.

23 Síndrome da Aspiração Meconial
A atelectasia consequente à obstrução pode levar à ocorrência de “shunt” extrapulmonar direito-esquerdo pelo forame oval e pelo canal arterial, hipoxemia grave, hipercapnia e acidose.

24 Síndrome da Aspiração Meconial
QUADRO CLÍNICO Fácies de sofrimento Olhar alerta Sinais de crescimento intra-uterino retardado Pele seca, enrugada e sem vérnix A impregnação por mecônio é observada na pele, nas unhas e no cordão umbilical e pode estar ausente quando o mecônio for recente

25 Síndrome da Aspiração Meconial
À inspeção: Hiperinsulfação do tórax Abaulamento no diâmetro transversal Cianose de extremidades Taquidispnéia com retração subcostal e intercostal Gemidos e agitação À ausculta pulmonar: Estertores de médias e grossas bolhas em todo o tórax Expiração prolongada (pequeno calibre) Anóxia neonatal grave: Tremores e crises convulsivas Mais hipoglicemias, hipocalcemia e hipomagnesemia

26 Síndrome da Aspiração Meconial
ASPECTOS RADIOLÓGICOS Consolidações grosseiras, irregulares, constratando com zonas hiper-areadas sendo a hiper-expansão frequente.

27 Síndrome da Aspiração Meconial
DIAGNÓSTICO História de líquido amniótico meconial Presença de mecônio na traquéia do RN ao nascimento RX compatível na presença de desconforto respiratório.

28 Síndrome da Aspiração Meconial
TRATAMENTO Medidas Profiláticas: Realização do pré-natal Cuidado na anestesia Sala de reanimação preparada Aspiração pelo OBSTETRA das narinas e orofaringe de todos os RN com presença de líquido com mecônio

29 Síndrome da Aspiração Meconial
TRATAMENTO Medidas terapêuticas Medidas de rotina Aspirar na ordem: boca, narina, traquéia (visualização da traquéia sob laringoscopia direta) Se o mecônio for muito espesso, realizar IOT e aspirar em seguida ATBterapia, tem sido indicada pela possibilidade de pneumonia bacteriana (Penicilina + aminoglicosídeo) Corticóide não tem indicação.

30 Taquipnéia Transitória do Recém-nascido

31 Taquipnéia Transitória do RN
Também conhecida como “pulmão úmido” e Sídrome do desconforto respiratório tipo II. Mais frequente no RN de termo ou próximo ao termo.

32 Taquipnéia Transitória do RN
FISIOPATOLOGIA Resulta de edema pulmonar transitório decorrente do retardo na reabsorção do líquido pulmonar fetal pelo sistema linfático. Esse excesso de líquido terá como principal efeito a diminuição da complacência pulmonar, que é compensada pelo RN com o aumento da FR.

33 Taquipnéia Transitória do RN
FISIOPATOLOGIA Pode resultar também de qualquer alteração que eleve a pressão venosa central, com consequente retardo na absorção do líquido pulmonar através do ducto torácico.

34 Taquipnéia Transitória do RN
FATORES DE RISCO Nascimento por via operatória  ausência de trabalho de parto Retardo no clampeamento como a ordenha do cordão  transfusão de sangue da placenta para o RN, aumento da PVC Macrossomia Sexo masculino Sedação materna excessiva Administração excessiva de líquidos à mãe no período intraparto.

35 Taquipnéia Transitória do RN
QUADRO CLÍNICO Taquipnéia (>80irpm) nas primeiras 6h Cianose, retração subcostal e intercostal leve, batimento de asa de nariz, gemido expiratório A ausculta respiratória é normal Os sintomas persistem em média por 12 a 24h nos casos leves, quando graves prolongam-se por mais de 72h.

36 Taquipnéia Transitória do RN
DIAGNÓSTICO Achados clínicos Gasometria  acidose respiratória leve e hipoxemia discreta Radiológico  hiper-expansão, estrias partindo do hilo, cissura visível ou RX frequentemente normal.

37 Taquipnéia Transitória do RN
TRATAMENTO É um distúrbio autolimitado, de evolução benigna Suplementação de oxigênio  objetivo de manter a saturação > 90%, geralmente basta uma FiO2 ≤ 40% Nos estágios iniciais, está indicada restrição hídrica de 60ml/Kg/dia por via parenteral *No RN em que há necessidade de O2 ≥ 60% ou VPP para obter oxigenação adequada, o diagnóstico TTRN é improvável.


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