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PublicouVilamar Vila Alterado mais de 7 anos atrás
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Graciliano Ramos
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Publicado em 1938; 13 capítulos; Pertence a segunda Fase modernista, conhecida como regionalista; Originalmente se chamaria “ O mundo coberto de penas”. Crítica Social;
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A obra é narrada em terceira pessoa; Discurso indireto livre; Sinhá Viória desejava possuir uma cama igual à do seu Tomás da bolandeira. Doidice.não dizia nada para não contrariá-la, mas sabia que era doidice. Cambembes podiam ter luxo? E estavam ali de passagem. Qualquer dia o patrão os botaria fora, e ele ganhariam o mundo, sem rumo, nem teriam medo de conduzir os cacarecos. (Graciliano Ramos
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Espaço físico; Sertão nordestino; Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. [...] ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala. (Graciliano Ramos, p. 09). [...] Encolhido no banco do copiar, Fabiano espiava a catinga amarela, onde as folhas secas se pulverizavam, trituradas pelos redemoinhos, e os garranchos se torciam, negros, torrados. (Graciliano Ramos, p.117)
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Não –linear; Valorização do psicológico em detrimento do cronológico; [...] Sinhá Vitória, queimando o assento no chão, as mãos cruzadas segurando os joelhos ossudos, pensava em acontecimentos antigos que não se relacionavam: festas de casamento, vaquejadas, novenas, tudo numa confusão. (Graciliano Ramos, p.11)
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Principais: Fabiano, Sinhá Vitória, Menino mais velho, menino mais novo, baleia; Protagonista: Fabiano Antagonista: Soldado amarelo. Secundários: Dono da fazenda, Tomás da Bolandeira, fiscal da prefeitura;
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Animalização do homem Vivia longe dos homens, só se dava bem com os animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. [...] Às vezes utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopéias. (Graciliano Ramos, p. 20) Humanização do animal O menino continuava a abraçá-la. E Baleia encolhia-se para não magoá-lo, sofria a carícia excessiva. O cheiro dele era bom, mas estva misturado com emanações que vinham da cozinha. [...]. (Graciliano Ramos, p. 61)
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“Escrevi um conto sobre a morte duma cachorra, um troço difícil, como você vê:procurei adivinhar o que se passa na alma duma cachorra. Será que há mesmo alma em cachorro? Não me importo. O meu bicho morre desejando acordar num mundo cheio de preás. Exatamente o que todos nós desejamos. (...) no fundo todos somos como minha cachorra Baleia e esperamos preás. É a quarta história feita aqui na pensão. Nenhuma delas têm movimentos, há indivíduos parados. Tento saber o que eles têm por dentro. Quando se trata de bípedes, nem por isso, embora certos bípedes sejam ocos; mas estudar o interior duma cachorra é realmente uma dificuldade quase tão grande quanto sondar o espírito dum literato alagoano. Referindo-me a animais de dois pés, jogo com as mãos deles, com os ouvidos, com os olhos. Agora é diferente. O mundo exterior revela-se a minha Baleia por intermédio do olfato, e eu sou um bicho de péssimo faro. Enfim parece que o conto está bom, você há de vê-lo qualquer dia no jornal.” CARTA DATADA DE 7 DE MAIO DE 1937, ESCRITA POR GRACILIANO RAMOS, DO RIO DE JANEIRO, PARA SUA ESPOSA HELOÍSA RAMOS QUE SE ENCONTRAVA EM ALAGOAS.
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