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ANALISE ERGONOMICA DO TRABALHO

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Apresentação em tema: "ANALISE ERGONOMICA DO TRABALHO"— Transcrição da apresentação:

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2 ANALISE ERGONOMICA DO TRABALHO

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4 ANALISE ERGONOMICA DO TRABALHO AET
Segundo a legislação brasileira na Norma Regulamentadora 17, para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos, às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. A AET é um modelo metodológico de intervenção que possibilita compreender os determinantes trabalhador, inserido em um contexto específico para atingir os objetivos prescritos pela tarefa. A esse prescrito, comumente denominado tarefa, e o trabalho real, aquele efetivamente realizado pelo das situações de trabalho. Para tanto, tem como pressuposto básico a distinção entre o trabalho “fazer”, chamamos atividade (ABRAHÃO et al,1999). de organização do trabalho, de sua gestão e de seu controle. Um dos pressupostos básicos é o de que a centram-se no conceito de tarefa. Na organização clássica, a tarefa prescrita é o elemento de divisão e Tanto a AET quanto as organizações fundamentadas no modelo clássico, taylorista-fordista, “melhor método” de execução. “Melhor método”, no caso, refere-se àquele que consome o menor tempo concepção e a execução da tarefa, proposta por Taylor. A concepção é realizada visando a determinar o prescrição da tarefa é realizada externamente ao executor da tarefa, ou seja, existe a separação entre a de realização e, para defini-lo, Taylor propõe a “análise científica” do trabalho, o estudo de tempos e realizados observando-se os operários na situação real de trabalho. Posteriormente, com a criação das e combina os “necessários” de maneira a obter-se o “melhor método”. A princípio, esses estudos eram movimentos, que divide o trabalho em movimentos elementares, seleciona e elimina os “desnecessários” selecionar os homens mais adequados para realizar cada tarefa específica, e treiná-los para tal. de interação do projetista com o ambiente real de produção. Estudada a tarefa, a gerência deveria tabelas de MTM, com os tempos correspondentes aos “movimentos básicos”, eliminou-se a necessidade Dessa forma, pode-se notar que o executor da tarefa, o trabalhador, é “introduzido” na tarefa a médio. A organização clássica “enxerga” os trabalhadores, portanto, como um conjunto de homens Como planejar a tarefa se não se sabe quem irá executá-la? A resposta é: baseando-se em um homem posteriori, isto é, primeiro planeja-se a tarefa e depois seleciona-se o trabalhador que irá realizá-la. médios, sujeitos a uma produção constante, que realizam operações independentes, as quais podem ser Contudo, uma vez que é facilmente observável em qualquer situação de trabalho, o trabalho tabelas de MTM. prescritas através da observação dos movimentos ou da combinação de movimentos básicos obtidos das prescrito nunca é igual ao trabalho real (DANIELLOU et al, 1989). Na verdade, como coloca LIMA que os motivos da distância entre tarefa, ou trabalho prescrito, e atividade, ou trabalho real – para (s.d.), nas situações de trabalho, “o que é constante é a permanente variabilidade”. WISNER (1987) diz 3 · desconsideração de algumas dimensões da atividade: atividades não-motoras, como as de ensaio –, são: usarmos definições desses termos certamente simplificadoras, mas adequadas aos propósitos deste percepção, ajuste, raciocínio, decisão, que são inerentes a todo trabalho humano, mesmo os mais “sonho” do “homem médio” do modelo clássico, nenhum operário é igual a outro, e nem mesmo um paralelamente ao trabalho físico; e variabilidades intra e interindividuais, ou seja, contrariamente ao repetitivos; atividades intelectuais e mentais, que são sempre realizadas pelos trabalhadores Alguns processos são naturalmente instáveis, como os processos contínuos de produção ou serviços · existência de aspectos imprevisíveis da situação do trabalho, ou seja, de instabilidade nos processos. operário trabalha sob as mesmas condições internas durante certo período de tempo; de atendimento ao público. Outros são menos instáveis, mas sempre suscetíveis a acasos como · presença de aspectos subestimados, como, por exemplo, tempo de aprendizado e desaprendizado obra, acidentes etc.; e quebra de equipamentos, falta ou inadequação de matérias-primas, falta de energia, falta de mãode- SCHWARTZ (1994) apud SZNELWAR E MASCIA (1997) também ressalta algumas das tarefas, tempo de execução das tarefas etc. (quando da mudança do posto de trabalho), confiabilidade das informações necessárias à realização características do trabalho humano que evidenciam a diferença entre o prescrito e o real: necessidade de em disponibilizar sua memória, conectar seu imaginário e seus desejos; o conhecimento da importância existência de uma desapropriação e reapropriação do sujeito. Ainda, para este autor o trabalho consiste reinvestimento constante do atual, diferente do previsto; variabilidade como regra na produção; do seu trabalho é fundamental; e a cooperação, o entendimento, as trocas necessárias não podem ser a empresa e para a própria sociedade (DANIELLOU et al, 1989). Assim, seria necessário analisar o A divergência entre a tarefa e a atividade gera conseqüências negativas para o trabalhador, para prescritas. trabalho, identificando as disparidades, para modificá-lo, isto é, para realizar a intervenção ergonômica, modelo escolhido a priori (...)” (WISNER, 1996). Ou seja, trata-se de um método em que a observação método destinado a examinar o que se passa dentro da complexidade da realidade sem provar um que seria o objetivo maior do ergonomista. A AET caracterizar-se-ia essencialmente por “(...) ser um ABRAHÃO et al (1999) ressaltam que a AET é permeada por várias fases e tem como fio representação do trabalho real, e não a partir de um modelo prévio. do campo, o trabalho real, é fundamental; somente a partir dessas observações será construída a condutor a dialética entre análise da demanda e análise da atividade. Seu ponto de partida é uma melhor compreensão do contexto no qual se insere o trabalho, ou seja, a tecnologia e a organização (o formas de intervenção. A partir desse esclarecimento, procura aprofundar alguns aspectos para uma demanda inicial que reflete um problema, buscando esclarecer esta demanda, com vistas a propor atividade e das funções efetivamente utilizadas pelos trabalhadores na realização de suas tarefas análise ergonômica da atividade –, que tem como objetivo a análise das exigências e condições reais da cenário em que se desenvolvem as atividades). Com esses dados, chega-se, então, à fase operacional – a (LAVILLE, 1977), permitindo a interrogação com substância da demanda inicial. prescrita. A própria origem dessa metodologia justifica tal centralidade, dado que a AET surge num organização, ela é essencialmente centrada na observação da atividade que se realiza com base na tarefa Assim, embora a AET busque situar a atividade dentro de um contexto maior, o da Um dos grandes méritos da AET consiste em estar voltada para o campo e analisar o trabalho elemento central. ambiente organizacional dominado pelo modelo clássico, no qual a tarefa, como colocamos, é o realizado não somente em termos dos movimentos, dos gestos, mas também nos seus aspectos de decisão etc. De certa forma, quebra-se a separação entre corpo e mente, intrínseca ao modelo 4 psicológicos e cognitivos – por exemplo, como raciocina o trabalhador, como é seu processo de tomada clássico, que tem como um de seus pressupostos a separação de concepção (mente) e execução (corpo). trabalhadores estão constantemente identificando problemas e buscando soluções para os problemas realização de todo e qualquer trabalho (SZNELWAR E MASCIA, 1997). Reconhece também que os Para a AET, todo trabalho envolve corpo e mente. A AET reconhece a inteligência necessária para a construídos. exemplo, RABARDEL et al (1998) recomendam que as observações sistemáticas do trabalho real trabalho, ainda que se trate da análise de um trabalho à primeira vista estritamente “manual”. Por Portanto, as técnicas utilizadas pela AET incorporam, desde sempre, a noção da inteligência no comunicações (palavra, gesto, postura) [grifos nossos]”. A comunicação assume, assim, um papel de (informação recebida e/ou tratada, movimento da cabeça, direção do olhar, fixação ocular...), as devem incluir “as atividades motrizes (gestos, posturas), as atividades perceptivas e mentais destaque na AET. Para os mesmos autores, as comunicações “se inscrevem dentro de um quadro nosso). Através da análise das comunicações – sua duração, sucessão, freqüência e conteúdo –, o comunicações são espontâneas e são frequentemente indispensáveis à realização da tarefa” (grifo coletivo para estabelecer uma troca com uma ou mais pessoas no decorrer do trabalho. Essas cognitivo colocado em prática para a realização da tarefa, como o modo de tomada de decisão, os de trabalho e suas relações com funções de mesma posição hierárquica ou não, o funcionamento ergonomista pode melhor identificar e compreender repartições de tarefas, o funcionamento das equipes eventuais problemas de informações incompletas ou faltantes advindas de falhas de projeto completadas pelo ponto de vista do operador sobre os resultados produzidos” (1998). Ou seja, além da Além disso, RABARDEL et al chamam a atenção para que “as observações deverão sempre ser organizacional, dentre outros. do ponto de vista daqueles que falam dele, e sobretudo do ponto de vista daquele que o realiza verbalizar suas atividades. As verbalizações “auxiliam o ergonomista a abordar o trabalho do operador observação do campo, é necessária a participação dos atores da situação de trabalho, que deverão concretamente”, evidenciando ainda mais as divergências entre prescrito e real do ponto de vista de AET, no sentido de que cada condição de trabalho analisada é peculiar, no limite pela própria unicidade Uma última observação merece ser feita com relação ao caráter singular do objeto de estudo da quem vivencia essas diferenças. de cada indivíduo – numa abordagem totalmente oposta ao projeto organizacional da escola clássica ou seja, nem sempre é viável projetar trabalhos totalmente particulares. Após esse breve panorama da ergonômica sofre da tensão entre o projeto genérico e as particularidades de cada situação de trabalho, que, como vimos, toma o trabalho e o trabalhador como “médias”. Obviamente a intervenção apresentarmos as características da OQ. AET, passamos a discutir a crise do modelo organizacional taylorista-fordista, para, na seqüência,

5 ANALISE ERGONOMICA DO TRABALHO - AET
Abordagem Tradicional Baseia-se no estudo dos movimentos corporais do ser humano, necessários para executar uma tarefa, e na medida do tempo gasto em cada um desses movimentos; A seqüência dos movimentos necessários para executar a tarefa é baseada em uma série de princípios de economia de movimentos, sendo que o melhor método é escolhido pelo critério do menor tempo gasto; O desenvolvimento do melhor método é feito geralmente em laboratório de engenharia de métodos, onde os diversos dispositivos, materiais e ferramentas, são colocados em posições mais convenientes, baseados em critérios empíricos e em experiências pessoais dos próprios analistas de métodos.

6 ANALISE ERGONOMICA DO TRABALHO - AET
Abordagem Ergonômica Conhecimentos sobre o comportamento do ser humano em atividade de trabalho; Discussão dos objetivos do estudo com o conjunto das pessoas envolvidas; Aceitação das pessoas que ocupam o posto a ser analisado; Esclarecimento das responsabilidades.

7 ANALISE ERGONOMICA DO TRABALHO - AET
Levantamento de dados: Consiste na pesquisa de variáveis relacionadas as atividades desenvolvidas pelo ser humano, na realização de uma determinada tarefa.

8 ANALISE ERGONOMICA DO TRABALHO - AET
FUNDAMENTOS CONCEITUAIS: Tarefa: é aquilo que a organização do trabalho estabelece ou prescreve para o trabalho a ser realizado. Atividade: é aquilo que o sujeito realmente faz para atingir os objetivos prescritos.

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10 O estudo ergonômico do posto de trabalho comporta três fases:
Análise da demanda: é a definição do problema a ser estudado, a partir do ponto de vista dos diversos participantes sociais envolvidos; Análise da tarefa: análise das condições ambientais, técnicas e organizacionais de trabalho; Análise das atividades: análise dos comportamentos do ser humano no trabalho (gestuais, informacionais, regulatórios).

11 ANALISE ERGONOMICA DEMANDA
É o ponto de partida de toda análise ergonômica do trabalho; Permite delimitar o problema a ser abordado em uma análise ergonômica; Permite a definição de um contrato e delimitação da intervenção (prazos, custos, acesso às diversas áreas da empresa, informações e pessoas); Permite a definição de um plano de intervenção.

12 ANALISE ERGONOMICA DO TRABALHO
Hipóteses em Ergonomia: Podem ser formuladas a partir da análise da demanda; Ao nível global da situação de trabalho; Ao nível das componentes do sistema humano-tarefa considerado; De fato, elas orientam o planejamento da AET.

13 ANALISE ERGONOMICA DA TAREFA
As técnicas empregadas na análise ergonômica da tarefa, baseiam-se na análise de documentos, em observações sistemáticas, entrevistas com as diversas pessoas envolvidas (direção, gerentes, supervisores e trabalhadores) e nas medidas realizadas sobre o ambiente de trabalho.

14 ANALISE ERGONOMICA DA TAREFA
Níveis de tarefa (segundo Poyet, 1990): Tarefa prescrita: É o conjunto de objetivos, procedimentos, métodos e meios de trabalho, fixados pela a organização aos trabalhadores. Tarefa induzida ou Redefinida: É a representação que o trabalhador elabora da tarefa, a partir dos conhecimentos que ele possui das diversas componentes do sistema homem-tarefa. Tarefa atualizada: Em função dos imprevistos e das condicionantes da situação de trabalho, o indivíduo modifica a tarefa induzida às especificidades desta situação, atualizando, assim, a sua representação mental referente ao que deveria ser feito.

15 ANALISE ERGONOMICA DA TAREFA
Delimitação do sistema ser humano-tarefa: Definição da missão do sistema; Definição do perfil do sistema; Identificação e descrição das funções do sistema e sub-sistemas; Estabelecimento de normas; Atribuição de funções aos humanos e às máquinas.

16 ANALISE ERGONOMICA DA TAREFA
Descrição das componentes do sistema humano- tarefa: - Precisar o tipo de intervenção ergonômica e as diversas áreas envolvidas; Identificar os grandes processos (os modos operativos); Preparar planos de enquete (questionários, protocolos verbais, levantamentos posturais, etc.); Diagnosticar disfunções evidentes.

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18 ANALISE ERGONOMICA DA TAREFA
Dados referentes ao ser humano: Trabalhador que intervém no posto e seu papel no sistema de produção; Formação e qualificação profissional; Número de trabalhadores trabalhando simultaneamente sobre cada posto e regras de divisão de tarefas (quem faz o que?); Número de trabalhadores trabalhando sucessivamente sobre cada posto e regras de sucessão (horários, modos de alternância de equipes); Características da população: idade, sexo, forma de admissão, remuneração, estabilidade no posto e na empresa, absenteísmo;

19 ANALISE ERGONOMICA DA TAREFA
Dados referentes às condições técnicas-máquina: Estrutura geral da máquina (ou das máquinas); Dimensões características (croqui, foto, fluxo de produção); Órgãos de comando da máquina; Órgãos de controle da máquina; Princípios de funcionamento da máquina (mecânico, elétrico, hidráulico, pneumático, eletrônico,...); Problemas aparentes na máquina; Aspectos críticos evidentes na máquina.

20 ANALISE ERGONOMICA DA TAREFA
Dados referentes às condições ambientais: O espaço e planos de trabalho; O ambiente térmico; O ambiente acústico; O ambiente luminoso; O ambiente vibratório; A qualidade da ar.

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22 ANALISE ERGONOMICA DA TAREFA
Dados referentes às condições organizacionais: Repartição de funções entre os diferentes postos; O arranjo físico das máquinas e sistemas de produção; A estrutura das comunicações; Os métodos e procedimentos de trabalho; As modalidades de execução do trabalho (horários, equipes, normas de produção, modo de remuneração) As modalidades de planificação e de tomada de decisão.

23 ANALISE ERGONOMICA DA ATIVIDADE
Considerações gerais sobre as atividades: A atividade de trabalho é a mobilização total do indivíduo, em termos de comportamentos, para realizar uma tarefa que é prescrita; Trata-se, então, da mobilização das funções fisiológicas e psicológicas de um determinado indivíduo, em um determinado momento;.

24 ANALISE ERGONOMICA DA ATIVIDADE
A parte observável da atividade (sensório-motora) pode ser evidenciada pelo conjunto de ações de trabalho que caracteriza os modos operativos; A parte não observável (mental) pode ser caracterizada pelos processos cognitivos: sensação, percepção, memorização, tratamento de informação e tomada de decisão.

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26 "Grandes realizações não são feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizações."

27 "Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante.“ Albert Schwweitzer ( Nobel da Paz )


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