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Tipologias da colonização

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Apresentação em tema: "Tipologias da colonização"— Transcrição da apresentação:

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2 Tipologias da colonização
Lugar comum dizer que América (Latina) é fruto da colonização européia O que se quer dizer exatamente com colonização ? Existe um único “sentido da colonização” ? Tipologias da colonização

3 América Latina: países diferenças étnicas

4 Classificação das colônias
Leroy Beaulieu (século XIX) Fortemente usada no Brasil: Caio Prado Jr, Fernando Novaes etc Visão do colonizador: suas possibilidades e intenções: Colônias comerciais entrepostos, feitorias Colônias agrícolas colônias de povoamento Colônias de exploração

5 Outra possibilidade de tipologia
Diferenciar povoamento de exploração nem sempre fácil Hardy (XX) Colônias de enraizamento Por substituição Substituição da população pré-existente pela metropolitana Por associação Mesclagem das duas populações Por repovoamento Importação de um terceiro grupo populacional (mão de obra) Colônias de enquadramento Massa populacional que continua sendo constituída pela população pré-existente, mas dirigida “enquadrada” por colonizadores

6 De volta as tipologias ... Pode-se diferenciar os povos da América Latina por grau de sedentarismo: Sedentários Semi-sedentários Não sedentários Debates se são graus de desenvolvimento ou (mais moderno) graus de adaptação às condições ambientais dadas as tecnologias existentes Separação talvez forçado, na prática deve existir uma espécie de continuum, ninguém totalmente sedentário ou totalmente nômade Relação dos europeus (colonização) diferente dependendo da forma como esta estruturado o outro

7 Combinação de Tipologias
comercial povoamento exploração Enraizamento por substituição por associação com repovoamento Enquadramento

8 América Latina no final do primeiro quarto do XIX
Com Independência: “Balcanização” da América latina América do Norte Diversas coloniais se confederam para formar dois países: EUA e Canadá América Latina: 5 “Vice reinos”: formam 16 países sem falar do Caribe e colônias

9 Onde não se tornou independente:
Cuba e Porto Rico Colônias espanholas Guianas Colônias (GB, Fr, Hol) Ilhas Caribenas Martinica e Guadalupe (Fr) Jamaica, Trinada e Tobago e Bermudas (GB) Curação (Hol) Ilhas Virgens (Din) S. Bartolomeu (Suécia) Belize Protetorado britânico

10 Brasil: único “vice-reino” onde continuidade territorial é mantida
Vice Reino da Nova Espanha México inicialmente se separa da Capitania (Audiência) da Guatemala onde se funda a Federação Centro Americana Esta por sua vez se subdivide em 5 países: Guatemala El Salvador Nicarágua Honduras Costa Rica México: perda do Texas (36)

11 Vice Reino de Nova Granada
tentativa de formação da “Grã Colômbia” mas acaba criando três (depois 4) países Equador (audiência de Quito) Venezuela Colômbia Inicialmente envolvia Panamá, depois este se separa Vice Reino do Peru Forma duas regiões: Chile (Audiência) Peru (junta audiências de Lima e Cuzco) Num primeiro momento tenta se estabelecer um confederação com a Bolivia (Audiência de Charcas), depois Peru e Bolívia se separam

12 Vice Reino do Prata Na origem se configura a Confederação do Rio da Prata Depois separação do Paraguai Bolívia (audiência de Charcas – Alto Peru) que tenta se unir com Peru mas acaba ficando isolada Uruguai Argentina (Províncias Unidas do Prata) Ainda temos Haiti e Republica Dominicana no Caribe

13 Independência: Reconhecimento no exterior:
Inglaterra e EUA são os primeiros – evitar recolonização (Discurso de Monroe) Depois países europeus, por último Portugal e Espanha México (35), Argentina (58), Peru (65) e Colômbia (81) Algumas tentativas de recolonização (64: Peru/Chile) Existe alguns ataques externos GB: contra Argentina (Malvinas) e com França – abrir o Rio do Prata França: México 38, depois – impõe um Imperador EUA: México 46: toma Califórnia, Arizona e Novo México (já tinha o Texas desde 45) Não campo de batalha com outras nações Relações normais, diplomacia etc.

14 Relações internas: interesses nacionais prevalecem
Tentativa de sistema colaborativo: fracasso 1826 – Congresso do Panamá 48 e 65 – Conferencias Internacionais Vários Conflitos Haiti x Republica Dominicana Brasil x Argentina: Uruguai Conflito Centro Americano Chile x Peru / Bolívia: 37 e 79 (Guerra do Pacífico) Guerra da Tríplice Aliança (Paraguai) Peru x Bolívia, Peru x Equador, Equador x Colômbia

15 América Latina: países diferenças étnicas

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17 População População com diferenças étnicas importantes
Evolução desigual Na independência: De modo geral fuga de parte da população espanhola Venezuela, México, Haiti problemas Brasil ao contrário Ao longo do tempo Argentina e Brasil: evolução forte Peru, Venezuela e México: lento Crescimento interno x imigração diferenças Escravos (poucos lugares e início), Branqueamento e mão de obra chinos

18 Questões sócio-políticas
Sociedade formalmente mais equitativa Mito do “todos iguais” perante a lei Fim da escravidão Colônias: GB (38), França (1794, volta 1802, ext. 1848), Holanda (63) Chile e México: década de 20 Resto anos 50, exceção Brasil e Cuba (espanhol) – onde era importante Indígenas supressão tributo (fim da mita) Ascensão política dos crioulos (fuga dos espanhóis, funcionários metropolitanos, grandes comerciantes) Cuidado: Contribuição indígena e tomada das terras (conflitos) Escravidão disfarçada e peões (escravidão por divida) Problemas por pequenos/médios proprietários – comerciantes democracia de jure (democracia censitária) x de facto Na pratica elitismo é a marca disputa do poder pela oligarquia ligada principalmente a terra (donos de haciendas e caudillos)

19 Economia Montagem e desenvolvimento das economias nacionais agro-exportadora Expansão dos núcleos exportadores de produtos agrícolas e minerais (já começou antes da independência) Manutenção e diversificação da mineração Novos e velhos produtos agrícolas: a loteria dos commodities Conflitos político-econômicos com economia de base interna Mineração Problemas durante independência e recuperação imediatamente posterior dificuldades Guerras: expulsão, donos, inundações etc. Década de 20 fracasso de inúmeras iniciativas com capital estrangeiro Década de 30/40 – recuperação Prata: Peru, México e Ouro: Colômbia e México (problema fim do Padrão Prata) novos locais e produtos Prata – Chile (mais barato); Cobre – Chile (expansão da demanda), Salitre – Chile, Guano - Peru

20 A questão do livre comércio
Fim do entreposto comercial-metropolitano Saída principais exportadores metropolitanos (exceções) Penetração capital externo Pouco na produção (exceção salitre e estradas de ferro), forte no setor comercial-financeiro (problemas durante independência – calotes) Livre comércio não é algo dado: debate (forte) sobre proteção: Resistência ao livre comércio, receios de destruição da economia interna (já existia) Exemplos proteção: própria Inglaterra e EUA (Hamilton) Questão fiscal – financiamento do governo Capacidade de pagamento da dívida externa Mas problemas: Mercado interno pequeno (escala) Pressão países europeus - imperialismo do livre comércio Pressão local: qualidade e preços (regressividade) e política: exportadores e comerciantes Vitória do livre comércio: clara quando setor exportador se desenvolve de maneira mais forte Ajudado por tendência positiva dos termos de troca

21 A loteria das commodities
Restabelecimento de economia agrícola e crescimento das exportações Alguns países efeito da guerra significativo Recuperação mais lenta no inicio, acelera segunda metade do XIX Novos produtos agrícolas: Café (Brasil, Venezuela, América Central) e Pecuária Ovina (Argentina), Produtos Tradicional: em geral dificuldades Corantes (América Central); Tabaco (Colômbia, Caribe); Cacau (Venezuela, Equador) Açúcar (exceção: Cuba e Caribe para EUA) Questão chave: Inserção diferenciada dos países no comércio exterior Argentina e Chile – forte expansão Brasil/ Cuba posição boa Peru / México – ficam para trás Bolívia/Colômbia/Paraguai Não esquecer – nexos com economia interna Brasil, Peru, Cuba: problemas Argentina e Chile melhor

22 Economia Latino americana no início do século XX – Expansão
Crescimento da economia mundial Forte expansão do comércio mundial Tendência a especialização (superprodução) Demanda por produtos primários cresce forte no período (elasticidade renda menor que 1 ?) Revolução tecnológica e nos transportes Estradas de ferro e navios Necessidade de minério Aumento da demanda por alimentos Influxos de capital Desenvolvimento de instrumentos e canais financeiros Estabilização com Padrão Ouro Influxos de pessoas

23 Argentina diferente do Equador
Impacto deste crescimento – varia dependendo Condições dos insumos (mão de obra e terras) Dotação, possibilidade e forma de uso problemas com loteria Situação geográfica e acesso a mercados Desenvolvimento de Infra-estrutura Capacidade do Estado Distúrbios internos

24 Brasil Crescimento grande mas não excepcional
Estabilidade Política, Café Segunda fase: fim XIX e XX, crescimento das exportações inferior ao PIB Café e Estabilidade política Desenvolvimento da infra-estrutura Desenvolvimento de instituições políticas Defesa dos interesses, subvenção à imigração, regulação da posse da terra (impede acesso a imigrantes) etc. Mudança nas relações de produção Crescimento do mercado interno Brasil responsável por mais de 60% do café mundial Possibilita esquemas de manutenção de preços Exportação de custos (impostos, cambio) Exportadores não lutam contra tarifas – tarifas altas (proteção) Produção de café permite vazamentos (não reinversão completa) Diversificação – crescimento industrial desde fim XIX e início do XX

25 Colômbia Também ligado à café, porém entra no mercado mais tarde
Século XIX difícil , apesar de ouro, fumo e café (já em 1860) mas: fraqueza institucional e conflitos internos (Guerra dos mil dias – conflito federativo e perda do Panamá) Dificuldade financiamento internacional (default inicio do século) e façta de transportes Problemas com baixa dos preços do café na virada do século XX: consolidação política e crescimento Banana e Petróleo (20) – ligados a capital estrangeiro Café: antes grandes hacienda, depois propriedade menores Produção intercalada com alimentos – redução das vulnerabilidades e sustentação Manutenção dos preços no mercado Protecionismo, Vazamento também existem e boas relações café - governo Qualidade do café – necessário manter e garantir procedimentos Federação Nacional dos Cafeicultores e relações com governo Efeitos importantes nos períodos posteriores (Funda Nacional do Café)

26 México Entra tarde no jogo das commodities
Instabilidade política, poucos investimentos, dificuldade com infra-estrutura até governo de Porfírio Diaz Autoritarismo, mas aprimoramento institucional e modernização da infra-estrutura Fim XIX inicio do surto exportador (mineração e agricultura) Importância dos EUA Diferente de Brasil e Argentina: não existe imigração, mas submissão da população local Autoritarismo, exploração e coerção existem em vários lugares, problema é grau e capacidade de reação Reações: Revolução Zapatista de 1910 – muda as condições políticas internas do país (importante para o futuro) – até onde é anti imperialista (entrada de capital estrangeiro) Depois petróleo e volta da mineração

27 Exportadores de Minérios
Minérios - problemas Submetidas mais intensamente a ciclos Dificuldade no longo prazo Apesar de especialização, necessidade de capital é grande Concentração da renda e renda enviada ao exterior – limita encadeamentos

28 Chile e Bolívia Chile: nitratos e cobre
Meados do XIX: consolidação política Estabilidade e desenvolvimento institucional (inverso do México) Forte presença do Estado, defesa dos interesses locais Com nitrato (década de 70) e monopólio mundial – expansão mas com encadeamento interno Nitrato controlado por capital estrangeiro (GB) Governo não permite diminuição de tarifas ou valorização cambial – protege setores domésticos: expansão industrial Queda dos nitratos e crescimento do cobre Exportações menos pronunciadas, continuam em mãos estrangeiras mas instituições – path dependence – defesa de interesses nacionais (mesmo que não no setor exportador) Como Brasil: crescimento do PIB maior que exportações (estas mais dificuldades) Bolívia: Prata, borracha e estanho Século XIX também instabilidade política e desenvolvimento econômico e institucional pequeno Perda das terras e acesso ao mar – agrava problema Propriedade em mão nacionais não tem necessariamente efeitos positivos sobre desenvolvimento interno Encadeamentos são pequenos Alimentos – conflitos haciendas x indígenas (problemas distributivos) pouca capacidade institucional de desenvolver encadeamentos internos Baixo reinvestimento local

29 Peru e Venezuela Peru (não exatamente economia mineira)
Sul: lã (problemas com terras indígenas – rebeliões) Costa: algodão e guano – problema mão de obra mas efeitos positivos sobre desenvolvimento interno Depois: Açúcar e Mineração: estrangeiros e doença holandesa clássicos Diferente do Chile – base institucional frágil Venezuela (do café ao petróleo) Segundo grande exportador de café no XIX Problemas com queda dos preços e instabilidade política Petróleo no início do XX- estabilização política e garantias para capital estrangeiro (concessões publicas) Doença holandesa típica – consumo e problemas distribuitivos Recursos petróleo: valorização cambial – importações Dificuldade de outros setores Abolição de impostos e ampliação dos gastos públicos Patrimonialismo ou supérfluos

30 Cuba Sempre produtor de açúcar Elevada relação de dependência
Crescente dependência do mercado norte-americano Caribe – produz açúcar mas relações coloniais – restringem mercado Açúcar grande instabilidade Instabilidade com mão de obra depois do fim da escravidão Independência (1898 – 1902) – protetorado e relação formal de dependência com EUA Acordo tarifário investimentos EUA – comercialização e refino Elevada relação de dependência Dificuldades de efeitos internos positivos Problemas econômicos – retenção do excedente e efeitos das fortes exportações sobre os outros setores Problemas políticos – dependência e divisão

31 Pequenas Economias sul americana
Uruguai e Paraguai Problema de qualidade do solo Cercas liberam mão de obra mas não reaproveitadas, melhora das raças Dificuldade com exportações Urbanização – tentativa de industrialização precoce Problema limites por tamanho de mercado Paraguai: forte presença de estrangeiros (EUA e argentinos) Equador Diversidade de situações mas baixa produtividade dos recursos

32 Fase exportadora das economias latino americanas
Gera crescimento Mas até onde este crescimento acompanhado de: Desenvolvimento de infra-estrutura (transporte e urbana) Instituições (códigos/leis, bancos, associações ) Progresso técnico Diversificação produtiva e ampliação do mercado interno

33 Produtos diferem quanto à
Nível de vulnerabilidade Importância de atividades à montante Necessidade de capital x recursos naturais (terra) Capital estrangeiro mais ou menos necessário Controle da expansão de terra mais ou menos importante Resolução de problemas trabalhistas mais ou menos fundamental Grau de formação do estado e integração nacional Importante especialmente para controlar “exploração imperialista” Necessidade de contar com capital estrangeiro x capacidade de conduzi-lo positivamente Para “controlar” conflito com população local e coordenar processo até a fronteira agrária Para induzir efeitos de encadeamento Possibilidade ou não de induzir medidas minimamente protecionistas

34 Tamanho do país é uma variável importante
Maior parte: crescimento extensivo – poucos estímulos ao progresso técnico poucas iniciativas de resolver problemas para enfrentar problemas de recursos naturais Exc. Transporte e mão de obra Tamanho do país é uma variável importante Brasil: Poder de barganha (exportação de custos) e desenvolvimento de um mercado interno atrativo diversidade grande Reduz vulnerabilidade, Mas dificulta acordos políticos – coesão Muitos países crises federalistas na raíz dos problemas Especialização e superprodução um produto – loteria mais importante

35 Exportações e Desenvolvimento
Diversidade de exemplos: O que ajuda e o que atrapalha desenvolvimento de longo prazo a partir de exportações, encadeamentos diretos e indiretos diversificação Desenvolvimento institucional e infra-estrutura Propensões a poupar e investir Vulnerabilidade a choques externos Dependência de importações Desestimulo à produção e diversificação

36 A Evolução do Sistema Monetário Internacional
Controles

37 Padrão Ouro: Origens Mais fácil dizer quando acaba do que quando começa o Padrão Ouro Problema quantos países precisam aderir e qual estabilidade da adesão (por quanto tempo) Em 1850 não há Padrão Ouro, em 1900 existe PO Em geral, entre 1870 (Eichengreen) (MacCkinon) Padrão Ouro evolui a partir de uma diversidade de padrões de “commodities” e moedas-mercadorias existentes mesmo antes da difusão do papel-moeda e da moeda bancária 37

38 Padrão Ouro: origens Padrão ouro generalizado se deve
1. a adoção pela GB deste padrão no séc. XVIII (acidental ?) 1717 – Issac Newton fixa valor baixo para a prata em ouro - desaparecem de circulação as moedas de prata 1821 – conversibilidade exclusiva 2. A importância da GB no XIX, especialmente com Revolução Industrial, práticas monetárias inglesas se tornam atraentes para países que negociam (mercadorias ou empréstimos) com GB Países adotam moeda inglesa como ativo de reserva e taxas fixas de cambio de suas moedas em relação ao ouro (libra) Conceito de “Externalidades em rede”

39 39

40 Adesão (e saída) do Padrão Ouro Clássico – antes da IGM

41 Existe uma visão idealizada do Padrão Ouro
arranjo durável e eficiente para manter estabilidade do valor da moeda nacional e gerar condições para garantir um crescimento estável e sustentado, baseado no Crescimento do comércio Crescimento dos investimentos externos virtudes surgem em função da valorização do “mecanismo automático” de correção de desequilíbrios do BP e da diminuição da possibilidade de políticas discricionárias Clima intelectual que proteja governos das pressões de orientar suas políticas para caminhos que não sejam os da estabilidade da moeda e do cambio

42 Padrão Ouro – visão geral
1. Liquidação de pagamentos internacionais – “transferência de Ouro” Reservas em ouro - liquidez, Na prática, com tempo, muitos países adotam libra, 2. Conversibilidade da moeda nacional em Ouro à uma taxa fixa se todos os países - sistema de cambio fixo taxas de cambio só flutuam entre pontos do ouro - custo de transporte e seguro Internamente existem diferentes possibilidades: sistema fiduciário e proporcional (não critério único) – importante garantia (confiança) de conversibilidade a uma taxa fixa 42

43 Padrão ou padrões ouro ? Últimas décadas do XIX maior parte dos países adotam o ouro como a base de seu “estatuto monetário” Pagamentos internacionais em parte baseados no ouro Em boa parte se transfere “equivalentes a ouro” Porém nem todas as estruturas (estatutos) monetários são semelhantes

44 Padrões-Ouro Padrões Ouro Meio Circulante doméstico
Reservas na forma de Meio Circulante doméstico Predominância de moedas de ouro Ouro, prata, moedas representativas e papel-moeda Ouro Inglaterra Alemanha França, EUA Bélgica Suíça Predominância de divisas estrangeiras Rússia, Egito Austrália África do Sul Áustria-Hungria Japão, Holanda Escandinávia Outras colônias britânicas Totalmente em divisas estrangeiras Filipinas Índia Latino americanos Padrões-Ouro 44

45 Reservas Reservas em ouro ? Possível ter em moeda de outros países? Quanto se deve ter em reservas ? Inglaterra tem menos reservas em Ouro que muitos países (França, Áustria-Hungria, EUA, Alemanha, Itália) Japão e Índia tem mais libras (e/ou títulos do governo Britânico) em reservas que Inglaterra tem de ouro Vários países mantém reservas também em franco (Rússia) e/ou títulos franceses marco (Chile) e/ou títulos alemães, prata (Espanha) 45 45

46 Papel moeda e reserva metalica
Países: utilizam papel-moeda e moedas representativas Muitos trabalham com sistema proporcional Relação entre dinheiro em circulação (notas) e “equivalente” ouro (35/40%) Existe diferentes “alavancagens” na relação entre o meio circulante, o ouro e as reservas em haveres estrangeiros Alguns países sistema quase totalmente fiduciário Emissão de montante de moeda não totalmente lastreada em reservas, apenas aumento na oferta de moeda lastreada em ampliação das divisas Fazem parte do Padrão Ouro pois sempre que solicitados trocam papel por ouro a um preço fixo 46 46

47 Padrão Ouro – visão geral
1. Liquidação de pagamentos internacionais – “transferência de Ouro” Reservas em Ouro - liquidez, Na prática, com tempo, muitos países adotam libra 2. Conversibilidade da moeda nacional em Ouro à uma taxa fixa se todos os países - sistema de cambio fixo taxas de cambio só flutuam entre pontos do ouro - custo de transporte e seguro 3. Liberdade na exportação e importação de divisas (Au) - livre fluxo de capitais em alguns países (CH, Hol, Belg) conversão não automática pode existir intervenções evitando saída 4. Qual mecanismo de ajuste do Balanço de Pagamento Atrelar Política Monetária às reservas Variação de reservas leva a uma variação da oferta interna de moeda 47

48 Como funciona o Padrão Ouro ?
O equilíbrio no Balanço de pagamentos

49 Regras do Padrão Ouro Os mecanismos “automáticos” de
ajustes nos Balanços de pagamentos: Mecanismo de D. Hume (1752): mecanismo de fluxo de moedas metálicas Bal Comercial negativa – saída de ouro – deflação Bal Comercial positiva – entrada de ouro - inflação mecanismo de preço possui um impacto sobre balança. Comercial que corrige o desequilíbrio hipótese: P e w flexíveis facilitam ajustes Modelo antigo: só circulam moedas de ouro Não existe papel moeda e bancos não tem função Fluxos de ouro – só para pagar mercadorias, balança de capital e diferenças de juros entre países não tem importância no modelo 49 49

50 As “regras do Jogo” (Keynes 1925)
Mecanismo de juros no redesconto mesmo efeito de Hume mas não necessário saída de ouro Se BC (autoridade monetária) percebe (ou prevê que existirá) uma saída de ouro (déficit Balanço de Pagtos) Aumento de juros (do redesconto) diminui desejo dos bancos de fazerem empréstimos redescontando títulos junto ao BC – produz um aperto monetário diminui crédito, diminui demanda e diminui importações Impacto positivo sobre balança de capitais, atrai capital Consequências normalmente recessivas mas resolve problema de saída de ouro (deficit Bal pgtos)

51 Ajuste em câmbio fixo 51

52 Padrão Ouro – visão geral
1. Liquidação de pagamentos internacionais – “transferência de Ouro” Reservas em Ouro - liquidez, Na prática, com tempo, muitos países adotam libra 2. Conversibilidade da moeda nacional em Ouro à uma taxa fixa se todos os países - sistema de cambio fixo taxas de cambio só flutuam entre pontos do ouro - custo de transporte e seguro 3. Liberdade na exportação e importação de divisas (Au) - livre fluxo de capitais em alguns países (CH, Hol, Belg) conversão não automática pode existir intervenções evitando saída 4. Qual mecanismo de ajuste do Balanço de Pagamento Atrelar Política Monetária às reservas Variação de reservas leva a uma variação da oferta interna de moeda nem sempre existe monopólio das notas - qual comportamento do sistema bancário na emissão? 52

53 Regras ou discrição ? Até onde regras do jogo são seguidas ?
(regras do jogo não foram assinadas) Autoridade Monetária tem poder discricionário e pode (ou é levado a usá-lo), por exemplo, Não aumentando os juros pois Problema com recessão Problema com perda de lucro e de clientes dos bancos nacionais privados Problema liquidez (emprestador última instancia) Quebra de bancos: p.ex. Overend & Gurney (1866) e Baring (1890) Problema com custo da divida pública Nos momentos inversos, não abaixando os juros e fazer a “esterilização” de entrada de recursos (políticas de neutralização) em função por exemplo de possível surto inflacionário 53 53

54 O Padrão-Ouro como instituição característica de um momento histórico
Se Autoridade Monetária (AM) pode usar seu poder discricionário e sair das “regras do jogo” então não existe o Padrão ouro ? Não existe estabilidade das taxas de cambio, fluxos de capital ? Questão-chave para compreender o funcionamento do Padrão-Ouro Padrão Ouro é um mecanismo informal mas é uma “instituição” socialmente construída: Historicamente AM está bem protegidos contra pressões que o afastam das “regras do jogo” Pedra fundamental: Confiança no compromisso dos governos com os princípios do Padrão-Ouro e consenso (mundial ?) no benefício da preservação das regras de ouro 54

55 “Assim é melhor e assim se fará”
1) Credibilidade da Autoridade Monetária e fluxos de capitais de natureza estabilizadora BC pode se afastar das regras e até agir por algum tempo em sentido oposto mas se acredita que no longo prazo teremos a manutenção (ou volta) às regras do jogo Existe confiança de que “assim é melhor e assim será feito” mesmo que no curto prazo existam razões conjunturais para se afastar da boa prática Não existem muitos movimentos financeiros desestabilizadores (ataques), ao contrário, quando há a perspectiva de desvalorização, existe um movimento de compra (expectativa de ação da AM) e volta ao normal Mesmo desrespeito às regras do jogo no curto prazo resulta em fluxos estabilizadores pois existe confiança que AM’s respeitem as regras no longo prazo 55 55

56 Consenso: assim é melhor
2) Reduzida pressão política em favor de outros objetivos que não a estabilização econômica (regras do jogo) Estabilização econômica : manter taxas de cambio estáveis, preços estabilizados e com base nisto permitir expansão “Regras” podem implicar em políticas contracionistas mas as pressões para evitá-las são pequenas pois Não existe consenso na época sobre a relação entre uma possível política do BC e a atenuação do desemprego, ainda mais que preços eram flexíveis Salários e preços flexíveis políticas tem menor impacto sobre o emprego Junto com Padrão Ouro existe o crescimento do mundo ricardiano e da economia global e seus beneficiários são fortes defensores do padrão ouro trabalhadores como principais atingidos tem reduzida participação política em função de ainda prevalecer voto censitário Governos privilegiam laços internacionais a demandas internas 56

57 3. Solidariedade Internacional
Problemas quando situação é assimétrica Necessário políticas diferenciadas e “solidariedade” Exemplo: Crise do Baring (1890) – Argentina Dúvida se Banco da Inglaterra é capaz de, como emprestador em ultima instancia, socorrer o Baring e ao mesmo tempo defender a paridade da libra (seguir as regras do jogo (política monetária adequada) Por que socorrer é importante: efeito contágio (liquidez e psicológico), crise sistêmica etc Solução: Banco da Inglaterra recebeu recursos (ouro) de outros países (França e Rússia) para garantir seu papel de emprestador em última instancia e manter libra conversível Existem outros exemplos de medidas de cooperação internacional – esta se mostrou necessária em momentos de crise internacional Dinamarca 1882, EUA 1893, Alemanha 1898 Nacionalismo da política monetária não plenamente difundido e vistos como problemas temporários e pontuais Aceita-se por vezes clausulas de exceção: suspensão temporária da conversibilidade Solidariedade e aceitação de excepcionalidade mais fácil dentro do clube; fora dele nem tanto

58 Problemas Estabilidade - depende de confiança e cooperação (Eichengreen) não existir pressão política interna (isolamento das autoridades) nem conflitos internacionais – solidariedade Com tempo existe diminuição das condições de confiança e solidariedade falta de Ouro e desconfiança da alavancagem da Inglaterra Diminui papel central da GB e crescimento novos países industriais Disputas internacionais afetam credibilidade e possibilidades de solidariedade Regente da orquestra: disputa pela posição ou ninguém quer seu ônus crescem pressões políticas: Internas e externas Diminui consenso – benefícios para quem ? Trabalhadores e periféricos Pareto otimo - todos ganham mas não igualmente Será Pareto otimo? Por que perseguir Pareto otimo ? 58 58

59 Assimetrias sob PO PO no centro – leva a estabilidade
Estabilidade que não se verifica na periferia por que ? Problemas auto inflingidos Assimetrias no ajustamento

60 A política anti Padrão Ouro na Periferia
Defensores de Padrão ouro – não tão forte fora da Europa EUA é um exemplo – grandes críticos do crime de 73 e da deflação Pressão para recunhagem da prata, alavancagem do sistema AL: defensores da desvalorização (e da inflação)

61 Sistema não funciona tão bem na periferia
Cooperação não atinge periferia Se GB problemas – socorro. Se AL ? Problemas da periferia não põe em risco sistema Países AL – não instituições (bancos centrais ?) para fazer cooperação Países periféricos : sistema financeiro menos desenvolvido Perda de Ouro – implica automaticamente em política monetária apertada Não é possível – “compensações temporárias” Não existe BC que esteriliza saída de capital Não existe emprestador em última instancia, Não existe mercado de títulos para política de esterilização

62 As assimetrias Problema superávit de um, déficit de outro - manter sistema mais difícil para país devedor que credor Até onde coordenação automática e simetria? Mais fácil desacelerar exportações de capital quando há problemas na conta corrente do que conseguir novos empréstimos para financiar BTC ou fazer ajustes na própria

63 Países exportadores de commodities
Dependência de poucos produtos Sujeitos à abalos muito fortes nos preços das exportações Oscilações significativas dos termos de troca Sujeitos a efeitos desestabilizadores dos fluxos de capital Conta corrente (comercial) e de capital se reforçam mutuamente

64 Furtado e o PO “impossibilidade de adaptar-se às regras do padrão ouro, base de toda a economia internacional no período que aqui nos ocupa” ordem internacional era assimétrica economia especializada na exportação de poucos produtos primários era incapaz de permanecer no padrão ouro Incapacidade fundamentalmente explicada pela instabilidade cíclica das exportações e as dificuldades quando das crises e quedas dos preços das commodities

65 Padrão Ouro na AL: problemas
Furtado: AL possui diferenças em relação aos países centrais Exportações e Balanço de Pagamentos – mais importante no total da renda e na sua dinâmica que países centrais Elevado coeficiente de importações Oscilações do BP (oscilações do Preço dos produtos exportados) são mais agudas que nos países centrais déficit BP e seu combate: efeitos fortes na economia da AL regras de PO (cambio fixo e política monetária metalista) – podem causar recessão profunda Queda de reservas grande, contração monetária também deveria ser substancial para reverter BP – traumatiza sistema Fluxos de capital – não funciona de forma contra-ciclica, ao contrário existe saída de capital se economia cafeeira entra em crise

66 Os mecanismos de transmissão internacional das crises para os países periféricos envolveriam tanto o mercado de bens quanto os fluxos de capital. Há(via) uma correlação positiva entre a variação cíclica das receitas de exportação e dos influxos de capital uma dupla bonança (comercial e financeira) nas fases de alta que seria seguida por uma dupla penúria assim que uma crise cíclica se verificasse nos centros industriais. Estes ciclos seriam transmitidos ao sistema econômico periférico de modo além de seu controle, de maneira que “a crise penetrava neste de fora para dentro e seu impacto alcançava necessariamente grandes proporções”

67 Os ajustes no centro Problema BP (p.ex. diminuição de exportações)
Restrições monetárias e aumento de juros Deflação e recessão Queda de importações e aumento de exportações Entrada de capitais (contra cíclicos) “Resolve” BP

68 E os efeitos sobre periferia
Crise nos Países Centrais Diminui suas importações (diminui exportações dos periféricos) Problema BP na periferia Queda de demanda por produtos primários: queda das exportações e diminuição dos TT Mesmo com aumento dos juros fluxos de capital não entram (pró-ciclicos) BP dificuldade de se estabilizar

69 Outros problemas de longo prazo
Até onde existe tendências estruturais dos termos de troca e preços das commodities

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