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PublicouWashington Batista Antunes Alterado mais de 6 anos atrás
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Como diz o poeta: RECORDAR É VIVER
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Revisão da Literatura A Literatura Brasileira advém da Literatura Portuguesa, daí a necessidade de aprendermos a sua origem e evolução, suas características, seus gêneros, períodos, autores, estilos e obras que , de uma forma ou de outra, influenciaram a literatura de nosso país.
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Literatura Portuguesa
A literatura Portuguesa está dividida em três eras: A- Era Medieval ( de 1189 ou 1198 a 1502) B- Era Clássica (de 1502 a 1825) C- Era Moderna ou Romântica ( de 1825 até hoje)
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A Era Medieval apresenta:
Primeira época: século XII a XIV - Poesia – TROVADORISMO lírica – cantigas de amor e de amigo satírica – cantigas de escárnio e de maldizer Prosa: Novelas de Cavalaria Prosa Didática e Religiosa Crônicões Nobiliários (livros de linhagens) Teatro: Mistérios e Milagres Moralidades Autos Sotties
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Era Medieval (continuação)
Segunda época ( século XV e início do XVI) Poesia Palaciana O Cancioneiro Geral de Garcia de Resende com suas inovações Prosa :Crônicas de Fernão Lopes, Gomes Eanes Zurara, Vasco Fernandes de Lucena, Rui de Pina Teatro de Gil Vicente
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A Era Clássica apresenta:
O Classicismo ou Quinhentismo (1502 a 1580) (época do Renascimento com grande destaque para Camões, autor de poesias, cantigas, odes, sonetos, da maior epopeia da Humanidade, os Lusíadas, de peças teatrais) O Seiscentismo ou Barroco (1580 a 1756) (época do domínio espanhol com destaque para o Padre Antônio Vieira) O Setecentismo ou Arcadismo(1756 a 1825) (época do Marquês de Pombal com destaque para Bocage)
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A Era Romântica ou Moderna apresenta:
Romantismo (1825 a 1865) Autores em destaque: Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Castilho, Camilo Castelo Branco, Júlio Dinis, João de Deus e Soares de Passos. Realismo e o Naturalismo (1865 a 1890) Autores em destaque:Antero de Quental, Eça de Queirós, Guerra Junqueiro, Cesário Verde Simbolismo (1890 a 1910) Autores em destaque: Eugênio de Castro, Antônio Nobre, Camilo Pessanha e Júlio Dantas Modernismo (1910 até hoje) Autores em destaque; Fernando Pessoa, Mário de Sá- Carneiro, José Régio, Miguel Torga, Branquinho da Fonseca, Ferreira de Castro.
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Literatura Brasileira
Está dividida em duas eras: Era Colonial(1500 a 1808 ou 1822 ou 1836) Era Nacional (1808 ou 1822 ou 1836 até hoje)
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A Era Colonial apresenta:
Literatura informativa sobre o Brasil Literatura jesuítica Barroco Arcadismo
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Literatura informativa sobre o Brasil
Embora feita por autores estrangeiros fala de Brasil e foi feita no Brasil.. Assunto: superfície, clima, vegetação, águas e seus habitantes estranhos, os índios(vistos como seres amistosos, imitativos e alegres) Obras: A Carta de Caminha (Pero Vaz de Caminha) O Diário de Navegação ( Pero Lopes de Sousa) O Tratado da Terra do Brasil e História da Província de Santa Cruz a que Vulgarmente Chamamos Brasil ( Pero de Magalhães Gândavo) Tratado da Terra e da Gente do Brasil ( Fernão Cardim) Tratado Descritivo do Brasil(Gabriel Soares de Sousa) Diálogos das Grandezas do Brasil(Ambrósio Fernandes Brandão) Cartas dos missionários jesuítas(padres jesuítas) Diálogo sobre a Conversão dos Gentios (Padre Manuel da Nóbrega) A História do Brasil (Frei Vicente do Salvador) A Santa Inês, Poemas à Virgem, peças teatrais e a 1ª. Gramática da língua tupi (José de Anchieta)
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Barroco( no Brasil) Corresponde ao absolutismo, a Contra-Reforma. O comércio se desenvolve. Classes sociais:clero, nobreza, burguesia. Na pintura: Caravaggio, Rubens, Velasques e Rembrant. Música: Bach e Vivaldi Arquitetura: Bernini, Aleijadinho Figuras de linguagem: antíteses e paradoxos Tendências: Cultismo ( jogo de palavras, enigmas, trocadilhos)e Conceptismo (jogo de ideias, raciocínio) Academias:Esquecidos, Renascidos, Felizes
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Barroco( continuação)
A palavra Barroco significa:pérola irregular, barro, bizarro, silogismo falso. características: Predomínio da razão sobre os sentimentos Religiosidade Consciência do pecado Desejo de salvação Antropocentrismo X Teocentrismo Temas: Vida e morte Brevidade da vida Carpe Diem Razão X Fé; Matéria X Espírito; perdão X pecado; ideias medievais X ideias renascentistas
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Barroco (continuação)
Autores: Bento Teixeira(Prosopopeia) Manuel Botelho de Oliveira( o primeiro a imprimir seus versos) Gregório de Matos( poesias líricas, satíricas, religiosas, graciosas) Padre Antônio Vieira(autor de Portugal e Brasil com suas epístolas, sermões,tratados diplomáticos, Histórias do Futuro e Esperanças de Portugal.)
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Arcadismo(1768-1808,1822,1836) Época de grandes mudanças:
Lei da gravidade Teoria das sensações Classificação dos seres vivos Progresso nas tecnologias Denominações: Iluminismo, Século das Luzes, Enciclopedismo, Neoclassicismo) Artes: Música, Pintura, Arquitetura, Escultura e Literatura.
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Arcadismo (continuação)
Características: Realidade objetiva Sentimentos universais Uso de pseudônimos de pastores gregos e latinos Rejeição das formas barrocas Períodos curtos Vocabulário mais fácil Comparações Estrofação livre, versos brancos Aproximação da poesia e prosa
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Arcadismo(continuação)
Temas: Vida simples, sem luxos Bucolismo(a vida em contato com a natureza) O campo como o paraíso perdido Paisagem sonora e tranquila Autores: Cláudio Manuel da Costa(Obras, Vila Rica) Tomás Antônio Gonzaga( Marília de Dirceu, Cartas Chilenas) Silva Alvarenga, Alvarenga Peixoto, Basílio da Gama( O Uraguai), Santa Rita Durão (Caramuru)
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Era Nacional Romantismo Realismo, Parnasianismo e Naturalismo
Simbolismo Pré-modernismo Modernismo Neomodernismo
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Romantismo A partir da 2ª. Metade do século XVIII , surgem na Inglaterra e na Alemanha certos autores que, libertando-se parcialmente dos limites traçados pela poética neoclássica, apresentam novas concepções literárias.Em suas obras expressam sentimentos inspirados nas tradições nacionais, falam de amor e saudade num tom pessoal, realizando uma poesia mais comunicativa e espontânea do que a neoclássica.
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Romantismo Essa nova tendência vai se generalizando até atingir a França onde ganha novo impulso e maiores dimensões, graças ao contato com os ideais da Revolução Francesa. Da França, o Romantismo irradia-se pelos demais países europeus e pela América. Desenvolvendo-se e enriquecendo-se à medida que se expandia, o Romantismo acabou adquirindo tendências muito variadas que se torna impossível descrevê-lo em todas as suas dimensões.
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Tendências básicas da Literatura romântica
Exaltação dos sentimentos pessoais Expressão dos estados da alma, das paixões e emoções, da fé, dos ideais religiosos O desejo de liberdade, de igualdade e de reformas sociais,valorização da Natureza, vista como manifestação divina e como refúgio para o homem que foge dos vícios e corrupções da vida em sociedade. Linguagem mais coloquial, comunicativa e simples, criando ritmos novos e variando as forma métricas. Liberdade de expressão
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Romantismo no Brasil (1808 ou 1822 ou 1836 a 1881)
Desenvolveu-se durante o século XIX constituindo-se no período do verdadeiro nascimento de nossa literatura, pois nele a poesia enriqueceu-se admiravelmente,criaram-se o romance e o teatro nacionais e formou-se razoável público leitor completando-se o circuito autor – obra - público, tão necessário ao estímulo da vida literária.
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Romantismo no Brasil Didaticamente falando, 1836 marca o início do Romantismo brasileiro com a publicação do livro de poesias Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães, considerada nossa 1ª. obra romântica. Nesse mesmo ano é lançada, em Paris, a revista Niterói por iniciativa de Araújo Porto-Alegre, Torres Homem, Pereira da Silva e Gonçalves de Magalhães, a qual se torna uma espécie de porta-voz das novas ideias românticas.
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Romantismo no Brasil É necessário destacar a importância da vinda de Dom João VI e os benefícios que fez no Brasil. Contemporânea ao movimento da Independência em 1822, a literatura romântica sempre expressou sua ligação com a política e, ao lado da euforia da liberdade e do desejo de construção de uma pátria brasileira, surgiu também o desejo de criação de uma literatura autenticamente brasileira; o esforço para essa realização era visto como “um ato de brasilidade”, que também se revela na linguagem próxima da fala brasileira, num grande espírito renovador, retomado mais tarde pelos modernistas.
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Nacionalismo Os sentimentos começam a tomar o lugar da razão como instrumento de análise do mundo, e a vida passa a ser encarada de um ângulo bem pessoal, em que se sobressai um imenso desejo de liberdade. Essa ânsia de libertação, que nasce no interior do poeta, em determinado momento alcança também o nível social, com o artista colocando-se como o porta-voz dos oprimidos e usando o seu talento para protestar contra as tiranias e injustiças sociais, e ao mesmo tempo que valoriza a pátria e os elementos que a representam. Nasce assim um grande nacionalismo, que gerou o Indianismo, uma forma de exaltação do indígena, encarado como representante heroico da terra brasileira.
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Fatos da época romântica
1808 Chegada de Dom João ao Brasil ( abertura dos portos,bibliotecas, escolas superiores, tipografia, imprensa, atividade editorial. 1822- independência do Brasil 1827- Fundação das Faculdades de Direito de são Paulo e do Recife 1831- Abdicação de Dom Pedro Início do período regencial Revoltas populares:Sabinada(Bahia) Balaiada(Maranhão) Cabanagem(Pará) Farroupilha(Rio Grande do Sul)
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Fatos da época romântica
1833- Criação da Companhia Dramática nacional 1836- Marco literário do Romantismo com a publicação de Suspiros Poéticos e Saudades de Domingos José Gonçalves de Magalhães. 1838- Fundação do Instituto Histórico e Geográfico 1842- Revoltas liberais em São Paulo e Minas Gerais Revolução Praieira em Pernambuco 1850- Lei Eusébio de Queirós 1851- Guerra contra Rosas, ditador da Argentina e seu aliado Oribe, do Uruguai 1864 a Guerra contra Aguirre do Uruguai 1865 a Guerra do Paraguai
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Indianismo Enquanto na Europa os escritores voltavam-se para os tempos da Idade Média, valorizando os heróis que ajudaram a libertar e constituir suas nações, no Brasil desenvolveu-se o Indianismo, que é uma das formas significativas assumidas pelo nacionalismo romântico. O índio presente na literatura é um ser idealizado, distante da realidade, mas bem próximo dos heróis que povoam as novelas e romances da época. Seu comportamento reflete os modelos consagrados pela civilização branca – nobre, valoroso, fiel e cavalheiro, com qualidades de guerreiro.
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Indianismo O índio é o símbolo do nacionalismo brasileiro, nosso herói nacional. Livre senhor de seu destino, não contaminado pela corrupção da vida civilizada, ele foi visto pelos escritores românticos como a própria encarnação do espírito jovem e independente da nação brasileira. Daí a idealização da vida indígena, que ganha características de um verdadeiro paraíso perdido no meio de florestas tropicais. Já nos séculos XVI e XVII muitos europeus haviam escrito sobre os indígenas elogiando seu modo de vida, vendo nele a criação de uma sociedade perfeita.
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Românticos Indianistas
Gonçalves de Magalhães – A Confederação dos Tamoios( poema épico) Gonçalves Dias – I-Juca Pirama, Canção do Tamoio,Canto do Piaga, Os Timbiras, Marabá... Bernardo Guimarães – O Índio Afonso José de Alencar: Iracema, O Guarani, Ubirajara
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Marabá Eu vivo sozinha; ninguém me procura! Acaso feitura
Não sou de Tupá? Se algum dentre os homens de mim não se esconde - “Tu és”, me responde, “Tu és Marabá !”
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Marabá( continuação) Meus olhos são garços, são cor das safiras
Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar; Imitam as nuvens de um céu anilado, As cores imitam das ondas do mar! Se alguns dos guerreiros não foge a meus passos: “Teus olhos são garços”, Responde anojado, “mas és Marabá”: “Quero antes uns olhos bem pretos , luzentes, “Uns olhos fulgentes, “Bem pretos, retintos, não cor de anajá!”
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Marabá(continuação) É alvo meu rosto da alvura dos lírios,
Da cor das areias batidas do mar; As aves mais brancas, as conchas mais puras Não têm mais alvura, não têm mais brilhar. Se ainda me escuta meus agros delírios: “És alva de lírios”, Sorrindo responde, “mas és Marabá: “Quero antes um rosto de jambo corado, “Um rosto crestado “Do sol do deserto, não flor de cajá.”
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Marabá(continuação) Meu colo de leve se curva engraçado,
Como hástea pendente do cáctus em flor; Mimosa, indolente, resvalo no prado, Como um soluçado suspiro de amor. -”Eu amo a estatura flexível, ligeira, “Qual duma palmeira”, Então me respondem:”Tu és Marabá: “Quero antes o coço da ema orgulhosa, “Que pisa vaidosa, Que as flóreas campinas governa, onde está.”
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Marabá(continuação) Meus loiros cabelos em ondas se anelam,
O oiro mais puro não tem seu fulgor; As brisas dos bosques de os ver se enamoram, De os ver tão formosos como um beija flor! Mas eles respondem: -” Teus longos cabelos, “São loiros são belos, “Mas são anelados; tu és Marabá: “Quero antes cabelos bem lisos, corridos, “Cabelos compridos, “Não cor d’oiro fino, nem cor d’anajá.”
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Marabá(continuação) E as doces palavras que eu tinha cá dentro
A quem nas direi? O ramo d’acácia na fronte de um homem Jamais cingirei: Jamais um guerreiro da minha arazoia Me desprenderá: Eu vivo sozinha, chorando mesquinha, Que sou Marabá!
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O Ultra-Romantismo A expressão plena dos sentimentos pessoais e das paixões atingiu seu ponto mais alto com os poetas da segunda geração romântica, que escreveram principalmente nas décadas de 1840 a 1830. Influenciados por autores europeus(Byron e Musset)esses poetas denvolveram o Ultra-Romantismo também chamado mal du siècle (mal do século), cuja poesia é extremamente egocêntrica e sentimental, exprimindo um pessimismo doentio, uma descrença generalizada, um tédio pela vida, uma obsessão pela morte, que impregna tudo de tristeza e desilusão.
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O Ultra-Romantismo(continuação)
Escrita na maioria das vezes, por poetas adolescentes, mortos em plena juventude, a poesia dessa geração é, quase sempre, superficial e artificial, servindo, antes, como desabafo das próprias tristezas e frustrações, procurando emocionar o leitor.E esse envolvimento emocional, conseguido realmente por alguns escritores, acabou criando entre eles e o público uma ressonância afetiva que é responsável pela grande popularidade obtida por certos poetas desse período.
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Escritores do Ultra-Romantismo
Wolfgang von Goethe – Os sofrimentos do jovem Werther Lord Byron Musset Baudelaire Laurindo Rabelo – Trovas Junqueira Freire – Inspirações do Claustro Casimiro de Abreu – Primaveras Álvares de Azevedo – Lira dos Vinte anos, Noite na taverna, Macário, Poema do Frade, Conde Lopo.
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Adeus, meus sonhos! (Álvares de Azevedo)
Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro! Não levo da existência uma saudade! E tanta vida que meu peito enchia Morreu na minha triste mocidade! Misérrimo! Votei meus pobres dias À sina doida de um amor sem fruto, E minh’alma na treva agora dorme Como um olhar que a morte envolve em luto. Que me resta, meu Deus? Morra comigo A estrela de meus cândidos amores, Já que não levo no meu peito morto Um punhado sequer de murchas flores!
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A Poesia Social Por volta de 1860, seguindo de perto as inquietações políticas que agitavam o Brasil, a poesia romântica ganha novos horizontes ao incorporar temas sociais.É o momento dos oradores que, com seu estilo vibrante, empolgavam os ouvintes nos teatros ou nas praças públicas. A poesia deixa também um grito de protesto político ou reivindicação social. A campanha pela libertação dos escravos ganha as ruas e o poeta, mais do que nunca, procura ser o porta-voz de seu povo, e o seu canto, a luz da liberdade, e o protesto contra as injustiças. Autores de destaque: Castro Alves, Fagundes varela e Sousândrade.
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Castro Alves Escreveu poesias que mostram uma libertação do egocentrismo absoluto, abrindo-se para a compreensão dos grandes problemas sociais e expressando sua indignação contra as tiranias e opressões. Cantou também a confiança no progresso e na técnica, construtores do novo mundo. A poesia abolicionista é sua melhor realização nessa linha social(Navio Negreiro, Vozes d’África) em que atribui ao poeta a missão de denunciar as injustiças sociais e de clamar pela liberdade.Esse tipo de poesia em que predominam: comparações, metáforas, antíteses, hipérboles, apóstrofes empregadas em função dos elementos grandiosos da natureza(mares, tempestades, tufões, cordilheiras, oceanos, furacões) configurando assim o chamado estilo condoreirismo.
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Castro Alves Sua poesia amorosa, por outro lado,é bem mais sensual do que se fazia na época. Nela, a mulher, distante das vagas idealizações ultra-românticas, aparece em toda sua beleza física e envolvida por um clima de erotismo e paixão. Ah! Fora belo unidos em segredo, Juntos,bem juntos...trêmulos de medo De quem entra no céu, Desmanchar teus cabelos delirante, Beijar teu colo!...Oh! Vamos minha amante, Abre-me o seio teu. OBS.:Suas obras importantes:Espumas Flutuantes, A Cachoeira de Paulo Afonso e Os Escravos.
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Fagundes Varela Levou uma vida tumultuada, encarnando, na própria existência, o modelo do poeta romântico. Sua poesia mostra muitas características do Ultra-Romantismo, mas apresenta também poesias de cunho social e político, inaugurando o filão que seria desenvolvido sobretudo por Castro Alves. Suas obras:Noturnas, O Estandarte Auriverde, Vozes da América, Cantos e Fantasias(Cântico do Calvário – feito em memória do filho morto),Cantos Meridionais, Cantos do Ermo e da Cidade, Anchieta ou O Evangelho nas Selvas, Cantos Religiosos ,Diário de Lázaro
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Noturno (Fagundes Varela)
Nem uma luz de esperança, Nem um sopro de bonança Na fronte sinto passar! Os invernos me despiram E as ilusões que fugiram Nunca mais hão de voltar! Tombam as selvas frondosas, Cantam as aves mimosas As nênias da viuvez; Tudo, tudo finando, Mas eu pergunto chorando: Quando será minha vez?
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Noturno(continuação)
No véu etéreo os planetas; No casulo as borboletas Gozam da calma final; Porém meus olhos cansados São a mirar condenados Dos seres o funeral! Quero morrer! Este mundo Com seu sarcasmo profundo Manchou-me de lodo e fel! Minha esperança evaiu-se, Meu talento consumiu-se Dos martírios ao tropel!
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Noturno(continuação)
Quero morrer! Não é crime O fardo que me comprime, Dos ombros, lançá-lo ao chão; Do pó desprender-me rindo E as asas brancas abrindo Perder-me pela amplidão! Vem, ó morte! A turba imunda Em sua ilusão profunda Te odeia, te calunia, Pobre noiva tão formosa Que nos espera amorosa No termo da romaria!
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Noturno (continuação)
Virgens, anjos e crianças Coroadas de esperança Dobram a fronte a teus pés! Os vivos vão repousando! E tu me deixas chorando! Quando virá minha vez? Minh’alma é como um deserto Por onde o romeiro incerto Procura uma sombra em vão; É como a ilha maldita Que sobre as vagas palpita Queimada por um vulcão!
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Sousândrade Joaquim de Sousa Andrade permaneceu obscuro em seu tempo e modernamente vem sendo revalorizado, principalmente pelo estilo diferente e arrojado, distinto de tudo o que se fazia na época. Sua formação cultural foi feita na Europa, tendo vivido algum tempo também nos Estados Unidos. Sua obra mais importante é o longo poema “Guesa”, nome da personagem principal, que, reunindo lendas indígenas com fatos da civilização moderna, representa, através do sacrifício do herói, “o símbolo do selvagem que o branco maculou”.
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O romance romântico O início da prosa literária brasileira ocorreu no Romantismo. Com o gradual desenvolvimento de algumas cidades, sobretudo do Rio de janeiro, formou-se um público composto de jovens da alta classe que buscava na literatura apenas distração.Torcia pelas personagens, sofria com as desilusões das heroínas e tranquilizava-se com o final feliz. O público de hoje substituiu os romances e folhetins pelas telenovelas, mas ainda continua em busca de distração, passando o tempo a torcer e chorar por seus heróis.
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O romance romântico Em 1836 foi publicado Statira e Zoroastos de Lucas José de Alvarenga, considerado o 1º. Romance romântico brasileiro. Pesquisas feitas em livros de literatura brasileira dizem ser de 1944 o primeiro romance romântico do Brasil – A Moreninha – de Joaquim Manuel de Macedo.
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Tendências do Romance Romântico
ROMANCE SOCIAL ou URBANO – É o que desenvolve tema ligado à vida social, principalmente no Rio de Janeiro. A variedade dos tipos humanos, os problemas sociais e morais decorrentes do desenvolvimento da cidade, tudo serviu de fonte para os nossos romancistas dentre os quais se destacam: José de Alencar(Senhora,Diva, Cinco Minutos, A Viuvinha,A Pata da Gazela, Sonhos d’ouro, Encarnação, Lucíola); Joaquim Manuel de Macedo(A Moreninha, O Moço loiro) Manuel Antônio de Almeida(Memórias de um Sargento de Milícias – considerada obra de transição para o Realismo, pois fala da vida do povo, seus trabalhos, diversões e costumes do tempo do Rei)
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Romance Sertanejo ou Regionalista
A atração pelo pitoresco e o desejo de investigar e explorar o Brasil do interior fizeram o autor romântico se interessar pela vida e hábitos das populações que viviam distante das cidades. Abria-se assim, para o Romantismo, o campo fecundo do romance sertanejo, que até hoje continua a fornecer matéria para nossa literatura. Nessa linha destacam-se: José de Alencar(O Sertanejo, O Gaúcho, O Tronco do Ipê), Taunay(Inocência) e Bernardo Guimarães(A Escrava Isaura , O Seminarista)
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Romance Histórico Foi um dos principais meios encontrados pelos românticos para a reinterpretação nacionalista de fatos e personagens de nossa História, numa revalorização(e idealização ) de nosso passado. Nessa linha, os autores mais importantes são:José de Alencar(O Guarani, As Minas de Prata, A Guerra dos Mascates)Bernardo Guimarães(Lendas e romances, Histórias e tradições da Província de minas Gerais) e Franklin Távora(O Matuto, Lourenço, O Cabeleira)
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Romance Indianista Ainda na perspectiva de valorizar nossa origens, surge o romance indianista, tendo encontrado sua melhor realização nas obras de José de Alencar, que idealizou a figura do índio, exaltando a nobreza e a valentia(Ubirajara, Iracema e O Guarani) Obs.: Alencar é o mais importante prosador do Romantismo tendo lutado pela criação de uma língua literária mais próxima do falar brasileiro.Sua obra é vasta abrangendo todas as tendências da época.
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Manuel Antônio de Almeida
Nasceu no Rio e morreu em um naufrágio no litoral fluminense.Formado em Medicina, não tinha pretensão literária, tendo escrito seu romance, que apareceu em folhetins anônimos durante os anos de Esse descompromisso literário acabou dando ao seu estilo uma espontaneidade que o tornou original em relação à linguagem literária que se utilizava na época.
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Memórias de um sargento de milícias
Mostra o Rio de Janeiro do tempo de Dom João VI. Mostra o povo que sobrevive do trabalho. Profissões valorizadas na época: meirinho, sangrador, barbeiro, parteira,trabalhador de ucharia, policial. Mostra diversões populares. Aspecto religioso: uso da mantilha, procissões. Leonardo é o elemento pícaro. Obra picaresca e de costumes.
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Inocência (obra regionalista)
No ambiente rústico do interior de Mato Grosso, transcorre a história da jovem Inocência. Filha única de Pereira, um mineiro viúvo,ela se apaixona por Cirino, um curador ambulante que passava por médico, que fora levado pelo pai para tratar da saúde dela. Cirino é o primeiro homem a despertar-lhe as emoçõesdo amor, criando nela uma grande perturbação íntima, pois estava prometida a Manecão, rude vaqueiro do lugar. Além de Cirino, encontra-se na casa de Pereira, um naturalista alemão, Meyer, que estava no Brasil à procura de novas espécies de borboletas.Desconhecendo os preconceitos que marcavam a vida familiar sertaneja, Meyer não esconde a sua admiração pela beleza de Inocência. Isso preocupa Pereira que passa a vigiá-lo constantemente, dando oportunidade a Cirino de comunicar-se mais facilmente com a moça.
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Inocência(continuação)
Com a partida de Meyer, as coisas se complicam, aumentando o medo de Inocência, que teme uma reação violenta do pai caso venha a saber de tudo.Instruído pela jovem, Cirino resolve viajar para pedir a interferência do padrinho dela para convencer Pereira a concordar com o rompimento do compromisso com Manecão.Nesse meio tempo, porém, o idílio é descoberto através de Tico, um anão que espreitava continuamente Inocência. Manecão persegue Cirino e o mata. Algum tempo depois, morre Inocência.
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O Sertanejo (obra regionalista)
Este romance de José de Alencar transcorre no interior do Ceará e tem como personagem principal a figura de Arnaldo, um destemido vaqueiro que trabalha para o Capitão Gonçalo Pires Campelo. Este capitão tem apenas uma filha, Dona Flor, amada por todos na fazenda e adorada por Arnaldo, que foi seu companheiro de brincadeiras na infância.O elogio da vida rural e a exaltação das virtudes do homem do campo transparecem em cada página deste romance.
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Realismo – Parnasianismo - Naturalismo
A partir da 2ª. Metade do século XIX, o ambiente sócio-cultural europeu apresenta significativas mudanças. A civilização burguesa, industrial e mecânica, começa a se firmar; as ciências naturais desenvolvem-se e os métodos de experimentação e de observação da realidade passam a ser encarados como os únicos capazes de explicar racionalmente o mundo físico.
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Realismo No Brasil, os primeiros sintomas de agitação cultural verificam-se na década de 1870, sobretudo nas academias de Recife e São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, que constituíam centros de pensamento e de ação por seus contatos frequentes com as grandes cidades europeias. No aspecto social, ocorriam no Brasil grandes transformações,pois com o desenvolvimento das cidades surgiu uma significativa população urbana, marcada por desigualdades econômicas que provocam o aparecimento de uma pequena massa proletária.
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Realismo A segunda metade do século XIX presenciou, na verdade, o surgimento de três tendências literárias: o Realismo, na prosa e o Parnasianismo e o Simbolismo, na poesia. O Realismo teve origem na França, em 1857, quando o escritor Gustave Flaubert publicou o romance Madame Bovary; no Brasil, seu início é assinalado pela publicação dos romances Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis e o Naturalismo com a obra O Mulato de Aluísio de Azevedo, em 1881
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Realismo Constituindo uma oposição ao idealismo romântico, o Realismo propõe uma representação mais objetiva e fiel da vida humana. O romance não é mais visto como distração e sim como meio de combate e de crítica às instituições sociais decadentes. Enquanto o Romantismo exalta os valores burgueses, o realismo os analisa com impiedosa visão crítica, denunciando a hipocrisia e corrupção da classe burguesa, focalizando principalmente suas duas instituições básicas: o casamento e a Igreja.
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Realismo Influenciados pelos métodos experimentais postos em voga pelas ciências naturais, os escritores realistas procuram ser objetivos e impessoais, evitando qualquer manifestação de envolvimento sentimental com os fatos narrados.A linguagem narrativa passa a ser mais minuciosa, com os autores procurando criar a impressão de realidade por meio do acúmulo de detalhes.
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Realismo No Brasil, a literatura realista encontrou boa expressão nas obras dos seguintes autores: Machado de Assis, Raul Pompeia, Aluísio Azevedo, Adolfo Caminha,Domingos Olímpio, Manuel de Oliveira Paiva e Inglês de Souza. Nas obras dos autores realistas podemos distinguir, frequentemente, algumas características que definem uma tendência chamada Naturalismo.
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Naturalismo Enfatiza o aspecto materialista da existência, vendo o homem como um produto biológico, cujo comportamento é o resultado da pressão doa ambiente social e da hereditariedade psicofisiológica.O homem passa a ser encarado como um ser impulsionado pelos instintos (por isso são frequentes as comparações com animais), que, por sua vez, são despertados pelas condições do meio social. No Brasil, os autores que mais claramente apresentam características naturalistas são: Aluísio Azevedo, Inglês de Sousa e Adolfo Caminha.
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Fatos da época realista
1871 – Conferências do Cassino Lisbonense, onde autores atacam os autores do Romantismo e a arte romântica em geral, propondo uma representação mais crítica da realidade. Lei do Ventre livre 1875 – publicação de O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queirós 1878 – publicação de O Primo Basílio, de Eça de Queirós 1881 – O Mulato e Memórias Póstumas de Brás Cubas 1882 – A Escola do Recife – atualização do pensamento científico 1885 – Lei do Sexagenário 1888 – Lei Áurea 1889- Proclamação da República 1897- Canudos é arrasado. Fundação da Academia Brasileira de letras, por Machado de Assis.
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Principais obras realistas
O Mulato, Casa de Pensão, O Cortiço(Aluísio Azevedo) Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó, Memorial de Aires(Machado de Assis) O Missionário(Inglês de Sousa) O Ateneu(Raul Pompeia) A Normalista, O Bom Crioulo(Adolfo Caminha) Luzia- Homem(Domingos Olímpio)
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Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo
Nasceu no Maranhão e morreu em Buenos Aires, onde exercia o cargo de agente consular. Obrigado por razões econômicas a escrever sob encomenda, foi um dos poucos escritores que viveu apenas de sua produção literária, durante vários anos. É considerado o escritor mais naturalista de nossa literatura. Escreveu mais de dez romances, peças de teatro, contos e artigos em jornais de valor desigual. Mostra a influência da hereditariedade e do ambiente no comportamento humano, tornando o homem produto direto de sua constituição psicofisiológica e das pressões sociais. Revela influências de Eça de Queirós.
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Joaquim Maria Machado de Assis
Nasceu no Rio e aí morreu. Foi tipógrafo e revisor e colaborados da imprensa na época. Teve uma infância pobre e sua ascensão artística deveu-se a sua enorme dedicação. Casou-se com Carolina Xavier de Novais que o estimulou na carreira literária. Foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras e seu fundados. É considerado o melhor escritor do século XIX e um dos mais importantes do Brasil.
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Machado – o implacável crítico do ser humano
A análise do comportamento humano foi a preocupação constante de Machado de Assis. Machado busca ir além das aparências, revelando ao leitor os motivos secretos ads ações humanas. Com essa atitude crítica, Machado põe em análise o mundo interior dos personagens: o que lhe interessa é investigar as causas profundas do comportamento humano, e, ao fazer isso, denunciar que o homem é um ser volúvel, mesquinho, interessado apenas em seu próprio bem-estar.Ridiculariza o conceito de amor romântico.Revela as formas mais sutis da vaidade, do egoísmo e da violência. Denuncia as fraquezas humanas.
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A obra machadiana Machado destacou-se nos romances e nos contos, embora tenha escrito quatro livros de poesia:Crisálidas, Falenas, Americanas e Ocidentais), crônicas(foi seu criador nos moldes de hoje – a tentativa de eternizar o momento presente -), peças de teatro, críticas, ensaios e prefácios. Fez também três estudos:Instinto de Nacionalidade, A Nova Geração e O Primo Basílio( a respeito da obra do mesmo nome de Eça de Queirós.
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Machado - romancista Seus primeiros romances: Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia representam sua primeira fase de produção com traços românticos na representação das personagens e na estruturação do enredo. Essas características já preparam o leitor para a nova fase com interesse na análise psicológica das personagens, certo humorismo, com monólogos interiores e cortes na ordem linear da narrativa, na apresentação de fatos que revelam o orgulho, a cobiça, a hipocrisia humana e as verdadeiras intenções do homem. Seu humor é pessimista, irônico e cruel. A vida surge como um campo de batalha onde os homens lutam e procuram destruir-se para gozar certos minutos de prazer e satisfazer seus desejos dev riqueza e de ostentação..Analisa a consciência humana.
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Machado - contista O conto atingiu seu ponto mais alto com Machado de Assis. Escreveu inúmeros contos e publicou-os em jornais, revistas e livros sempre com a intenção de mostrar o comportamento humano, e os mecanismos secretos e egoístas da alma humana. Destacam-se: A Cartomante, O Alienista, O Enfermeiro, O Espelho, Noite de Almirante, A Igreja do Diabo, Uns Braços, Singular Ocorrência, Um Homem Célebre, Pai conta Mãe, Conto de escola.
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Raul Pompeia Nasceu em Angra dos reis e suicidou-se no Rio de Janeiro.Participou ativamente da vida política da época, e por seu temperamento sensível e irrequieto, envolveu-se em polêmicas e situações que o deprimiram profundamente. Como escritor, seu nome está ligado à obra O Ateneu, Uma Tragédia no Amazonas(novel0, Canções sem Metro, poemas publicados postumamente.
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O Ateneu A ação transcorre num ambiente fechado e corrupto de um internato onde convivem crianças, adolescentes, professores e empregados, e a narração dos fatos é feita por Sérgio, ex-aluno da escola. As recordações e impressões que marcaram sua vida durante os anos que passou no Ateneu constituem a matéria do romance, que adquire, assim, caráter memorialista, indicado pelo subtítulo”Crônicas de Saudade”. O Ateneu não é uma reprodução fotográfica dessa realidade, mas o resultado de uma experiência vivida em termos de impressões pessoais.
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O Ateneu(continuação)
A instituição, os colegas, os professores e o Diretor Aristarco são representados em fu~ção de certa ótica, claramente caricatural, em que os erros, hipocrisias,e ambições são projetados e realçados. É um romance introspectivo, de caráter impressionista, onde se faz a análise psicológica di sensível e frágil Sérgio, que, saindo do aconchego do lar, se sente deslocado no ambiente hostil e sensual do colégio, miniatura da sociedade e do mundo. “Vais encontrar o mundo” – disse-me meu pai à porta do Ateneu.”Coragem para a luta”.
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Parnasianismo Enquanto a prosa realista mostrou reação contra a literatura sentimental e subjetiva dos românticos, a poesia do final do século XIX significou a rejeição total da linguagem declamatória e coloquial do Romantismo. Valorizando o emprego da palavra rara e da frase rebuscada, teve origem, nessa época, O Parnasianismo, movimento que fez do cuidado formal sua característica básica, frequentemente em prejuízo da própria qualidade da expressão poética.
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Parnasianismo Querendo evitar os exagerados derramamentos sentimentais dos românticos, os parnasianos acabaram muitas vezes a cair no extremo oposto, transformando a poesia numa exibição de técnica e preciosismo formal, usando a palavra rara e precisa para o embelezamento do verso. Muitos sonetos foram descritivos,onde a atitude do poeta é impessoal, a linguagem e as rimas bem trabalhadas, a métrica perfeita, mas, muitas vezee um texto inexpressivo e desinteressante como resultado.
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Parnasianismo - características
1- Preocupação formal que se revela na busca da palavra exata, caindo muitas vezes no preciosismo; o parnasianismo confiante no poder da linguagem, procura descrever objetivamente a realidade. 2- Comparação da poesia com as artes plásticas, sobretudo com a escultura. 3- Atividade poética encarada como habilidade no manejo do verso. 4- Frequentes alusões à mitologia grega e latina. 5- Preferência por temas descritivos – cenas históricas, paisagens, objetos, estátuas, etc 6- Enfoque sensual da mulher, com ênfase na descrição de suas características físicas.
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Parnasianismo - Origens
Em 1878 ocorreu, em jornais cariocas, uma polêmica em versos que ficou conhecida como Batalha do Parnaso, em que a poesia romântica foi atacada. Em 1882, Teófilo Dias publicou seu livro de poesias, Fanfarras, considerado o marco inicial do Parnasianismo brasileiro. Começava um movimento de reação à poesia chorosa e extremamente sentimental do Romantismo.
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Parnasianismo - inspiração
A inspiração inicial veio da França, onde, erm 1866, publicou-se uma antologia poética chamada O Parnaso Contemporâneo. Parnaso era o nome de um monte grego, morada do deus Apolo(deus da luz e das artes) e das musas(entidades mitológicas ligadas às artes)
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Poetas parnasianos Os mais conhecidos: Olavo Bilac Alberto de Oliveira
Raimundo Correia Vicente de carvalho OBSERVAÇÃO: Os três primeiros formam a tríade parnasiana.
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Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac
Nasceu e morreu no Rio de Janeiro. Escreveu sobre quadros referentes à Antiguidade (A Sesta de Nero, O Incêndio de Roma), fatos da História brasileira(O Caçador de Esmeraldas), expressou seu mundo interior através de uma poesia lírica e sensual em que abandona o tom comedido do Parnasianismo, num tom meditativo e melancólico(Almas Inquietas, Tarde)onde é constante a preocupação com a morte e o sentido da vida.
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Bilac – obra poética Panóplias Via Láctea Sarça de Fogo Alma Inquieta
As Viagens Caçador de Esmeraldas Tarde
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