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4ª Happy Hour. “É interessante comparar a multiplicidade dos instrumentos da linguagem e as maneiras como são usadas a multiplicidade de espécies de palavras.

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1 4ª Happy Hour

2 “É interessante comparar a multiplicidade dos instrumentos da linguagem e as maneiras como são usadas a multiplicidade de espécies de palavras e sentenças.” Wittgenstein – Tractatus Lógico- Philosophicus, 63.

3 Grupo de Estudos em Sintaxe vinculado ao Programa de Pós Graduação da Faculdade de Letras/PUCRS

4 Mestranda Taciana de Lazari Panzenhagen Orientadora Ana Maria Tramunt Ibaños Ana Maria Tramunt Ibaños

5 A negação sentencial no Português brasileiro: Uma interface sintático-semântica

6 A negação é um fenômeno que está presente em todas as línguas naturais.

7 Ao considerar esse princípio, propomos um estudo sobre o processamento lógico-estrutural desse assunto, avaliando o comportamento sintático e a contraparte semântica de algumas estruturas com itens negativos no PB.

8 Possibilidades de compreensão semântica do sentido negativo em diferentes formas de ocorrência e a contraparte sintática da negação

9 Relações semântico/morfológicas da negação e a contraparte sintática

10 A negação é compreendida toda vez que é possível estabelecer a “não- inclusão” de uma possibilidade: Combinações Estrutura Sintática Delimitação Semântica Processamento Pragmático

11 De acordo com Schaff (1968), pode-se pensar em De acordo com Schaff (1968), pode-se pensar em “Semântica como um ramo ou subárea da linguística que trata da investigação de como as palavras criadas e dotadas de certa significação estendem essa significação ou a restringem, deslocam-na de um grupo de noções para outros, elevam seu valor ou degregam.” p. 10

12 Conforme Ilari (2006), isso se dá por meio de diferentes formas marcadas, entre elas prefixos (“não-“, “sem-“, “in-“); prefixos (“não-“, “sem-“, “in-“); “não” e outros advérbios que apresentam ideia de tempo (nunca, jamais); “não” e outros advérbios que apresentam ideia de tempo (nunca, jamais); indefinidos negativos (nenhum, nada, ninguém); indefinidos negativos (nenhum, nada, ninguém); verbos auxiliares (“deixar de...”); e verbos auxiliares (“deixar de...”); e conjunções como “nem”. conjunções como “nem”.

13 Então, no que respeita à compreensão semântica das palavras dotadas de valor negativo, observa-se que este valor negativo pode recair, por exemplo,

14 em uma palavra (não-alinhados, indefensáveis), ou num verbo (Maria deixou de tomar o remédio); em uma palavra (não-alinhados, indefensáveis), ou num verbo (Maria deixou de tomar o remédio); sobre um quantificador (Nem todos os estudantes são bajuladores.), sobre um quantificador (Nem todos os estudantes são bajuladores.), e sobre um nexo expresso por certas conjunções (Eu não acelerei o carro porque tinha pressa (mas porque precisa fugir do assaltante)). e sobre um nexo expresso por certas conjunções (Eu não acelerei o carro porque tinha pressa (mas porque precisa fugir do assaltante)).

15 Mecanismo de prefixação Processo que se estabelece a partir da formação de outra palavra semanticamente relacionada com a palavra-base

16 Por exemplo, -In Prefixo de valoração negativa + Contestável = palavra-base + conceito (semântico-interpretativo) “ NÃO ACEITA A VALIDADE”

17 Disso decorre o fato de que haveria uma dupla significação negativa, o prefixo in negando a própria negação da palavra- base, in (contestável) (idéia de negação) (algo que não aceita a validade)

18 de onde se obtém a interpretação de que incontestável é igual a “não + não aceitar algo como válido”.

19 Parece-nos óbvio que a compreensão de toda a extensão dessa sentença permeia as condições cognitivas de interpretação de nenhuma outra forma que não pelo valor negativo atribuído a essa afirmação.

20 Se contextualizarmos esse item lexical numa dada sentença, como em “A atitude da aluna foi incontestável.”,

21 VP V’ V AP foi incontestável VP V’ V AP foi incontestável

22 Do ponto de vista da arquitetura sintática, esse fenômeno não pode ser capturado pela X-barra.

23 Ouseja, a “negação da negação”, semanticamente interpretada a partir do item lexical formado pela prefixação junto à palavra-base, não pode ser capturada pela estrutura sintática.

24 Vejamos, agora, um outro exemplo. Você deixou de fazer a matrícula hoje.

25 VP V’ V PP deixou de fazer matrícula [..]

26 A representação sintática, conforme o diagrama acima, configura-se pela inserção do item lexical “deixar” (que tem valor semântico negativo nesse contexto, o qual é transposto para toda a sentença) no VP, em posição nuclear do constituinte de uma sentença declarativo-afirmativa.

27 No entanto, [...] deixar de fazer a matrícula equivale a Você realizou a matrícula. No entanto, [...] deixar de fazer a matrícula equivale a Você não realizou a matrícula.

28 Sua representação sintática, aos moldes da TPP, preconiza a existência de uma categoria funcional denominada NegP. Em que

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30 Tal categoria é formada a partir de instruções contidas nos itens lexicais negativos que, quando apanhados do léxico, carregam o traço [neg]. Assim, a sentença estruturada nos moldes da X-barra configura-se da seguinte forma:

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32 Derivação para SS NegP é gerado dominando IP. NegP é gerado dominando IP. As propriedades de clítico de Não em negº determinam que o complexo [I+V] seja movido para Negº. As propriedades de clítico de Não em negº determinam que o complexo [I+V] seja movido para Negº. A presença de I em Negº acarreta a presença de Spec de IP acima de Spec de NegP, posição em que vai receber caso nominativo. A presença de I em Negº acarreta a presença de Spec de IP acima de Spec de NegP, posição em que vai receber caso nominativo. A interferência de Spec de negP entre I e o Spec de IP não bloqueia a atribuição de caso ao NP que preenche o Spec de IP. A interferência de Spec de negP entre I e o Spec de IP não bloqueia a atribuição de caso ao NP que preenche o Spec de IP.

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34 Considerações sobre a sentença: É sentença bem formada, pois o movimento é legítimo (os núcleos transitam por posições nucleares). É sentença bem formada, pois o movimento é legítimo (os núcleos transitam por posições nucleares). Submete-se ao ECP – cada vestígio é apropriadamente regido pelo preenchimento do núcleo imediatamente superior, verificando-lhe a localidade necessária entre ele e seu antecedente. Submete-se ao ECP – cada vestígio é apropriadamente regido pelo preenchimento do núcleo imediatamente superior, verificando-lhe a localidade necessária entre ele e seu antecedente. O verbo é movido para I°, de que resulta o complexo [I+V], e este complexo sobe para Neg°. O verbo é movido para I°, de que resulta o complexo [I+V], e este complexo sobe para Neg°.

35 O caráter clítico de Não (complexo [não(+cl)+V]) NegP é gerado acima de categorias flexionais. NegP é gerado acima de categorias flexionais. O complexo verbal se move para a direita do clítico = clítico está acima de IP. O complexo verbal se move para a direita do clítico = clítico está acima de IP. Move os verbos para que os afixos se amalgamem a ele. Move os verbos para que os afixos se amalgamem a ele. Clítico negativo é fixo, precedendo, invariavelmente, o verbo, porque Não é núcleo funcional mais alto e deve estar refletido na SS - é o elemento à esquerda do complexo verbal. Clítico negativo é fixo, precedendo, invariavelmente, o verbo, porque Não é núcleo funcional mais alto e deve estar refletido na SS - é o elemento à esquerda do complexo verbal. Do ponto de vista fonológico, o não pré-verbal, adjacente ao verbo, não tem tonicidade independente, assim como ocorre com os outros clíticos. Do ponto de vista fonológico, o não pré-verbal, adjacente ao verbo, não tem tonicidade independente, assim como ocorre com os outros clíticos. A interação com clíticos pronominais permite reforçar a ideia de que ele é um clítico, pois o clítico pronominal pode subir agregando-se ao verbo superior do qual ele não representa papel temático, mas é impedido de fazê-lo se o não está presente. A interação com clíticos pronominais permite reforçar a ideia de que ele é um clítico, pois o clítico pronominal pode subir agregando-se ao verbo superior do qual ele não representa papel temático, mas é impedido de fazê-lo se o não está presente.

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37 Mapeamento das informações semânticas de valoração negativa Manifestação não- capturável Manifestação não- capturável Manifestação capturável pela sintaxe Manifestação capturável pela sintaxe

38 Schaff (1967) aponta o que Quine considerou como as três principais esferas do interesse linguístico na questão da significação:

39 G ramática o estudo das formas que tem significação; Lexicologia o estudo de expressões que têm significações semelhantes; Mudanças semânticas o estudo das mudanças nas significações e a regularidade nessas mudanças.

40 Segundo Raposo (1992), para Chomsky a linguagem se configura como um sistema formal interpretado, no sentido da lógica, ou seja, as expressões são construídas por um sistema de regras exclusivamente formais e são posteriormente investidas de significação.

41 Chomsky (1986) considera a estrutura da gramática gerativa como modular, cujos módulos são responsáveis por um conjunto de procedimentos que determinam a estrutura e o funcionamento das línguas humanas e interagem formando a rede de relações que deverá caracterizar a gramática de uma dada língua. Chomsky (1986) considera a estrutura da gramática gerativa como modular, cujos módulos são responsáveis por um conjunto de procedimentos que determinam a estrutura e o funcionamento das línguas humanas e interagem formando a rede de relações que deverá caracterizar a gramática de uma dada língua.

42 Assim, os módulos da gramática são marcados por princípios gerais. Da interação dos princípios com os parâmetros, resultam julgamentos acerca das sentenças que pertencem ou não a uma determinada língua e a descrição estrutural que se associa a tais sentenças, com a finalidade de explicar, a partir da observação, como o processamento da linguagem ocorre.

43 Assim, chegamos às seguintes distinções:

44 Semântica que não pode ser captada na X-barra e que não é parte do sistema formal interpretável pela estrutura da gramática gerativa X a semântica considerada pela Sintaxe, conforme Raposo (1992):

45 “Compete à forma lógica representar as propriedades semânticas que são determinadas na estrutura sintática das orações.

46 Entre elas, encontram-se as relações de co-referência entre os argumentos, a relação sujeito- predicado e as funções “semânticas” temáticas dos argumentos da frase, como agente, paciente, causa.

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48 Essas propriedades, evidentemente, não esgotam o conhecimento do falante/ouvinte sobre o significado da linguagem e o seu uso adequado.

49 Alguns aspectos deste sistema de conhecimentos não representados pela LF são, por exemplo, o significado das palavras no dicionário, a coesão discursiva e o uso adequado da língua em situações concretas.” (Raposo, 1992. p. 29.)

50 A Hipótese Lexicalista D istinção entre morfologia derivacional e flexional A morfologia derivacional constrói palavras novas através da composição de uma forma base com um afixo (por exemplo, nacional [nação]) A morfologia flexional caracteriza a relação existente entre formas diferentes da mesma palavra, como, por exemplo, as formas diferentes de um dado verbo.

51 Para Chomsky (1970), as relações flexionais (verbo e a suas flexões, por exemplo a categoria Inf (Agr e T)) sempre foram concebidas como pertencendo inteiramente ao domínio da Sintaxe.

52 Uma possível conclusão: “A atitude da aluna foi incontestável”, em que o item lexical incontestável é comportado pela distinções de Chomsky quanto à Hipótese Lexicalista, ou seja, pode ser explicado por meio da morfologia derivacional, na qual os itens lexicais morfologicamente complexos são introduzidos nas estruturas sintáticas já completamente formados.

53 “Você deixou de fazer a matrícula.” = “Você não fez a matrícula.”, É permeada por regras sintáticas autônomas, ou seja, não tem a capacidade de olhar para operações internas de outro componente da gramática, neste caso, o léxico.

54 Nesse caso, NegP está instanciada como parte do complexo [neg+ V], com escopo sobre a negação sentencial, cujos princípios básicos que concorrem na derivação para SS são resultados das questões relativas ao movimento dos núcleos, ao movimento de NP e ao fato de que o Não, núcleo de NegP, apresenta características de clítico. Nesse caso, NegP está instanciada como parte do complexo [neg+ V], com escopo sobre a negação sentencial, cujos princípios básicos que concorrem na derivação para SS são resultados das questões relativas ao movimento dos núcleos, ao movimento de NP e ao fato de que o Não, núcleo de NegP, apresenta características de clítico.

55 Ou seja, NegP varia entre as línguas tanto em sua constituição interna quanto em sua capacidade de seleção de outros núcleos funcionais.

56 De onde se depreende que a distinção relativa às línguas é que licencia a inversão do valor de verdade de sentenças afirmativas avaliadas por meio da teoria sintática, com base nos estudos de Chomsky e colaboradores. De onde se depreende que a distinção relativa às línguas é que licencia a inversão do valor de verdade de sentenças afirmativas avaliadas por meio da teoria sintática, com base nos estudos de Chomsky e colaboradores.

57 Referências ABREU, Sabrina Pereira. A negação sentencial: da Teoria de Princípios e Parâmetros para o Programa Minimalista – Uma investigação através do Português Brasileiro. Tese de Doutoramento, 1998. HAEGEMAN, L. The Syntax of Negation. Cambrigde University Press, 1995 HORN. L. A Natural History of Negation. The University of Chicago Press, 1988ILARI, Rodolfo. Introdução à Semântica. 6 ed. São Paulo: Contexto, 2006. M IOTO, C. A Negação Sentencial no Português Brasileiro e a Teoria da Gramática. Tese de Doutorado, Unicamp 1991 KATZ, Jerrold J.. Teoria Semântica. 1 ed. Madrid: Aguilar, 1979. OLIVEIRA, Solange Mendes. Prefixação: um caso de derivação ou de composição. UTP, 2009.

58 PANTE, Maria Regina.O aspecto semântico na formação de palavras – divergências entre o ensino e a realidade do Português. UEM: 2009. PERINI, Mario. Gramática descritiva do português. 4 ed. São Paulo: Ática,2006. RAPOSO. Eduardo Paiva. Teoria da Gramática: A faculdade da linguagem. 2 ed. Lisboa: Editora Caminho, 1992. SCHAFF, Adam. Introdução à Semântica. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira S.A., 1978. UPPENDAHL, Klaus. A negação em português com referência a outras línguas. Porto Alegre: editora da Universidade federal do Rio Grande do Sul, 1979.

59 Sintaxebah – PUCRS http://sintaxebah.yolasite.com sintaxebah@gmail.com Integrantes do GE: Adriana Quinelo, doutorado Ana Márcia da Silva, doutorado Ivana Ferreira, mestrado Julieane Bulla, doutorado Mônica Monawar, mestrado Patrícia Zanin, doutorado Taciana Panzenhagen, mestrado


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