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Teresa Carvalho, Sónia Cardoso & Pedro Videira

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Apresentação em tema: "Teresa Carvalho, Sónia Cardoso & Pedro Videira"— Transcrição da apresentação:

1 Teresa Carvalho, Sónia Cardoso & Pedro Videira
ENCONTRO CIÊNCIA ENCONTRO COM A CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM PORTUGAL 03/07/2017 Mudanças nas condições de emprego e de trabalho dos académicos: impacto nas percepções e decisões acerca da carreira Changes in Portuguese academics’ employment and work conditions: impact over the perceptions and decisions about the career Teresa Carvalho, Sónia Cardoso & Pedro Videira Supported by FCT: EXCL/IVC-PEC/0789/2012

2 CONTEXTO DE MUDANÇAS Nas últimas décadas, temos vindo a assistir a reformas significativas nos sistemas de ensino superior em praticamente todo o mundo. Estas reformas são influenciadas pela NGP/managerialismo, enquadradas numa ideologia neo-liberal sustentada numa tríade que integra: MERCADO Aumento da competição e da escolha racional, com o ES a ser assumido como uma mercadoria e os estudantes como clientes. PERFORMANCE Relacionada com as agendas de accountability, sustentada em objectivos mensuráveis, testes, rankings, comparações (benchmarks) que alimentam o sistema em nome da sua potencial melhoria. GESTÃO Traduzida em novas relações de poder e numa menor atenção ao ‘humano’.

3 DESPROFISSIONALIZAÇÃO
As condições de trabalho dos académicos bem como o prestígio e estatuto da profissão estão a ser desvalorizados. PROFISSIONALISMO Os valores da profissão alteram-se dado o processo de aculturação à cultura da gestão. POFISSIONALISMO

4 Reformas no ES e a profissão académica
Os profissionais constituem um dos principais alvos das reformas do setor público. A proposta é modernizar as práticas de trabalho através do desmantelmento das políticas e práticas tradicioanis de GRH (Ferlie et al., 1996). A profissão académica torna-se mais diversificada, flexível e incerta com os académicos a possuírem posições mais instáveis e precárias induzindo condições de trabalho com piores condições contratuais e remuneratórias. Existe uma tendência para perceber os académicos como trabalhadores intelectuais, associados a serviços especializados e responsabilizados perante as instituições que lhes pagam os salários, em vez de se considerarem como profissionais autónomos e especializados (Altbach, 2001; Musselin, 2008)

5 Profissão Académica O control tradicional é substituído pela medição e monitorização Mudanças nos valores, poderes e práticas de académicos Existe o racional de que ‘menos estabilidade de emprego’ pode estimular ‘ a qualiadde e a produtividade do trabalho académico’ Aumento da diversidade, flexibilidade e incerteza nas relações contratuais Maior susceptibilidade de alguns segmentos da carreira professional: os mais jovens e as mulheres.

6 Impacto negativo sobre a profissão
O CONTEXT NACIONAL Managerialismo (especialmente desde 1990) Iniciativas Legais Redefinição da autonomia das universidades e politécnicos publicos. Contratualização entre o Estado e as IES Novo quadro jurídico das IES Novos modelos de garantia da qualidade Novo quadro legal para a carreira tanto na universidade como no politécnico Impacto negativo sobre a profissão Nos termos e condições de emprego e no estatuto social. Enfase na racionalização e control dos custos Clima de austeridade social, política e financeira

7 Metodologia Questionário Online enviado a todos os académicos portugueses (N=32,346): 1,661 answers (cerca de 5% da população académica). (i) Consequências para a profissão académica das mudanças organizacionais que afetam as instituições; (ii) Relevância social e vontade de permanecer na profissão; Tratamento estatístico dos dados (média e mediana): percepções dos académicos; Non-parametric tests (Mann-Whitney and Kruskall-Wallis): para analisar diferenças de acordo com género, idade, subsetor e subsistema e categoria profissional.

8 Amostra

9 Mudanças nas instituições
Impacto das mudanças organizacionais na profissão académica Mudanças nas instituições Aumento nas horas de trabalho (média e mediana = 4) Redução no número de trabalhadores permanentes (média = 3,85; mediana = 4) Aumento da precariedade dos contratos laborais (média = 3,74; mediana = 4) Mas…não referem a diminuição da autonomia para decidir sobre o seu próprio trabalho. Primazia dos valores da gestão sobre os valores profisisoanis (média = 3.72; mediana = 4)

10 ACADÉMICOS NO SETOR PÚBLICO PROFESSORES ASSOCIADOS E ASSISTENTES
MULHERES Tendem a concordar mais do que os homens com o aumento das horas de trabalho e com a redução de pessoal permanente. ACADÉMICOS NO SETOR PÚBLICO Tendem a concordar mais, do que os do privado, com a existência de mudanças na profissão. PROFESSORES ASSOCIADOS E ASSISTENTES (PA)tendem a concordar mais com o aumento nas horas de trabalho   (A)Tendem a concordar mais com o aumento da precariedade do trabalho

11 Maior predisposição para mudar de organização do que de profissão.
É a profissão académica socialmente prestigiada e recomendada? Académicos tendem a considerar a profissão como socialmente valorizada e prestigiada. (média = 3.42; mediana = 4) Académicos tendem a recomendar a profissão a quem está iniciar a carreira. (média = 3,37; mediana = 4) Tendência para rejeitar a ideia de que mudaria para outra profissão caso surgisse a oportunidade. (média = 2.63; mediana = 2) Maior predisposição para mudar de organização do que de profissão. (média = 3; mediana = 3)

12 É a profissão académica socialmente prestigiada e recomendada?
Homens: concordam mais que a profissão é socialmente relevante. Contudo, também concordam mais que mudariam para outra profissão se a oportunidade surgisse. Mais jovens(<40 anos): menos predisposição para recomendar a profissão; maior predisposição para mudar de profissão. Perceções opostas às dos académicos mais velhos (>60 anos) À medida que a idade aumenta, a predisposição para recomendar a profissão aumenta, enquanto a predisposição para mudar de profissão diminui.

13 É a profissão académica socialmente prestigiada e recomendada?
Académicos no setor privado: maior predisposição para recomendar a profissão e para a considerar socialmente valorizada e prestigiada. Académicos no setor público: mudariam mais facilmente para outra profissão se a oportunidade surgisse. (Politécnicos) Professores coordenadores e coordenadores principais: maior predisposição para recomendar a profissão. Assistentes: maior predisposição para mudar de profissão.

14 Conclusão Os académicos portugueses reconhecem que as mudanças que afetaram as instituições nos últimos anos interferem com a sua profissão: Deterioração das condições de trabalho: aumento da precariedade contractual e das horas de trabalho, redução do pessoal permanente, primazia dos valores da gestão sobre os valores profissionais. Resultam do impacto da NGP/managerialismo e do clima de austeridade ao nível da governação e gestão das instituições.

15 Conclusões Contradições nas perceções dos académicos: coexistência de perceções negativas face à deterioração das condições de trabalho com perspetivas positivas sobre a profissão. Apesar da aparente ‘corrosão’ das condições da profissão, esta ainda é considerada como socialmente valorizada e prestigiada permitindo alguma autonomia profissional. Assim, apesar do impacto negativo da NGP/mangerialismo e austeridade a profissão parece ter sido capaz de manter o seu prestigio e atratividade.

16 Muito obrigada pela atenção!


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