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PublicouNicholas Ines Alterado mais de 10 anos atrás
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Aula 9 Teoria do Conhecimento Profa. MSc. Daniela Ferreira Suarez
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Objetivos Propiciar ao estudante a compreensão do fenômeno do conhecimento e os problemas nele contidos, convidando o aluno a adentrar no terreno da teoria do conhecimento para um exame dos principais paradigmas epistemológicos elaborados ao longo da história da humanidade.
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Enquanto os povos antigos só se interessavam pelo mundo em que viviam como uma janela para entender todo o universo, os gregos criaram as diversas disciplinas e a filosofia. As disciplinas, ou conhecimentos específicos como a geometria, a aritmética, a astronomia, foram um passo decisivo na busca da compreensão dos princípios que movem o mundo e as coisas. Já se tratava de uma ruptura profunda com o mundo mítico, onde as explicações ocorriam pela intervenção dos deuses ou das forças sobrenaturais. Deram às ideias sobre o que se deve ou não se deve fazer o nome de ética, ramo da filosofia que estabelece os critérios de virtude, os valores de bem e mal do comportamento humano, fundamentando os padrões morais da sociedade.
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A filosofia, o “amor pelo conhecimento” surgia como a sistematização das informações adquiridas pelas diversas disciplinas organizadas de modo a explicar o mundo e a sua relação com o homem. Assim, surgia uma nova maneira de pensar “o porquê” e o “para que” das coisas. Surgiu um saber mais desligado das atividades religiosas, ao qual se dedicavam homens não necessariamente responsáveis pelos cultos religiosos. Surgiram os sábios, homens cuja atividade era desvendar os segredos do mundo e do universo. Deu-se o nome de milagre grego a este salto do conhecimento humano sobre si e a natureza, em que se abandonou a explicação mítica e o principio da interferência das forças sobrenaturais nos destinos do homem, para dirigir-se à obtenção do saber por meio da abstração dirigida pela razão
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A expansão comercial e colonizadora do período arcaico pôs o homem grego em contato com outras culturas. Em todos esses momentos de transformação social e econômica, o pensamento racional era cada vez mais exigido para anteceder a ação. A consciência individual crescia à medida que o homem grego constatava que o destino é uma construção humana e não obra dos deuses e dos rituais míticos.
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O fim desse processo é o abandono da estrutura mítica para a explicação do mundo e a procura de explicações científicas e filosóficas para os fenômenos humanos, antes considerados propriedade exclusiva de forças transcendentes. Enquanto a sociedade comercial e manufatureira desenvolvida pelos gregos perdurou através do Império Romano, a razão esteve a serviço do homem e da sociedade. Porém, após a queda do Império, quando a Europa retorna à estrutura de uma sociedade agrária e teocrática, que submete a razão e a filosofi a à teologia, a razão deixa de ser a melhor forma de explicação do mundo. Durante a Idade Média, período de grande poder da Igreja Católica, a razão passou a ser considerada um instrumento auxiliar da fé. A Igreja Católica usava a razão (inicialmente pelos ensinamentos de Platão, depois com os ensinamentos de Aristóteles) como forma de manter seu poder e divulgar a fé.
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No Renascimento, entretanto, o homem volta aos textos antigos e redescobre o prazer de investigar o mundo, descobrir as leis de sua organização como atividade com valor em si mesma, independente de suas implicações religiosas e metafísicas. Aprimoraram-se as técnicas e os utensílios de medição, e a imprensa e os demais meios de comunicação levaram a uma transmissão cada vez maior de informações e de saber. No seio desse movimento de ideias, surgiu no século XIX uma ciência nova – a sociologia, a ciência da sociedade. O surgimento da sociologia significou o aparecimento da preocupação do homem com o seu mundo e a sua vida em grupo, numa nova perspectiva, livre das tradições morais e religiosas. A constituição desse campo do conhecimento significou, antes de mais nada, que as relações entre os homens mereciam ser conhecidas e formuladas por uma nova forma de linguagem e discurso - o científico -, o qual, na sociedade moderna, adquiriu o estatuto de “verdade”.
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