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Aula 11: O Padrão Ouro: suas origens

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Apresentação em tema: "Aula 11: O Padrão Ouro: suas origens"— Transcrição da apresentação:

1 Aula 11: O Padrão Ouro: suas origens
Amaury Gremaud HEG II 1º semestre 2017

2 Padrão Ouro – visão geral
1. Liquidação de pagamentos internacionais – “transferência de Ouro” Reservas em Ouro - liquidez, Na prática, com tempo, muitos países adotam libra 2. Conversibilidade da moeda nacional em Ouro à uma taxa fixa se todos os países - sistema de cambio fixo taxas de cambio só flutuam entre pontos do ouro - custo de transporte e seguro 3. Liberdade na exportação e importação de divisas (Au) - livre fluxo de capitais em alguns países (CH, Hol, Belg) conversão não automática pode existir intervenções evitando saída 4. Qual mecanismo de ajuste do Balanço de Pagamento Atrelar Política Monetária às reservas Variação de reservas leva a uma variação da oferta interna de moeda nem sempre existe monopólio das notas - qual comportamento do sistema bancário na emissão? 2

3 O Padrão-Ouro como instituição característica de um momento histórico
Se Autoridade Monetária (AM) pode usar seu poder discricionário e sair das “regras do jogo” então não existe o Padrão ouro ? Não existe estabilidade das taxas de cambio, fluxos de capital ? Questão-chave para compreender o funcionamento do Padrão-Ouro Padrão Ouro é um mecanismo informal mas é uma “instituição” socialmente construída: Historicamente AM está bem protegidos contra pressões que o afastam das “regras do jogo” Pedra fundamental: Confiança no compromisso dos governos com os princípios do Padrão-Ouro e consenso (mundial ?) no benefício da preservação das regras de ouro 3

4 Padrão Ouro: Origens Mais fácil dizer quando acaba do que quando começa o Padrão Ouro Problema quantos países precisam aderir e qual estabilidade da adesão (por quanto tempo) Em 1850 não há Padrão Ouro, em 1900 existe PO Em geral, entre 1870 (Eichengreen) (MacCkinon) Padrão Ouro evolui a partir de uma diversidade de padrões de “commodities” e moedas-mercadorias existentes mesmo antes da difusão do papel-moeda e da moeda bancária 4

5 Padrão Ouro: origens Padrão ouro generalizado se deve
1. a adoção pela GB deste padrão no séc. XVIII (acidental ?) 1717 – Issac Newton fixa valor baixo para a prata em ouro - desaparecem de circulação as moedas de prata 1821 – conversibilidade exclusiva 2. A importância da GB no XIX, especialmente com Revolução Industrial, práticas monetárias inglesas se tornam atraentes para países que negociam (mercadorias ou empréstimos) com GB Países adotam moeda inglesa como ativo de reserva e taxas fixas de cambio de suas moedas em relação ao ouro (libra) Conceito de “Externalidades em rede”

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7 Adesão (e saída) do Padrão Ouro Clássico – antes da IGM

8 XVIII: Países diferentes tipos de moeda
Moedas cunhadas em metais preciosos: vem de longa data Prata moeda mais usada na idade média e moderna, mas existem experiências diferentes no cenário internacional Cobre – pesado Suécia padrão cobre (1625) pois governo tem participação na maior mina da Europa Preço do cobre é 1/100 da Prata (moedas de Cobre de igual valor ao da Prata, pesam 100 vezes o peso da moeda de prata) – pagamentos cotidianos em carroças Eli Heckscher: por causa disto Suécia reorganizou todo o sistema de transporte Ouro – leve Roma usa e tb depois da Revolução comercial do século XIII Sec. XIV: Ouro só para grandes transações Dificuldade de fundição de pequenos valores Outros metais: não durabilidade ou dificuldade de fundição 8

9 Passagem do século XVIII para o XIX
Padrão Ouro: Inglaterra, na prática desde início do XVIII Padrões Prata Alemanha, Áustria-Hungria, Escandinávia, Rússia, Extremo Oriente Existe aceitação de diferentes moedas (metais) para pagamentos internacionais Problema de credibilidade das moedas cunhadas Variabilidade do valor “reservas” Meados do século XIX muitos países bimetalismo: Circulação e cunhagem de duas moedas metálicas (normalmente ouro e prata, mas Suécia prata e cobre)) França e EUA – principais bimetalicos fazem ligação GB (ouro) com outros (prata) 9

10 França e EUA - bimetalismo
cunhagem de ambas e proporção fixa oficial Lei Francesa de 1803: (15,5g Ag - 1g Au) EUA (1860): 1 dólar (de ouro) vale 23,2 g Au ou 371,25 g Ag (16Ag – 1 Au) Se entregar prata e ouro com determinada pureza na Casa da Moeda esta fornece moeda de um ou outro Ambas as moedas são aceitas no pagamento de impostos de modo indiferente (respeitando a proporção) Como se governo comprasse quer ouro, quer prata a uma taxa de cambio fixa EUA: 20,67 dólar a onça de ouro (480 g.) e 1,29 dólar a onça de prata Não há problema quando curso oficial é suficiente próximo do curso de mercado, mas quando preço de uma moeda no mercado, se afasta do preço oficial, a moeda que perde valor tende a expulsar a outra moeda 10

11 A lei de Gresham, a arbitragem e o Bimetalismo
“moeda ruim expulsa moeda boa” quando aumenta produção, por exemplo, da Prata, cai seu preço no mercado vai para, por exemplo: 17 – 1 (ou sobe o preço do ouro) Valor oficial : 15,5 - 1 Processo de arbitragem: Individuo importa Prata (15,5g) cunha por 1 moeda de Prata; troca por uma peça de Ouro (1g), sai com o Ouro da Casa da Moeda e troca no mercado internacional por 17 g de prata Ganha 1,5g de Prata Enquanto 17:1 no mercado e 15,5:1 no oficial: país importa prata e exporta ouro Moeda ruim (fraca) – Prata - expulsa moeda boa (valiosa) - Ouro

12 Arbitragem: limites Arbitragem cuidado
levar em consideração: brassage (taxa para cunhagem) e custo de transporte e seguro Banda de cunhagem Tempo (risco) mecanismo de compensação (Krugman): no resto do mundo cai preço do ouro - reverte mecanismo existe antecipação do processo – que pode gerar estabilidade Compensação só funciona se não existir grandes variações de estoque Grandes variações – arbitragem funciona Neste caso de duas uma: muda relação oficial de troca ou escoa moeda valorizada pelo mercado para fora do país Dependendo da situação fim do bimetalismo 12

13 Origens do Padrão Ouro: GB
Inglaterra adoção do Padrão Ouro: acidente histórico ? XVIII: descobertas de Ouro no Brasil – flui para GB Valor do Ouro no Mercado cai e Valor oficial do Ouro passa a ter que ser reduzido (ou a Prata some) Newton - Master of the Mint - (1717) - apesar de reduzir valor oficial do Ouro, o mantém ainda muito acima do mercado Prata subvalorizada oficialmente some do mercado, expulso pelo ouro moeda desvalorizada pelo mercado Especialmente dada a continua produção de ouro no Brasil abole curso forçado das moedas de prata para grandes transações GB – problemas com moedas de pequeno valor em ouro exige convívio com representativas Convive com emissão de papel moeda e moedas falsas GB – emissão inconversível – financiar guerra Volta da conversibilidade 1816 desmonetização da prata abole curso forçado da prata para qualquer transação, reintegração papel com base no Ouro 13

14 Outros países: Bimetalismo ou monometalismo alternante (Von Mises)
Oscilações quanto a principal moeda em vários países França De Napoleão (guerras sem emitir) até Prata prevalece, depois Ouro na década de 50 (descobertas Califórnia e Austrália) 1860 volta Prata (descoberta em Nevada). EUA até Prata prevalece, (mantiveram paridade de 15 -1, quando França foi para 15,5 para 1 em 1803 – ouro sumiu dos EUA) De 34 a 60 - eleva relação (16 -1) – Ouro volta e prevalece. c/ Guerra Civil - emissão inconversível (moeda fiat) - greenbacks 1873/79 estabelece Padrão Ouro “crime de 73” Gera insatisfação, principalmente quando alternância é violenta e manutenção do sistema parece complicado Irving Fischer (retomado por Friedman): bimetalismo tem vantagem, apesar de alternância das moedas, níveis de preço se mantém estável, monometalismo: conseqüência de mais ou menos (ouro ou prata) é inflação e/ou deflação 14

15 Por que o bimetalismo persistiu no século XIX?
Questão controversa – Teorias: 1) Condições técnicas Menor moeda de ouro: valor muito alto para as transações diárias (vários dias de trabalho) Prensas manuais: cunhagem irregular  Maior facilidade para as falsificações Inglaterra (1816): prensas a vapor 2) Fatores políticos Interesses dos mineradores de prata Grupos interessados na expansão do crédito e na inflação 3) Externalidades em rede Solidariedade entre os países praticantes do bimetalismo Guerra Franco-Prussiana acaba rompendo 15

16 O Advento do Padrão-Ouro
Posição da Inglaterra como centro comercial e financeiro Dificuldades com bimetalismo “Alemanha fez pender a balança” – adesão em 1871 Comércio com GB Unificação e guerras franco prussianas novo padrão do marco em ouro Queda do preço da prata (descobertas) Países bimetálicos opção: Grandes importações de prata (inflação) ou adesão ao padrão- ouro Externalidades em rede foram mais importantes EUA acompanham em Reação em cadeia: Dinamarca, Holanda, Noruega, Suécia, Bélgica, França, Itália, Suíça Depois: Rússia e Am. Latina Mas não unânime: Espanha fiduciária, China e países da Am. Central- Prata Desmonetização da prata: Uma das causas da deflação (depressão) de 16

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18 1873 - 1890: “grande” depressão 1850-1873 1873-1890 1890-1913 Alemanha
4,3 2,9 4,1 GB 3,0 1,7 2,0 EUA 6,2 4,7 5,3 França 1,3 2,5 Itália 0,9 Suécia 3,1 3,5


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