Centro de Ciências Agrárias - CCA

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1 Centro de Ciências Agrárias - CCA
Departamento de Aquicultura Laboratório de Peixes e Ornamentais Marinhos - LAPOM Aclimatação e quarentena dos peixes nativos Gramma brasiliensis e Elacatinus figaro selvagens em condições de laboratório Marina Nunes Alexandre*, Daniela Gonçalves Soares, Monica Yumi Tsuzuki. UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina – LAPOM – Laboratório de Peixes e Ornamentais Marinhos - Rodovia Admar Gonzaga, 1346, CEP: Itacorubi - Florianópolis – SC. INTRODUÇÃO Atualmente, o mercado de peixes ornamentais marinhos no mundo é uma atividade econômica, social e ambiental bastante significativa. Para auxiliar na diminuição do extrativismo e no conhecimento de aspectos bioecológicos desses animais, uma das ferramentas utilizadas é o desenvolvimento de tecnologia para a produção destes em cativeiro, sendo esta uma solução sustentável em longo prazo para o mercado, para isso peixes selvagens são capturados de seus habitat naturais para observar comportamento e poder fazer um pacote tecnológico adequado e viável para o cultivo. Gramma brasiliensis é um peixe ameaçado de extinção do Brasil e por essa razão é uma das espécies de discussão do Plano de Ação Nacional para a Conservação de Ambientes Coral Brasileiros - PAN Reef . O neon gobi Elacatinus fígaro é uma espécie endêmica do Brasil, ameaçada de extinção, que possui uma grande importância no comercio da aquariofilia. Estudos estão sendo feitos com essas e outras espécies ameaçadas de extinção para tentar reverter a captura nos estoques naturais. OBJETIVO Este estudo teve como objetivo analisar a eficiência no procedimento de aclimatação e análise parasitológica dos animais. MATERIAL E MÉTODOS 24°C 38 ppm Após 1h , a água foi renovada e filtrada (120 e 40µm) e as amostras foram fixadas em solução de formalina a 10%. Posteriormente, foi feito banho de água doce por 20 min e a água foi filtrada (120 e 40µm) para análise parasitológica. Os peixes foram imersos em solução de formalina (5ppm) por 1 min. O período de quarentena foi de 15 dias a 24°C e 28 ppm. RESULTADOS E DISCUSSÃO Nas amostras de água salgada e doce dos Neons não se observou a presença de parasitas. Já nos Grammas, observou-se a presença do parasita Amyloodinium ocellatum, um dinoflagelado do reino Protista comumente encontrado em peixes marinhos ornamentais, que causa dificuldade respiratória como principal sintoma. Já existem relatos da ocorrência do parasita em espécies de peixes marinhos brasileiros, como no bijupirá. O parasita já foi identificado no laboratório, em diferentes espécies de peixes palhaço (A. ocellaris, A. percula, A. frenatus), mas a espécie mais suscetível à mortalidade foi o A. clarkii. Em contrapartida, não se observou mortalidade dos Neons e Grammas que tiveram contato com o agente patogênico. Não se observou mortalidade no período referente à quarentena dos neons e dos grammas, o que sugere que os procedimentos de aclimatação foram adequados e a posterior ausência de parasitas nos peixes demonstra que os tratamentos com banho de imersão em água doce e em solução de formalina foram eficientes. Sugere-se que mais estudos sejam feitos para verificar a patogenicidade, ocorrência, prevalência e incidência do parasita em espécies nativas brasileiras. 24 Elacatinus figaro 20 Gramma brasiliensis TRANSPORTE 24 horas 20% mortalidade