A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Eutanásia: o que está em causa

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Eutanásia: o que está em causa"— Transcrição da apresentação:

1 Eutanásia: o que está em causa
(baseado na Nota Pastoral da Confª Episcopal Portuguesa de março 2016) abr-2018 Eutanásia

2 Eutanásia Eutanásia = eu (boa) + thanatos (morte)
Eutanásia é uma ação ou uma omissão que, por sua natureza e intenções, provoca a morte com o objetivo de eliminar o sofrimento. Pode-se equiparar ao suicídio assistido, no qual se presta auxílio ao suicídio doutra pessoa, embora não se lhe cause diretamente a morte. abr-2018 Eutanásia

3 Distanásia e Obstinação terapêutica
Distanásia é o contrário da eutanásia: consiste em utilizar todos os meios possíveis para prolongar de forma artificial a vida de um doente moribundo, sem que haja qualquer esperança de cura. Também se considera distanásia a morte em más condições de apoio humano e clínico, associada à dor e sofrimento, causando desconforto e incómodo significativos. Obstinação terapêutica é uma intervenção médica já inadequada à situação real do doente, gravosa para este e família e/ou desproporcionada face aos resultados expectáveis. A obstinação conduz à distanásia. abr-2018 Eutanásia

4 Aceitar a morte Aceitar que a morte faz parte integrante da condição humana é diferente de matar ou de colaborar na morte duma pessoa. Eutanásia e distanásia são ingerências humanas antinaturais perante a morte, antecipando-a ou retardando-a artificialmente, de forma inútil e penosa. Não faz sentido chamar-lhes “morte assistida”. A intervenção médica deve ser proporcionada, ou seja, ponderar os meios, dificuldades e riscos face aos resultados expectáveis, atendendo ao estado do doente e às suas forças físicas e morais. abr-2018 Eutanásia

5 Morte assistida Morte assistida, ou melhor, vida assistida até ao seu fim natural, é garantir ao doente terminal, através dos cuidados paliativos adequados, a assistência médica e humana adequadas para o alívio do sofrimento, com compaixão e generosidade. Trata-se de humanizar o fim da vida, não de o provocar! Pode incluir terapêuticas cujos efeitos secundários conduzam a algum encurtamento do tempo de vida restante, mas difere totalmente da eutanásia, obstinação e distanásia porque estas são ataques à vida, não aliviadores de sofrimento. abr-2018 Eutanásia

6 Direito a morrer Direito à morte é um absurdo: o direito visa sempre um bem na realização pessoal ou social. Pode falar-se, isso sim, em direito a uma morte digna, significando a morte em condições humanas, com a proximidade e o amor dos entes queridos, com os cuidados médicos paliativos necessários e razoáveis para garantir ao doente terminal a assistência médica e humana adequadas para o alívio do sofrimento, com compaixão e generosidade. A morte provocada, seja por que processo for, nunca é digna e nunca é humana. Por isso nunca é um direito! abr-2018 Eutanásia

7 Direito à vida A vida, para os crentes, é um dom de Deus e uma missão a cumprir. Na vida, morte e ressurreição de Jesus, o crente encontra as razões do seu existir, do seu sofrer e do seu morrer, e percebe que tudo isto faz parte da vida. A vida humana é o pressuposto de todos os direitos e deveres e de toda a dignidade humana. A vida não é um bem pessoal: ninguém existe só para si. A Constituição, no artº 24º, afirma: “A vida humana é inviolável” abr-2018 Eutanásia

8 Direito à vida Direito à vida é um direito indisponível, tal como os outros direitos humanos fundamentais, decorrentes da dignidade da pessoa humana: o homem não pode dispor da sua vida ou da dos outros Cada vida humana é única e irrepetível. A dignidade não se mede pela popularidade, pela utilidade para a sociedade, pela saúde, doença ou sofrimento. A vida humana vale por si mesma. A dignidade duma vida humana nunca se perde, ainda que seja uma vida muito marcada pela doença e sofrimento. abr-2018 Eutanásia

9 Legalizar a eutanásia: porquê?
Legalizar a eutanásia significa substituir o mandamento Não é lícito matar uma pessoa por outro, que diz Não é lícito matar uma pessoa que quer viver (mas é lícito se ela não quiser viver) Passa-se do conceito de Vida humana como bem em si mesmo e dotada de dignidade em qualquer circunstância para Vida humana com um valor variável e que pode até anular-se, por decisão própria ou de alguém “legitimado” abr-2018 Eutanásia

10 Legalizar a eutanásia: porquê?
As experiências de países onde a eutanásia foi legalizada revelam: A extensão da eutanásia da doença terminal à doença crónica, à deficiência e à doença psíquica dificilmente curável O alargamento da morte pedida pelo próprio à morte consentida por familiares, seja de crianças ou de adultos em estado de deficiência ou de inconsciência O recurso à eutanásia ou ao suicídio assistido por razões passageiras e em doenças perfeitamente tratáveis e curáveis Existiram no passado em várias sociedades situações de prática consentida da eutanásia. O progresso humano consistiu sempre em criar leis que defendem a vida humana e protegem o mais fraco. abr-2018 Eutanásia

11 Eutanásia e Medicina A medicina diagnostica e trata doenças, acompanha e alivia o sofrimento, sempre na defesa da vida. O médico tem por dever ético fazer tudo para salvar o doente; por isso não pode, ainda que a pedido do doente, agir no sentido de lhe tirar a vida. Um médico que pratica a eutanásia pode induzir no doente o receio de que o médico lhe suspenda os tratamentos ou lhe proponha a eutanásia por já a ter praticado em situações semelhantes. A eutanásia é um ato técnico (administração de drogas letais) mas não é um ato clínico, que se destina a aliviar ou curar uma doença. abr-2018 Eutanásia

12 Morte: resposta à doença e sofrimento?
Legalizar a eutanásia significa considerar a morte como resposta às situações de doença e sofrimento, mais fácil e barata do que os esforços de combate a essas situações. O amor e a solidariedade para com os doentes poderão ser desencorajados. A relação médico-doente fica posta em causa quanto à confiança. Alguns doentes podem ser pressionados a pedir a eutanásia para “não serem um peso” para a família ou para a sociedade. As pessoas podem passar a ser consideradas em função do seu valor económico, numa fria análise custo-benefício. abr-2018 Eutanásia

13 Morte e sofrimento A morte não elimina o sofrimento, elimina a vida da pessoa que sofre. Sofrimento elimina-se ou atenua-se com cuidados adequados, curativos (se possível) ou paliativos. A eutanásia é uma forma de não encarar o sofrimento, fugindo a enfrentá-lo. “A grandeza da humanidade determina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre.” (Bento XVI) abr-2018 Eutanásia

14 A vontade da pessoa A vida não pode depender da vontade da pessoa que vive. Legalizar não respeita a autonomia da pessoa: autonomia pressupõe a vida, só é livre quem vive. Mas, mesmo que fosse legítimo pedir a morte: Nunca há garantia absoluta dum pedido livre, inequívoco e irreversível – e a morte é o que há de mais irreversível O pedido pode ser fruto dum estado de espírito momentâneo, duma depressão, dum desespero, duma chamada de atenção. O “quero morrer” é muitas vezes um pedido “ajudem-me a viver” melhor, com mais qualidade, com mais carinho e atenção. abr-2018 Eutanásia

15 A resposta a quem pede a morte
“A tua vida não perdeu o sentido, não perdeu dignidade, não és um peso para ninguém, continuas a ter um valor sem medida para todos nós.” Esta é a postura de quem exerce a misericórdia, à maneira de Deus, e por isso foca as suas energias nos mais vulneráveis e sofredores. abr-2018 Eutanásia

16 Direitos dos doentes terminais
Os doentes terminais têm direitos, associados à sua dignidade humana, que devem ser respeitados ao adivinhar-se o fim da vida: Cuidados paliativos Respeito pela liberdade de consciência Informação verdadeira sobre a situação clínica Decisão sobre as terapêuticas a que se irá sujeitar (consentimento terapêutico) Recusa da obstinação terapêutica Diálogo franco, esclarecedor e sincero com os médicos, familiares e amigos Assistência espiritual e religiosa abr-2018 Eutanásia

17 Cuidados Paliativos São cuidados de saúde prestados aos doentes avançados e incuráveis e/ou muito graves. Servem para melhorar a qualidade de vida dos doentes e suas famílias, mitigando a dor e proporcionando apoio espiritual e psicológico. Não se destinam a curar nem a atrasar a morte. Devem ser oferecidos muito antes da proximidade da morte, para garantir o objetivo de proporcionar bem-estar ao doente e família. Procuram que os doentes possam viver tão ativamente quanto possível até à morte. Envolvem equipas multidisciplinares: médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, outros técnicos e eventualmente também voluntários. abr-2018 Eutanásia

18 Em conclusão Compete-nos, enquanto cristãos, face ao sofrimento físico e psíquico dos que estão a aproximar-se do fim sem esperança de cura: Afirmar o valor inviolável e inquestionável da vida humana Reconhecer a morte natural como a última etapa da vida, com o mesmo valor de todas as outras etapas Praticar a misericórdia para com quem está doente Assistir e acompanhar os que estão a morrer Acompanhar os que lhes são mais próximos e sofrem também Pugnar pela existência de cuidados e apoios adequados abr-2018 Eutanásia


Carregar ppt "Eutanásia: o que está em causa"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google