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Influxos do Espanhol no Português do Rio Grande do Sul

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Apresentação em tema: "Influxos do Espanhol no Português do Rio Grande do Sul"— Transcrição da apresentação:

1 Influxos do Espanhol no Português do Rio Grande do Sul
Um espelho para o galego?

2 Introdução Histórica

3 Primeiros habitantes: ameríndios.
1626. Jesuítas espanhóis: fase de assentamento da cultura gaúcha e do idioma espanhol. A cultura dos Pampas (comum às regiões do norte do Uruguai e da Argentina e diferente do resto do Brasil). 1635. Expedições dos bandeirantes. Impõe-se o português sobre o castelhano. Forma-se uma fala híbrida com mais elementos portugueses que espanhóis. 1752. Imigrantes açorianos. 1822. Independência do Brasil. 1824. Imigrantes alemães.

4 1825. Independência do Uruguai
1825. Independência do Uruguai. O falar híbrido gaúcho fica dividido pela nova fronteira uruguaio-brasileira. Guerra dos Farrapos. Conclui com a incorporação definitiva do Rio Grande do Sul ao território brasileiro. 1875. Imigrantes italianos. A divisão fronteiriça consagra a divisão linguística. O linguajar gaúcho sofre cada vez mais a assimilação pelo espanhol no Uruguai e pelo português brasileiro no Rio Grande do Sul.

5 Um Testemunho com a Mesma Origem: o “Portunhol” do Uruguai

6 Principais características:
Não confundir com o “portunhol ocasional”. É o linguajar gaúcho que ficou em território uruguaio. Principais características: Nível gráfico: Representa-se por meio da escrita do espanhol. Nível fonético-fonológico: Compartilha muitos traços do linguajar gaúcho brasileiro. Confusão /b/ - /v/ generalizada ( ~ galego). Ensurdecimento das sibilantes sonoras ( ~ galego). A anedota das “degolas”. Léxico: Influxo muito grande do espanhol.

7 Influências no Linguajar Gaúcho do Rio Grande do Sul

8 Indígena Espanhola Luso-brasileira Açoriana Africana Alemã e italiana.

9 Fatores Caracterizadores

10 Isolamento geográfico
Dificuldade das comunicações Contato com as repúblicas do Prata Fronteira aberta e às vezes imprecisa Vida campestre

11 Influências do Espanhol Conservadas no Linguajar Gaúcho do Rio Grande do Sul

12 1. Nível fonético: /r/ vibrante: carro, arroio, rio...
vogais /-o/ e /-e/ finais permanecem sem fechar-se em /-u/ e /-i/ em determinadas zonas: “gaúcho do Alegrete”. Confusão /b/ - /v/. É mais esporádica que no “portunhol” do Uruguai: haber, devalde, barrer Manutenção de [t] e [d] perante /e/, /i/: tio, dia. Manutenção de /-l/ final: Brasil. Estas características, que coincidem com o galego, não têm porque ser necessariamente em todos os casos de origem espanhola, mas o contato com o espanhol contribuiu para a sua manutenção.

13 2. Nível morfológico: Sufixo –cia: desgrácia, desgraciado, querência... Sufixo –ito: mocito, campito, galopito, gauchito, malito, chinita, bichito... Sufixo –aço: manotaço, lindaço, ginetaço, ponchaço, amigaço, buenaço, bolaço... Sufixo –udo: macanudo, gadelhudo, beiçudo, manotudo... Sufixo –ero: cariguero (por cargueiro), entrevero (por entreveiro), aperos (por arreios)...

14 3. Nível lexical: Substantivos: piso, rincão, peleia, muchacho, sombreiro, fraile, broma, propina, pelota, bolicho, mochila, canha, pelego, fiambre, picaço, terneiro, saladeiro, alambrado, cusco, chimarrão, vizindário, vislumbrar, vaquilhona, camarilha, recuerdo, pastoreio, charla, baeta..., etc. Adjetivos: bueno, buenacho, rabioso, guapo, flaco, tostado, chulo, charlador, calaveira, picaresco, ditoso, prazenteiro, macanudo... Advérbios: despácio, a’ora, amistosamente, de espacito, a galopito, donde, despois (em sua origem um arcaísmo, ~ galego), mui (em sua origem um arcaísmo, ~ galego).

15 Nível lexical (continuação):
Verbos: derribar, mermar, arreglar, mirar, sacar, empeçar, achicar, haber, charlar, lastimar, bolear, retouçar, adelgaçar... Expressões exclamativas: bueno!, buenas!, mire!, caramba!, oigale! ou oigate!, la pucha!, la fresca!, eh mano!, a la cria! Pronomes: lo, le: «Mas a morte, caramba, lo respeitava”, “A rapariga consentiu, dei-le umas bouquinhas”, “Às meninas les dizia coisas de seus namorados” Uso habitual do pronome tu, de segunda pessoa.

16 Nível lexical (elementos específicos do espanhol do Rio da Prata):
Tchê! Plata ( ~ dinheiro) No mais Ao demais

17 Nível sintáctico: Colocação de pronomes:
“E fui-me à água que nem capincho” “Do mais, no se lhe dava” “Nada de ti se me dava”

18 Outras influências: arcaísmos e popularismos de origem luso-brasileira e açoriana

19 Arcaísmos: Popularismos:
Coincidentes com o galego actual: despois, em riba, escuitar, mui, ua, cousa... Outros: creçudo, vosmicê, i (por ‘aí’). Popularismos: Coincidentes com o galego atual: inda, des’que, aquel, qu’és (por ‘que és’), val (por ‘vale’), inhorar... Inflexão a>e nas formas verbais da primeira pessoa de plural dos perfeitos da primeira conjungação (~ galego mindoniense): andemo, tardemo, cruzemo... (por andamos, tardamos, cruzamos...)

20 Popularismos (continuação):
Presença de a- protético: achegar, arrenegar, arrecusar, alembrar, assuceder, arreceiar... Presença de –s paragógico: finalmentes. Outros popularismos (não coincidentes com o galego atual): ca’alo (por cavalo). Popularismos presentes noutros falares do Brasil: inté, vancê, ansim, botar (forma muito frequente no discurso informal)...

21 Outras influências: indigenismos e africanismos

22 Indigenismos: Origem guarani: chiru, biguá, mutuca, cuia, tocaio (no resto do Brasil xará), capincho, pixurum, baita, jacuí... Origem quíchua (através do espanhol platino): tambo, lichiguana, guaiaca, porongo, churrasco, xarque, chasque, cancha... Africanismos: (através, sobretudo, do português brasileiro): angu, bombear, bocó, balaio, cambada, moleque, mogango, pito, pinguela, capenga, senzala, emgambelar, fubá, samburá, mulambo...

23 Perspectivas de futuro

24 “Portunhol” do Uruguai:
Apresenta um grau de assimilação avançado em muitos lugares. Carece de qualquer reconhecimento oficial Provavelmente apenas conseguirá sobreviver nas zonas de fronteira, que é onde melhor se conserva. Contato com Brasil: Mídia Mercosul (Importância do ensino do português no Uruguai). Provavelmente se consagre o espanhol uruguaio como língua de uso social e se estenda o conhecimento do português brasileiro, mas não do “portunhol”.

25 Linguajar gaúcho do Rio Grande do Sul
Cada vez mais próximo do padrão do português do Brasil Conserva mais as suas características na zona dos Pampas e onde mais avançado está o processo de nivelação com o padrão brasileiro é na capital do Estado, Porto Alegre. Mas alguns poucos vocábulos e expressões estão já aceitos na linguagem cotidiana e formal do Rio Grande do Sul e provavelmente consigam sobreviver. O Regionalismo: preservação das tradições gaúchas. Os CTGs (Centros de Tradições Gaúchas).

26 Marisa Terezinha Scotta Wilhelm 21 de Março de 2002.
FIM Marisa Terezinha Scotta Wilhelm 21 de Março de 2002.


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