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PublicouDiogo Rijo Santana Alterado mais de 7 anos atrás
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Viagens na Minha Terra Almeida Garrett (1799-1854)
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Contexto Introdução do Liberalismo em Portugal 1820 – Revolução Liberal do Porto 1822 – Constituição Liberal
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1826: Morte de D. João VI - D. Pedro abdica da Coroa de Portugal em nome de sua filha D. Maria da Glória - Carta Constitucional: constituição mais conservadora
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Restauração Absolutista 1828 – D. Miguel é proclamado Rei
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1831: D. Pedro abdica da Coroa do Brasil. Vai a Portugal lutar contra o irmão
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Guerra Civil 1832-1834 Liberais Burgueses Defendem a Monarquia Liberal ou Constitucional Absolutistas (miguelistas) Nobreza/clero Defendem a volta da Monarquia Absoluta Vitória dos Liberais. D. Miguel é expulso de Portugal
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Honoré Daumier
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1836 – Setembrismo liberais radicais restauram Constituição de 1822
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1841 – D. Maria II restaura Carta Constitucional e coloca Costa Cabral como ministro Costa Cabral, ministro corrupto e autoritário
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Romance Heterogêneo relato de viagens, jornalismo crítico, dissertações filosóficas, discussão literária e uma história sentimental Publicação 1843 – Folhetim 1846 – Livro Tempo da Ação Início da viagem: “17 de julho de 1843”
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Narrador 1ª Pessoa: projeção literária do autor - Garrett Estilo Coloquialismo Diálogo com o leitor Ironia
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Vocabulário liberal referências a Parlamento inglês liberdade de imprensa - Críticas à desigualdade social - Jargão jurídico
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Estilo Digressivo: desvios da narrativa
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Modelos Literários Laurence Sterne (1713-1768) A vida e as opiniões do cavaleiro Tristam Shandy Xavier de Maistre (1763-1852) Viagem à roda do meu quarto Memórias Póstumas de Brás Cubas: “Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de um Sterne, ou de um Xavier de Maistre, não sei se lhe meti algumas rabugens de pessimismo. Pode ser. Obra de finado.”
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Sumários resumo dos pontos principais de cada capítulo CAPÍTULO 1 De como o autor deste erudito livro se resolveu a viajar na sua terra, depois de ter viajado no seu quarto; e como resolveu imortalizar-se escrevendo estas suas viagens. Parte para Santarém. Chega ao terreiro do Paço, embarca no vapor de Vila Nova; e o que aí lhe sucede. A Dedução Cronológica e a Baixa de Lisboa. Lorde Byron e um bom charuto. Travam-se de razões os Ílhavos e os Bordas-d’Água: os da calça larga levam a melhor.
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Viagem de Lisboa a Santarém
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Santarém / Camões Símbolos da grandeza lusitana do passado
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1ª Parte da Viagem De Vapor até Vila Nova da Rainha
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Viagem = “símbolo do nosso progresso social” D. Quixote Espírito Ingenuidade Sonho Sancho Pança Matéria Malícia Realidade Andam juntos e progredindo sempre 2 princípios:
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Condução narrativa dupla Divagações/sonho (“princípio D. Quixote”) Relato do que acontece na viagem (“princípio Sancho Pança”)
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Sou sujeito a estas distrações, a este sonhar acordado. Que lhe hei de eu fazer? Andando, escrevendo: sonho e ando, sonho e falo, sonho e escrevo. Francamente me confesso de sonâmbulo, de soníloquo, de... Não, fica melhor com seu ar de grego (hoje tenho a bossa helênica num estado de tumescência pasmosa!); digamos sonílogo, sonígrafo... A minha opinião sincera e conscienciosa é que o leitor deve saltar estas folhas, e passar o capítulo seguinte, que é outra casta de capítulo.
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2ª Parte da Viagem “Traquitana de Cortinas” de Vila Nova até o Pinhal de Azambuja
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Estalagem da Azambuja Descrição romântica Idealização Mocinha/herói Descrição verdadeira Sujeira Velha nojenta “Verdade e mais verdade” Crítica aos lugares-comuns românticos/folhetinescos
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3ª Parte da Viagem: de mula até Santarém Visita ao “Reino das Sombras” Conversa com Marquês de Pombal
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Digressão Principal: história de Joaninha, A menina dos rouxinóis Tempo: Guerra Civil (1832-1834) Narrador: 3ª pessoa (história contada por um companheiro de viagem) Espaço: Vale de Santarém/Ilha Terceira (Açores)/Inglaterra Estilo: sentimentalismo valorização do discurso direto
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D. Francisca: avó velha, sentimental e cega
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Joaninha dos rouxinóis: 16 anos, olhos verdes, inocência, pureza
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Frei Dinis: franciscano de moral rígida, justo, conservador e absolutista Marcas do Passado: Dinis de Ataíde, ex-corregedor Convento de São Francisco, em Santarém, fundado em 1242
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Carlos, o primo Liberal, contraditório e impulsivo Em 1830: declamou contra D. Miguel, mostrou-se entusiasta da causa liberal, e protestou que, naquele ano, de tal modo se tinha pronunciado em Coimbra e ainda em Lisboa que só uma pronta fuga o podia salvar. Oposição ideológica: Carlos X Frei Dinis
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1833-34: Guerra civil no Vale de Santarém Encontro de Carlos com Joaninha Carlos: Coração dividido Joaninha/Georgina
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Volta eixo narrativo principal Chegada a Santarém Patrimônio Arquitetônico destruído
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Visitas a monumentos históricos e narrativas de lendas locais Santa Iria (Santa Irene) Igreja do Santo Milagre (estória com furto de hóstia) Mosteiro de São Domingos (roubo dos ossos de frei Gil)
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Vista atual da casa da Alcáçova, onde Garrett ficou hospedado em Santarém
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Vista da Alcáçova para o Tejo
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Vista atual da Igreja da Graça, construída no século XIV
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O túmulo profanado de D. Fernando
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Metalinguagem Neste despropositado e inclassificável livro das minhas Viagens, não é que se quebre, mas enreda-se o fio das histórias e das observações por tal modo, que, bem o vejo e o sinto, só com muita paciência se pode deslindar e seguir em tão embaraçada meada. Vamos pois com paciência, caro leitor; farei por ser breve e ir direito quanto eu puder.
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Volta Digressão Principal Carlos ferido na Guerra: é tratado por Georgina e Frei Dinis no convento de São Francisco — Padre, padre! e quem assassinou meu pai, quem cegou minha avó, e quem cobriu de infâmia a minha... a toda a minha família? — Tens razão, Carlos, fui eu; eu fiz tudo isso: mata-me. Mas oh! mata-me, mata-me por tuas mãos, e não me maldigas. Mata-me, mata-me. É decreto da divina justiça que seja assim. Oh! assim meu Deus! às mãos dele, Senhor! Seja, e a vossa vontade se faça...
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Anagnórise (reconhecimento) Verdade revelada: Carlos é filho de Frei Dinis. Carlos foge para Évora-monte
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Garrett parte de Santarém No vale de Santarém, Garrett encontra Frei Dinis e D. Francisca Carta de Carlos: Na Inglaterra, amou Laura, Júlia e Georgina Na Ilha Terceira, relações com jovem freira Soledad Carlos conclui que não era digno de Joaninha
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Desfecho da Novela Sentimental Joaninha ficou louca e morreu Georgina virou abadessa num convento inglês Carlos virou “Barão” Barão = rico que afirma modernizar o país enquanto dilapida as riquezas nacionais em benefício próprio
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Caráter Alegórico da Novela Sentimental Carlos: liberalismo revolucionário que se degradou ideologicamente Frei Dinis: Absolutismo conservador Joaninha: pureza que não pode existir mais D. Francisca: Portugal cego que apenas sofre pelos filhos
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Reflexões amarguradas É muito mais poético o frade que o barão. O frade era, até certo ponto, o Dom Quixote da sociedade velha. O barão é, em quase todos os pontos, o Sancho Pança da sociedade nova. Menos na graça... Por isso brigamos muito tempo, afinal vencemos nós, e mandamos os barões a expulsá-los da terra. No que fizemos uma sandice como nunca se fez outra. O barão mordeu no frade, devorou-o... e escouceou-nos a nós depois. Como havemos agora de matar o barão?
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Crítica ao Romantismo idealizador Mas aqui é que me aparece uma incoerência inexplicável. A sociedade é materialista; e a literatura, que é a expressão da sociedade, é toda excessivamente e absurdamente e despropositadamente espiritualista! Sancho rei de fato, Quixote rei de direito.
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