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FEB 2012-I Prof. Fernando Carlos G. de C. Lima

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Apresentação em tema: "FEB 2012-I Prof. Fernando Carlos G. de C. Lima"— Transcrição da apresentação:

1 FEB 2012-I Prof. Fernando Carlos G. de C. Lima
Resumo Celso Furtado Cap. XIII a XV

2 CAP. XIII: Povoamento e articulação das regiões meridionais
“Que poderia Portugal esperar da extensa colônia sul-americana, que se empobrecia cada dia, crescendo ao mesmo tempo seus gastos de manutenção?” Agricultura: havia forte concorrência inglesa e francesa A saída era encontrar metais preciosos Os paulistas representavam uma esperança, porque conheciam o interior do país  receberam ajuda técnica da metrópole

3 Pobreza de Portugal e Brasil explica a rápida expansão da economia mineira
Início do século XVIII: Paulistas emigram para Minas Mão de obra escrava vendida do NE para Minas Portugueses: primeira corrente migratória espontânea (para RJ e MG)  Possibilidade de prosperar sem necessidade de elevados investimentos

4 Mineração (no Brasil) versus produção de açúcar
extensas unidades produtivas com elevado número de trabalhadores (principalmente escravos) por unidade em épocas de crise, mantinha-se a produção Mineração escala de produção de acordo com capital inicial disponível: podia ser uma lavra com cem escravos ou um “faiscador” por conta própria o ouro tendia a se esgotar: a “empresa” deslocava-se, ou reduzia de tamanho

5 Mineração & mercado interno
a lucratividade extremamente elevada incentivava a especialização: “a fome acompanhava sempre a riqueza nas regiões do ouro” “a elevação dos preços do alimentos e dos animais de transporte nas regiões vizinhas constituiu o mecanismo de irradiação dos benefícios econômicos da mineração” Demanda de gado para corte e de muares: vínculos com o NE e o Sul (feiras de animais em São Paulo)

6  Logo, mercado potencial muito maior
Cap. XIV: Fluxo de renda “Economia mineira”: MG, GO, MS “Os depósitos de aluvião se esgotam tanto mais rapidamente quanto é mais fácil sua exploração. Dessa forma, as regiões mais ‘ricas’ se incluem entre as de vida produtiva mais curta” Apogeu da economia mineira: década de 1750 Renda média mais baixa do que a da economia do açúcar Mas ... População livre = 300 mil  Logo, mercado potencial muito maior

7 Mercado potencial versus desenvolvimento endógeno (I)
População em geral dispersa, mas foram criados centros urbanos importantes Renda melhor distribuída do que no NE  menor % de produtos importados e maior demanda por bens de consumo corrente Grandes distâncias: preços mais elevados do que nas cidades costeiras  Mas ... “o desenvolvimento endógeno – isto é, com base no seu próprio mercado – da região mineira foi praticamente nulo”

8 Mercado potencial versus desenvolvimento endógeno (II)
Por que não houve “desenvolvimento endógeno” apesar de haver mercado interno? Teria sido a política portuguesa de proibir a atividade manufatureira?  Mas não houve reação ao decreto de 1785, o que indica que não havia atividade manufatureira “A causa principal possivelmente foi a própria incapacidade técnica dos imigrantes” [Um problema de “educação”?]

9 Por que Portugal não se industrializou?
Portugal: incentivos à manufatura no final do século XVII (política de “substituição de importações” por causa da crise) O Tratado de Methuen de 1703 (+ o ouro brasileiro) destruiu esse começo de industrialização O ouro brasileiro fortaleceu a posição dos “poderosos produtores e exportadores de vinhos, grupo dominante no país”, que se aliaram aos interesses ingleses (no ouro e mercado do Brasil)

10 Análise (ensaio) contrafactual
“Houvesse Portugal enfrentado na primeira metade do século XVIII as mesmas dificuldades que conheceu no meio século anterior, e o acordo de Methuen teria sido de expressão limitada em sua história” “Houvesse Portugal acumulado alguma técnica manufatureira, e a mesma ter-se-ia transferido para o Brasil, malgrado disposições legislativas em contrário como ocorreu nos EUA”

11 Ouro brasileiro & Inglaterra (I)
Os (outros) europeus estavam “melhor aparelhados para tirar máximo proveito” do ouro exportado por Portugal para cobrir seus déficits comerciais “A Inglaterra, graças às transformações estruturais de sua agricultura e ao aperfeiçoamento de suas instituições políticas, foi o único país da Europa que seguiu sistematicamente, em todo o século que antecedeu à revolução industrial, uma política clarividente de fomento manufatureiro”

12 Ouro brasileiro & Inglaterra (II)
“Numa época dominada pelo mais estrito mercantilismo e em que era particularmente difícil desenvolver um comércio de manufaturas, a Inglaterra encontrou na economia luso-brasileira um mercado em rápida expansão e praticamente unilateral” “Recebendo a maior parte do ouro que se produzia no mundo, os bancos ingleses reforçaram mais e mais sua posição (...) permitindo uma substancial acumulação de reservas metálicas, sem as quais a Grã-Bretanha dificilmente poderia haver atravessado as guerras napoleônicas”  E “restaurado sua moeda” (Cunningham)

13 Declínio da produção de ouro:
Cap. XV: Regressão econômica e expansão da área de subsistência Declínio da produção de ouro: “rápida e geral decadência” as maiores empresas se iam descapitalizando e desagregando muitos empresários de lavras se foram reduzindo a simples faiscadores “Todo o sistema se ia assim atrofiando, perdendo vitalidade, para finalmente desagregar-se numa economia de subsistência”

14 Análise contrafactual
“Houvesse a economia mineira se desdobrado num sistema mais complexo, e as reações seguramente teriam sido diversas. Na Austrália, o desemprego causado pelo colapso da produção de ouro constituiu o ponto de partida da política protecionista que tornou possível a precoce industrialização desse país” “Tivesse o país permanecido sob a influência exclusiva dos grupos exportadores de lã, e a predominância das ideias liberais teria impedido qualquer política de industrialização por essa época”

15 Análise estruturalista
“A existência do regime de trabalho escravo impediu, no caso brasileiro, que o colapso da produção de ouro criasse fricções sociais de maior vulto” “O sistema se descapitalizava lentamente, mas mantinha a estrutura (...) Na mineração, a rentabilidade tendia a zero e a desagregação das empresas produtivas era total” “Essa população numerosa encontrará espaço para expandir-se dentro de um regime de subsistência (..) num processo de atrofiamento da economia monetária”


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