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Benefício de Prestação Continuada:

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Apresentação em tema: "Benefício de Prestação Continuada:"— Transcrição da apresentação:

1 Benefício de Prestação Continuada:
Atualidade, Ampliação da Função Protetiva, Demandas e Desafios Seminário Internacional do BPC Brasília, 08, 09 e 10 de novembro de 2010 Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS Secretaria Nacional de Assistência Social – SNAS Departamento de Benefícios Assistenciais – DBA .

2 Sistema de Proteção Social Brasileiro
A Seguridade Social brasileira como área composta pela integração e articulação entre saúde, previdência social e assistência social estabelece as bases de um sistema de proteção social que se ancora sob duas vertentes: a proteção social contributiva (aquela que exige a contrapartida dos rendimentos do trabalho assalariado para sua garantia, institucionalizada no Brasil pela Previdência Social) e a proteção social não contributiva (que assegura suas proteções especificas para todos os cidadãos que dela necessitem). Na vertente não contributiva da proteção afiançada pela Seguridade Social brasileira estão a saúde (publica) e a assistência social.

3 Sistema de Proteção Social Brasileiro Antes da CF/1988
Modelo assistencialista ações de caráter emergencial, dirigidas aos grupos de pobres mais vulneráveis caráter caritativo associação entre trabalho voluntário e políticas públicas ações fragmentadas e descontínua não configura uma relação de direito social, medidas estigmatizantes e compensatórias Modelo de seguro social proteção social de grupos ocupacionais relação de direito contratual Benefícios condicionados às contribuições prévias

4 Sistema de Proteção Social Brasileiro
Até final dos anos 80, combinou um modelo de seguro social na área previdenciária com um modelo assistencial para a população sem vínculo trabalhista formal. Renda Mensal Vitalícia (instituída em 1974), benefício com baixa exigência de contribuição previdenciária, a possibilidade de garantir renda substituta do rendimento do trabalho – 70 anos ou invalidez. Com o inicio da concessão do BPC em janeiro de 1996, a Renda Mensal Vitalícia foi extinta

5 Sistema de Proteção Social Brasileiro
Constituição Federal de 1988 representa uma profunda transformação no padrão de proteção social brasileiro o modelo da seguridade social passa a estruturar a proteção social brasileira na perspectiva da universalização da cidadania A inclusão da previdência, da saúde e da assistência como componentes da seguridade social amplia a noção de direitos sociais antes restritos à população vinculada à previdência

6 Sistema de Proteção Social Brasileiro Pós CF/1988
Modelo de Seguridade Social busca romper com as noções de cobertura restrita a setores inseridos no mercado formal assume a equivalência de benefícios (urbano/rural), irredutibilidade do valor de benefícios garantia de patamares mínimos de renda a pessoas com deficiência e idosos - sujeito detentor de direito a proteção devida pelo Estado.

7 Política Pública de Assistência Social
Desde a Constituição de 1988: A Assistência Social inicia seu trânsito para o campo Dos Direitos Da Universalização dos Acessos Da Responsabilidade Estatal prestação de serviços e benefícios sistemáticos e continuados e de programas e projetos de enfrentamento à pobreza, com financiamento regulares e obrigatórios.

8 Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social
BPC é fruto de uma luta por novas relações sociais mais igualitárias e justo acesso a bens e serviços expressa na Constituição Federal de 1988 Art. 203, inciso V da CF/2008: “a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.” Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social Regulamentado pela LOAS, art. 20 e 21

9 Caracterização do BPC Sua base é a cidadania social, a dignidade e a qualidade de vida como um princípio a ser garantido a todos em uma sociedade; É um benefício individual e intransferível, não-vitalício (revisto a cada 2 anos); Financiado com recursos da Seguridade Social alocados no Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS); Independe de contribuições prévias; É a principal provisão que materializa o direito à assistência social como política não contributiva, sob responsabilidade do Estado; Diferencia-se de outros benefícios da seguridade social

10 O BPC tem por objetivo proteger as pessoas idosas e as pessoas com deficiência, em face de vulnerabilidades decorrentes da velhice e da deficiência agravadas pela insuficiência de renda, assegurando-lhes o sustento e favorecendo o acesso às políticas sociais e a outras aquisições, bem como a superação das desvantagens sociais enfrentadas e a conquista de sua autonomia.

11 Processo de Institucionalização
1988:CF 1996: implantado o BPC 1993: LOAS Processo de concepção e aprovação da LOAS e da afirmação do direito não contributivo expresso pelo BPC encontram resistências BPC é regulamentado tendo caráter restritivo (per capita e idade) com indicação de progressão futura que se realiza em parte Renda Mensal Vitalícia é extinta, conforme LOAS, ficando parcela significativa do seu público sem qualquer cobertura, nem a previdenciária, nem a da assistência social.

12 BPC - critérios de elegibilidade
renda mensal per capita inferior a ¼ do salário mínimo; idade Até dez/1997: 70 anos de idade Jan/1998: redução para 67 anos A partir de 2004: 65 anos, conforme disposto pelo Estatuto do Idoso. incapacidade para a vida independente e para o trabalho com relação à pessoa com deficiência

13 sem visibilidade como benefício da política assistência social
Iniciou atendendo mais amplamente ao segmento das pessoas com deficiência sem condições de trabalho que não tinham até então qualquer forma de benefício, parte da população idosa tinha direito a Renda Mensal Vitalícia (instituída em 1974)  A implementação e gestão do BPC dos primeiros anos, estiveram mais a cargo da Previdência Social sem visibilidade como benefício da política assistência social Dificultando legitimar-se como direito não contributivo Com a criação do MDS há investimento para restaurar a identidade do BPC como benefício assistencial Coordenação, normatização e financiamento pelo MDS e operacionalização pelo INSS

14 Amplitude do BPC de 346 mil, em 1996, para 3,4 milhões em 2010
benefício para a pessoa idosa em janeiro de 1996: beneficiários em outubro de 2010: beneficiários benefício para pessoa com deficiência em janeiro de 1996: beneficiários em outubro de 2010: beneficiários

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16 Fonte: Síntese/DATAPREV, atualizado em 13.10.2010
Notas: 1) As informações de 2010 são projeções que incorporam o realizado até setembro do referido ano. 2) Valores monetários em R$ de set/2010. Deflator: INPC. 3) Deflator INPC centrado aproximadamente em 1° de julho através de média geométrica.

17 Recursos investidos Previsão de investimentos para 2010: 20,2 bilhões de reais, atendendo a 3,4 milhões de pessoas. Percentual dos Recursos investidos no BPC em Relação ao PIB por Ano: 0,55 em 2009 Atualmente o BPC representa cerca de 85% dos recursos do FNAS.

18 Aproximação de cobertura do BPC sobre a população*
BPC sobre população idosa População idosa - 65 anos ou mais BPC pessoa idosa (9,8%) BPC sobre população com deficiência População com deficiência (estimativa) BPC pessoa com deficiência (14,5%) (6,25%) BPC sobre população brasileira População brasileira BPC (Previsão) (1,8%) Fonte: Censo 2000/IBGE; PNAD 2008/IBGE; BIBLIOTECA VIRTUAL DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO *Ressalva para conceitos diferenciados de pessoa com deficiência

19 Perfil do beneficiário do BPC
Distribuição percentual dos benefícios por espécie, segundo sexo do beneficiário Fonte: DATAPREV – Março/2010

20 Perfil do beneficiário do BPC
Pirâmide etária dos beneficiários Pessoas com Deficiência Fonte: DATAPREV – Março/2010

21 Perfil do beneficiário do BPC
Pirâmide etária dos beneficiários Idosos Fonte: DATAPREV – Março/2010

22 Escolaridade dos beneficiários com deficiência:
Não alfabetizados = 65,7% 1 grau incompleto = 29,2% 1 grau completo + = 5,1%

23 Classificação Internacional de Doenças (CID)
Distribuição dos benefícios BPC para pessoas com deficiência segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID) Classificação Internacional de Doenças (CID) Beneficiários % Retardo mental moderado 6,96 Retardo mental grave 6,33 Paralisia cerebral 71.887 4,40 Esquizofrenia 43.200 2,64 Síndrome de Down 35.415 2,17 Retardo mental não especificado 25.805 1,58 Seqüelas de doenças cerebrovasculares 23.512 1,44 Cegueira, ambos os olhos 22.647 1,39 Esquizofrenia paranóide 21.450 1,31 Retardo mental leve 20.872 1,28 Retardo mental profundo 20.256 1,24 Surdo-mudez não classificada em outra parte 17.824 1,09 Epilepsia 16.652 1,02 Subtotal (13 primeiras doenças) 32,85 Outras 67,15 Total 100 Fonte: DATAPREV – Março/2010 Nota: O agregado Outras possui 4 mil doenças e a participação individual de cada uma é inferior a um ponto percentual. Nota 2: Retardo mental – todos códigos perfazem 17,39%

24 Distribuição dos benefícios por espécie segundo regiões brasileiras
Região PCD Idoso Total Beneficiários % Norte 10,53 9,65 10,11 Nordeste 38,65 31,10 35,01 Sudeste 31,34 39,45 35,25 Sul 11,93 11,05 Centro-Oeste 7,55 9,68 8,58 Brasil 100 Fonte: DATAPREV – Março/2010

25 Percentual de distribuição do BPC por unidade da federação
Fonte: DATAPREV – Março/2010

26 Contribuição prévia à Previdência Social
de benefícios concedidos*, (19,86%) foram concedidos a beneficiários que tiveram algum vínculo com a Previdência Social, sendo que destes, (42,82%) informaram ter contribuído entre 13 e 60 meses e (1,71%) mais de 180 meses. (* registrados no Sistema de Administração de Benefícios por Incapacidade –SABI no período de 2000 até maio de 2007) 41,2% dos beneficiários do Sudeste entrevistados já trabalharam, deste 19,7% foram contribuintes da P.S. por algum período (pesquisa MDS/UFF, 2006)

27 BPC no contexto do SUAS Política Nacional de Assistência Social - PNAS , em 2004 e Norma Operacional Básica do Sistema Único da Assistência Social - NOB/SUAS, em 2005 Cria-se o vínculo do BPC com a dinâmica da política de assistência social; Ratifica diretrizes para articulação entre benefícios e serviços e, prioriza-se acompanhamento socioassistencial dos beneficiários do BPC pelos Municípios; Pactuação entre os entes federados: definição responsabilidades de cada ente federado visando assegurar o direito de acesso a serviços socioassistenciais Busca-se garantir a ação intersetorial com as demais políticas públicas.

28 Integração e articulação do BPC com serviços socioassistenciais e das demais políticas setoriais
O BPC alcança sua maior eficácia a partir da integração ao conjunto dos serviços socioassistenciais e das demais políticas setoriais, com o objetivo de contribuir para o atendimento de necessidades dos beneficiários e desenvolvimento de suas capacidades e de sua autonomia.

29 Repercussões As avaliações sociais do processo de revisão do benefício apontam que é expressivo o número de famílias que tem o BPC como a única renda familiar de caráter continuado, contribuindo assim para retirar estes contingentes do patamar de indigência. Dados da revisão do benefício ainda indicam que as principais despesas cobertas com os recursos do benefício são prioritariamente alimentação, medicamentos e despesas gerais com tratamento de saúde. Pesquisa (MDS/UFF, 2006) aponta principal aplicação dos recursos do BPC: 86% aplica em alimentação; 82% aplica em itens da saúde Estudo tendo como referência dados da PNAD (IBGE,2006), a partir da escolha de algumas categorias que têm relação direta com a condição de vida da população com rendimento de até um salário mínimo, considerando intervalo de 1996 a 2006, permite inferir que a garantia de rendimento de um salário mínimo tem significativo impacto na melhoria das condições de vida. (Couto, Reis, Prates e Martinelli; 2007)

30 Pesquisa recente do IPEA sobre efeitos econômicos do gasto social *
BPC tem um dos maiores multiplicadores da renda familiar e do PIB, dentre as transferências: R$1 gasto no BPC gera R$1,38 de PIB e R$2,20 de renda familiar, ou seja, seu valor é multiplicado pois ele gera poder de compra, que gera empregos, que gera mais poder de compra e assim por diante. O gasto de 1% do PIB no BPC aumenta a renda per capita das famílias rurais cujo chefe tem menos de 1 ano de escolaridade (analfabeto) em 9,1%, enquanto aumenta a renda das famílias urbanas com chefe analfabeto em 8,8% - muito importante para atenuar a pobreza urbana, mas também para atenuar a pobreza rural, uma vez que seu valor é muito significativo quando adicionado à baixíssima renda per capita de tais famílias *A ser lançada na Conferência do Desenvolvimento, promovida pelo Ipea nos dias 24 a 26/11

31 Repercussão do BPC sobre dimensões da subjetividade humana
Ainda existem poucos estudos sobre o BPC que tratam da avaliação de impacto na vida dos beneficiados. Pesquisa em curso contratada pelo MDS visa suprir esta lacuna. Há, contudo, alguns estudos nos quais as narrativas coletadas das pessoas deficientes atendidas pelo BPC demonstram uma relação entre a efetivação do direito à assistência social e a possibilidade de mudança nas noções de cidadania experimentada por essas pessoas. O que possibilita essas narrativas são mudanças perceptíveis nas noções de bem-estar devido o acesso ao benefício. A garantia mensal de um salário mínimo além de permitir alterar os padrões de consumo dos beneficiários e suas famílias se configura em segurança social e econômica.

32 Aprimoramento do arcabouço legal
Decreto 6.214/2007, traz como principais avanços: 1) Possibilidade de retorno ao BPC após experiência de participação no mercado de trabalho: “a pessoa com deficiência que tiver o seu benefício cessado, inclusive em função do ingresso no mercado de trabalho, não ficará impedido de acessar posteriormente um outro BPC desde que atendidos os requisitos legais.” 2) Conceito de incapacidade que passou a considerar atributos da pessoa com deficiência e os fatores ambientais: “fenômeno multidimensional que abrange limitação do desempenho de atividade e restrição da participação, com redução efetiva e acentuada da capacidade de inclusão social, em correspondência à interação entre a pessoa com deficiência e seu ambiente físico e social” 3) Novo Modelo de Avaliação da Deficiência e do Grau da incapacidade, com base na Classificação Internacional de Funcionalidades, Incapacidade e Saúde – CIF, da Organização Mundial da Saúde – OMS - Esse Novo Modelo de Avaliação da deficiência e do grau de incapacidade, implantado a partir de junho de 2009, é composto por avaliação médica e avaliação social realizadas por profissionais do INSS. Ao tomar por base a CIF, reforça a importância das barreiras sociais na obstrução da participação plena e efetiva na sociedade, e não mais apenas os aspectos físicos ou biológicos.

33 Aprimoramento do arcabouço legal
Alteração do Decreto nº 6.214/2007 institui a garantia de retorno ao benefício da pessoa com deficiência que tenha sua experiência de trabalho cessada sem adquirir direito previdenciário; garantir que o benefício não seja cancelado nos períodos de intervalo de revisão bienal, mesmo que qualquer outro membro da família tenha sua renda aumentada, elevando a renda per capita familiar. PL SUAS Altera conceito de família Respalda avaliação médica e avaliação social

34 Desafios Fortalecer o BPC como prestação não contributiva da Seguridade Social Manutenção da referência do salário mínimo como valor do BPC Reafirmar o BPC como benefício que atende público com vulnerabilidades especificas decorrentes de ciclo de vida e barreiras sociais Legitimidade político social para garantir a sustentabilidade de seu financiamento. Fortalecer a gestão no âmbito do SUAS Incrementar investimentos em estudos e pesquisas sobre o BPC e seus impactos na vida dos beneficiários. Enfrentar limitações de captura de informações de quem são as pessoas que compõem o contingente da população com deficiência para mensurar a população não abrangida pelo BPC e outras transferências, com vistas à projeção de impactos no redesenho das políticas

35 Desafios - continuidade
Ajustar desenho: alteração do conceito de família já incorporado no Projeto de Lei em tramitação no Congresso Nacional (PL SUAS) Criar e regulamentar mecanismos para otimizar a compatibilidade do BPC com a possibilidade de qualificação profissional e oportunidade de inserção no mercado de trabalho dos beneficiários pessoa com deficiência Assegurar novo modelo de revisão introduzindo parâmetros para aferir se os objetivos pretendidos com o BPC foram alcançados Flexibilizar formato do BPC permitindo atender de forma diferenciada diferentes necessidades do seu público

36 Desafios – continuidade
Ampliar a cobertura do BPC Ampliar a articulação do BPC com serviços e programas das políticas em geral Explicitar mais a relação entre assistência social e a previdência social, bem como discutir novas formas de proteção ao trabalho e ampliar o reconhecimento de diferentes formas de trabalho. Fortalecer as políticas sociais Garantir proteção social a todos brasileiros sem restringir direitos já consolidados.

37 Contato no MDS Maria José de Freitas maria.jfreitas@mds.gov.br


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