Desempenho operacional de máquinas agrícolas

Desempenho operacional de máquinas agrícolas
Prof. Me. Marcos Machry

Objetivo Racionalizar o emprego das máquinas, implementos e ferramentas na execução das operações agrícolas. Saber: O que fazer Quando fazer Como fazer Com o que fazer

Definição Complexo conjunto de informações que definem, em termos quali-quantitativos, os atributos da maquinaria agrícola quando executam operações sob determinadas condições de trabalho. Informações agrupadas como: Características operacionais: qualidade e quantidade de trabalho desenvolvido pela máquina sob determinadas condições de trabalho; Características dinâmicas: potência requerida para acionamento e velocidade de trabalho da máquina, sob determinadas condições de trabalho; Características de manejo: regulagens, manutenção, reparos, estabilidade etc.

Análise operacional É a base para a definição do sistema de produção a ser adotado para atender as características e necessidades da propriedade. Sistema de produção Conjunto de práticas agrícolas sequenciais que viabilizam a produção de uma cultura.

Análise operacional 1- Quantas operações são realizadas na calagem de um solo? 2- Quantas operações são realizadas no preparo convencional de um solo?

1-Análise operacional a) Estimativa do tempo disponível São as horas que a máquina pode trabalhar em função das condições edafo-climáticas, cultura e do regime de trabalho adotado. Depende basicamente número de dias totais reservados para a operação, dias de descanso e impróprios para o trabalho das máquinas, jornada de trabalho.

Estimativa do tempo disponível (01) Onde: TD: tempo disponível para realizar cada operação em horas; Nt: número de dias contido no período determinado para a realização da operação; Ndf: número de domingos e feriados, quando respeitados, existentes no período; Nimp: número de dias úteis impróprios ao trabalho das máquinas; Jt: jornada de trabalho adotada em horas; Eg: eficiência gerencial ou administrativa.

Estimativa do tempo disponível A jornada de trabalho (Jt) e os dias de descanso remunerados (Ndf) Devem estar de acordo com o sistema de trabalho da propriedade, mas levar em conta a legislação. A estimativa do número de dias impróprios – Nimp Apresenta grande dificuldade para o planejamento Condições de clima e solo Traficabilidade e operacionalidade Eficiência de gerenciamento Número de horas perdidadas associadas a falhas administrativas Atrasos na entrega de insumos ou no reparo das máquinas, Tempos desperdiçados pelo operador, Erros na alocação de máquinas

1- Análise operacional b) Estimativa do ritmo operacional É a razão entre a quantidade de trabalho a ser realizado dentro do tempo disponível para cada operação (02) Onde RO = Ritmo operacional em ha.h-1 At = área a ser trabalhada em hectares (ha). TD = tempo disponível A somatória do ritmo operacional mensal, semanal ou diário, estabelece a quantidade total de trabalho a ser realizada no período de tempo adotado para cada operação e conjunto mecanizado.

1- Análise operacional C- Número de conjuntos É o número de conjuntos ou máquinas necessárias para atender as operações dentro do tempo disponível (03) Onde: NC = número de conjuntos; RO = ritmo operacional CT = capacidade de trabalho das máquinas agrícolas (ha.h-1).

2- Seleção e aquisição de máquinas Fatores de influência Preferência pessoal Recomendação prática Dimensionamento técnico e o econômico. atender às necessidades exigidas pelo sistema de produção avaliar os custos envolvidos Determinar a capacidade de trabalho e da potência necessária para a realização das operações

2- Seleção e aquisição de máquinas a) Capacidade e eficiência da maquinaria agrícola Realizada de acordo com as características das operações e são classificadas em: Capacidade de campo: aplicada a máquinas e implementos que, para executarem uma operação agrícola, devem se deslocar cobrindo uma determinada área. Capacidade de produção: relacionada com máquinas cujo trabalho é medido em termos de volume ou massa de produto por unidade de tempo Capacidade de manipulação está associada com a separação de materiais.

2- Seleção e aquisição de máquinas Capacidade e eficiência da maquinaria agrícola - Capacidade de campo Capacidade de campo teórica Capacidade de campo efetiva Capacidade de campo operacional

2- Seleção e aquisição de máquinas Capacidade e eficiência da maquinaria agrícola - Capacidade de campo Capacidade de campo teórica (04) Onde: CcT= Capacidade de campo teórica; Lc= Largura de corte teórica da máquina vd= velocidade de deslocamento teórica da máquina

2- Seleção e aquisição de máquinas Capacidade e eficiência da maquinaria agrícola - Capacidade de campo Capacidade de campo efetiva (05) Onde CcE= Capacidade de Campo Efetiva At= Área trabalhada Tp= Tempo de produção

2- Seleção e aquisição de máquinas Capacidade e eficiência da maquinaria agrícola - Capacidade de campo Capacidade de campo operacional (06) Onde: CcO= Capacidade de campo operacional TM=Tempo máquina.

2- Seleção e aquisição de máquinas Capacidade e eficiência da maquinaria agrícola - Tempo Máquina Capacidade de campo operacional (07) Onde: TP= Tempo de produção TI= Tempo de interrrupção TPr= Tempo de preparo

2- Seleção e aquisição de máquinas Capacidade e eficiência da maquinaria agrícola -TP= Tempo de produção Tempo efetivamente consumido no trabalho -TI= Tempo de interrupção Tempo gasto com manobras, desembuchamento, ajustes, consertos, reabastecimento e descargas -TPr= Tempo de preparo Tempo gasto no preparo da máquina para entrar operação Acoplamento, desacoplamento, deslocamento, regulagem, controle, manutenção e limpeza após uso

2- Seleção e aquisição de máquinas

2- Seleção e aquisição de máquinas b) Potência Disponível e Requerida na Barra de Tração Potência bruta do motor Potência disponível na TDP Regra do fator 0,86

2- Seleção e aquisição de máquinas Potência disponível na barra de tração Regra do fator 0,86 Potência do motor x 0,86 = Potência na TDP; Potência na TDP x 0,86 = Potência máxima no rodado sobre posta de concreto; Potência máxima no rodado sobre posta de concreto x 0,86 = Potência máxima sobre pista de chão batido; Potência máxima sobre pista de chão batido x 0,86 = Potência utilizável sobre solo arado; Potência utilizável sobre solo arado x 0,86 = Potência utilizável sobre solo solto.

2- Seleção e aquisição de máquinas Regra do fator 0,86

2- Seleção e aquisição de máquinas b) Potência Requerida na Barra de Tração Varia conforme cada situação de trabalho Textura do solo Parâmetros do equipamento Velocidade efetiva da operação Largura de trabalho Profundidade de trabalho

2- Seleção e aquisição de máquinas b) Potência Requerida na Barra de Tração

Desempenho econômico de máquinas agrícolas
Calculado através do levantamento dos custos diretos, indiretos e operacionais Custos diretos Custos fixos Independem do uso da máquina Depreciação, juros, alojamento Custos variáveis Dependem do uso da máquina Combustível e manutenção

Custos fixos DEPRECIAÇÃO Depreciação física desgaste Depreciação econômica tecnologia $ anos

DEPRECIAÇÃO Método linear É o método mais usado, onde a desvalorização do bem é igual para cada ano de uso ou da vida útil do bem (valor novo – valor de sucata) Depreciação = Vida útil total (valor atual – valor de sucata) Depreciação = Vida útil restante

VALOR DE SUCATA É um valor residual no qual o bem é avaliado no fim de sua vida útil. VIDA ÚTIL É o período tecnicamente viável de utilização de um bem durável. A VIDA ÚTIL E O VALOR DE SUCATA DE UM BEM SÃO VARIÁVEIS DE ACORDO COM O BEM E DEFINIDOS POR ENTIDADES ESPECIALIZADAS.

DEPRECIAÇÃO Método da reavaliação anual (valor de revenda) “é da diferença monetária entre os valores das avaliações de determinado bem, realizado em cada ano agrícola pelo seu valor de revenda” DEPRECIAÇÃO = Valor bem no ano (t) – valor bem no ano (t+1) MARCOS MACHRY

Custos fixos SEGURO “É a soma destinada a formar um fundo que permite pagar danos imprevistos, parciais ou totais que o bem pode sofrer.” Seguro = valor médio x taxa anual seguro Valor médio = valor novo + valor de sucata 2 7% = veículos 0,75% = máquinas e implementos 0,35% = benfeitorias Taxa anual =

Custos fixos JUROS Também chamado de custo de oportunidade Na prática utiliza-se aplicações financeiras como caderneta de poupança , fundos de commodities (PRAXE = 6% ao ano) Juros = valor médio x taxa anual de juros

Custos variáveis COMBUSTÍVEL Ccb = Cc x Pl Onde: Ccb = custo do combustível Cc = consumo de combustível Pl = preço do litro de combustível

Custos variáveis MANUTENÇÃO Man = % de manutenção x valor atual Man = % de manutenção x valor médio

Custos indiretos Perdas financeiras causadas por redução de rendimento devido a planejamento inadequado de máquinas agrícolas Atrasos de semeaduras e aplicações de agroquímicos Cálculo subjetivo

Custos operacional Custos do conjunto de trabalho ( trator e implemento) + custo de mão de obra

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