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A linguística saussuriana
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Ferdinand de Saussure (1857/1913)
Seu livro Cuors de Linguistique Général (Curso de Lingüística Geral - CLG), resultou na compilação dos escritos e anotações feitas para suas aulas, por três de seus discípulos mais importantes: Charles Bally, Albert Sechehaye e Albert Riedlinger. Trata-se, portanto, de uma obra póstuma e que não teve a devida revisão feita pelo autor dos escritos. Saussure é considerado o ‘pai’ da Linguística moderna e seus postulados teóricos um divisor de águas no que se refere ao estudo científico da linguagem.
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A Doutrina de Saussure “A lingüística, jamais se preocupou em determinar a natureza de seu objeto de estudo. Ora, sem essa operação elementar, uma ciência é incapaz de estabelecer um método para si própria”. Saussure fez um esquema que, na sua opinião, é a forma racional que deve assumir o estudo linguístico: RELAÇÕES ASSOCIATIVAS (= PARADIGMÁTICAS) RELAÇÕES SINTAGMÁTICAS SINCRONIA LÍNGUA DIACRONIA FALA
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A Teoria do Signo Lingüístico
SIGNIFICANTE ARBITRARIEDADE SIGNO PRINCÍPIOS SIGNIFICADO DO SIGNO LINEARIDADE Para Saussure, o signo linguístico é formado pela “união do sentido e da imagem acústica”. O que o autor chama de “sentido” é o mesmo que conceito/idéia, é uma representação mental, e o que ele chama de “imagem acústica” não é o som material, puramente físico, mas a impressão psíquica desse som.
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Imagem acústica - /kaza/
Saussure considera que “sentido” é a mesma coisa que conceito ou idéia, ou seja, a representação mental de um objeto ou da realidade social em que nos situamos. Sendo o conceito, sinônimo de significado. Assim sendo, pode-se dizer que o signo linguístico é uma entidade psíquica de duas faces, representadas na figura abaixo: Conceito - domus Imagem acústica - /kaza/
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TIPOS DE SINAIS A Semiologia distingue dois tipos de sinais: os naturais e os convencionais. Os sinais naturais diferencia-se dos sinais convencionais por se manifestarem, em forma de indício (físico), como a fumaça, trovoada, rastros, cheiros, sons, etc. Ou em forma de sintoma (fisiológico): a pulsação, dor, febre, fome, suor, espasmos, etc. Enquanto que os convencionais se mostram mais complexos e pressupõe a existência de uma cultura já estabelecida. Podendo apresentar-se sob a forma de: Ícone – é imagístico: foto, desenho, estátua, (não-arbitrário) Símbolo – a cruz/cristianismo, cobras entrelaçadas/medicina (semi-arbitrário). Signo – a palavra (é totalmente arbitrário, segundo Saussure).
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Ícone (motivado): estátua, foto Símbolo (intermédio) balança =
Sintoma (fisiológico): pulsação, febre TIPOS DE SINAIS Ícone (motivado): estátua, foto Símbolo (intermédio) balança = justiça Signo (imotivado): a palavra Indício (físico): fumaça, rastros, sons NATURAL CONVENCIONAL
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Uma crítica á teoria do signo
Do mesmo modo que outras postulações saussurianas, também esta tem sido alvo da crítica de alguns linguísticas contemporâneos. A mais importantes delas refere-se ao fato de Saussure,em virtude de encarar o signo como uma entidade bifacial, não ter incluído um terceiro termo – a coisa significada –na sua teoria. Na teoria saussuriana Na teoria de Ogden e Rchards sdo pensamento ou referência ste ‘coisa’ símbolo referente
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Segundo seus contraditores à teoria do signo linguístico, em vez de apenas Significante e Significado proposta por Saussure, deveria ser acrescentada uma complementação, que seria a coisa significada/real. A crítica é pertinente, pois o triângulo apresentado por Ogden e Richards reintroduz a coisa significada, ou melhor dizendo, a realidade sociocultural, a qual, quer seja considerada extralinguistica ou não, não pode ser deixada de lado pela Semântica. O filósofo e linguista M. Bakhtin, ‘resolveu’ esse problema acrescentando em seus postulados teóricos, o fato de o signo linguístico ter também um caráter ideológico, portanto, em dadas situações ele pode ser: arbitrário, semi-arbitrário ou intencional.
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Críticas ao Princípio da Arbitrariedade
Alguns dos críticos de Saussure destacaram que o signo, na sua totalidade, não é tão arbitrário como pretendia o mestre, porque uma das suas faces (o significante) não poderia combinar-se arbitrariamente com a sua segunda face (o significado) correspondente em outra língua. Por Exemplo: o inglês/(teacher) não poderia jamais tornar- se o significante do significado português “Professor”, porque não abrange todos os sentidos e nuances que nós, falantes do português, fazemos de “professor”.
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