RIQUEZA DA ANUROFAUNA NO NORDESTE DE SANTA CATARINA: RESULTADOS DE UMA DAS AÇÕES PREVISTAS NO PLANO DE AÇÃO NACIONAL DA HERPETOFAUNA AMEAÇADA DO SUL.

Apresentação em tema: "RIQUEZA DA ANUROFAUNA NO NORDESTE DE SANTA CATARINA: RESULTADOS DE UMA DAS AÇÕES PREVISTAS NO PLANO DE AÇÃO NACIONAL DA HERPETOFAUNA AMEAÇADA DO SUL."— Transcrição da apresentação:

1 RIQUEZA DA ANUROFAUNA NO NORDESTE DE SANTA CATARINA: RESULTADOS DE UMA DAS AÇÕES PREVISTAS NO PLANO DE AÇÃO NACIONAL DA HERPETOFAUNA AMEAÇADA DO SUL DO BRASIL   Estevão J. Comitti¹*; Juliane P. C. Monteiro²; Thais H. Condez²; Ivan B. Amaral³; Paulo C. A. Garcia¹. 1 Departamento de Zoologia, Instituto de Ciências Biológicas, Laboratório de Herpetologia, UFMG-Universidade Federal de Minas Gerais; 2 Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Laboratório de Herpetologia, UNESP-Universidade Estadual Paulista; 3 RAN-Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios, ICMBio-Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade. * para contato: A falta de conhecimento sobre a anurofauna de algumas regiões brasileiras é preocupante diante da rápida e constante pressão humana exercida sobre os ambientes naturais. A Mata Atlântica da região Sul do Brasil abriga um número significativo de espécies endêmicas de anfíbios. O nordeste de Santa Catarina mantém um dos maiores e mais preservados remanescentes de Mata Atlântica do Estado, composto por um mosaico de diferentes fitofisionomias, entre campos de altitude, escarpas montanhosas, florestas de baixada, restingas e ilhas oceânicas. O Plano de Ação Nacional para a Herpetofauna Ameaçada da Região Sul do Brasil (PAN-Sul/ICMBio), coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN), objetiva a conservação da herpetofauna desta região, incluindo vários objetivos e ações voltadas a minimizar as causas que afetam a conservação de espécies ameaçadas, raras ou com dados insuficientes. Por possuir quatro espécies de anfíbios ameaçadas e há muito não registradas, uma ação do PAN-Sul foi buscar por essas espécies no nordeste catarinense. As amostragens aconteceram em oito expedições entre maio de 2012 e janeiro de 2015, totalizando 50 dias de campo. Buscas visuais e auditivas das espécies foram realizadas em vários municípios da região. Como resultados, duas espécies raras foram encontradas, além do registro de um significativo número de espécies de anuros, incluindo algumas ainda não conhecidas para a região e outras em processo de definição taxonômica. Assim, compôs-se uma listagem de 66 espécies representadas em dez famílias: Brachycephalidae (4) Bufonidae (5), Centronelidae (1), Craugastoridae (1), Cycloramphidae (5), Hemiphractidae (1), Hylidae (35), Hylodidae (2), Leptodactylidae (10) e Microhylidae (2). Adicionalmente, cerca de 25 espécies ainda desconhecidas de sete famílias distintas também foram registradas, aumentando significativamente a riqueza de anfíbios previamente conhecida para região. Com estes resultados, reforça-se a importância do Plano de Ação, pois, além dos resultados referentes as espécies alvo, ampliou-se significativamente o conhecimento da riqueza da anurofauna da regional, evidenciando a ampla lacuna de conhecimento em remanescentes de Mata Atlântica, mesmo localizados próximo a grandes centros urbanos. Os resultados alcançados apontam para a importância da criação de unidades de conservação de proteção integral no nordeste catarinense, para a conservação de um patrimônio natural brasileiro muito rico e ainda pouco conhecido. a. Proceratophrys sp. b. Scythrophrys sawayae c. Brachycephalus sp. d. Ischnocnema sp. Apoio: