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O enigma da religião Rubem Alves
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Na tentativa de responder o que é religião e por que os seres humanos não conseguem se desvencilhar do seu fascínio, fomos buscar no conceito do que é “belo” uma forma de elucidar o problema.
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Concordamos que uma sinfonia de Beethoven é uma expressão do belo, mas como descrever esse belo?
Uma sinfonia de Beethoven não pode ser explicada apenas através dos sons e freqüências produzidas, Assim é a religião. Algo inexplicável que se dá no mais íntimo do ser
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Podemos dizer então que a essência (belo) não está nem no objeto, nem está no sujeito, mas sim na relação entre o objeto e o sujeito. Na relação que une o sujeito ao objeto num êxtase místico.
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Vimos também que a institucionalização (racionalização) do fenômeno religioso muitas vezes pode perder sua essência (mistério). Não podemos esquecer que as organizações são feitas por seres humanos que possuem falhas, desejos... Ex: Amor Casamento Fé Instituição Religiosa
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Para entendermos uma determinada expressão religiosa, precisamos considerar as experiências humanas que geraram aquela cultura naquele determinado momento.
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O que caracteriza a consciência religiosa?
Ela é a expressão da nossa imaginação. Imaginação não como uma ilusão, mas imaginação enquanto desejo. Os animais não têm imaginação, por isso nunca produziram arte, valores, sonhos, criatividade e nem tão pouco religião.
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Há dentro de nós sempre o desejo de transpor os limites.
A imaginação surge da insatisfação do ser humano com a realidade. Nós somos os únicos seres com uma dimensão transcendente. Nos animais, os limites do real denotam os limites do possível. Com o ser humano não é bem assim.
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A realidade é fria e determinista e isto “bate de frente” com o nosso princípio do prazer.
O ser humano é a única criatura que se recusa a ser o que ela é. A função da imaginação é realizar o irrealizável, é possibilitar o impossível.
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Segundo Freud, saudável é podermos imaginar e ajustar nossa imaginação e desejo a nossa realidade – Civilidade. Imaginação Ilusão (Freud) Imaginação Desejo (Rubem Alves)
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A essência da fé é a idéia de que o que desejamos realmente é.
A imaginação coloca de lado todos os limites. A religião nos dá a chance de imaginar, desejar, transcender... A religião é a forma do ser humano transcender os limites da realidade – desejamos mais do que percebemos e vemos.
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A intenção da religião não é explicar o mundo
A intenção da religião não é explicar o mundo. Ela nasce justamente do protesto contra esse mundo que pode ser descrito e explicado pela ciência. Rubem Alves nos fala que “através da imaginação o ser humano transcende a facticidade bruta da realidade de que é imediatamente dada e afirma que o que é não deveria ser, e que o que ainda não é deverá ser.”
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A ciência é o conhecimento objetivo e a objetividade nos disciplina a reproduzir os dados da realidade e a realidade ignora nossas aspirações.
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Enquanto o homem viver o seu ego estará cronicamente envolvido na busca incessante por um mundo de amor. E enquanto ele viver a própria vida lhe dirá que a busca esta fadada ao fracasso.
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Porque, mais cedo ou mais tarde, a morte trará um fim aos seus projetos. Por isso a religião continuara, até o fim como expressão de amor e como expressão de medo. O homem viverá, para sempre, num mundo de deuses e demônios, símbolos de suas aspirações e temores.
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Regra de Ouro de Norman Rockwell (1894-1978)
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