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Transferência e Contratransferência em Winnicott
Profª Alba Lúcia Dezan Brasília, novembro/2011
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O trabalho psicanalítico
Um dos princípios básicos da psicanálise é que o inconsciente deve liderar o processo analítico, cabendo ao analista tão somente segui-lo profundidade. “Uma das tarefas mais importantes na análise de qualquer paciente é a de manter a objetividade em relação a tudo aquilo que o paciente traz” (Winnicott, 1947, p.279)
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O trabalho psicanalítico
Em análises de pacientes neuróticos, “o trabalho da análise se faz por meio de interpretações verbais da transferência que emerge do inconsciente do paciente. O analista assume o papel de uma ou outra figura confiável da infância do paciente.” (Winnicott, 1947, p.280) Espera-se do analista uma atitude profissional, sempre.
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O trabalho psicanalítico
A transferência diz respeito ao modo como os fenômenos subjetivos se repetem. Cabe à interpretação estabelecer uma relação entre o fenômeno repetido transferencialmente e a realidade psíquica do paciente. A neurose transferencial é derivada do Id.
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Formas clínicas da transferência
A análise com pacientes neuróticos: Eles de fato possuíram uma maternagem suficientemente boa; O ego é estabelecido; A interpretação é mais importante que o contexto; O passado vem ao consultório.
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Formas clínicas da transferência
A ampliação do conceito de transferência se dá a partir da análise de pacientes borderlines (fronteiriços) ou neuróticos/normais que vivenciem estados psicóticos ao longo de suas análises (regressão). Durante esta fase, o ego não pode ser considerado um entidade desenvolvida. Há um movimento em direção à saída do processo de identificação primária.
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Formas clínicas da transferência
Se houve falha no cuidado primário ambiental, tal falha fica marcada na lembrança como uma intrusão, “algo que interrompe a continuidade do ser” (Winnicott, , p.394). Se há falha, não há o estabelecimento real do ego e surge o falso self, que vem a ser uma coleção de reações a uma sucessão de falhas na adaptação do ambiente às necessidades do bebê em sua fase de dependência absoluta.
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A análise com pacientes falsos selves
É o falso self quem vem para a análise e testa o ambiente a fim de verificar a possibilidade de sair de cena e deixar o verdadeiro self aos cuidados do analista. O contexto (comportamento do analista) é mais importante que interpretações. Quando o analista se adapta às necessidades do paciente, o verdadeiro self deste tem a esperança de finalmente poder começar a experimentar viver. O presente retorna ao passado. O presente é o passado.
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A análise com pacientes falsos selves
Uma adaptação suficientemente boa do analista às necessidades do paciente propicia uma mudança do centro de operações do paciente do falso para o verdadeiro self. O verdadeiro self implica integração egóica, um ego corporal, o repúdio ao mundo externo (não-eu) e consequente estabelecimento de relações objetais. Os objetos podem ser amados e odiados.
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A análise com pacientes falsos selves
As falhas no cuidado podem provocar: Ruptura na continuidade do ser ou Uma experiência de raiva dirigida a quem falhou neste caso, somente se já se tratar do verdadeiro self. As falhas do analista são vivenciadas, usadas e tratadas pelo paciente como uma falha antiga, que somente agora poderá ser percebida e tornada alvo de raiva.
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A contratransferência
“O analista deve ser capa de usar suas próprias falhas em termos de sua significação para o paciente, sendo necessário que ele assuma a responsabilidade sobre cada uma delas, mesmo que isto implique em examinar sua contratransferência inconsciente.” (Winnicott, , p.397) Contratransferência é a reação emocional do analista à transferência do paciente.
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A contratransferência
A transferência negativa na análise de casos regressivos diz respeito a uma raiva objetiva contra as falhas do analista. “Uma das tarefas mais importantes na análise de qualquer paciente é a de manter a objetividade em relação a tudo aquilo que o paciente traz.” (Winnicott, 1947, p.279) O paciente espera uma atitude profissional do analista.
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A contratransferência
Mesmo experienciando o ódio, o analista deverá fazê-lo de maneira objetiva, em relação à personalidade e ao comportamento reais do paciente. Somente pela experienciação do ódio por parte do analista (e reconhecimento objetivo deste) o paciente poderá ter a confiança necessária para poder odiar. A negação do ódio é prejudicial. O não reconhecimento da falha por parte do analista pode gerar o ódio contratransferencial.
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A contratransferência
Ódio materno: Boi, boi, boi, Boi da cara preta Pega este menino Que tem medo de careta
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