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“ UM TRABALHO A TROCO DE NADA?" A resposta da comunidade GNOME para Jô Soares e Bill Gates à luz da teoria da Dádiva Vicente Aguiar

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Apresentação em tema: "“ UM TRABALHO A TROCO DE NADA?" A resposta da comunidade GNOME para Jô Soares e Bill Gates à luz da teoria da Dádiva Vicente Aguiar"— Transcrição da apresentação:

1 “ UM TRABALHO A TROCO DE NADA?" A resposta da comunidade GNOME para Jô Soares e Bill Gates à luz da teoria da Dádiva Vicente Aguiar vicenteaguiar@gmail.com IV Fórum GNOME - Aracaju/SE

2 ... de graça? William Henry Gates III 3 de fervereiro de 1976 “An Open Letter to Hobbyists” Jô Soares 05 de Outubro de 2006 “Progarama do Jô”

3 PARA RESPONDER... ● Uma Pesquisa (N)etnográfica: – 12 entrevistas semi-estruturadas com membros de diferentes países que participam de forma atuante no Projeto Internacional. – Catalogação de 297 membros da comunidades que estavam registrados na Fundação GNOME, no período entre fevereiro e novembro de 2006.

4 Comunidade GNOME

5 ● Mais de 300 colaboradoras/es de 59 países dos c inco co ntinentes do Planeta. ● Voltada para o desenvolvimento e a distribuição do sistema de desktop GNOME e da Plataforma de Desenvolvimento GNOME que somam juntos mais de 100 softwares; ● Traduzidos para mais de 133 indiomas e dialetos de todo o mundo. Comunidade GNOME

6 Problema de Partida: ● “ Como se manifesta a dinâmica de trabalho dos hackers, no processo de produção não-contratual e colaborativo, presente nas comunidades virtuais de softwares livres, em particular, na GNOME ?”

7 Resultados da Pesquisa ● A Cultura e a Ética de trabalho Hacker no GNOME: Trabalho = diversão e lazer!

8 Resultados da Pesquisa ● 81% ds hackers dedicam seu “tempo livre” ao projeto – sem contar aqueles que dedicam o tempo que “não deveria ser livre”. ● Uma nova questão: – Por que os hackers que trabalham de forma voluntária no GNOME dedicam seu tempo livre e ainda parte do “tempo que não deveria ser livre”?

9 Eis que surge então uma outra resposta comum à todas as entrevistas...

10 “...por causa das pessoas”

11 Mais especificamente...

12 “ Por me sentir parte da comunidade, por causa dos laços de amizade, da identificação com os ideais do projeto. Isto faz você gostar do projeto de uma forma que você quer dedicar (doar) seu tempo naquilo. As pessoas não levam as coisas tão a sério. Trabalhar no GNOME é divertido, não só por causa do código que eu gosto de fazer naturalmente, mas por causa das pessoas envolvidas e por causa do tratamento que você tem com elas.“ Guilherme Pastore

13 “O projeto está dividido em duas coisas: obviamente é o desktop livre, o código aberto, a base de tudo. Do outro lado, você tem pessoas muito, muito interessantes e isso é fascinante poder encontrar amigos por lá, ainda mais se você fizer projetos por diversão. Eu acho que é umas das melhores coisas que eu realmente posso dedicar a minha vida. Eu acredito que é uma boa causa. E eu penso que é muito legal para mim conhecer pessoas de várias partes do mundo “ Glynn Foster

14 Assim, ● Com os resultados desta pesquisa, pode-se dizer também que tal engajamento é, ao mesmo tempo, gratuito e impulsionado pelo interesse de se trabalhar junto (socialmente interessado).

15 Mais ainda, O fator organizacional dessa comunidade on-line de software livre não está associado nem ao dinheiro, nem a acumulação de bens; mas à paixão e ao prazer de criar juntos algo que seja reconhecidamente valioso entre seus pares, em termos tecnológicos e socais..

16 Remunerado X Voluntário? Da mesma forma que não se pode de maneira simplista considerar que um desenvolvedor não-remunerado é desprovido de qualquer interesse, também é equivocado partir do entendimento que um hacker remunerado dentro do Projeto GNOME é regido apenas por motivos utilitários e funcionais. Antes de tudo, porque, mesmo se submetendo a um contrato de trabalho formal, todo o código compartilhado por esses hackers não são da empresa contratante.

17 Por isto... “o lado negativo (do Projeto GNOME), é que é muito fácil ser tomado pelo grupo. Por exemplo, nos últimos dois anos eu não fiz nada a não ser comer, dormir e trabalhar com este grupo. O grupo foi uma das duas melhores coisas (neste período). De maneira geral, o fato é que nós estamos tão estreitamente ligados que pessoas de fora dificilmente entendem como nós pensamos, e (assim) nós começamos a interagir mais friamente com essas pessoas de fora (outsiders). Eu acho que a gente realmente deveria evitar este problema.” Louis Villa

18 Por fim, a “regra de ouro” O código e o tempo de trabalho são doados não para se receber algo em troca, mas para que outros compartilhem e continuem doando também. Essa é a “regra de ouro”, relatada por Richard Stallman no início do Projeto GNU. Dessa forma, as relações dentro dessa organização acabam sendo regidas por algo que pode ser definido como um processo não-contratual de dívida mútua e positiva entre membros. De forma ainda direta, trata-se então de uma nova expressão da dádiva moderna: um sistema de dádiva mediada por computador.

19 Perguntas? Contato: vicenteaguiar@colivre.coop.br Obrigado! :-)


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