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PublicouDaniela Cotto Alterado mais de 10 anos atrás
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FILOSOFIA 10ºANO Módulo inicial I – Iniciação à actividade filosófica
1. O que é a filosofia? 2. Quais são as questões da filosofia? 3. A dimensão discursiva do trabalho filosófico.
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O QUE É A FILOSOFIA ?
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APROXIMAÇÃO ETIMOLÓGICA
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O termo «filosofia» teve origem na Grécia antiga
O termo «filosofia» teve origem na Grécia antiga. Etimologicamente podemos distinguir nele duas compo-nentes: fileo = amo, procuro e sophia = sabedoria, conhe-cimento. Assim, originaria-mente, o termo filosofia queria dizer, para os Gregos, «amor da sabedoria» ou «busca do conhecimento».
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APROXIMAÇÃO SIMBÓLICA
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A AVE DE ATENA
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A ESCOLA DE ATENAS
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O PENSADOR DE RODIN
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Aproximação à origem da filosofia e do filosofar
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No princípio está a admiração, o espanto, o assombro
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No princípio está também a experiência do erro e da dúvida
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No princípio está ainda o desejo de felicidade
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APROXIMAÇÃO HISTÓRICA
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PROBLEMA ANTROPOLÓGICO
1º nascimento da filosofia grega 2º nascimento da filosofia grega Os pré-socráticos e os seus modelos de explicação da Natureza A filosofia na e da cidade PROBLEMA ANTROPOLÓGICO O homem torna-se o centro de toda a problemática filosófica. PROBLEMA COSMOLÓGICO O tema predominante é a explicação do cosmos através de uma substância una que explique a multiplicidade do real, ordenando-o.
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FILOSOFIA PRÉ-SOCRÁTICA
O problema fulcral é o da origem do cosmos. Busca do elemento primordial, ou substância original de todas as coisas. A procura de um princípio de unidade do real a partir da multiplicidade das coisas existentes é, então, a preocupação dominante neste período. Os primeiros filósofos procuram o fundamento primordial, aquilo que permanece e se define como uno, universal e imutável. Este princípio de unidade é a substância primordial de que tudo emerge e à qual tudo regressa, a matéria de que todas as coisas se compõem.
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2º nascimento da filosofia grega A FILOSOFIA NA E DA CIDADE
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Especificidade da Filosofia
Autonomia Radicalidade Historicidade Universalidade
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Autonomia Afirmação da liberdade de pensar – pensar por si;
Em Filosofia não se aceita, de forma passiva e acrítica, qualquer verdade estabelecida; Aceitação do diálogo crítico com os grandes pensadores;
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Radicalidade A Filosofia quer ir à raíz dos problemas;
Pretende procurar os fundamentos, os princípios, as causas primeiras de toda a realidade; Na Filosofia tudo é problematizável e questionável;
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Historicidade Os filósofos vivem num tempo histórico determinado.
O filósofo volta a sua capacidade questionadora e interrogativa para as temáticas da sua época; Sendo a filosofia uma realidade histórica, tanto os filósofos, como o seu pensamento e as suas obras deverão ser compreendidas e inseridas no seu tempo;
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Os filósofos não podem ignorar o passado – têm de fazer da história o seu “laboratório”, pois há temáticas colocadas já pelos primeiros filósofos que ainda hoje se mantêm sem resposta definitiva e que constantemente nos interpelam.
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Universalidade O objecto de reflexão da Filosofia é a totalidade do real; Todos os homens são filósofos, na medida em que todos têm capacidade racional. Todo o homem está apto a filosofar a um nível espontâneo (diferente do sistemático); Alguns dos seus problemas são universais, referem-se à existência do homem;
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FILOSOFIA E CIÊNCIA Cada ciência aborda a realidade numa perspectiva delimitada, numa visão parcelar. A Filosofia não ignorando mas pressupondo o trabalho das diferentes ciências, representa o esforço do homem para se apoderar do sentido da totalidade do real. Sendo o saber da filosofia um saber centrado no “homem” e nas suas realizações (cultura) e não tanto nas “coisas”, como acontece nas ciências, o saber resultante não pode adquirir (ou dificilmente pode adquirir) o estatuto de conhecimento certo e seguro, universalmente válido.
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FILOSOFIA OU FILOSOFIAS
Não é fácil, não é pacífica, nem é consensual a noção ou conceito de filosofia. Muitos preferem falar de filosofias, no plural, em vez de (uma) filosofia.
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Uma aproximação à atitude filosófica
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Filosofar implica: Sermos abertos ao mundo, sendo sensíveis a tudo quanto nos rodeia. Viver todas as situações como se fossem nossas, recusando o enclausuramento em nós mesmos e contrapondo a simpatia à indiferença, o amor ao alheamento.
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Filosofar implica: Possuirmos a capacidade de admiração, de nos espantarmos com as coisas e os acontecimentos. Este espanto tanto pode significar que sentimos amargura e indignação em face do mundo circundante como pode querer dizer que nos sentimos maravilhados ou fascinados.
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Filosofar implica: Assumirmos uma atitude de interrogação. Assaltados pela curiosidade, esta suscita uma infinidade de perguntas visando detectar a razão de ser daquilo que constatamos.
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Filosofar implica: Termos dúvidas acerca daquilo que vemos e do modo como vemos. Desconfiar de nós mesmos, da nossa interpretação ingénua e primária das coisas e admitir que elas talvez não sejam, não possam, ou não devam ser tal como nos aparecem é a postura mais saudável quando se deseja conhecer a verdade daquilo que nos cerca.
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Filosofar implica: Reflectirmos sobre aquilo que despertou o nosso interesse. A reflexão torna-se inevitável como meio de ultrapassar os ardilosos aspectos da aparência e chegarmos à compreensão daquilo que observamos e extrairmos ilações para a nossa vida e para nos empenharmos na alteração dos factos com os quais não estamos de acordo.
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O fundamental da filosofia é a crítica
O fundamental da filosofia é a crítica. A filosofia deve ser estudada, não pelo mérito das respostas precisas sobre um certo número de questões primárias, mas pelo valor que em si mesma assume, para a cultura do espírito, a mera discussão de tais problemas.
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