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GEOGRAFIA ARI DE SÁ
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I – O território nacional
A construção do Estado e da Nação Território: é o espaço submetido a um poder político (Normas) Poder político: personificava-se na figura de um soberano, mas, hoje o poder foi transferido para a Nação, que o exerce por meio de instituições políticas permanentes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Soberania: é um monopólio do Estado e se expressa em leis de validade geral, aplicadas sobre todo o território. Fronteiras políticas: assinalam os limites geográficos da soberania.
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A obra de fronteiras O estabelecimento de uma fronteira política passa por três etapas: A definição: é uma operação conceitual, na qual ocorre um acordo sobre os princípios gerais para a produção dos limites. A delimitação: é uma operação cartográfica. A demarcação: é uma operação física, na qual se implantam sobre o terreno os marcos de fronteira.
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O corpo da pátria O Brasil possui o quinto maior país em extensão territorial do mundo, com uma área de cerca de 8,5 milhões de Km², sendo o maior da América do Sul e possuindo fronteiras terrestres com todos os países desse “continente”, exceto: Chile e Equador. Nosso país, se estende de forma irregular, sendo mais largo na porção Norte (Setentrional) e estreita-se na porção Sul (Meridional), localiza-se também quase que em sua totalidade entre os dois trópicos, sendo por isso considerado um país tropical, caracterizando uma área com climas quentes e úmidos, compreende uma área cortada ao norte pela linha do equador e ao sul pelo trópico de capricórnio. Em função de sua grande extensão o Brasil é abrangido por quatro fusos horários, sendo que a hora oficial (Brasília) está 3 horas atrasada em relação à GMT.
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SISTEMA DE FUSOS HORÁRIOS DO BRASIL
Limite Teórico: Limite compreendido a cada meridiano. Limite Prático: Sistema adotado para evitar transtornos pela diferença de horário em locais próximos. Horário de Verão: São exclusas do horário de verão, as regiões do Brasil situadas próximo à linha do Equador, aonde a diferença diária da duração do período ensolarado não chega a ser tão longo nas estações do ano.
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II – Geomorfologia: as estruturas e o relevo
A placa tectônica sul-americana Devido ao movimento de Orogênese dessa placa o Brasil apresenta elevada estabilidade geológica, pois localiza-se na porção central dela, ou seja, longe das áreas de choque da placa. O Brasil não apresenta Dobramentos Modernos, o relevo brasileiro apresenta altitudes modestas no interior, e no litoral é bastante íngreme e elevado devido à presença de dobramentos terciários. Os afloramentos superficiais do embasamento cristalino só representam cerca de 36% do total da superfície do país, ao passo, que as áreas sedimentares representam em torno de 64%. Os terrenos cristalinos formados na era Pré-Cambriana proterozóica são de grande importância, porque geralmente aparecem associados às jazidas de minerais metálicos.
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Classificação do relevo brasileiro por Jurandyr Ross
Entre as diferenças dessa classificação em relação as anteriores estão: Ampliação do número de unidades do relevo; Diminuição da extensão de algumas áreas de planalto; Introdução das depressões como unidades de relevo; redução da área da planície amazônica à 5% da classificação anterior.
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III – Dinâmica climática
No Brasil temos diversos tipos climáticos, havendo predominância é claro de tipos quentes e úmidos, devido a nossa tropicalidade vários fatores exercem influência na determinação climática de extensas áreas do Brasil, sendo que as Massas de Ar assumem o mais importante papel entre esses fatores. Massas de Ar atuantes no Brasil: Massa Polar Atlântica (mPa): provém das altas latitudes meridionais trazendo ar frio até o litoral baiano e as diversas áreas do Brasil-Central. Responsável pela chegada das frentes frias, com maior atuação no sul do país, essa massa também é responsável pelos fenômenos conhecidos como: Geadas, Nevadas e Friagens, a última ocorrendo na região amazônica do Brasil e as outras duas no Sul do País, onde é mais atuante.
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Massa Tropical Atlântica (mTa): A massa Tropical Atlântica é basicamente uma massa quente e úmida. Ao se defrontar com as escarpas dos planaltos que emolduram as planícies costeiras, ocorrem as chuvas orográficas. Massa Equatorial Continental (mEc): Essa massa é caracterizada por ser quente e úmida, origina-se na Amazônia Ocidental. Nessa área principalmente durante os meses de verão e outono, as instabilidades (chuvas abundantes) que provoca são quase diárias. Massa Tropical Continental (mTc): Quente e seca surge na depressão do Chaco, e sua influência no Brasil abrange o sul da região Centro-oeste e o interior (oeste) da região Sudeste, provocando longos períodos de tempo quente e seco. Massa Equatorial Atlântica (mEa): Quente e úmida, oriunda do Atlântico norte, nas proximidades das Ilhas dos Açores. Forma os ventos alísios de nordeste. Sua principal área de atuação no Brasil é o litoral das regiões Norte e Nordeste, principalmente na primavera e no verão.
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IV- Domínios Naturais Os domínios morfoclimáticos: Domínio Amazônico:
Clima: Equatorial (Quente e úmido) Relevo: conhecido como domínio das terras baixas, tendo como grande exceção o (PICO DA NEBLINA – 3.014m de altitude), sendo o ponto culminante do relevo brasileiro. Solo: profundo (Intemperismo Químico), sendo que mais de 70% dos solos são ácidos e intemperizados de baixa fertilidade, sofre processo de Lixiviação. Vegetação: perene, densa, latifoliada, arbórea, heterogênea. Hidrografia: Bacia Amazônica (maior do mundo), possui cerca de km de percurso navegável dentro do Brasil, sendo muito importante para a região, dispõe também de imenso potencial hidroelétrico concentrado nos afluentes do Rio Amazonas, entre as bacias é a que apresenta maior potencial sendo que apenas 0,4% desse enorme potencial (105,5 milhões de kW) é aproveitado por apenas três usinas: Balbina, Curuá-Una e Samuel (AM, PA e RO) respectivamente. Lembrando que o Rio Amazonas é o principal rio dessa bacia e possui regime misto (Nival e Pluvial).
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Domínio do Cerrado: Clima: Tropical (duas estações bem definidas)
Relevo: Observam-se extensos planaltos (Planalto Central), depressões e chapadas sedimentares. Solo: Ácido (Laterização), corrigido com a adição de calcário, tornando-o propício ao cultivo da Soja. Vegetação: Arbustiva e Herbácea (apresenta troncos e galhos retorcidos), os incêndios naturais são fundamentais para a sobrevivência de algumas espécies, as cinzas resultantes funcionam como preciosa fonte de nutrientes minerais para o solo. Hidrografia: Essa região é banhada por três bacias principais, sendo: B. Amazônica, B. Tocantins-Araguaia e a B. do Paraná.
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Domínio das Araucárias (Mata dos Pinhais):
Clima: Subtropical (Chuvas bem distribuídas durante o ano) Relevo: Planaltos da Bacia do Paraná Solo: Terra Roxa (vulcânico), propício para o cultivo do café. Vegetação: Vegetação homogênea, aciculifoliada, de fácil penetração cuja madeira é de boa qualidade para a fabricação de papel e móveis. Ocupava grande parte da Região Sul, hoje restringe-se a apenas 5% de sua área original. Hidrografia: a região é banhada pela Bacia do Paraná, cuja, possui o maior aproveitamento hidráulico do país, situando-se nessa Bacia a Usina Hidroelétrica de Itaipú (maior do mundo), sendo de capital misto (Brasil/Paraguai).
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Domínio das Pradarias (Campos Limpos):
Clima: Subtropical Relevo: Terras baixas com ondulações (Coxilhas) Solo: a ocupação humana através da pecuária e agricultura ajudam no processo de desertificação e diminuição da fertilidade dos solos ameaçados pela erosão. Vegetação: Herbácea (formada por Gramíneas) Hidrografia: Bacia do Uruguai
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Domínio dos Mares de Morros:
Clima: Tropical úmido Relevo: é sem dúvida o seu traço mais característico (Planaltos e Serras do Atlântico-Leste-Sudeste), onde a ação da erosão e do intemperismo, modelou as “meias-laranjas”, morros arredondados que formam os mares de morros. Vegetação: Mata Atlântica, situada na área mais povoada e industrializada do país, foi a mais devastada do país desde o período colonial (Pau-Brasil). Hidrografia: Bacia do Leste
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Domínio da Caatinga: Clima: Tropical Semi-Árido (chuvas irregulares)
Relevo: formado basicamente por planaltos (planaltos da Bacia do Parnaíba e da Borborema) e depressões (Depressão Sertaneja e do São Francisco). Solo: Raso, pedregoso com afloramentos rochosos (Intemperismo Físico). Vegetação: As áreas mais elevadas são ocupadas pelas matas úmidas e as mais baixas pela Caatinga, na qual predominam arbustos espinhentos, cactáceas e solo pedregoso. Hidrografia: Bacia do São Francisco, sendo o Rio São Francisco o único Rio perene (nunca seca) que atravessa o sertão semi-árido. Abastece a população e possibilita a agricultura, tanto em suas margens (agricultura de vazante), como em áreas mais distantes, correndo por canais de irrigação. Abastece a região Nordeste (Paulo Afonso, Sobradinho, Xingó) e a região Sudeste ( Três Marias em Minas Gerais) de energia elétrica. Liga as duas regiões brasileiras mais populosas e de mais antigo povoamento: Nordeste e Sudeste.
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Faixas de Transição: São áreas de modo geral que não podemos individualizar, ou seja, situam-se entre dois ou mais domínios morfoclimáticos e acabam por sua vez possuindo características mescladas desses domínios, mas, em alguns casos essa instabilidade deu origem a uma interação entre os elementos naturais que nada tem em comum com as características dos domínios circundantes. Entre as Faixas de Transição, podemos destacar: O complexo do Pantanal: é uma planície sedimentar periodicamente alagada pelo rio Paraguai, possui uma das maiores biodiversidades do planeta, alternando entre períodos alagados e secos, quando originam-se na região campos e alguns arbustos pantaneiros que funcionam como excelentes pastagens naturais. A Mata dos Cocais: No Meio-Norte separando o Domínios da Caatinga do Domínio Amazônico (subúmido do lado Oeste e semi-árido do lado Leste), predominam nessa faixa espécies de palmeiras como a carnaúba, o babaçú, o buriti e a buritirana, sendo a Carnaúba a de maior aproveitamento econômico. Os Manguezais: são áreas alagadas com características salgadas (pobres em oxigênio), onde as plantas se adaptam indo buscar oxigênio diretamente na atmosfera. São áreas com grande Biodiversidade.
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