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PublicouVictor de Sousa Barreiro Alterado mais de 7 anos atrás
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Aula Teórica nº 9 Sumário: 4.2. Investimento 4.3. Poupança, investimento e mercados financeiros 4.4. Investimento e stock de capital Bibliografia: Obrigatória: Amaral et al. (2007), cap. 2 Frank e Bernanke (2003), cap. 22 Economia II – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular.
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Objectivos da aula: No final desta aula o aluno deverá ser capaz de: Compreender o conceito de investimento. Enumerar os principais determinantes da despesa em investimento. Compreender e aplicar a função de investimento linear. Compreender a relação existente entre investimento e poupança. Compreender a relação entre investimento e stock de capital.
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Investimento, o que é? 1) Aquisição, pelas empresas, de bens de equipamento (incluindo instalações) novos. 2) Aquisição, pelas famílias, de habitações novas. 3) Aquisição, pelo Estado, de bens de equipamento (incluindo infra-estruturas) novos. 4) Valor líquido (entradas – saídas) de existências de matérias primas e produtos acabados nos armazéns das empresas. 4.2. Investimento
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A FBCF é quantitativamente muito mais importante que a VE. A FBCF do Estado (investimento público) representa menos de 15% do investimento total. A despesa com investimento atinge entre 20 a 30 por cento do PIB. Estas categorias são agrupadas em: FBCF: 1, 2 e 3 VE: 4
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Fonte: Comissão Europeia (2005)
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Determinantes do investimento: Lucros esperados Expectativas de vendas futuras Riscos de mercado Evolução da conjuntura económica
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Fonte: Comissão Europeia (2005)
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Quais são as escolhas de que dispõe um investidor? Alternativa 1: aplicar o dinheiro (seu ou alheio) num activo financeiro sem risco e auferir juros a uma taxa real r. Alternativa 2: aplicar o dinheiro (seu ou alheio) num activo real (e.g. Uma nova máquina) e auferir lucros adicionais futuros, com risco. O investidor escolhe aquela que gerar um maior ganho esperado.
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Valor presente dos lucros do ano t : t Act – valor actualizado dos lucros de t. r - taxa de juro real. t - lucros do ano t, a preços do ano 0. t Act é o equivalente no ano 0 do montante (a preços constantes) t que só será recebido daí a t períodos.
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Exemplo: Despesa de investimento: 450 000 euros. Duração do projecto: 5 anos. Taxa de juro real ( r ): 4,5%/ano. Lucros esperados ( t ) a preços do ano base: 100 000 euros. À partida este investimento parece valer a pena, já que 500 > 450. Mas este raciocínio não considera o custo de oportunidade do projecto (a alternativa 1).
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t tt t Act = t /(1+r) t 000,0 110095,7 210091,6 310087,6 410083,9 510080,2 Total 500439 Mapa financeiro do projecto, expresso em milhares de euros.
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Valor presente dos lucros esperados totais: Como VP = 439 < 450 (custo do investimento), o projecto não é viável. É preferível aplicar o dinheiro no activo financeiro. Uma descida suficientemente grande da taxa de juro real tornaria o projecto viável.
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O valor presente de um projecto depende negativamente da taxa de juro real. Logo, o investimento empresarial depende negativamente da taxa de juro real. Da taxa de juro real, e não da taxa de juro nominal… Porquê? Assim, quanto maior for a taxa de juro real menor será o número de projectos viáveis numa economia. Logo, menor será a despesa real em investimento.
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A taxa de juro real mede o custo da utilização dos fundos destinados ao investimento: fundos próprios: custo de oportunidade associado a aplicações alternativas; fundos alheios: a empresa habitualmente paga a taxa de juro de mercado pela sua utilização.
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A função de investimento apresenta as seguintes características: Pretende modelizar as intenções de despesa (a preços constantes) em investimento. Assume que a taxa de juro real é o principal determinante deste comportamento (pode-se ignorar os outros). Impõe restrições sobre a reacção de I a r.
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Hipóteses sobre os comportamentos: 1) Trata-se de uma função contínua e diferenciável: 2) Esta função só tem sentido económico para um valor positivo do investimento (bruto): 3) Quanto maior a taxa de juro real, menores serão as intenções de despesa das empresas (e famílias) em bens de capital:
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I – intenções de despesa em investimento, medidas em u.m. (do ano base)/u.t. r – taxa de juro real, medida em (u.t.) -1. b – sensibilidade do investimento à taxa de juro, medida em u.m. (do ano base). - investimento autónomo, medido em u.m. (do ano base)/u.t. É obrigatoriamente positivo. Para o 1º ano, vamos utilizar uma aproximação linear à função geral:
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Taxa de juro real e taxa de juro nominal Recorde-se que a relação entre taxa de juro real e nominal: Taxa de juro real e taxa de juro nominal coincidem quando a inflação esperada é nula. Variações no juro nominal são variações no juro real, se a inflação esperada não variar. Vamos supôr que as expectativas de inflação são nulas (ou pelo menos exógenas).
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Representação gráfica da função de investimento, versão linear I i 0
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Investimento e Poupança Numa economia fechada e sem Estado: Y = C + I + G + Ex – Im = C + I S = Y d – C = Y – C Logo, I = S. Numa economia fechada e sem Estado, o investimento iguala a poupança privada (famílias e empresas). Em geral, o investimento iguala a poupança total. 4.3. Poupança, investimento e mercados financeiros
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As empresas precisam de fundos disponíveis para investir: fundos próprios (poupança das empresas) fundos alheios (e. g. poupança das famílias) Intermediários financeiros: Canalizam as poupanças dos agentes com capacidade de financiamento para os agentes necessidade de financiamento São intermediários financeiros: os bancos as fundos de pensões as companhias seguradoras
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O investimento é uma variável de fluxo Relaciona-se com o capital, uma variável de stock: K t - stock de capital no final do período t, medido em u.m. (do ano base). I t – investimento (bruto) durante o período t, medido em u.m. (do ano base)/u.t. t – taxa de depreciação do capital do período t, medido em (u.t.) -1. 4.4. Investimento e stock de capital
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Investimento líquido e bruto: Investimento líquido O valor do investimento líquido é igual ao do investimento bruto, deduzindo a depreciação do capital que ocorre no período. É o investimento líquido que, realmente, faz variar o stock de capital. Economia II – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular.
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