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Incidência de enterocolite necrosante associada ao uso de Lactobacillus GG em recém-nascidos de muito baixo peso R Luoto, J Matomäki, E Isolauri, L Lehtonen.

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1 Incidência de enterocolite necrosante associada ao uso de Lactobacillus GG em recém-nascidos de muito baixo peso R Luoto, J Matomäki, E Isolauri, L Lehtonen Acta Paediatrica , pp – 1138 Apresentação: Marília Aires Coordenação: Mauro Proença Bacas Unidade de Neonatologia do HRAS/SES/DF Brasília, 20/8/2010

2 1. Introdução Enterocolite necrosante (ECN) é uma das morbidade mais imprevisível dos prematuros, e uma das principais causas de morbimortalidade em UTIN's Fisiopatologia multifatorial: Imaturidade intestinal (funcional e microbiota); Resposta pró-inflamatoria exacerbada Imaturidade na resposta protetoras a antígenos (NPT-nutrição parenteral total- e bactérias comensais) Interesse clinico: manipulação da microbiota com probióticos

3 Objetivo: avaliação retrospectiva do impacto do uso de Lactobacillus GG em prematuros de muito baixo peso

4 2. Métodos Uso de Lactobacillus GG associado a dieta integral no Hospital Universitário de Turku, Finlândia, desde 1997 (após casos de Klebsiella oxytoca) Probiótico 1 x dia 5 UTINs nível terciário na Finlândia: 1 com uso padrão de probiótico 3 com uso sob demanda 1 sem uso As 5 usam leite materno

5 ECN em RN com P<1500 ou Ig<30s
Estudo retrospectivo Critério de inclusão ECN em RN com P<1500 ou Ig<30s Períodos entre e Casos revisados e reclassificados como ECN segundo critérios da Vermont Oxford Network Critérios clínicos e radiológicos (classificação de Bell), achados cirúrgicos e posmorten Perfurações intestinais sem ECN foram classificadas a parte

6 3. Estatística ANOVA (Análise de variância)
Diferenças estatisticamente significativas se p<0,05

7 4. Resultados Incidência entre 1987-1996 nas Unidades:
7,9% - 4,8% - 2,5% - 6,7% - 5,1% Incidência entre nas unidades: 4,1% - 4,6% - 0,3% - 8,3% - 3,1% Segundo critérios de VON (Vermont Osfoxd Network) Incidência de ECN maior no hospital com uso irrestrito de probiótico e menor com uso sob demanda

8 A incidência de ECN foi maior no hospital com uso irrestrito de probiótico e menor com uso sob demanda Tabela1

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10 Tabela 2 Uso de probióticos não influencia:
a idade de aparecimento da doença, necessidade de cirurgia, incidência de perfuração intestinal óbito por ECN Tabela 2

11 4. Discussão Estudo mostrando 12 anos de experiência com uso de probiótico profilático Resultados mostraram falha do probiótico quanto a proteção da ECN – resultado contrários a trabalhos anteriores Incidência média dos centros estudados são semelhantes ao de outros países (5 – 10%) Mortalidade não diferiu entre os centros Recém-nascidos pré-termos são predispostos ao desenvolvimento de ECN: imaturidade anatômica, funcional e humoral

12 Entretanto estudo atual mostra o contrário:
Justificativa para uso de probióticos: algumas cepas de probióticos inibem competitivamente o crescimento de patógenos Entretanto estudo atual mostra o contrário: Resposta a sua introdução dependente do timming Diferença entre os probióticos e as doses Diferenças nas microbiotas de base devido leite materno Dificuldade de alimentar (e assim administrar probióticos), em RN graves Diferenças nos diagnósticos e no modo de tratamento entre os centros

13 Pontos fortes do trabalho:
Uso sistemático em apenas 1 centro e desde 1997 (melhor comparação) Coorte grande de pacientes Pesquisa abrangendo 20 anos Critérios bem definidos e duplamente checados a partir do uso da Vermont Oxford Network

14 6. Conclusão Estudo falhou em mostrar proteção contra ECN para o uso de probióticos Necessários mais estudos incluindo outras cepas de probióticos, doses e timing diferentes

15 Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto Consultem:
:: 7o Simpósio Internacional de Neonatologia do Rio de Janeiro (24 a 26/6/2010): Enterocolite necrosante: considerações clínicas e cirúrgicas Autor(es): Josef Neu (EUA). Realizado por Paulo R. Margotto Nutrição do Recém-nascido prematuro. Autor(es): Carlos Alberto Bhering (RJ).Realizado por Paulo R. Margotto

16 Enterocolite necrosante Autor(es): Martha G. Vieira, Paulo R. Margotto
Os probióticos são microorganismos vivos que, administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. São, por natureza, não patogênicos, resistem ao processamento técnico e à passagem pelo estômago e bile; são capazes de aderir ao epitélio intestinal, colonizar por algum tempo o trato digestivo, produzir substâncias antimicrobianas, modular a resposta imune e influenciar atividades metabólicas humanas (assimilação de colesterol, síntese de vitaminas...) A maioria dos probióticos estudados pertencem aos gêneros Lactobaccilus, Bifidobacteria e Sacharomyces, além do Streptococcus thermophilu. Tem sido demonstrado que seu uso em prematuros aumenta a resposta da mucosa à IgA e a produção de citocinas anti-inflamatórias, melhora a barreira protetora e diminui a permeabilidade da mucosa intestinal. O padrão de colonização pode ser favoravelmente influenciado pelos probióticos, que excluem competitivamente os microorganismos patogênicos do trato digestivo. Estudos vêm apontando para seu benefício na prevenção da ECN e na menor intensidade do quadro, quando ocorre. Embora seu efeito benéfico já esteja comprovado em pesquisas com animais, maiores estudos garantindo a eficácia de probióticos específicos e a segurança do seu uso a curto e longo prazo em recém nascidos prematuros necessitam ser feitos.

17 Os probióticos são microorganismos vivos que, administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. São, por natureza, não patogênicos, resistem ao processamento técnico e à passagem pelo estômago e bile; são capazes de aderir ao epitélio intestinal, colonizar por algum tempo o trato digestivo, produzir substâncias antimicrobianas, modular a resposta imune e influenciar atividades metabólicas humanas (assimilação de colesterol, síntese de vitaminas...) A maioria dos probióticos estudados pertencem aos gêneros Lactobaccilus, Bifidobacteria e Sacharomyces, além do Streptococcus thermophilu. Tem sido demonstrado que seu uso em prematuros aumenta a resposta da mucosa à IgA e a produção de citocinas anti-inflamatórias, melhora a barreira protetora e diminui a permeabilidade da mucosa intestinal. O padrão de colonização pode ser favoravelmente influenciado pelos probióticos, que excluem competitivamente os microorganismos patogênicos do trato digestivo. Estudos vêm apontando para seu benefício na prevenção da ECN e na menor intensidade do quadro, quando ocorre. Embora seu efeito benéfico já esteja comprovado em pesquisas com animais, maiores estudos garantindo a eficácia de probióticos específicos e a segurança do seu uso a curto e longo prazo em recém nascidos prematuros necessitam ser feitos


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