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Interpretações do Brasil

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Apresentação em tema: "Interpretações do Brasil"— Transcrição da apresentação:

1 Interpretações do Brasil
Quais são as principais idéias de Euclides da Cunha em Os Sertões? Como é representado o sertanejo? Quais são os dilemas do Brasil? Portinari Cangaceiros, 1951 Interpretações do Brasil

2 Interpretações do Brasil
                                                                                                              Os Sertões marco no país, aclamado pela intelectualidade e sucesso editorial – 3 edições entre 1902 e 1909 Obra influenciada pelo positivismo de Taine, que propunha a trilogia – meio, raça e circunstâncias – na interpretação dos fatos históricos Imerso nas teorias científico-racialistas da época, se vale de argumentos de Nina Rodrigues sobre a inferioridade do mestiço Mas não vê a mestiçagem apenas como negativa ou como fator determinante para o atraso ( o isolamento do sertanejo é a causa da clivagem entre litoral e sertão): o sertanejo era um retrógado, não um degenerado por isso era ambiguamente um forte e um fraco (Hércules-Quasímodo) É o primeiro a enunciar o dualismo litoral X sertão/interior, a chamar a atenção para os dramas do sertão e a defender à integração do interior no processo de construção da nação oposição entre os intelectuais afrancesados da rua do Ouvidor e os atávicos, fanáticos e desbravadores da natureza do Sertão de Canudos Fonte: “O Brasil como sertão” de Nísia Trindade Lima. In: BOTELHO, André e SCHWARCZ, Lilia. Um enigma chamado Brasil. SP, Cia das Letras, 2009. Interpretações do Brasil

3 Interpretações do Brasil
                                                                                                              Os Sertões é dividido em 3 partes - A Terra * análise das condições da terra do sertão(geológicas e geográficas), do clima e do seu principal problema (a seca e o deserto) “Realmente, entre os agentes determinantes da seca se intercalam, de modo apreciável, a estrutura e conformação do solo. (...) O martírio do homem , ali, é o reflexo de tortura maior, mais ampla, abrangendo a economia geral da vida. Nasce o martírio secular da Terra...” (Os Sertões) - O homem * o homem como produto do meio , etnico e das circunstâncias sociais. Descrição do tipo sertanejo, suas características, mentalidade e costumes. Divisão do vaqueiro em dois tipos: jagunço e gaúcho - antíteses provocadas pela interação homem-meio. “O jagunço é menos teatralmente heróico, é mais tenaz; é mais resistente, é mais perigoso; é mais forte; é mais duro” Vivendo em um meio adverso, “o sertanejo é antes de tudo, um forte”, um “hércules-quasímodo”, feio, com aparência débil e preguiçosa, como uma “simplicidade a um tempo adorável e ridícula”,crédulo, “eivado de misticismo”, mas quando surge um incidente “tranfigura-se” Interpretações do Brasil

4 Interpretações do Brasil
                                                                                                              Os Sertões é dividido em 3 partes - A Luta Discorre com riqueza de detalhes sobre a Campanha de Canudos Cantadores popular – quadrinha “Eu tava na ponta da rua Eu vi a rua se fechar Eu vi a fumaça da pólvora Eu via a corneta bradar Eu vi Antônio Conselheiro Lá no Alto do Tambor Com 180 praças É amor, é amor, é amor” (Domínio público) Foto: Flávio de Barros Interpretações do Brasil

5 A cinqüentenária Brasília: o marco da conquista do Oeste
                                                                                                              A cinqüentenária Brasília: o marco da conquista do Oeste A idéia de Brasília nasce muito antes de JK assumir a presidência do país ( ) A construção de uma nova capital no Interior do país estava prevista desde a constituição de 1891 (artigo 3º ) “fica pertencente à União, no Planalto Central da República, uma zona de 14 mil Km2, que será oportunamente demarcada, para nela estabelecer-se a futura Capital Federal” 1ª idéia de transferência é de José Bonifácio ( ) em 1822, propondo uma capital no centro do país recém independente A partir de trabalhos da “Comissão Cruls”, exploradora do Planalto Central do Brasil ( ) que demarcou uma área adequada à futura capital, em 1922 aparece Brasília no mapa do Brasil, no interior de Goiás, perto da cidade de Planaltina JK chega à capital em 2 de fevereiro de 1960, vindo do Rio de Janeiro em uma Romiseta, carro totalmente fabricado no Brasil. Interpretações do Brasil

6 A cinqüentenária Brasília: o marco da conquista do Oeste
                                                                                                              A cinqüentenária Brasília: o marco da conquista do Oeste A idéia de construção de nova capital no interior volta à tona na constituição de 1934, mas não avança. Voltando a figurar nas disposições transitórias da Constituição de 1946 A idéia de uma conquista para o Oeste se fortalece no Estado Novo ( ), cuja intenção era construir uma nova sociedade e fortalecer o sentimento nacional => “Marcha para o Oeste” lançada em 1940 => diretriz de integração Territorial para o país Incentivava o desbravamento (imagem dos bandeiras) e a ocupação dos espaços vazios territoriais (“os sertões”,denunciados por Euclides da Cunha) Fonte site CPDOC e Lúcia Lippi “A Conquista do Oeste” Interpretações do Brasil

7 A cinqüentenária Brasília: o marco da conquista do Oeste
                                                                                                              A cinqüentenária Brasília: o marco da conquista do Oeste Getulio Vargas em Campo Grande (MT), 1941. Arquivo CPDOC Interpretações do Brasil

8 Raízes do Brasil Sérgio Buarque de Holanda Interpretações do Brasil
'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Raízes do Brasil Sérgio Buarque de Holanda Interpretações do Brasil

9 Interpretações do Brasil
                                                                                                              Sérgio Buarque de Holanda (São Paulo, ) Bacharel em Direito pela Universidade do Brasil em 1925, professor universitário e jornalista Uma das principais referências na História e na Sociologia (trabalha na interdisciplinaridade) Participou do Movimento Modernista, escrevendo para as revistas Klaxon e Estética Torna-se em1929 correspondente dos Diários Associados, em Berlim, onde assiste a ascensão do Nazismo e toma contato com a obra de historiadores e cientistas sociais germânicos, como Weber e Dilthey Raízes do Brasil é publicado em 1936, logo após sua volta da Europa e no mesmo ano passa a lecionar História Moderna na Universidade do Brasil (RJ) Na Década de 50 reside em Roma onde leciona na Universidade de Roma a cadeira de Estudos Brasileiros Torna-se catedrático de História da Civilização Brasileira, USP (1958) até sua aposentadoria (1969). Interpretações do Brasil

10 Interpretações do Brasil
                                                                                                              Influências de Weber ( ) Uso do método compreensivo (Dilthey) na análise sociológica Captar os significados das ações humanas, além de seus aspectos externos. Isto é, extrair os conteúdos simbólicos dos fenômenos sociais Ex: dar um pedaço de papel a alguém pode ser irrelevante para a análise do cientista social, mas um papel que é dado a outrem como forma de saldar uma dívida (cheque) é uma ação carregada de sentido. Engloba uma "teia" complexa de significados, na medida em que o pedaço de papel serve como um meio de troca e esta função é legitimada pela sociedade. SBH busca entender as formas de convívio, instituições e idéias de que somos herdeiros” a partir das “raízes” culturais da formação brasileira Interpretações do Brasil

11 Interpretações do Brasil
                                                                                                              Influências de Weber ( ) Tipos ideais (conceito weberiano): É uma abstração, trata-se de uma construção intelectual, por isso não são puros O pesquisador disseca as propriedades dos fenômenos sociais observados e depois os reconstrói ("exagera" suas características). SBH explora a metodologia dos contrários e formula tipos ideais em sua análise: trabalhador X aventureiro; semeador X ladrilheiro; “o homem cordial”. É um recurso metodológico (uma ferramenta intelectual) que pinça dos inúmeros fenômenos observáveis, traços, considerados pelo pesquisador, característicos e representativos da questão estudada, a fim de melhor compreendê-la Interpretações do Brasil

12 Interpretações do Brasil
                                                                                                              Influências de Weber ( ) Alguns conceitos importantes de Weber usados em Raízes do Brasil Estado e autoridade - Política entendida como a liderança do Estado: "uma comunidade humana que pretende o monopólio do uso legítimo da força física dentro de determinado território". - O Estado depende de sua legitimidade (reconhecimento da autoridade e obediência) Interpretações do Brasil

13 Interpretações do Brasil
                                                                                                              Influências de Weber ( ) Alguns conceitos importantes de Weber usados em Raízes do Brasil Estado e autoridade Estado moderno inspira-se, principalmente, na dominação de caráter racional: Monopólio da violência Centralização dos impostos Crença na legitimidade das ordens estatuídas e do direito de mando daqueles que, em virtude dessas ordens, estão nomeados para exercer a dominação (dominação legal) separação radical entre público e privado Racionalização e burocratização das instituições (relações institucionais devem ser impessoais e universais) Interpretações do Brasil

14 Interpretações do Brasil
                                                                                                              Influências de Weber ( ) Alguns conceitos importantes de Weber usados em Raízes do Brasil Burocracia Ligada as ideais de racionalidade (adequação dos meios aos fins) e eficiência Baseada na legalidade e formalização das normas e regras (para evitar práticas arbitrárias) , na impessoalidade das relações, na hierarquia das funções organizacionais, no estabelecimento de rotinas e procedimentos nas atividades profissionais, na especialização e profissionalização (competência técnica e meritocracia) dos funcionários e na previsibilidade Interpretações do Brasil

15 Interpretações do Brasil
Raízes do Brasil (1936) “A tentativa de implantação da cultura européia no extenso território (...) é na origem da sociedade brasileira, o fato dominante e mais rico em conseqüências . Trazendo de países distantes nossas formas de convívio, nossas instituições, nossas idéias, e timbrando em manter tudo isso em ambiente muitas vezes desfavorável e hostil, somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra (...) o certo é que todo fruto de nosso trabalho ou de nossa preguiça parece participar de um sistema de evolução próprio de outro clima e de outra paisagem” 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

16 Interpretações do Brasil
Raízes do Brasil (1936) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral O brasileiro como herdeiro de uma colonização portuguesa que construiu uma sociedade personalista, com características rurais (traduzida pela exploração da grande propriedade aliada ao regime escravocrata) e avessa à implantação de um espaço público democrático e igualitário. Para nos modernizarmos, teremos que deixar de ser o que somos. Interpretações do Brasil

17 Interpretações do Brasil
Raízes do Brasil (1936) A modernização no Brasil teria que ser precedida de uma mudança nas mentalidades a sociedade precisaria se organizar racionalmente A questão de SBH é compreender os obstáculos que atrapalham a modernização política e econômica do Brasil. O que faz que, entre nós, a “democracia no Brasil [sempre tenha sido] um lamentável mal entendido’? Fruto de “uma aristocracia rural e semi-feudal [que] importou-a e tratou de acomodá-la , onde fosse possível, aos seus direitos e privilégios”. 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

18 Interpretações do Brasil
Raízes do Brasil (1936) Por que o liberalismo democrático “jamais se Naturalizou entre nós” e “só assimilamos efetivamente esses princípios até onde coincidiram pura e simples com a negação de uma autoridade incômoda”? A resposta está nas nossas raízes, na nossa “herança” portuguesa. Se a plasticidade “aventureira” dos lusitanos foi crucial para seu sucesso como colonizador, a mentalidade legada (rural,familiar, patriarcal e desinteressada pela vida pública) tornou-se incompatível com os tempos modernos (urbano e industrial) => Por isso, “vivemos entre dois mundos”. 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

19 Interpretações do Brasil
Raízes do Brasil Tipos ideais Semeador (Português) Pouco planejamento, vale-se da “riqueza fácil, ao alcance da mão” Simples local de passagem (litorânea) e enriquecimento Cidades irregulares, nascidas e crescidas ao “Deus dará” Semeador:sem trabalho, sem método, sem plano. Aventureiro (Ibéricos e ingleses até o séc XVIII) Colonizador Repulsa pelo trabalho regular e mecânico Busca novas experiências, é audacioso, criativo, espaçoso, ignora fronteiras o objetivo final e mais importante que os meios, quer colher o fruto sem plantar a árvore Fruto da ética católica Ladrilhador (Espanhol) Planeja-se, o homem intervém no curso da natureza. Cidade - “empresa da razão” Estado presente, investe, funda povoados, organiza, tenta fazer do novo país uma extensão do seu Trabalhador (Europeus do Norte) Vê primeiro a dificuldade a vencer, concentra-se nos meios disponíveis É metódico, realista, persistente, estável “Ethos” capitalista advindo da ética protestante (Weber) Interpretações do Brasil

20 Interpretações do Brasil
Raízes do Brasil (1936) A cidade é vista como instrumento de dominação, cujas características refletem o estilo de colonização adotada Os tipos aventureiro e trabalhador não existem em estado puro “ambos participam em maior ou menor grau, de múltiplas combinações e é claro que em estado puro, nem o trabalhador, nem o aventureiro têm existência fora do mundo das idéias” No entanto, o tipo aventureiro foi predominante na colonização brasileira: as características de imediatismo, audácia, instabilidade, ociosidade, reduzida capacidade de organização social e ausência de uma moral do trabalho foram dominantes. 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

21 Interpretações do Brasil
Raízes do Brasil (1936) Essa mentalidade forjou nosso personalismo (predominância das relações sociais pessoalizadas, afetivas e clientelistas) e “nossa incapacidade secular de separar o público do privado” Por isso, no contexto político brasileiro a unificação só foi conseguida nos governos fortemente centralizados 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

22 Interpretações do Brasil
'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral O que é o “homem cordial”? Interpretações do Brasil

23 Interpretações do Brasil
Raízes do Brasil (1936) O “Homem cordial” - expressão retirada do diplomata Ribeiro Couto, que a emprega em carta, de 1931, endereçada ao escritor e diplomata mexicano Alfonso Reyes O “homem cordial” não é sinônimo de bondade e polidez . É oposto à civilidade (que visa esconder e controlar as emoções) É o predomínio do afetivo, do domínio do coração (em latim cor, por isso cordial) Define-se por um “fundo emocional, rico e transbordante” Sua sociabilidade é apenas aparente, já que ela não ajuda no estabelecimento de uma organização coletiva e no respeito às normas estabelecidas . 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

24 Interpretações do Brasil
Raízes do Brasil (1936) É herdeiro do sistema patriarcal, Personalista e daí a dificuldade do brasileiro em localizar-se nas prerrogativas e instituições de um Estado racional, pautado por suas leis impessoais Igual dificuldade encontra ao lidar com res pública (coisa pública), favorecendo o grupo de amigos, ao invés de cuidar do interesse público, tentando reduzir as características do Estado ao padrão afetivo e pessoal. É a síntese do iberismo e do ruralismo, com a adição do tipo aventureiro ao semeador 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

25 Interpretações do Brasil
Raízes do Brasil (1936) Para SBH, seria preciso “transfigurar” essa cordialidade, isto é, libertar-se das raízes lusitanas de nossa formação. Afinal, nos anos 30, entrávamos em nova fase de crescimento da urbanização e da industrialização. As exigências e os padrões de sociabilidade do mundo Moderno estavam se tornando incompatíveis com a nossa mentalidade e nossa herança cultural 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

26 Interpretações do Brasil
Ética da cordialidade “A cordialidade, pois, é a tentativa de reconstrução fora do ambiente familiar, no plano societário, do mesmo tipo de sociabilidade dependente de laços comunitários. Seriam exemplos disso algumas formas de linguagem, de expressão religiosa e até horror às hierarquias e a busca de intimidade no tratamento dispensado às autoridades” (Braulio Salum Jr., interpretando Raízes do Brasil) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

27 Ética o Estado, Pólis (Creonte) X
Ética da Família e da tradição (Antígona) Interpretações do Brasil

28 lógicas opostas e conflitantes
Estado e Família: lógicas opostas e conflitantes “O estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo (...) A verdade, bem outra, é que pertencem a ordens diferentes em essência. Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar é que nasce o Estado e que o simples indivíduo se faz cidadão, contribuinte, eleitor, recrutável e responsável ante as leis da cidade ” (SBH, Raízes do Brasil) Interpretações do Brasil

29 Interpretações do Brasil
Os dilemas do Brasil “No Brasil, onde imperou, desde os tempos remotos, o tipo primitivo da família patriarcal, o desenvolvimento da urbanização – que não resulta unicamente do crescimento das cidades, mas também do crescimento dos meios de comunicação, atraindo vastas áreas para a esfera da influência das cidades- ia acarretar um desequilíbrio social, cujos efeitos permanecem vivos até hoje” “Não era fácil os detentores das posições públicas de responsabilidade , formados por tal ambiente, compreenderem a distinção fundamental entre o domínio público e o privado” (SBH, Raízes do Brasil) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

30 Interpretações do Brasil
Os dilemas do Brasil: Gestão do Estado Patrimonial ( funcionários agem conforme seu interesse particular, “ as funções, os empregos e os benefícios que deles aufere relacionam-se a direitos pessoais do funcionário e não a interesses objetivos”) X Burocrata (Ação conforme interesses objetivos. No “Estado burocrático [se prevalecem] a especialização das funções e o esforço para se assegurarem garantias políticas aos cidadãos” ) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

31 O estado patrimonialista
Weber É uma estrutura de autoridade caracterizada pela indistinção entre as esferas pública e privada, caracterizando-se pela ocorrência sistemática de formas de apropriação particular da máquina estatal. “forma específica de dominação política tradicional, em que a administração pública é exercida como patrimônio privado do chefe político. (...) No seu uso mais recente,o termo “patrimonialismo” costuma vir associado a outros como “clientelismo” e “populismo”, por oposição ao que seriam formas mais modernas, democráticas e racionais da gestão pública, também analizada por Weber em termos do que ele denominou de “dominação racional-legal”, típica das democracias ocidentais” Simon Schwartzman (12/10/2006) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

32 Interpretações do Brasil
Os dilemas do Brasil “No Brasil, pode-se dizer que só excepcionalmente tivemos um sistema e um corpo de funcionários puramente dedicados a interesses objetivos e fundados nesses interesses. Ao contrário, é possível acompanhar, ao longo de nossa história, o predomínio constante das vontades particulares que encontram seu ambiente próprio em círculos fechados e pouco acessíveis a uma ordenação impessoal. Dentro desses círculos, foi sem dúvida o da família aquele que se exprimiu com mais força e desenvoltura na sociedade” (SBH, Raízes do Brasil) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

33 patrimonialistas temos na contemporaneidade?
'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Que exemplos de práticas patrimonialistas temos na contemporaneidade? Interpretações do Brasil

34 Interpretações do Brasil
'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Qual seria a “nossa revolução”? Interpretações do Brasil

35 Interpretações do Brasil
Raízes do Brasil (1936) Para SBH, o Brasil estava vivendo uma lenta revolução, que consistia na transição de uma sociedade rural, de mentalidade familiar para uma sociedade urbana, abstrata , normatizada e racional. “Estamos vivendo assim entre dois mundos, um definitivamente morto e outro que luta por vir à luz” Para haver revolução social efetiva no Brasil enquanto não se eliminassem os fundamentos personalistas e aristocráticos, ibéricos e rurais. 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

36 Interpretações do Brasil
Raízes do Brasil (1936) Mas essa Revolução também não será efetiva se forem adotadas soluções superficiais e enganadoras : Modelos inadequados ao nosso temperamento como as fórmulas da Rev. Francesa ou da Rep. estadounidense ajustados à nossa mentalidade patriarcal e personalista. - Governos autoritários (“caudilhismo” das sociedades iberos-americanas) 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

37 Interpretações do Brasil
Raízes do Brasil (1936) Pois nem o liberalismo, nem o Caudilhismo são capazes de romper com as bases do poder oligárquico de mando e promover a democracia Para que essa revolução seja efetiva e democrática É preciso substituir a “revolução horizontal” por uma “revolução vertical”, trazendo os elementos populares para a “esfera pública” 'Abaporu'-1928 Tarsila do Amaral Interpretações do Brasil

38 Interpretações do Brasil
Expressão surge na América Latina para designar líderes que assumiam o poder através de golpes de estado, implantando ditaduras personalistas. Caudilhos são são lideranças políticas carismáticas associadas a setores tradicionais (como militares e oligarquia rural), cujo poder afirma-se por práticas populistas e autocráticas. No Brasil, Getúlio Vargas ( e “o pai dos pobres”) é associado ao caudilhismo e ao populismo Caudilhismo Interpretações do Brasil

39 Interpretações do Brasil
Populismo Forma de exercício no poder que combina autoritarismo e dominação carismática. Sua característica básica é o contato direto entre as massas urbanas e o líder carismático. A legitimação no poder se dá a partir de uma ligação emocional com a população, especialmente os menos favorecidos economicamente Cartões postais exaltando as realizações do governo Vargas, editado pelo DIP, 1937/1945. (CPDOC/ GV) Interpretações do Brasil

40 Interpretações do Brasil
Era Vargas 1º gov. – 1930/1945 (Estado Novo ) 2º gov. (eleito por voto) (até suicídio) Produção industrial ultrapassa a agrícola, tornando-se a atividade econômica mais importante Implementação da indústria de base (máquinas pesadas, siderurgia, metalurgia e indústria química). Urbanização intensa. Legislação social ( ), introduzida de cima para baixo, sem participação popular Implantação do sindicalismo corporativo (sindicatos patronais e de operários subordinados ao Ministério do Trabalho) Período conturbado com relação aos avanços constitucionais e políticos Derrota de todos os projetos políticos alternativos (comunismo, tenentismo, integralismo e liberalismo) Interpretações do Brasil


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