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CONCORRÊNCIA E MUDANÇA TECNOLÓGICA

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Apresentação em tema: "CONCORRÊNCIA E MUDANÇA TECNOLÓGICA"— Transcrição da apresentação:

1 CONCORRÊNCIA E MUDANÇA TECNOLÓGICA
Mario Possas CONCORRÊNCIA E MUDANÇA TECNOLÓGICA Prof. Mario Possas, IE/UFRJ IV – Estruturas inovativas e competitividade (1)

2 Sumário IV.1. Competitividade e inovatividade: aspectos conceituais e analíticos Bibliografia: HAGUENAUER (1989); POSSAS (1996); POSSAS, S. (1996), cap. 6. IV.2. A dimensão empresarial e organizacional da inovação e da competitividade Bibliografia: COOMBS et al. (1987), caps. 3 e 4; TEECE, RUMELT, DOSI, WINTER (1994); TEECE, PISANO (1994).

3 IV.3. As dimensões sistêmica e internacional da competitividade
Bibliografia: NELSON (1993) (ed.), caps. 1 e 16; NELSON (1992); FREEMAN, SOETE (1997), cap. 12; POSSAS (1996); DOSI (1988b); DOSI, SOETE (1988). IV.4. Inovações, instituições e desenvolvimento econômico Bibliografia: DOSI, FREEMAN, FABIANI (1994); NELSON (1994); FREEMAN, SOETE (1997), cap. 15.

4 IV.1. Competitividade e inovatividade: aspectos conceituais e analíticos 1. Conceito
Uma teoria – como a Schumpeteriana -, centrada na concorrência como processo, não pode deixar de focalizar em primeiro plano o desempenho dos agentes – empresas – neste mesmo processo. Nessa perspectiva, competitividade é o atributo (ou conjunto destes) que proporciona sucesso às empresas no processo concorrencial. Pode parecer tautológico, mas é apenas consistência teórica.

5 Essa definição aponta para o lado ex post, de resultados e desempenho, como essencial ao conceito, mas não exclui a grande relevância do lado ex ante, da capacitação para a concorrência e da capacidade de formular e executar estratégias competitivas. Sem isso, aí sim, estaríamos no campo da tautologia. Vejamos alguns aspectos conceituais importantes.

6 O locus da competitividade, como não poderia deixar de ser, é o mesmo da concorrência: o mercado. Embora muitas vezes se faça referência (mesmo se implícita) ao mercado internacional, isto não é uma exigência do conceito; trata-se do mercado como espaço estratégico em que uma dada firma opera, o qual não coincide necessariamente com o mundial. A unidade de análise, também tal como na concorrência, é a firma. Que uma indústria ou um país possua recursos e outros elementos favoráveis à competitividade das suas empresas não tem a ver com o locus da concorrência e da competitividade, mas sim com os fatores determinantes desta – como se verá a seguir.

7 2. Fatores determinantes
Às vezes esses fatores são agrupados em três níveis de abrangência: o da firma, o do setor (indústria) e o sistêmico. (i) Ao nível da firma, as estratégias de busca de vantagens competitivas são fatores decisivos, naturalmente condicionadas fortemente pelo ambiente competitivo do mercado. A ênfase na identificação de estratégias competitivas eficientes pode trazer alguma dificuldade de análise e de generalização, mas é necessária para evitar o risco de tautologia envolvido na mera identificação de padrões setoriais aos quais as empresas deveriam adequar-se – suprimindo os graus de liberdade associados à diversidade estratégica.

8 Segundo M. S. Possas (1993), há dois tipos de características quanto às dimensões competitivas dos mercados que podem ser ativadas pelas estratégias competitivas das empresas: as relativas aos produtos (usos possíveis, insumos, processo de fabricação, ciclo de vida), que podem ter âmbito maior, inclusive internacional; e as relativas ao ambiente específico em que atuam (local, regional, nacional, político-institucional).

9 Quanto às fontes da competitividade ao nível da firma, podem situar-se na empresa ou no grupo empresarial, a saber: capacitação tecnológica, produtiva ou gerencial; marketing e vendas; qualidade e produtividade dos recursos disponíveis; relação com fornecedores e usuários; qualidade dos serviços pós-venda; ou capacidade financeira.

10 (ii) Ao nível setorial ou das indústrias, os principais fatores de competitividade decorrem tanto de externalidades (disponibilidade de recursos diferenciados como insumos, energia, serviços, mão-de-obra) como de políticas de fomento via incentivos (fiscais, de crédito etc.) e outros mecanismos (e.g. compras de governo). (iii) Por último, ao nível sistêmico, que diz respeito ao ambiente econômico mais amplo – em geral nacional -, os principais fatores podem ser divididos em (a) externalidades gerais para a indústria do país, envolvendo a infraestrutura física (energia, transporte, telecomunicações) e tecnológica (sistema nacional de inovação);

11 (b) político-institucionais (de natureza tarifária, fiscal, compras governamentais); (c) regulatórios (antitruste, propriedade intelectual, de meio ambiente, capital estrangeiro); (d) globais (inserção internacional, políticas de exportações); (e) macroeconômicos (políticas macro, inclusive cambial e de juros e crédito); e (f) sociais (educação, qualificação, relações de trabalho).

12 Quando presente, esse conjunto (ou parte dele) de fatores sistêmicos é capaz de gerar sinergias técnicas, organizacionais, institucionais e outras, capazes de criar um ambiente competitivo em nível mais amplo, nacional. Para tanto, são necessárias duas condições: a existência de pressões competitivas permanentes, que estimulem as empresas a aumentar (ainda que defensivamente) sua capacidade competitiva e a se adaptar rapidamente às mudanças do ambiente; e a presença de condições de infraestrutura, regulatórias e de políticas que favoreçam a geração e difusão de inovações. Em suma, competitividade e inovatividade andam juntas.

13 3. Diferentes enfoques sobre competitividade
Em sua resenha sobre competitividade, Haguenauer (1989) distingue dois enfoques sobre o tema: (i) como desempenho: centrado no lado ex post, avalia competitividade com base em preços e market shares, com referência exclusiva ao mercado internacional; (ii) como eficiência: centrado em parte no lado ex ante, enfatiza a eficiência produtiva das empresas, tendo como variáveis-chave qualidade (além do preço), tecnologia, salários, produtividade.

14 Em conclusão, são necessários diferentes indicadores para avaliar competitividade, mas vale ressaltar que é essencial considerar as variáveis ex ante, relativas tanto às empresas (capacitação tecnológica, P&D) quanto as sistêmicas (educação, qualificação, políticas de incentivo, ambiente econômico e social, etc.). Um enfoque mais amplo que o nível da empresa individual – embora esta seja a unidade de análise - é necessário para identificar a presença crucial de fatores determinantes de esforços inovativos, além da busca por eficiência produtiva nas tecnologias existentes.


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