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Economia Latino americana na passagem do século XX – Expansão

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Apresentação em tema: "Economia Latino americana na passagem do século XX – Expansão"— Transcrição da apresentação:

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2 Economia Latino americana na passagem do século XX – Expansão
Crescimento da economia mundial Expansão do comércio mundial Revolução tecnológica e nos transportes Estradas de ferro e navios Necessidade de minério Aumento da demanda por alimentos Influxos de capital Desenvolvimento de instrumentos e canais financeiros Padrão Ouro – fluidez Influxos de pessoas

3 Fase exportadora das economias latino americanas
Especialização produtiva Exportadoras de produtos primários Crescimento Em geral crescimento extensivo Diferenças: Loteria das commodities Ritmos diferenciados de crescimento Mas até onde este crescimento acompanhado de: Desenvolvimento de infraestrutura (transporte e urbana) Instituições (códigos/leis, bancos, associações ) Progresso técnico Diversificação produtiva e ampliação do mercado interno

4 Problemas Excessiva especialização (mesmo que existam diferenças)
Estruturas produtivas em que existe uma forte distancia entre Consumo interno e produção interna Grande dependência das importações Vulnerabilidade - Consome-se o que se importa e produz-se o que se exporta, não se consome o que se produz Forte tendência a superprodução Existência de mão de obra e terras Limites ao processo de diversificação e integração nacional Forças tendência a queda de preços relativa, especialmente nos bens cuja demanda possui baixa elasticidade em relação à renda

5 Outros problemas de longo prazo
Até onde existe tendências estruturais dos termos de troca e preços das commodities

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7 Existe uma visão idealizada do Padrão Ouro
arranjo durável e eficiente para manter estabilidade do valor da moeda nacional e gerar condições para garantir um crescimento estável e sustentado, baseado no Crescimento do comércio Crescimento dos investimentos externos virtudes surgem em função da valorização do “mecanismo automático” de correção de desequilíbrios do BP e da diminuição da possibilidade de políticas discricionárias Clima intelectual que proteja governos das pressões de orientar suas políticas para caminhos que não sejam os da estabilidade da moeda e do cambio

8 Padrão Ouro – visão geral
1. Liquidação de pagamentos internacionais – “transferência de Ouro” Reservas em Ouro - liquidez, Na prática, com tempo, muitos países adotam libra 2. Conversibilidade da moeda nacional em Ouro à uma taxa fixa se todos os países - sistema de cambio fixo taxas de cambio só flutuam entre pontos do ouro - custo de transporte e seguro 3. Liberdade na exportação e importação de divisas (Au) - livre fluxo de capitais em alguns países (CH, Hol, Belg) conversão não automática pode existir intervenções evitando saída 4. Qual mecanismo de ajuste do Balanço de Pagamento Atrelar Política Monetária às reservas Variação de reservas leva a uma variação da oferta interna de moeda 8

9 Como funciona o Padrão Ouro ?
O equilíbrio no Balanço de pagamentos

10 Regras do Padrão Ouro Os mecanismos “automáticos” de
ajustes nos Balanços de pagamentos: Mecanismo de D. Hume (1752): mecanismo de fluxo de moedas metálicas Bal Comercial negativa – saída de ouro – deflação Bal Comercial positiva – entrada de ouro - inflação mecanismo de preço possui um impacto sobre balança. Comercial que corrige o desequilíbrio hipótese: P e w flexíveis facilitam ajustes Modelo antigo: só circulam moedas de ouro Não existe papel moeda e bancos não tem função Fluxos de ouro – só para pagar mercadorias, balança de capital e diferenças de juros entre países não tem importância no modelo 10 10

11 As “regras do Jogo” (Keynes 1925)
Mecanismo de juros no redesconto mesmo efeito de Hume mas não necessário saída de ouro Se BC (autoridade monetária) percebe (ou prevê que existirá) uma saída de ouro (déficit Balanço de Pagtos) Aumento de juros (do redesconto) diminui desejo dos bancos de fazerem empréstimos redescontando títulos junto ao BC – produz um aperto monetário diminui crédito, diminui demanda e diminui importações Impacto positivo sobre balança de capitais, atrai capital Consequências normalmente recessivas mas resolve problema de saída de ouro (deficit Bal pgtos)

12 Regras ou discrição ? Até onde regras do jogo são seguidas ?
(regras do jogo não foram assinadas) Autoridade Monetária tem poder discricionário e pode (ou é levado a usá-lo), por exemplo, Não aumentando os juros pois Problema com recessão Problema com perda de lucro e de clientes dos bancos nacionais privados Problema liquidez (emprestador última instancia) Quebra de bancos: p.ex. Overend & Gurney (1866) e Baring (1890) Problema com custo da divida pública Nos momentos inversos, não abaixando os juros e fazer a “esterilização” de entrada de recursos (políticas de neutralização) em função por exemplo de possível surto inflacionário 12 12

13 O Padrão-Ouro como instituição característica de um momento histórico
Se Autoridade Monetária (AM) pode usar seu poder discricionário e sair das “regras do jogo” então não existe o Padrão ouro ? Não existe estabilidade das taxas de cambio, fluxos de capital ? Questão-chave para compreender o funcionamento do Padrão-Ouro Padrão Ouro é um mecanismo informal mas é uma “instituição” socialmente construída: Historicamente AM está bem protegidos contra pressões que o afastam das “regras do jogo” Pedra fundamental: Confiança no compromisso dos governos com os princípios do Padrão-Ouro e consenso (mundial ?) no benefício da preservação das regras de ouro 13

14 Consenso: assim é melhor
1) Reduzida pressão política em favor de outros objetivos que não a estabilização econômica (regras do jogo) Estabilização econômica : manter taxas de cambio estáveis, preços estabilizados e com base nisto permitir expansão “Regras” podem implicar em políticas contracionistas mas as pressões para evitá-las são pequenas pois Não existe consenso na época sobre a relação entre uma possível política do BC e a atenuação do desemprego, ainda mais que preços eram flexíveis Salários e preços flexíveis políticas tem menor impacto sobre o emprego Junto com Padrão Ouro existe o crescimento do mundo ricardiano e da economia global e seus beneficiários são fortes defensores do padrão ouro trabalhadores como principais atingidos tem reduzida participação política em função de ainda prevalecer voto censitário Governos privilegiam laços internacionais a demandas internas 14

15 “Assim é melhor e assim se fará”
2) Credibilidade da Autoridade Monetária e fluxos de capitais de natureza estabilizadora BC pode se afastar das regras e até agir por algum tempo em sentido oposto mas se acredita que no longo prazo teremos a manutenção (ou volta) às regras do jogo Existe confiança de que “assim é melhor e assim será feito” mesmo que no curto prazo existam razões conjunturais para se afastar da boa prática Não existem muitos movimentos financeiros desestabilizadores (ataques), ao contrário, quando há a perspectiva de desvalorização, existe um movimento de compra (expectativa de ação da AM) e volta ao normal Mesmo desrespeito às regras do jogo no curto prazo resulta em fluxos estabilizadores pois existe confiança que AM’s respeitem as regras no longo prazo 15 15

16 3. Solidariedade Internacional
Problemas quando situação é assimétrica Necessário políticas diferenciadas e “solidariedade” Exemplo: Crise do Baring (1890) – Argentina Dúvida se Banco da Inglaterra é capaz de, como emprestador em ultima instancia, socorrer o Baring e ao mesmo tempo defender a paridade da libra (seguir as regras do jogo (política monetária adequada) Por que socorrer é importante: efeito contágio (liquidez e psicológico), crise sistêmica etc Solução: Banco da Inglaterra recebeu recursos (ouro) de outros países (França e Rússia) para garantir seu papel de emprestador em última instancia e manter libra conversível Existem outros exemplos de medidas de cooperação internacional – esta se mostrou necessária em momentos de crise internacional Dinamarca 1882, EUA 1893, Alemanha 1898 Nacionalismo da política monetária não plenamente difundido e vistos como problemas temporários e pontuais Aceita-se por vezes clausulas de exceção: suspensão temporária da conversibilidade Solidariedade e aceitação de excepcionalidade mais fácil dentro do clube; fora dele nem tanto

17 Assimetrias sob PO PO no centro – leva a estabilidade
Estabilidade que não se verifica na periferia por que ? Problemas auto inflingidos Assimetrias no ajustamento

18 A política anti Padrão Ouro na Periferia
Defensores de Padrão ouro – não tão forte fora da Europa EUA é um exemplo – grandes críticos do crime de 73 e da deflação Pressão para recunhagem da prata, alavancagem do sistema AL: defensores da desvalorização (e da inflação)

19 Sistema não funciona tão bem na periferia
Cooperação não atinge periferia Se GB problemas – socorro. Se AL ? Problemas da periferia não põe em risco sistema Países AL – não instituições (bancos centrais ?) para fazer cooperação Países periféricos : sistema financeiro menos desenvolvido Perda de Ouro – implica automaticamente em política monetária apertada Não é possível – “compensações temporárias” Não existe BC que esteriliza saída de capital Não existe emprestador em última instancia, Não existe mercado de títulos para política de esterilização

20 As assimetrias Problema superávit de um, déficit de outro - manter sistema mais difícil para país devedor que credor Até onde coordenação automática e simetria? Mais fácil desacelerar exportações de capital quando há problemas na conta corrente do que conseguir novos empréstimos para financiar BTC ou fazer ajustes na própria

21 Furtado e o PO “impossibilidade de adaptar-se às regras do padrão ouro, base de toda a economia internacional no período que aqui nos ocupa” ordem internacional era assimétrica economia especializada na exportação de poucos produtos primários era incapaz de permanecer no padrão ouro Incapacidade fundamentalmente explicada pela instabilidade cíclica das exportações e as dificuldades quando das crises e quedas dos preços das commodities

22 Padrão Ouro na AL: problemas
Furtado: AL possui diferenças em relação aos países centrais Exportações e Balanço de Pagamentos – mais importante no total da renda e na sua dinâmica que países centrais Elevado coeficiente de importações Oscilações do BP (oscilações do Preço dos produtos exportados) são mais agudas que nos países centrais déficit BP e seu combate: efeitos fortes na economia da AL regras de PO (cambio fixo e política monetária metalista) – podem causar recessão profunda Queda de reservas grande, contração monetária também deveria ser substancial para reverter BP – traumatiza sistema Fluxos de capital – não funciona de forma contra-ciclica, ao contrário existe saída de capital se economia cafeeira entra em crise

23 Os mecanismos de transmissão internacional das crises para os países periféricos envolveriam tanto o mercado de bens quanto os fluxos de capital. Há(via) uma correlação positiva entre a variação cíclica das receitas de exportação e dos influxos de capital uma dupla bonança (comercial e financeira) nas fases de alta que seria seguida por uma dupla penúria assim que uma crise cíclica se verificasse nos centros industriais. Estes ciclos seriam transmitidos ao sistema econômico periférico de modo além de seu controle, de maneira que “a crise penetrava neste de fora para dentro e seu impacto alcançava necessariamente grandes proporções”

24 Os ajustes no centro Problema BP (p.ex. diminuição de exportações)
Restrições monetárias e aumento de juros Deflação e recessão Queda de importações e aumento de exportações Entrada de capitais (contra cíclicos) “Resolve” BP

25 E os efeitos sobre periferia
Crise nos Países Centrais Diminui suas importações (diminui exportações dos periféricos) Problema BP na periferia Queda de demanda por produtos primários: queda das exportações e diminuição dos TT Mesmo com aumento dos juros - fluxos de capitais não entram (risco)- (capital - pró-ciclicos) BP dificuldade de se estabilizar

26 Países exportadores de commodities
Dependência de poucos produtos Sujeitos à abalos muito fortes nos preços das exportações Oscilações significativas dos termos de troca Sujeitos a efeitos desestabilizadores dos fluxos de capital Conta corrente (comercial) e de capital se reforçam mutuamente

27 A Evolução do Sistema Monetário Internacional
Controles

28 SMI: O Período de entre guerras
Período de entre guerras caracterizado como Internacionalmente: Guerras comerciais e batalhas financeiras e monetárias instabilidade cambial Restrições aos fluxos de capitais e insegurança quanto aos ativos de reserva descoordenação macroeconômica internacional e ajustes sobre o vizinho. efeitos negativos sobre renda, comércio, investimentos em geral internamente: visão conflitiva entre grupos sociais “Polarizações domésticas exacerbam antagonismos no exterior e conflitos internacionais exacerbam extremismos locais” Cuidado também existe algum grau de mitologia inverso ao Padrão Ouro Mitos: usados para justificar determinados tipos de intervenção e/ou proposição de ajustes no SMI no pos II guerra

29 Primeira Guerra Mundial
Grande destruição humana e material Novos artefatos utilizados de maneira indiscriminada 9 milhões de mortes nas batalhas 5 milhões por privação e enfermidades na Europa (sem Rússia) 7 milhões de incapacitados permanentes 15 milhões de feridos Mesmo com fim das hostilidades dificilmente mundo continuaria o mesmo Não apenas coloca em xeque pax britanica, ordem liberal burguesa, mundo vitoriano Possibilidade de alguma ordem internacional minimamente equilibrada e harmônica é posto em xeque

30 Durante 1ª G.M. abandono do PO (exc. EUA)‏
gastos com a guerra (déficit) financiados internamente com emissões de moeda fiduciária (2/3) Resistencia/dificuldade com impostos (1/3) não cumprimento das regras do jogo suspensão da conversibilidade - flutuação das taxas de cambio (não são maiores pois há controles de capital)‏ inflação fechamento das operações financeiras externas no mercado londrino, controles de cambio dificuldades na movimentação internacional do Ouro, mas compras internacionais só Ouro aceito – drenagem Imposição de regras proibindo saída de ouro Reconversão industrial durante a guerra Inicio incentivos às empresas, encomendas militares depois centralização das decisões – ampliação da participação do Estado Alocação de pessoas, matérias primas e recursos Administração de preços, racionamento e produção

31 Conseqüências da Guerra (I)
Declínio econômico muito significativo Forte destruição física e humana, inclusive do parque industrial Necessidade de Reconstrução: Investimentos Volumosos Não subestimar necessidade de investimentos para reconversão aos fins civis com poder competitivo Ampliação dos gastos sociais Políticas econômicas nacionais ganham força Endividamento dos diferentes países inflação com diferenças entre os países EUA 100%, França acima disto, GB e Alemanha pouco abaixo Volta às antigas taxas de cambio ? reestruturação da oferta (localização dos estoques) internacionais de ouro questionamentos sobre lastreamento e moeda internacional

32 Estados Unidos Crescimento econômico EUA – deixa de
grande ofertante de produtos para os aliados Balança Comercial positiva Absorveu grande quantidade de ouro Europeus se endividam com EUA Amplia sua posição junto ao chamado mundo periférico EUA – deixa de Ser observador relativamente passivo do cenário internacional Ter penetração circunscrita à sua região original de influencia Pós guerra: passa a ser principal potencia industrial, comercial e financeira passou de devedor para credor dos países europeus EUA um dos poucos países a fornecer crédito aos demais sustenta, aplicações para reconstrução e indenização 32

33 A América Latina e os EUA
EUA já era importante na América latina antes da I GM México América Central e Caribe Venezuela Colômbia Equador Peru importância grande mas menor que exemplos acima Investimentos na mineração (Cobre peruano), petróleo, Estradas de Ferro (México), Banana (Colômbia), Açúcar (Cuba) Com Guerra – EUA ocupa posição dos países europeus (GB, França e Alemanha) na AL Cresce comércio com América Latina e infra-estrutura a ele associado – Bancos Passam a ser fortes provedores de recursos no pós guerra Década de 20: posição se consolida Importam antes da Iª GM mais dos EUA do que da GB (diferença ocorreu entre 1890 e 1913)

34 AMÉRICA LATINA e a 1ª GUERRA (1)
Aumenta demanda por exportações da América Latina? Loteria dos produtos Minerais estratégicos – forte demanda Produtos de consumo direto (café, cacau) – dificuldades Bens não essenciais e perecíveis (banana) – problemas tb Açúcar – problema com beterraba – demanda aumenta Cereais também oportunidades Problema de longo prazo: Antes da guerra já problema com crescimento menor da população dos países desenvolvidos e elasticidade renda inferior a um de muitos produtos x ampliação da oferta Com guerra: ampliação da capacidade produtiva em alguns setores Em condições normais não tem escoamento suficiente - reforço tendência a superprodução Boom do pós guerra reforça problema

35 AMÉRICA LATINA e a 1ª GUERRA (2)
Fluxos de capitais – estancam na guerra Do lado das importações – ameaça Dificuldade de importação Problemas com transporte Europa – reestruturação produtiva Falta de recursos Diminuição das importações menos importante quanto mais se é próximo (ou ligado) aos EUA Japão aparece como fornecedor na costa Pacifico Ameaça que também se configura em uma oportunidade Debates grandes sobre possível efeito protecionista Brasil e Chile – aproveita crescimento industrial anterior – aumento da produção (ciclo investimento - produção)

36 Ia GM e a diversificação produtiva
Percepção inicial CEPAL – Guerra estimula diversificação e crescimento industrial da América Latina W. Dean contesta isto para o Brasil, seguido por outros guerra interrompe crescimento existente Autores mais recentes : CEPAL exagera, mas houve crescimento da produção industrial durante Guerra baseado em utilização de capacidade produtiva pré existente, mas investimentos Guerra aproveita expansão já em curso para Brasil, Chile Existe alguma diversificação da produção agrícola (substituição de importações) Alguns países do Pacífico (Peru e Colômbia): acesso a importações dos EUA e do Japão – não grande estimulo para substituir importações Vulnerabilidades de uma economia agro-exportadora exposta

37 I ª Guerra Mundial e os problemas de uma economia agroexportadora
Vulnerabilidades de uma economia agro- exportadora são expostas Muitos países da AL: grande distancia entre estrutura produtiva e de consumo Vulnerabilidade as vezes nas exportações, as vezes nas importações Vulnerabilidade leva crescimento do nacionalismo, de alterações no modelo

38 De voltas aos países centrais ....

39 Conseqüências da Guerra (II)
Internamente conflitos políticos se ampliam ascensão de novos grupos políticos e ampliação do direito ao voto Externamente cenário de rivalidade não resolvido Tratado de Versalhes – uma acordo de paz ou uma declaração de guerra novos países surgem e antigos “desaparecem” Rússia desfeita e abandona mercado “liberal” mundial e desobriga suas dívidas (problemas com a França) Império Austro-Húngaro e Otomano são modificados reparações de Guerra (discussão entre França e Alemanha) endividamentos durante e após Guerra

40 Abandono PO na I GM Durante 1ª G.M. - abandono do PO (exc. EUA)‏ Fechamento das operações financeiras externas no mercado londrino controles de cambio Dificuldades na movimentação internacional do Ouro, Imposição de regras proibindo saída de ouro mas compras internacionais só Ouro é aceito drenagem do ouro dos países europeus (para EUA) Gastos com a guerra financiados internamente com emissões de moeda fiduciária não cumprimento das regras do jogo Suspensão das conversibilidades flutuação das taxas de cambio (flutuações não foram maiores pois há controle de fluxos de capital)‏

41 A evolução dos regimes cambiais no Pós-Guerra
Expectativa de volta e tentativas de restauração do Padrão Ouro Conferência de Gênova Primeira metade da década de 20 - flutuação Cambio fixo adotado aos poucos (Restrições aos fluxos de capitais também diminuem) 1924 – Alemanha; GB; Itália; França antes de 1929 maior parte (39) dos países, Brasil adota em 1927 Espanha, Rússia e China são as principais exceções Nem todos os países voltam com as mesmas taxas de antes da guerra Existem dificuldades para voltar ao cambio fixo e elas são ainda maiores para se manter no cambio fixo cambio flutuante volta e também restrições aos fluxos de capitais 29/30 – periferia abandona Padrão Ouro 31 – Áustria, Alemanha e GB (grande marco); 32 - EUA; Tchecoslováquia, 35 Bélgica, 36 Suíça, França e Bélgica

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43 Dificuldades no retorno de um sistema como o do Padrão Ouro: 1
Dificuldades no retorno de um sistema como o do Padrão Ouro: 1. Deslocamento do centro de gravidade: GB para EUA GB perde sua predominância industrial e também monetária Perda de ativos metálicos Libra, que fora o ponto focal para a harmonização das políticas monetárias antes da IGM, não tem mais a posição privilegiada Novo centro (EUA): posição de Balanço de Pagamentos diferente da GB Inglaterra: compradora e emprestadora EUA: fornecedor, mas precisa também ser emprestador de recursos Volta ao PO facilitada no final dos anos 20 pois EUA fornece capital EUA: tradição de protecionismo e isolamento que são incompatíveis com necessidade de coordenação se se quer a volta do Padrão Ouro e de um mundo liberal Wilson coordena reconstrução na Conferencia de Paris, mas é desautorizado pelo Congresso norte- americano no que tange as liberdades comerciais e financeiras. Busca recuperar os créditos emprestados e não financiar a volta do comércio internacional. Mudança depois de 24

44 Balanço de pagamentos GB (milhões de Libras)
1907 1913 Balança Comercial -142 -158 Balança de serviços 280 339 Fretes 85 94 Renda de investimentos 160 210 Juros 35 Transações correntes 150 181 Conta capital e financeira -91 -198 Variação de reservas -2 -5 Erros e omissões 51 1

45 Explicações - Características
EUA: Balanço de pagamentos: superavitário Período Bens e serviços Juros e dividendos Transf. unilaterais Capitais Saldo BP -0,8 -1,0 0,2 1,6 1,7 -2,2 -0,6 1,5 -0,4 6,8 -1,6 -2,6 -0,7 -2,1

46 Dificuldades no retorno de um sistema como o do Padrão Ouro: 2
Dificuldades no retorno de um sistema como o do Padrão Ouro: 2. tensão crescente entre objetivos econômicos internos (nacionais) e política externa Crescimento do nacionalismo, problemas ligados a reconstrução do pós guerra e problemas com desemprego – obriga governos a (re)agirem Governos mais suscetíveis a políticas defensoras de emprego e de interesses nacionais Objetivo “sagrado” de manter valor externo da moeda é posto em dúvida Perde-se confiança de que esta política de cambio fixo é a melhor e assim será feito Credibilidade das políticas monetárias e cambiais compatíveis com Padrão Ouro é abalada Avanço do sindicalismo e da burocratização dos mercados (especialmente o de trabalho) Salários e preços já não reagem como antes Ajustes não são tão simples A mudança mais importante do período foi a importância crescente dos fatores domésticos como determinantes da política monetária Robert Triffin

47 Dificuldades no retorno de um sistema como o do Padrão Ouro: 3
Dificuldades no retorno de um sistema como o do Padrão Ouro: 3. Diminuição da solidariedade e cooperação internacional Retaliações do pós-guerra (França e Bélgica) Keynes foi contra, W. Wilson foi contra, mas existiram Inflexibilidade dos EUA: quer receber de volta os créditos concedidos Desconfiança internacional “novos países” e problemas com os “velhos” Rússia abandona mercado, problema para a França Volta de um certo mercantilismo: idéia de um jogo de soma zero Qual taxa de cambio nova ? reflexo de alterações nas estruturas produtivas, na mudança nos custos, ou se aproveita para crescer sobre o vizinho Por que gastar recursos para sustentar política alheia ? Crise econômica e financeira de 30 aprofunda estas idéias

48 Dificuldades no retorno de um sistema como o do Padrão Ouro: 4
Dificuldades no retorno de um sistema como o do Padrão Ouro: 4. Caráter desestabilizador assumido pelos fluxos de capital Problemas de credibilidade e confiança se crença na defesa da conversibilidade se esvai a idéia anterior que fluxos acabam se tornando estabilizadores deixa de existir Antes: se existe possível “tendência” a desvalorização de uma moeda; movimento de compra da moeda pois a expectativa era que ocorreria uma ação por parte das autoridades para restabelecer a paridade e voltar ao normal fluxos antecipam a ação estabilizadora e acabam provocando a própria estabilidade Agora: crença de ação estabilizadora no cambio por parte do governo não existe mais; cresce a chance do governo adotar políticas monetárias contrarias a estabilidade do cambio, Crescem as fugas de capitais e/ou os ataques especulativos que podem provocam o próprio abandono da política de cambio fixo Não se percebe mais desvalorização ou afastamento das regras do jogo como algo temporário

49 A difícil volta ao PO: crescimentos desequilibrados
Nem todos os países voltam com taxas do pré-guerra: desequilíbrios: Inglaterra: contração monetária depois da guerra – intenção de retornar ao Padrão Ouro com a mesma taxa de cambio do período anterior à guerra Suécia, Austrália, Japão tb cambio no nível do pré guerra Recessão França, Bélgica, Itália - políticas expansionistas e inflação alta – não preocupação com restauração da paridade anterior conseguem uma recuperação econômica mais rápida na década de 20‏ do que aqueles que procuram restabelecer Padrão Ouro nos níveis do pré guerra 49

50 A década de 20 na Am Latina Boom – crise no imediato pós guerra
Forte crescimento demanda e preços – nos meses que sucedem ao fim da guerra ampliação capacidade produtiva Rápida recessão inicio da década de 20 e queda dos preços Apesar de retomada do crescimento pos 22, mercados bastante instáveis – preços oscilam muito Loteria dos produtos continuam: 3 economias sofrem colapso Chile perda do mercado de nitratos Cuba – dificuldade com açúcar Equador problemas com cacau Longo prazo – superprodução e declínio relativo dos preços ganhos de produtividade no setor exportador

51 Anos 20 na América Latina Hiato no processo de diversificação: Prosperidade induz à idéia de que “bons tempos” das exportações estava de volta Volta às exportações, diminuição dos incentivos à industrialização – “hiato no ajustamento” Redução do ritmo de crescimento industrial no período em comparação com guerra mas expansão relativa da capacidade produtiva em algumas economias como a brasileira tb Argentina – setor industrial recupera parte do terreno perdido – e Colômbia – dado subdesenvolvimento anterior da industria Período em que políticas industrializantes ainda pouco claras Alguns países não oposição industria x agricultura Brasil e Chile – aceita impostos sobre importação ao invés de impostos internos Chile – grupos agrários tradicionais - percepção de queda das exportações, desvio de recursos para investimento no mercado interno Brasil - industria usa produtos agrícolas de pouca exportação – combinação de interesses (conselhos administração e famílias)

52 Ainda os anos 20 na América Latina
Forte endividamento compensa problemas do BP (semelhante anos 70) Volta ao PO Surtos esporádicos de proteção em função de circunstancias específicas, não compensam tendência de valorização cambial gerada por influxo de capital Evita desvalorização e proteção, mas reduz custos dos investimentos em infra-estrutura e bens de capital Crédito privado – pouca coordenação com capacidade de pagamento Investimentos e gastos supérfluos, consumo reforço de superprodução

53 Antes da GD América latina – ainda fortemente dependente das exportações de poucos produtos primários PIB , receitas governamentais Politicamente: exportadores dominam Década de 30: Importante papel desempenhado pela industrialização substituidora de importações Mas recuperação de grande parte dos países ainda se concentra nas exportações

54 Cooperação e coordenação (II) rumo ao caos
1928: reversão da política EUA - acaba cooperação preocupação com especulação e excessivo crescimento - elevação das taxas de juros frear crescimento atrair capital – Inverte fluxo (de fornecedor a tomador de crédito) dificulta mercado crédito GB eleva juros América Latina – fuga de capitais, necessidade de aumentar exportações Preços das commodities - tendência de queda coordenação suspensa todos procuram contrair política monetária França volta trocar libra e outras moedas por Ouro risco de ser imitada - crise de liquidez internacional crise 29 – início periferia - abandona conversibilidade

55 Sistema internacional problemas antes da crise
1928: reversão da política EUA acaba com “cooperação” atrair capital: Inverte fluxo (de fornecedor a tomador de crédito) dificulta mercado crédito – penalização de devedores Alemanha problema com falta de capitais, GB eleva taxas de juros – aprofunda problemas, França volta trocar libra e outras moedas por Ouro - especulação América Latina: fuga de capitais, necessidade de aumentar exportações Padrão Ouro reforça e espalha crise se EUA elevam juros para atrair capital - outros países também o fazem crise dos Bancos - defesa do PO impede socorro todos procuram contrair política monetária, Compromisso com Padrão Ouro: impõe políticas deflacionárias Sistema tarifário americano não ajuda Tarifa Smooth Havley (elevação das taifas de importação) Protecionismo se espalha

56 O fim do Padrão Ouro Conseqüências da GD sobre GB:
desemprego acelera e pressões políticas - tentativas de diminuir crise: diminuir juros e ampliar moeda (incompatível com PO)‏ dificuldade de entrada de capital e comércio (outros países suspendem fluxos)‏ fuga de capitais e ataque contra a libra (mudança e perspectiva dos especuladores)‏ - abre mão do PO (1931): desvalorização da libra crise nos países com reservas em libras e especulação no mercado de ouro (preço sobe) Outros países também abandonam PO (25)‏ alguns mantém taxas, mas impõem restrições aos fluxos de capital e à conversibilidade (Áustria, Hungria, Alemanha e Itália) França, Holanda, Bélgica, Suíça mantém PO até 1936 EUA: O que fazer com câmbio ? Roosevelt: desvaloriza (33) e volta ao Padão Ouro com Gold Reserv Act (34) 35 dolar p.onça ; não livre movimento de capitais, proibição de posse de ouro, emissões mais livres e possibilidade de reverter taxa quando presidente quiser auxilia recuperação dos EUA

57 Autarquização Busca manter DA restrita ao mercado doméstico
Países que desvalorizaram antes: recuperação mais rápida (GB) França resiste deflação e desemprego (Fr) por mais tempo Desvalorizações - aspectos positivos, mas desvalorizações competitivas e retaliadoras: até onde Guerra cambial ? Junto com: Restrições comerciais tarifas (Smoot-Hawley), quotas de importação (França)‏ Ouro volta a ser principal unidade de pagamento: desalvancagem dos pagamentos internacionais Restrições ao movimento de capital várias formas - controles administrativos, câmbios múltiplos Busca manter DA restrita ao mercado doméstico Até onde políticas de ajustamento sobre o vizinho (?)‏

58 O que faltou no período de entre guerras
Kindleberger Faltou potência hegemônica para dar estabilidade GB não mais condições de Banco da Inglaterra de ser emprestador em ultima instância EUA ainda não condição de assumir tese da (falta de) responsabilidade: Einchengreen: Tese da falta de cooperação Faltou credibilidade para cada país sustentar sua paridade Cooperação entre países para auxiliar nesta tarefa

59 Outubro de 29 – derrocada da bolsa de Valores
Antes já problemas pois houve aumento das taxas de juros nos EUA – fuga de capitais da América Latina Preço dos produtos primários chegaram ao seu ápice antes 05/27 – trigo na Argentina 03/28 – açúcar Cuba 03/29 – café Brasil Depois queda forte dos preços de exportação dos países latino americanos em torno de 50% Países que mais sofreram foram os exportadores de minerais (Chile, Bolívia e México) e Cuba – PIB volta só no fim da década (Chile e Cuba) Loteria dos produtos primários Preços de prata e ouro subiram Secas nos EUA – favorece exportadores de alimentos das zonas temperadas

60 AL e a reação à crise de 30 Diaz Alejandro sobre reações à crise de 30: Distinção entre países reativos e passivos Países passivos – lentidão na recuperação Quem pode depreciar sua taxa de cambio e acelerar ajustamento de preços relativos – recuperaram-se mais depressa Quem permaneceu vinculado ao dólar e não tinha autonomia política – efeito mais severo e recuperação muito lenta Quem reativo e quem passivo? Tamanho pequenos países dependentes dos EUA passivos Críticas: Bulmer Thomas: muitos países pequenos seguiram políticas reativas, não existe correlação entre tamanho do país e velocidade de recuperação

61 AL e a reação à crise de 30 Reação inicial da AL ao colapso de 29 – foi se manter no PO Saída de ouro e divisas – política deflacionista Junto com queda das exportações, deflação e queda do emprego e da renda Quando era aceitável abandonar PO – vários países da AL fizeram rapidamente (31: GB abandona conversibilidade) Desvalorização cambial – favorece recuperação Brasil, Chile e Colômbia – quotas e tarifas de importação Taxas múltiplas de cambio (fator de proteção e tributação do setor exportador): Bolívia Problemas Argentina – concessões tarifarias à GB tratado Roca-Runciman (33) Cuba – reduz tarifas em 34 – negociação das reciprocidades com EUA

62 Recuperação Maior parte dos países com retomada das exportações
Melhora termos de troca a partir de 33/34, mas retomada da quantidade exportada é o mais importante Desvalorização cambial, recuperação internacional Mas industria recuperou-se muito cedo e cresceu mais rapidamente que o PIB - Diversificação Substituição de importações e diversificação produtiva (inclusive agricultura – Equador) Expansão das exportações– importante para manter crescimento das economia interna Vários países dificuldades na recuperação e diversificação: Argentina, Honduras, Paraguai, Uruguai, Panamá, Cuba Redução do acesso á capital estrangeiro

63 Presença do Estado Desvalorização –aumento do custo da divida: inadimplência 1934: só Argentina, Honduras, Haiti e Republica Dominicana adimplente Década de 30 – mercados financeiros internacionais admitiram/toleraram inadimplência Importância numérica dos detentores de obrigações – pouco poder de negociação Inadimplência - proporciona certo alivio em termos de divisas No início da década governos apóiam seus setores exportadores Brasil: compra e queima de excedentes de café Colômbia: governos municipais (Cartegena) e nacional: infraestrutura para setor exportador (aquedutos) São os países que saem primeiro da crise (1932) Gastos públicos aumentam Paraguai e Bolívia: Guerra do Chaco (32-35); Colômbia e Peru: Guerra de Letícia (32) Guatemala – construção de estradas (trabalho forçado diminui efeito multiplicador)

64 Pouco a pouco – países grandes políticas de intervenção do Estado mais coerentes
Brasil (1937) México: obras publicas, Pemex (38) e reforma agrária – no curto prazo investimentos vão para a industrial (mesmo que no logo voltassem para a agricultura) Chile – CORFO (39) – organismo estatal de desenvolvimento industrial

65 Alterações institucionais
Crescimento dos movimentos sociais (anos 20 e 30): Crescimento da importância de comunidades e interesses coletivos Comunismo, socialismo, fascismo Indigenismo – região andina Ampliação da participação no processo político Não necessariamente sobre o prisma da democracia Novas maneiras de encarar as questões sociais e o bem estar Códigos trabalhistas, seguridade social Migração Populismo: Vargas, Cárdenas e Perón Conjugam enfrentamento da crise, necessidades de modernização econômica e incorporação da população nos cálculos políticos Combinações políticas diferentes: Chile x Brasil X México Ampliação da participação do Estado e autonomia nacional nas tomadas de decisão Influencia: URSS, fascismo, e New Deal II Guerra: necessidades de planejamento e de controles Ampliação do corpo e dos instrumentos econômicos Criação de órgãos de controle financeiro (BC) e financiamento Alterações tributárias e Mecanismos cambiais Departamentos de estatísticas

66 II Guerra Mundial Com IIGM novamente ameaçadas as: Fontes de abastecimento, mercados de exportação, serviços de transporte marítimos e crédito Novamente: impacto varia dependendo do vinculo com Europa mas em geral: BP positiva, acumulo de reservas e liquidação das dívidas x Inflação Continuidade e ampliação do processo de diversificação Produtos (minerais) estratégicos – apoio dos EUA Problemas com preços (controlados por países consumidores) Mesma questão da IGM: proteção e substituição de importações x problema com investimentos Diversificação na direção de bens intermediários e de capital Alguns países se aproveitam inclusive para exportar manufaturas Expansão do papel dos governos nacionais Uso de controles diretos Apoio dos EUA para industrias básicas, mesmo que estatais Interesses privados se aproximam dos interesses governamentais Lideres empresariais cooptados para execução de novos projetos


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