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CURSO INTRODUTÓRIO SOBRE OS UNIVERSAIS NA IDADE MÉDIA

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Apresentação em tema: "CURSO INTRODUTÓRIO SOBRE OS UNIVERSAIS NA IDADE MÉDIA"— Transcrição da apresentação:

1 CURSO INTRODUTÓRIO SOBRE OS UNIVERSAIS NA IDADE MÉDIA
01 – Breve introdução ao problema dos Universais na Idade Média Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

2 O problema dos universais na Idade Média
Introdução O problema dos universais na Idade Média é um problema real que tem suas ramificações dentro da filosofia analítica contemporânea; esse elemento pode ser atestado pela seguinte passagem de Marcuse: “Longe de ser apenas uma questão abstrata de epistemologia, ou uma questão pseudoconcreta de linguagem e de seu uso, a questão do estatuto dos universais está no próprio centro do pensamento filosófico” (MARCUSE, Herbert. A Ideologia da sociedade industrial. Trad. Giasone Rebuá. Rio de Janeiro: Zahar, 1978, p. 191); Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

3 O problema dos universais na Idade Média
para efetivamente entendermos o problema dos universais em sua plenitude especulativa temos de formar uma base teórica que nos possibilite tramitar pelos autores e temáticas de uma forma livre; nesse sentido faz-se necessário um caminho preparatório, a saber, a contextualização e apresentação do pensamento dos autores envolvidos e o esclarecimento das terminologias a serem adotadas; Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

4 O problema dos universais na Idade Média
O problema na Idade Média o conteúdo central do problema dos universais na Idade Média gira em torno do estatuto ontológico dos universais, ou seja, trata e investiga a possibilidade da existência ou não-existência dos universais; o caminhar da pergunta acerca do estatuto ontológico nos remete a mais algumas questões: admitindo-se que os universais existem, que tipo de existência eles possuem, ou seja, se existem a sua existência é real ou simplesmente mental? Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

5 O problema dos universais na Idade Média
No medievo estabelece-se através das investigações de Porfírio: ao pensar e formular o problema, Porfírio traça um caminho argumentativo: ao tecer um comentário sobre as vozes do Livro I dos Tópicos de Aristóteles, Porfírio entende não mais as quatro, afirmadas pelo mestre Estagirita, mas cinco; nesse sentido os gêneros e as espécies deveriam ser entendidos como universais; Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

6 O problema dos universais na Idade Média
sobre os universais o próprio Porfírio fala: “Antes de mais, no que se refere aos gêneros e às espécies, a questão é saber se eles são realidades em si mesmas, ou apenas simples concepções do intelecto, e, admitindo que sejam realidade substanciais, se são corpóreas ou incorpóreas, se enfim, são separadas ou se apenas subsistem nos sensíveis e segundo estes”. Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

7 O problema dos universais na Idade Média
a forma de Porfírio pensar pode ser resumida através de um esquema desenvolvido por Leite Júnior, reproduzido abaixo: Quanto aos universais (gêneros e espécies): 1 – ou são realidades subsistentes: A) corporais; B) incorporais: B – 1) separadas das cosias sensíveis; B – 2) situadas nas coisas sensíveis; 2 – ou são simples concepções do intelecto. Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

8 O problema dos universais na Idade Média
por entender que o tema era muito complexo e seus escritos eram meramente introdutórios, Porfírio absteve-se, textualmente, de apresentar uma solução ao problema; do esquema desenvolvido por Porfírio podemos derivar algumas das variações que o problema irá assumir ao longo das discussões da Idade Média; Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

9 O problema dos universais na Idade Média
uma primeira derivação pode ser expressa através do seguinte esquema didático: sobre a pergunta inicial de Porfírio (os universais são entidade em si mesmas ou apenas concepções do intelecto?) temos duas posições: a) ou os universais são coisas (res) que existem independentes de nossa mente; b) ou os universais são conceitos (conceptus) ou ainda palavras (voces), que dependem do intelecto humano. Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

10 O problema dos universais na Idade Média
essas duas posições nos remetem ás duas primeiras posições acerca do problema, a saber: a vertente platônica e a vertente aristotélica, respectivamente; contudo, o problema não para somente nessas posturas, outra derivação pode ser retirada da própria concepção dos termos gênero e espécie, do que se entende por universal, ou seja, uma vertente lingüística é introduzida á problematização de cunho ontológico; essa adoção de aspectos semânticos dentro da discussão ontológica acontece tendo em vista a ambigüidade do termo quando confrontamos os textos de Aristóteles e de Porfírio; Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

11 O problema dos universais na Idade Média
nesse sentido o problema dos universais passa a remeter a dois aspectos, um lógico e outro ontológico, tal derivação deve-se ao fato de que para Aristóteles a definição de universal, além do cunho ontológico, tem uma noção lógica de predicação, ou seja, eles podem ser aplicados tanto às palavras quanto às coisas; no fundo a questão fundamental acerca dos universais guarda como pano de fundo de sua problematização a pergunta acerca de sua existência, que esta existência seja pensada ou seja real; Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

12 O problema dos universais na Idade Média
independentemente de qual faceta do problema possamos abordar, indubitavelmente nos depararemos com a problemática ontológica, nesse sentido teremos algumas tipologias específicas das posições medievais sobre o tema, a saber: Realismo Nominalismo Conceptualismo (conceitualismo) Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

13 O problema dos universais na Idade Média
realismo, que pode ser assim matizado: realismo extremo, realismo platônico ou realismo grosseiro (os universais têm uma existência real, separada, anterior e independente das coisas sensíveis – universais = entidade ante rem); realismo moderado (os universais têm uma existência real que é identificada com uma essência comum que é compartilhada e presente apenas nas coisas sensíveis, ou seja, os universais existem somente nas coisas e não anteriormente ou independente delas – universais = entidade in re). Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

14 O problema dos universais na Idade Média
nominalismo - aqui temos vários posicionamentos e matizações como ocorreram com o realismo, a saber: características básicas do nominalismo: rejeição completa da existência de qualquer entidade universal extramental, seja anterior às coisas, seja enquanto realidade nas coisas; e afirmação de que na realidade extramental há unicamente os indivíduos singulares; nominalismo extremo, nega a existência dos universais tomando-os como flactus vocis, meras emissões da voz – universais = entidades que não são mais do que o significado dos nomes [nominum significatio]; segunda posição, nega qualquer existência real do universal tomando-o como um conceito da alma, enquanto sinal (signo, nome ou termo) através do qual designam-se os vários indivíduos que compõem a realidade – universal = sinal lingüístico mental, dotado da capacidade de ser predicado de muitas coisas. Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

15 O problema dos universais na Idade Média
conceptualismo, posição híbrida que mescla elementos tanto do realismo quanto do nominalismo: os universais existem somente enquanto conceitos universais em nossa mente, são idéias abstratas e por isso possuem esse obiectum; os universais não são entidades reais ou tampouco mero nomes usados para designar entidades concretas; universais = conceitos gerais Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB

16 O problema dos universais na Idade Média
cada uma dessas tipologias engloba um inúmero de teorias que guardam alguns aspectos similares, mas de forma alguma podemos tomá-las de forma rígida ou mesmo definitiva. Prof. Dr. Anderson D'Arc Ferreira - UFPB


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