Os trabalhadores no contexto dos sistemas flexíveis de produção

Apresentação em tema: "Os trabalhadores no contexto dos sistemas flexíveis de produção"— Transcrição da apresentação:

1 Os trabalhadores no contexto dos sistemas flexíveis de produção
Conexões de Saberes – UFAL / Sociologia – Cezar Augusto

2 Por que a tecnologia, apesar de aumentar a produtividade, não garante necessariamente melhores condições de vida e de trabalho para a maior parte dos trabalhadores?

3 O Estado no desenvolvimento da economia
Quando intervém: regulamenta as negociações entre capital e trabalho, oferece formação técnica ao trabalhador, regula as atividades capitalistas e de interesse nacional. No contexto da flexibilização: busca atrair investimentos externos e legislar pela desregulamentação e/ou flexibilização das relações de trabalho.

4 Os sistemas flexíveis Reduzem estoques e aprimoram a logística interna e externa das empresas. Essa capacidade de reestruturação da produção prepara o capitalismo para lidar com crises, concorrência, oscilações econômicas, impasses técnicos... No contexto de mudanças reúnem capacidade política para mexer em direitos trabalhistas já garantidos, tudo em nome da produtividade e equilíbrio do sistema.

5 O que significa ser flexível para o trabalhador?
Significa realiza diferentes tarefas e fabricar diversas mercadorias na mesma linha de produção. (ex. A indústria automotiva. Numa mesma fábrica produzem diversos carros de marcas diferentes)

6 O que acontece na prática?
Os trabalhadores desempenham tarefas de acordo com as metas estabelecidas pela empresa. Isso colocam eles em situação de cobrança de si mesmos, visto que a produtividade está ligada a sua permanência no cargo. Isso inclui um controle de qualidade, metas corporativas, treinamento de comportamento para lidar com tensões da equipe. Hoje, diante de todas essas exigências que recaem ao trabalhador, ele tem se tornado responsável por manter-se empregado.

7 O contexto da flexibilização significa menor remuneração e menos direitos trabalhistas.

8 O novo perfil do trabalhador
Alto grau de qualificação e conhecimento tecnológico; habilidades para trabalho em equipe; ser criativo; Resolver problemas/conflitos; ter iniciativa; acompanhar mudanças; trabalhar com metas; Responsabilização pelo próprio emprego; Entre outros.

9 Testando (ENEM 2016) A mundialização introduz o aumento da produtividade do trabalho sem acumulação de capital, justamente pelo caráter divisível da forma técnica molecular digital do que resulta a permanência da má distribuição da renda: exemplificando mais uma vez, os vendedores de refrigerantes às portas dos estádios viram sua produtividade aumentada graças ao just in time dos fabricantes e distribuidores de bebidas, mas para realizar o valor de tais mercadorias, a forma do trabalho dos vendedores é a mais primitiva. Combinam-se, pois, acumulação molecular-digital com o puro uso da força de trabalho. OLIVEIRA, F. Crítica à razão dualista e o ornitorrinco. Campinas Boitempo, Os aspectos destacados no texto afetam diretamente questões como emprego e renda, sendo possível explicar essas transformações pelo(a) a) crise bancária e o fortalecimento do capital industrial. b) inovação toyotista e a regularização do trabalho formal. c) impacto da tecnologia e as modificações na estrutura produtiva. d) emergência da globalização e a expansão do setor secundário. e) diminuição do tempo de trabalho e a necessidade do diploma superior.

10 Comentário: O texto fala sobre o processo de desenvolvimento de novas lógicas de tecnologia e de localização industrial, típica do toyotismo e da terceira revolução industrial. Outro ponto bastante claro no texto é o fato da modernização industrial não ter promovido uma distribuição de renda e nem uma alteração das formas de trabalho. O enunciado pede os processos que geraram a situação descrita, logo, o advento de novas tecnologias e a reestruturação da indústria e da forma de produzir, constantemente atendendo à demanda de mercado.

11 Referências ARAÚJO, Silvia Maria de; BRIDI, Maria Aparecida; MOTIM, Benilde Lenzi. Trabalho e mudanças sociais. In: Sociologia – Ensino Médio: Volume único. São Paulo: Scipione, Outra janela: