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DISFUNÇÃO SEXUAL FEMININA ASSOCIADA AO USO DE ANTIDEPRESSIVOS

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Apresentação em tema: "DISFUNÇÃO SEXUAL FEMININA ASSOCIADA AO USO DE ANTIDEPRESSIVOS"— Transcrição da apresentação:

1 DISFUNÇÃO SEXUAL FEMININA ASSOCIADA AO USO DE ANTIDEPRESSIVOS
Sara Ribeiro Ferrari - 9º período Internato de Ginecologia e Obstetrícia Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória

2 Resposta Sexual Saudável
A resposta sexual saudável consiste em um conjunto de 4 etapas sucessivas: Desejo Excitação Orgasmo Resolução ABDO, C.H.N; FLEURY, H.J. Aspectos diagnósticos e terapêuticos das disfunções sexuais femininas. Rev. Psiq. Clin., São Paulo, 33 (3); p , 2006

3 Disfunção Sexual Feminina
Definição: Caracterizada pela falta, excesso, desconforto e/ou dor na expressão e no desenvolvimento do ciclo sexual, afetando uma ou mais fases desse. Quanto mais precoce for a disfunção no ciclo, mais prejuízo acarretará à resposta sexual e mais complexo será o quadro clínico, prognóstico e tratamento. ABDO, C.H.N; FLEURY, H.J. Aspectos diagnósticos e terapêuticos das disfunções sexuais femininas. Rev. Psiq. Clin., São Paulo, 33 (3); p , 2006

4 Disfunção Sexual Induzida por Antidepressivos
A incidência da disfunção sexual induzida por antidepressivos varia consideravelmente, estudos indicam que este é um problema comum. Os efeitos colaterais sexuais afetam o estilo de vida da pessoa, o que resulta em aderência reduzida à medicação, levando a um tratamento menos efetivo do transtorno psiquiátrico primário. RUDKIN LISA, TAYLOR MATTHEW J., HAWTON KEITH K.E. Strategies for managing sexual dysfunction induced by antidepressant medication. Cochrane Database of Systematic Reviews

5 Classificação das Disfunções Sexuais Induzidas por Antidepressivos
Classificação dos tipos de disfunções: Alteração do desejo sexual, incluindo prejuízo ou ausência Disfunção do orgasmo e ejaculação, incluindo anorgasmia, hiperorgasmia, orgasmo doloroso e ejaculação inibida Alterações da ereção, incluindo impotência, priapismo e ereção dolorosa Outros problemas, incluindo problemas na excitação, redução da satisfação sexual, lubrificação, dispareunia e vaginismo. RUDKIN LISA, TAYLOR MATTHEW J., HAWTON KEITH K.E. Strategies for managing sexual dysfunction induced by antidepressant medication. Cochrane Database of Systematic Reviews

6 Fisiopatologia Desafio: entender como os antidepressivos atuam sobre a função sexual normal. A maioria dos antidepressivos modulam concentração de serotonina, pensa-se que os níveis de serotonina elevados diminuem a função sexual. Terminais nervosos serotoninérgicos tem como alvo as vias da dopamina e da norepinefrina no cérebro e inibem a sua atividade, ambos estes neurotransmissores têm um papel nas fases de desejo e excitação do ciclo de resposta sexual. HIGGINS A. ET AL. Antidepressant-associated sexual dysfunction: impact, effects, and treatment. Drug, Healthcare and Patient Safety, Dublin, Ireland; p ; 2010:2

7 Fisiopatologia 80% da serotonina é localizada na periferia
Elevação da serotonina na periferia Redução da sensação nas estruturas anatômicas do sistema reprodutivo e diminuição da lubrificação vaginal, ereção, ejaculação e orgasmo HIGGINS A. ET AL. Antidepressant-associated sexual dysfunction: impact, effects, and treatment. Drug, Healthcare and Patient Safety, Dublin, Ireland; p ; 2010:2

8 Diagnóstico O diagnóstico é clínico! Dificuldades no diagnóstico:
Inibição da paciente que não apresenta a queixa. Inibição do médico que se constrange em investigar. ABDO, C.H.N; FLEURY, H.J. Aspectos diagnósticos e terapêuticos das disfunções sexuais femininas. Rev. Psiq. Clin., São Paulo, 33 (3); p , 2006

9 Diagnóstico É importante considerar a distinção entre:
disfunção sexual primária (ao longo da vida) e secundária (adquirida); disfunção generalizada (presente com qualquer parceira) e situacional (presente em determinadas circunstâncias/parcerias). ABDO, C.H.N; FLEURY, H.J. Aspectos diagnósticos e terapêuticos das disfunções sexuais femininas. Rev. Psiq. Clin., São Paulo, 33 (3); p , 2006

10 Diagnóstico Outras considerações importantes:
Idade da mulher e sua experiência sexual; pois mulheres jovens e/ou principiantes costumam apresentar dificuldade para relaxamento e lubrificação, o que é compreensível e não significa disfunção. ABDO, C.H.N; FLEURY, H.J. Aspectos diagnósticos e terapêuticos das disfunções sexuais femininas. Rev. Psiq. Clin., São Paulo, 33 (3); p , 2006

11 Diagnóstico Não há diagnóstico de disfunção sexual caso esta seja melhor explicada por outro transtorno. Exemplo: se a redução do desejo sexual ocorrer apenas no contexto de um episódio depressivo. ABDO, C.H.N; FLEURY, H.J. Aspectos diagnósticos e terapêuticos das disfunções sexuais femininas. Rev. Psiq. Clin., São Paulo, 33 (3); p , 2006

12 Antidepressivos Associados a Disfunção Sexual
Maior incidência: Tricíclicos Inibidores da recaptação seletiva de serotonina (IRSS) Inibidores da Monoamino Oxidase (IMAO) Menor incidência: Bupropiona Mirtazapina Reboxetina KYOUNG-UK LEE ET AL. Antidepressant-induced sexual dysfunction among newer antidepressants in a naturalistic setting. Psychiatry Investig, Korea, p , 2010

13 Manejo da Disfunção Sexual Feminina Induzida por Antidepressivos
30% das pessoas tratadas para depressão podem não aderir ao tratamento, minimizando a disfunção sexual associada aos antidepressivos. Orientação e esclarecimento da paciente já pode resolver um parcela das dificuldades sexuais. HIGGINS A. ET AL. Antidepressant-associated sexual dysfunction: impact, effects, and treatment. Drug, Healthcare and Patient Safety, Dublin, Ireland; p ; 2010:2

14 Manejo da Disfunção Sexual Feminina Induzida por Antidepressivos
1ª etapa: avaliar se realmente a disfunção relatada pela paciente é consequência do uso de antidepressivos. Focos da avaliação: Eliminação de fatores de confusão para disfunção sexual (ex.:idade, uso de álcool/outras substâncias) Excluir queixa de comorbidade orgânica (ex.: diabetes, aterosclerose, alcoolismo) Excluir sintomas contínuos ou residuais de depressão HIGGINS A. ET AL. Antidepressant-associated sexual dysfunction: impact, effects, and treatment. Drug, Healthcare and Patient Safety, Dublin, Ireland; p ; 2010:2

15 Manejo da Disfunção Sexual Feminina Induzida por Antidepressivos
Principal desafio: manejo da disfunção sexual induzida por antidepressivos sem comprometer o bem estar mental. A não-adesão ao tratamento com antidepressivos pode constituir um grande problema assim como pode ter um efeito positivo na disfunção sexual. Principal complicação: recidiva do episódio depressivo. HIGGINS A. ET AL. Antidepressant-associated sexual dysfunction: impact, effects, and treatment. Drug, Healthcare and Patient Safety, Dublin, Ireland; p ; 2010:2

16 Manejo da Disfunção Sexual Feminina Induzida por Antidepressivos
Adaptação a droga: Alguns efeitos adversos regridem a medida que o organismo se adapta ao antidepressivo Um curso do manejo é “esperar e ver”, pois ocorre remissão parcial e espontânea da disfunção sexual em cerca de 10% das pessoas tratadas com antidepressivos HIGGINS A. ET AL. Antidepressant-associated sexual dysfunction: impact, effects, and treatment. Drug, Healthcare and Patient Safety, Dublin, Ireland; p ; 2010:2

17 Manejo da Disfunção Sexual Feminina Induzida por Antidepressivos
Redução da dose: Disfunção sexual induzida por antidepressivo pode ser um evento adverso dose relacionado. A redução da dose, porém, carrega o risco de piora do transtorno mental. Orientar o paciente que a redução não terá efeito imediato na disfunção sexual e que esse efeito depende da meia-vida do antidepressivo usado. HIGGINS A. ET AL. Antidepressant-associated sexual dysfunction: impact, effects, and treatment. Drug, Healthcare and Patient Safety, Dublin, Ireland; p ; 2010:2

18 Manejo da Disfunção Sexual Feminina Induzida por Antidepressivos
Mudança do antidepressivo: Trocar o antidepressivo por outro com menos risco de efeitos colaterais, isso pode incluir trocar um antidepressivo IRSS por um não IRSS. Trazodona, Bupropiona e Mirtazapina são antidepressivos com impacto mínimo no funcionamento sexual. HIGGINS A. ET AL. Antidepressant-associated sexual dysfunction: impact, effects, and treatment. Drug, Healthcare and Patient Safety, Dublin, Ireland; p ; 2010:2

19 Manejo da Disfunção Sexual Feminina Induzida por Antidepressivos
Tratamento adjuvante: Introduzir outra medicação para neutralizar o efeito adverso sexual. Alguns estudos evidenciaram que o uso da Bupropiona pode reverter a disfunção sexual induzida por IRSS e o Sildenafil pode reduzir os efeitos adversos sexuais, como lubrificação inadequada. Porém, os benefícios clínicos e riscos ainda precisam ser comprovados em grandes estudos. Considerar avaliação física e revisão de medicação visando a qualquer efeito adverso da medicação psicotrópica atual. HIGGINS A. ET AL. Antidepressant-associated sexual dysfunction: impact, effects, and treatment. Drug, Healthcare and Patient Safety, Dublin, Ireland; p ; 2010:2

20 Manejo da Disfunção Sexual Feminina Induzida por Antidepressivos
“Drug Holiday” (“feriado de remédios”): É uma opção de tratamento de alto risco em que o antidepressivo é omitido no dia anterior ou no dia em que foi programada atividade sexual. Quanto maior o tempo de omissão da medicação maior o risco de recorrência de sintomas depressivos. Risco de experimentar sintomas de retirada da medicação antidepressiva em uso. Desvantagem: programar a relação sexual, o que pode gerar conflitos e ansiedade. HIGGINS A. ET AL. Antidepressant-associated sexual dysfunction: impact, effects, and treatment. Drug, Healthcare and Patient Safety, Dublin, Ireland; p ; 2010:2

21 Manejo da Disfunção Sexual Feminina Induzida por Antidepressivos
Terapia cognitivo-comportamental (TCC): Pode ser usada em uma abordagem biopsicossocial da disfunção sexual. Foca nas questões que estão causando os problemas atuais. Há pequena evidência da efetividade da TCC para a disfunção sexual induzida por antidepressivos. Portanto, a TCC não é adequada como única terapêutica da disfunção, mas pode ser útil no manejo de sentimentos negativos que influenciam na autoestima e autoimagem. HIGGINS A. ET AL. Antidepressant-associated sexual dysfunction: impact, effects, and treatment. Drug, Healthcare and Patient Safety, Dublin, Ireland; p ; 2010:2

22 Referências 1. ABDO, C.H.N; FLEURY, H.J. Aspectos diagnósticos e terapêuticos das disfunções sexuais femininas. Rev. Psiq. Clin., São Paulo, 33 (3); p , HIGGINS A. ET AL. Antidepressant-associated sexual dysfunction: impact, effects, and treatment. Drug, Healthcare and Patient Safety, Dublin, Ireland; p ; 2010:2 3. KYOUNG-UK LEE ET AL. Antidepressant-induced sexual dysfunction among newer antidepressants in a naturalistic setting. Psychiatry Investig, Korea, p , RUDKIN LISA, TAYLOR MATTHEW J., HAWTON KEITH K.E. Strategies for managing sexual dysfunction induced by antidepressant medication. Cochrane Database of Systematic Reviews. In: The Cochrane Library, Issue 01, Art. No. CD DOI: / CD PUB4; 2009.

23 Questões 1) Quais dos antidepressivos abaixo tem menor taxa de incidência de efeitos colaterais sexuais adversos? A) Fluoxetina B) Paroxetina C) Bupropiona D) Sertralina Resposta: letra C

24 Questões 2)Com relação a disfunção sexual induzida por antidepressivos, assinale a alternativa ERRADA: A) Quanto maior o tempo de omissão da medicação na terapêutica do “drug holiday” maior o risco de recorrência de sintomas depressivos. B) Em alguns casos, o uso da Bupropiona pode reverter o quadro de disfunção sexual induzida por IRSS. C) A redução da dose do antidepressivo é uma das estratégias para tratamento da disfunção sexual. D) A terapia cognitivo-comportamental isolada é suficiente como terapêutica para a disfunção sexual induzida por antidepressivos. Resposta: Letra D

25 Questões 3) Com relação à disfunção sexual induzida por antidepressivos, é ERRADO afirmar: A) A orientação e esclarecimento do quadro de disfunção sexual ao paciente pode resolver parcialmente os problemas sexuais. B) Em cerca de 10% dos pacientes com disfunção sexual induzida por antidepressivos os efeitos colaterais sexuais regridem espontaneamente com a adaptação do organismo ao medicamento. C) É importante excluir a possibilidade que comorbidades orgânicas como diabetes por exemplo estejam causando a disfunção sexual. D) A depressão não cursa com alterações na libido. Resposta: Letra D


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