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PublicouAlexandra Maranhão Chaves Alterado mais de 6 anos atrás
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ORIENTAÇÕES SOBRE ELEMENTOS TEXTUAIS DE PROJETO
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OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS JUSTIFICATIVA
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OBJETIVO GERAL Visão macro do que se pretende pesquisar. O uso de verbos ajuda a construir este item. Objetivo Geral define explicitamente o propósito do estudo. O objetivo geral do seu trabalho deverá estar diretamente relacionado ao problema por você identificado, ou seja, é a ação (verbo) que buscará resposta. Está diretamente relacionado à principal variável de sua questão (problema), chamada de variável dependente. A explicitação desse objetivo deve ser precedida de um verbo de ação, como: identificar, reconhecer, perceber, que são mais generalistas. Ou ainda, de verbos como: analisar, comparar, estabelecer causa e efeito, que são mais complexos. Tudo depende da profundidade que se quer dar ao trabalho de pesquisa e consequentemente, ao artigo.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Os objetivos específicos caracterizam etapas ou fases do projeto, ou seja, é um detalhamento do objetivo geral e não a estratégia de análise dos dados. Desta forma, o conjunto dos objetivos específicos nunca deve ultrapassar a abrangência proposta no objetivo geral. Os objetivos específicos estão relacionados aos ganhos agregados, isto é, àquelas informações ou resultados que poderão ser gerados, a partir do objetivo geral. Relacionam-se às chamadas variáveis independentes, isto é, àquilo que, de alguma forma, pode interferir no problema levantado, ou na situação problema identificada
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Objetivo geral: Exemplo
Analisar a viabilidade econômica da implantação de uma farmácia no bairro Santa Monica Exemplos: investigar, analisar, entender, compreender, comparar, caracterizar, avaliar, identificar, correlacionar, traçar, selecionar, explicar, reconhecer, distinguir... - Objetivos específicos: Apurar o capital Estimar o fluxo de caixa Exemplos de objetivos exploratórios, descritivos e explicativos: Objetivos específicos exploratórios (conhecer, identificar, levantar, descobrir). Objetivos específicos descritivos (caracterizar, descrever, traçar). Objetivos específicos explicativos (analisar, avaliar, verificar, explicar).
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JUSTIFICATIVA Deve ser elaborado um texto contemplando as ideias abaixo: Estado atual dos conhecimentos referentes ao tema Contribuições potenciais em nível teórico Contribuições potenciais em nível prático Justificativa pessoal para a escolha deste projeto Relevância social do projeto A Justificativa de um projeto acadêmico, técnico ou cientifico, trata-se de destacar a relevância e o porquê tal pesquisa deve ser realizada.
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que raios é essa tal justificativa de um projeto?
Por que pedem para colocá-la em uma seção à parte? Tem problema ela ficar meio redundante com a introdução? No que ela difere dos resultados esperados? Qual deve ser a “pegada” ao escrevê-la?
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Para deixar claras as razões do que será abordado no projeto, pode-se responder em formato dissertativo questões como: “Quais motivos justificam meu projeto?”; “Que contribuições para a compreensão, intervenção ou solução para o problema trará a realização de tal pesquisa?”. A pesquisa deve articular a relevância intelectual e prática do assunto investigado à experiência do investigador (quem elabora o projeto). É neste momento em que se tenta convencer com argumentos sólidos a universidade, o orientador ou uma instituição de financiamento de que sua proposta ou projeto merece ser realizado.
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Não existe um modelo padrão, mas recomenda-se a utilização de citações de outros autores para que ocorra um ponto de encontro com as pesquisas científicas na mesma linha do tema escolhido e a sua proposta. O diálogo com autores ou correntes interpretativas sobre o tema deve ser um dos pontos mais importantes para dar credibilidade ao seu texto e garantir a existência comprovada de uma boa base de estudos sobre o tema em questão. Tome o cuidado de não tentar justificar a Hipótese. Esta deverá ser levantada e desenvolvida em outra parte do projeto. Não se deve tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho. A Justificativa deverá exaltar a importância do tema a ser estudado e a necessidade de se levar adiante tal empreendimento.
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Seja criativo e convincente.
A justificativa costuma ser um texto curto (cerca de 100 a 200 palavras), geralmente de um único parágrafo, que serve para apresentar um argumento muito convincente para aquele patrocinador específico. Ao ler a sua justificativa, o assessor e o gerente responsável devem ficar com uma vontade incontrolável de te dar dinheiro. Você deve argumentar de forma lógica, clara e direta porque vale a pena financiar a sua ideia e não outra. O que destaca o seu projeto na multidão? Evite clichês e argumentos vagos, como: “esse projeto deve receber verba, porque tem grande relevância para a conservação”. Seja criativo e convincente.
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E, sim, essa seção é muito importante e deve ser escrita com cuidado.
Em um mundo lotado de cientistas, competindo com unhas e dentes por cargos, verbas e bolsas, ela pode ser a “cereja no bolo”. Especialmente se o seu projeto for parar nas mãos de alguém sem paciência para lê-lo na íntegra (isso não é difícil de acontecer). Muitos patrocinadores pedem para colocar a justificativa em uma seção própria, pois com base nela muitos assessores decidem se vão mesmo prestar atenção ao resto do projeto ou não.
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OS DETALHES VARIAM Ou seja,
O tamanho da justificativa (as tais 100 palavras), variam de patrocinador para patrocinador, edital para edital. Assim, como sempre, preste muita atenção às normas de cada um. Siga o formato exigido à risca, pois a atenção aos detalhes e a capacidade de respeitar instruções são alguns dos termômetros sutis usados para separar bons e maus cientistas. Ou seja, os que ganham verbas e os que ficam reclamando da vida, do sistema e de tudo mais. Se te falarem para colocar a justificativa embutida na introdução, coloque-a. Se disserem que o lugar dela é em uma seção própria, faça assim. “Vocês, sacaaaram?!” (Cyrus 1979)
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Mire como um sniper A pior coisa é submeter exatamente um mesmo projeto, sem mudança alguma, a vários financiadores diferentes. Você pode – e deve – submeter um mesmo projeto a várias fontes em potencial, até mesmo porque a maioria no Brasil paga pouco e uma fonte só provavelmente não vai cobrir todas as suas despesas. Só que, a cada nova submissão, pense em para quem está pedindo a grana. Faça adaptações de formato e de foco, especialmente na justificativa e nos resultados esperados. Faça um exercício mental e tente adivinhar o que aquele patrocinador quer ler.
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Obviamente, sem mentir ou prometer mais do que é capaz de entregar.
E, apesar de ser necessário pedir verbas para mais de uma fonte, não peça para um milhão delas ao mesmo tempo. “Search your feelings” e foque. Você tem que dar um tiro certeiro e não sair atirando para todos os lados. Por exemplo, uma ONG ou OI de conservação da biodiversidade provavelmente não tem muito interesse em questões puramente acadêmicas. Por outro lado, uma agência de fomento governamental vai querer ver um forte embasamento teórico no projeto. Já uma empresa privada deve estar procurando projetos que a ajudem a desenvolver produtos dentro do seu nicho ou melhorar a sua imagem ambiental. Faça o seu dever de casa.
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Evite redundância demais com outras seções
A justificativa acaba tendo, sim, certa sobreposição com a introdução e os resultados esperados. Na introdução, você deve contextualizar a sua ideia, explicar a abordagem escolhida, dizer porque escolheu aquele recorte específico dentro do universo de interesse e, por fim, apresentar as suas perguntas e expectativas. Essa parte do recorte, o foco, é que acaba sendo mencionada também na justificativa. Nos resultados esperados, você deve dizer aonde espera chegar concretamente com o seu projeto, em termos de em qual hipótese aposta, que avanços acadêmicos e práticos o projeto pode trazer, qual problemas ele vai resolver etc. Parte dessa informação também precisa entrar na justificativa de alguma forma. Mas tente reduzir essa redundância, dentro do possível.
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A grande diferença Mas, se a justificativa acaba tendo algumas informações sobrepostas com outras seções, o que a diferencia delas? Simples: é nela que você deve amarrar as pontas. Trocando em miúdos, na justificativa, com base no foco e nos resultados esperados do projeto, você deve dizer de forma muito convincente porque aquele patrocinador deve dar grana para o seu projeto. Vamos usar um exemplo para explicar melhor.
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UM EXEMPLO DE JUSTIFICATIVA
Projeto hipotético. Imagine que você deseja submeter um projeto sobre polinização por abelhas a uma agência de fomento à ciência governamental. É claro que esse é um tema gigante, então você precisa definir um foco. Você poderia estar interessado, por exemplo, em responder a seguinte pergunta: QUE CONSEQUÊNCIAS O DESAPARECIMENTO DAS ABELHAS EUROPEIAS (FENÔMENO CONHECIDO COMO CCD) PODE TER PARA A AGRICULTURA BRASILEIRA?
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Mesmo já tendo um foco bem mais focado (rs), a
pergunta ainda continua grande. Quando a pergunta não pode ser respondida na íntegra em um único projeto, o melhor é olhá-la por diferentes ângulos e responder um pedaço por vez. A melhor estratégia em um caso como esse seria focar ainda mais em uma ou poucas hipóteses bem interessantes, dentro do escopo da pergunta. Poder-se-ia testar as seguintes hipóteses relacionadas: a produção de laranjas no Brasil sofrerá uma queda considerável devido ao CCD; a polinização de lavouras de laranjas no Brasil poderia ser substituída por abelhas nativas.
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Ok, agora é hora de justificar esse projeto-exemplo.
Como se trata de uma pesquisa com clara interface com a economia e a sociedade, fica mais fácil. A justificativa poderia seguir por um caminho mais ou menos assim: No mundo todo, as abelhas europeias estão desaparecendo, correndo o risco de entrarem em extinção em um futuro próximo: trata-se do fenômeno conhecido como “colony collapse disorder” (CCD). Como elas são as principais polarizadoras de várias lavouras, o CCD pode ter consequências para a segurança econômica e alimentar de populações humanas. Assim, pretendemos investigar uma dessas possíveis consequências usando como modelo uma lavoura muito importante no Brasil: as laranjas. O nosso projeto criará subsídios para, por exemplo, estimar o tamanho do prejuízo que os agricultores terão e planejar a substituição das abelhas europeias por abelhas nativas na polinização de laranjas.
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Test drive Já que a ciência é uma cultura humana, pedir a opinião dos outros é sempre importante, desde a concepção à publicação de um projeto. Assim, teste também a sua justificativa. Após escrevê-la, passe-a para um colega ler, sem incluir o resto do projeto. A justificativa precisa ser convincente por si só, sem a ajuda do texto completo. Se ela vender bem o seu peixe sozinha, quando ela estiver dentro do projeto será mais eficiente ainda. Pergunte ao seu colega se, só com base na justificativa, ele ficaria interessado em patrocinar sua pesquisa. Caso, antes de você perguntar, ele já esteja abrindo a carteira na sua frente, então considere isso como um bom sinal (rs).
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Já existe essa possibilidade para projetos científicos!
Dica final Pense fora da caixinha. Se você pegar a manha de escrever justificativas convincentes, pode pedir financiamento através até mesmo de crowdfunding. Já existe essa possibilidade para projetos científicos!
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UMA BOA JUSTIFICATIVA PODE FAZER SEU PROJETO DECOLAR!
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