Carregar apresentação
A apresentação está carregando. Por favor, espere
PublicouJhenifer Spliethoff Alterado mais de 2 anos atrás
1
Aux. NECROPSIA Profª MSc. Jhenifer Spliethoff
2
Tanatologia Conceito É o estudo da morte, as consequências, além de outros aspectos relacionados aos fenômenos cadavéricos e ao momento estimado em que ocorreu o óbito.
3
Tanatologia Morte: É definida pela morte do encéfalo. OBS: Não confundir com morte cerebral. 1- cérebro (região que abriga a consciência e a vontade); 2- cerebelo (controla o equilíbrio e a coordenação motora); 3- ponte (possui importante centros nervosos); 4- bulbo (formado por centros cardiorrespiratórios)
4
Morte súbita Tanatologia É a morte instantânea e sem causas manifestas, em que não há tempo de atendimento. (atinge pessoas em aparente estado de boa saúde)
5
Possibilita sobrevivência de poucas horas, permitindo alguma forma de providência. Tanatologia Morte mediata
6
Se arrasta por dias ou semanas, ocorre paulatinamente, num tempo relativamente longo. Tanatologia Morte agônica
7
Há relação de causa e efeito entre agressão e a morte. Tem origem por ação externa nas quais se incluem o homicídio, o suicídio e o acidente. Tanatologia Morte violenta
8
(Morte por antecedentes patológicos) – decorrente de um estado mórbido adquirido ou de uma perturbação congênita. Tanatologia Morte natural
9
Ocorre de forma duvidosa e sobre a qual não se tem evidência de ter sido de causa natural ou de causa violenta. Tanatologia Morte suspeita
10
Divisão da tanatologia forense que analisa a realidade da morte através dos fenômenos cadavéricos, os quais aparecem após o óbito. O diagnóstico da morte por meio dos fenômenos cadavéricos será mais difícil quanto mais próximo o momento do óbito. O fenômenos podem ser: Abióticos Imediatos e Consecutivos Transformativos Destrutivos e transformadores Tanatognose Conceito:
11
Imediatos (Sinais de incerteza) Parada da circulação: palpação das artérias, ECG, fundo dos olhos, prova de icard (fluoresceína) Tanatognose Abióticos ou avitais :
12
Imediatos (Sinais de incerteza) Parada da respiração: Prova de Winslow – práticas antigas insistia colocar espelho, vela acesa, copo com água sobre o tórax. Tanatognose Abióticos:
13
Imediatos (Sinais de incerteza) Perda de consciência Tanatognose Abióticos:
14
Imediatos (Sinais de incerteza) Perda da sensibilidade: cessação da sensibilidade, sensações táteis, térmicas e dolorosas. Pinçamento dos mamilos, constituindo -se no sinal de Josat. Uso de amoníaco mucosas nasais Tanatognose Abióticos:
15
Imediatos (Sinais de incerteza) Abolição da mobilidade e do tônus muscular: Fácies hipocrática, relaxamento dos esfíncteres, dilatação das pupilas (midríase), inexcitabilidade elétrica, prova de Rebouillat. Tanatognose Abióticos:
16
Consecutivos (Sinais de certeza) Desidratação cadavérica - evaporação tegumentar: Perda de peso, dessecamento da pele e das mucosas bucais e modificação dos glóbulos oculares (formação da tela viscosa - evaporação da lágrima, enrugamento da córnea e mancha negra da esclerótica - sinal de Sommer e Larcher – surge após 3h e fixa-se em 7h) Tanatognose Abióticos:
17
Consecutivos (Sinais de certeza) Tanatognose Abióticos: Resfriamento cadavérico / algidez cadavérica (algor mortis): Condições ambientais Superfície Características do indivíduo Tipo de morte (bactérias).
18
Consecutivos (Sinais de certeza) Tanatognose Abióticos: Manchas de hipóstase / livor cadavérico (livor mortis): Trata-se de um fenômeno físico decorrente dos elementos sólidos do sangue, sendo manifestado por machas arroxeadas na pele, que se fixa na parte mais baixa do corpo (maior declive), em razão da força da gravidade. 6 horas – (manchas generalizadas);
19
Consecutivos (Sinais de certeza) Tanatognose Abióticos: Rigidez cadavérica (rigor mortis): Fenômeno químico, decorrente escassez de oxigênio e acúmulo de ácido lático nas células, que provoca contração dos músculos à custa de células que ainda estão vivas. mandíbula – tórax – braços – abdômen – pernas (Lei de Nystem Sommer)
20
Consecutivos (Sinais de certeza) Tanatognose Abióticos: Rigidez cadavérica (rigor mortis): Na cronologia da morte, temos o seguinte: - menos de 2 horas - flacidez muscular generalizada; mais de 2 horas - mandíbula endurecida (não se consegue fechar nem abrir a boca do cadáver); - entre 6 e 8 horas – rigidez completa. A rigidez total vai até o inicio do estado de putrefação que se instala em média após as 24horas da morte.
21
Consecutivos (Sinais de certeza) Tanatognose Abióticos: Espasmo cadavérico (rigidez cadavérica cataléptica / plástica): Se caracteriza por uma rigidez abrupta, generalizada e violenta, sem o relaxamento muscular que precede a rigidez comum, pela qual a vítima se mantém na última posição antes de morrer.
22
Fenômenos cadavéricos Transformadores e Conservadores: Tanatognose Transformativos: São manifestações que possuem valor absoluto, decorrentes da destruição dos tecidos que compõem o organismo (destrutivos), ou que impedem a decomposição do cadáver, mantendo sua forma (conservadores).
23
Fenômenos cadavéricos Conservadores: Tanatognose Mumificação: Provocada : Embalsamento Espontânea: Ambiente quente, seco e arejado Transformativos:
24
Fenômenos cadavéricos Conservadores: Tanatognose Saponificação ou adipocera: Cadáver de uma vítima obesa é submetido a um ambiente pouco ventilado, quente, de solo argiloso e úmido, transformando-o em uma substância especial denominada adipocera, de consistência untuosa, mole e com aspecto de sabão ou cera Transformativos:
25
Fenômenos cadavéricos Conservadores: Tanatognose Calcificação (litopédio): É um processo de petrificação ou calcificação do corpo do cadáver que atinge geralmente os fetos retidos na cavidade abdominal em virtude da rotura da gestão tubária, onde é submetido por uma incrustação de sais de cálcio, adquirindo uma aparência pétrea. Transformativos:
26
Fenômenos cadavéricos Conservadores: É um processo muito raro que já foi observado em cadáveres que, submetidos ao contato com urnas metálicas com zinco na composição, apresentam a pele ressecada e endurecida, semelhante a um couro curtido. Tanatognose Corificação: Transformativos:
27
Fenômenos cadavéricos Conservadores: Tanatognose Congelação: Um cadáver submetido à baixíssima temperatura e por tempo prolongado vai se conservar integralmente por muito tempo. Transformativos:
28
Fenômenos cadavéricos Conservadores: Tanatognose Fossilização: Tafonomia é um termo usado entre arqueólogos e paleontólogos para designar o estudo da transição dos restos biológicos a partir da morte até a fossilização. Transformativos:
29
Fenômenos cadavéricos Destrutivos: Tanatognose Autólise: Processo de destruição celular, caracterizado por uma série de fenômenos fermentativos Anaeróbicos que se verifica na intimidade da célula, motivados pelas próprias enzimas celulares e que levam à destruição do corpo humano logo após a morte. Transformativos:
30
Fenômenos cadavéricos Destrutivos: Tanatognose Maceração: Corpo em meio líquido Séptica – com germes Asséptica – sem germes Transformativos:
31
Fenômenos cadavéricos Destrutivos: Tanatognose Putrefação: Processo de decomposição do corpo em virtude da ação das bactérias saprófitas, fungos e outros organismos que convivem com o ser humano, o qual gera uma grande quantidade de gases, após 24 horas do óbito. 1º Mancha verde 2º Gasoso 3º Coliquativo 4º Esqueletização Transformativos:
32
Fenômenos cadavéricos Destrutivos: Putrefação: Tanatognose Fase cromática/coloração (mancha verde abdominal) Transformativos:
33
Na cronologia da morte temos que a mancha verde abdominal surge após as 24 horas da morte. Assim, também será observado que a musculatura da mandíbula já está flácida, os membros inferiores já estão começando a entrar em flacidez e os livores estão fixos.
34
Fenômenos cadavéricos Destrutivos: Putrefação: Tanatognose Fase gasosa (enfisematosa): Decorrente da manifestação de gases que surgem do interior do corpo humano, em virtude da ação das bactérias Saprófitas. Transformativos:
35
Fenômenos cadavéricos Destrutivos: Putrefação: Tanatognose Fase coliquativa (redutora / liquefação) : tecidos amolecidos (putrilagem) pela fase gasosa se desfazem (dissolução pútrida) por ação de bactérias e da fauna cadavérica (larvas de insetos) Transformativos:
36
Fenômenos cadavéricos Destrutivos: Putrefação: Tanatognose Fase de esqueletização: Nessa fase os ossos estão presos apenas por alguns ligamentos. Transformativos:
37
Cronotanatognose (estimativa do tempo da morte) Estuda o decurso de tempo constatado nas diversas fases do cadáver, bem como o momento aproximado em que ocorreu o óbito. Considerando que os fenômenos cadavéricos não obedecem uma marcha exata, estando sujeitos a fatores extrínsecos, teremos um diagnóstico aproximado do momento da morte, tendo como base os referidos fenômenos, além de outros fatores relacionados com o tempo decorrido desde a morte, que auxiliam na definição do momento em que esta ocorreu.
38
Resfriamento cadavérico - nas 3 primeiras horas há uma queda de 0,5 °C e a partir da 4ª hora, passa a uma queda de 1 °C por hora, até que haja equilíbrio com a temperatura ambiente, que ocorre em cerca de 12 horas após a morte. Rigidez Cadavérica – inicia face, nuca e mandíbula (entre 1h e 2h); nos músculos torácico (entre 2h e 4h); membros superiores (entre 4h e 6h); membros inferiores (entre 6h e 8h). A rigidez desaparece gradativamente, seguindo a mesma ordem de seu aparecimento, cedendo lugar a flacidez muscular, após o transcurso de 24h a 48h. Mancha de hipóstase (Livores) - surgem habitualmente entre 2h e 3h após a morte, fixando-se definitivamente entre 8h e 12h Mancha Verde Abdominal - surge entre 18h e 24h após a morte, estendendo-se progressivamente por todo o corpo entre o 3° e 5° dia Gases de putrefação – surgem após 1° dia, não sendo inflamáveis, passando a ser inflamáveis entre o 2° e o 4° dia, retornado a não ser inflamável a partir do 5° dia.
39
Cristais no Sangue Putrefeito - podem ser encontradas a partir do 3° dia pos morte, no sangue putrefato, podendo permanecer até o 35° dia Crescimento dos Pelos da Barba – nos homens, mesmo após a morte, os pelos da barba continuam crescendo, em uma razão de 21 milésimos de milímetros por hora. Nesse sentido, sabendo o horário exato em que o indivíduo se barbeou, poderá se determinar o tempo decorrido após a morte. Conteúdo Estomacal – não obstante as variações digestivas de cada pessoa e o tipo de alimento ingerido, em linhas gerais, um alimento pesado leva cerca de 5h a 7h para uma digestão completa, uma alimentação média, leva em torno de 3h e 4h, enquanto uma refeição leve é digerida entre 1h30 e 2h. Fauna cadavérica: a entomologia médico-legal estuda a evolução dos insetos e de outros artrópodes na estimativa do tempo de morte
40
Fundo de olho: com a paralisação da circulação dos vasos da retina, observam- se, ao exame de fundo de olho: a fragmentação da coluna sanguínea (2 horas post mortem), o aparecimento do anel isquêmico perivascular (5 horas post mortem) e o desaparecimento dos vasos sanguíneos começando pelas arteríolas, vênulas, artérias até as veias (25 horas post mortem). 1 Até 2h - corpo flácido, quente e sem livores; 2 Entre 2h e 4h -rigidez de nuca e mandíbula, início dos livores, alterações oculares (fundo de olho) 3 Entre 4h e 6h - rigidez de membros superiores, nuca e mandíbula, livores, alterações oculares (fundo de olho) 4 Entre 8h e 16h -rigidez generalizada, manchas de hipóstases, alterações oculares (fundo de olho)
41
5 Entre 16h e 24h -rigidez generalizada, início da mancha verde abdominal, alterações oculares (fundo de olho) 6 Entre 24h e 36h – início da flacidez corpórea, mancha verde abdominal, alterações oculares (fundo de olho) 7 Entre 48h e 72h – disseminação da mancha verde, fase gasosa, alterações oculares (fundo de olho) 8 Entre 72h e 96h - fundo de olho irreconhecível 9 Entre 2anose 3 anos - desaparecimento das partes moles do corpo e presença de insetos 10 Mais de 3 anos – esqueletização completa.
42
Outros pontos relacionados ao assunto Lesões vitais e pós-mortais O diagnóstico que busca diferencia as lesões produzidas em face da vítima viva ou depois da morte, é de suma importância para possibilitar a elucidação de muitas questões que possam surgir como decorrência das mais diversas modalidades de traumas, mortais ou não, proposital ou acidentalmente. Atenção: A cronologia relacionada as lesões pode ser verificada de acordo com as seguintes etapas: 1- lesões produzidas bem antes da morte; 2-lesões produzidas imediatamente antes da morte; 3- lesões produzidas logo após a morte; 4- lesões produzidas certo tempo depois da morte.
43
Inumação e Exumação Inumação consiste no sepultamento do cadáver, desde que seja confirmada a realidade da morte e após registro do atestado de óbito nos cartórios. Por outro lado, a exumação é o ato de desenterrar um cadáver atendendo aos reclamos da Justiça, para averiguar uma causa de morte passada despercebida, esclarecer um detalhe, confirmar um diagnóstico ou uma identificação. Atenção: dispõe o Art. 67 da LCP. “inumar ou exumar cadáver, com infração das disposições legais: Pena – prisão simples, de um mês a um ano, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.” Atenção: dispõe o Código de Processo Penal em seu Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.
44
Premoriência e Comoriência Tais conceitos são importantes nas situações de mortes muito próximas, em que há necessidade de estabelecimento de sequência, com fins sucessórios. O primeiro caso ocorre quando há uma sequência de morte estabelecida, ou seja, “A” morreu antes de “B”. Já no segundo caso não se consegue precisar, presumindo simultaneidade de mortes, caso mais comum, pois na maioria das vezes não é possível a determinação da sequência de eventos.
Apresentações semelhantes
© 2025 SlidePlayer.com.br Inc.
All rights reserved.