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O Boca do Inferno que criticava a Bahia.  Gregório de Matos Guerra nasceu na Bahia em 23 dezembro de 1636 e morreu em Recife em 26 de novembro de 1696.

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1 O Boca do Inferno que criticava a Bahia

2  Gregório de Matos Guerra nasceu na Bahia em 23 dezembro de 1636 e morreu em Recife em 26 de novembro de 1696. O soteropolitano foi um advogado e poeta no Brasil colônia.  Era conhecido pelo apelido Boca do Inferno, fazia criticas ao estado natal. Firmou-se como o primeiro poeta brasileiro, cultivando a poesia lírica, satírica, erótica e religiosa.  Era filho de um fidalgo português e sua mãe era baiana humilde.

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4  A preocupação religiosa do escritor revela-se no grande número de textos que tratam do tema da salvação espiritual do homem.  No soneto a seguir, o poeta ajoelha-se diante de Deus, com um forte sentimento de culpa por haver pecado, e promete redimir-se.  A seguir um poema de Matos

5  Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa alta clemência me despido; Porque quanto mais tenho delinquido Vos tem a perdoar mais empenhado.  Se basta a voz irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado.  Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história.  Eu sou, Senhor a ovelha desgarrada, Recobrai-a; e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória.

6  Gregório de Matos é amplamente conhecido por suas críticas à situação econômica da Bahia, especialmente de Salvador, graças à expansão econômica chegando a fazer, inclusive, uma crítica ao então governador da Bahia Antônio Luís da Câmara Coutinho.  Além disso, suas críticas à Igreja e a religiosidade presente naquele momento. Essa atitude de subversão por meio das palavras rendeu-lhe o apelido de "Boca do Inferno", por satirizar seus desafetos

7  Triste Bahia! ó quão dessemelhante Estás e estou do nosso antigo estado! Pobre te vejo a ti, tu a mi abundante.  A ti tricou-te a máquina mercante, Que em tua larga barra tem entrado, A mim foi-me trocando e, tem trocado, Tanto negócio e tanto negociante.

8  Em sua produção lírica, Gregório de Matos se mostra um poeta angustiado em face à vida, à religião e ao amor.  Na poesia lírico-amorosa, o poeta revela sua amada, uma mulher bela que é constantemente comparada aos elementos da natureza.  Além disso, ao mesmo tempo que o amor desperta os desejos corporais, o poeta é assaltado pela culpa e pela angústia do pecado.

9  Anjo no nome, Angélica na cara! Isso é ser flor, e Anjo juntamente: Ser Angélica flor, e Anjo florente, Em quem, senão em vós, se uniformara:  Quem vira uma tal flor, que a não cortara, De verde pé, da rama fluorescente; E quem um Anjo vira tão luzente, Que por seu Deus o não idolatrara?  Se pois como Anjo sois dos meus altares, Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda, Livrara eu de diabólicos azares.  Mas vejo, que por bela, e por galharda, Posto que os Anjos nunca dão pesares, Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

10  Também alcunhado de profano, o poeta exalta a sensualidade e a volúpia das amantes que conquistou na Bahia, além dos escândalos sexuais envolvendo os conventos da cidade.

11  Descarto-me da tronga, que me chupa, Corro por um conchego todo o mapa, O ar da feia me arrebata a capa, O gadanho da limpa até a garupa.  Busco uma freira, que me desemtupa A via, que o desuso às vezes tapa, Topo-a, topando-a todo o bolo rapa, Que as cartas lhe dão sempre com chalupa.  Que hei de fazer, se sou de boa cepa, E na hora de ver repleta a tripa, Darei por quem mo vase toda Europa? Amigo, quem se alimpa da carepa, Ou sofre uma muchacha, que o dissipa, Ou faz da mão sua cachopa.

12  Em 1681, Gregório de Matos estava de volta a Salvador como procurador da cidade, junto à Corte portuguesa. Levava uma vida boêmia e escrevia versos e sátiras gozando de todos, sem poupar as autoridades civis e eclesiásticas da Bahia, recebendo o apedido de “Boca do Inferno”.  Embora não fosse padre, o arcebispo D. Gaspar Barata fez dele vigário-geral da Bahia a fim de ocupar o cargo de tesoureiro-mor da Sé, uma forma de dar maior compostura ao bacharel Gregório, já que sua língua virulenta criava terríveis inimigos.

13  Faleceu com 59 anos no dia 26 de novembro de 1696, na cidade de Recife. O motivo de sua morte está associado a uma febre que contraiu quando foi condenado ao degredo em Angola.

14  De que pode servir calar, quem cala nunca se há de falar, o que se sente? Sempre se há de sentir, o que se fala!”.  “Se és fogo, como passas brandamente, se és neve, como queimas com porfia? Mas ai, que andou Amor em ti prudente!”  “Eu sou aquele, que passados anos cantei na minha lira maldizente torpezas do Brasil, vícios, e enganos”  “Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura?”  “O honesto é pobre, o ocioso triunfa, o incompetente manda.”  “Se justificam mentindo com pretextos enganosos, e com rodeios fingidos.”

15 Toda Matéria Wikipédia


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