Palestra: Prof. Jorge Schütz Dias

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Apresentação em tema: "Palestra: Prof. Jorge Schütz Dias"— Transcrição da apresentação:

1 Palestra: Prof. Jorge Schütz Dias
CESEP PASTORAL URBANA Palestra: Prof. Jorge Schütz Dias

2 REFERENCIAIS Casiano Floristán - pastoralista David Bosch – missiólogo
Zygmunt Bauman – sociólogo

3 Industrialização – Urbanização - Tecnologização “Por volta de 1870, a renda per capita na Europa Industrializada era 11 vezes mais alta que nos países mais pobres do mundo. No decorrer do século seguinte, a discrepância cresceu cinco vezes e chegou a 50 vezes por volta de 1995” Pierre Bourdieu afirma: “ a capacidade de fazer projeções futuras é a condição sine qua non de todo o pensamento transformador e de todo o esforço para reexaminar e reformar o presente estado das coisas – contudo, projetar-se no futuro não é algo provável de ocorrer com pessoas que não tenham um controle do seu presente” BAUMAN, Z. A sociedade individualizada – vidas contadas e histórias vividas. Rio de Janeiro: Zahar P 28;42

4 I. O urbano e o humano * apontamentos sociológicos*

5 A sociedade desarraigada

6 A sociedade desarraigada
A cultura da dúvida

7 A sociedade desarraigada
A cultura da dúvida Lidar com o diferente

8 A sociedade desarraigada
A cultura da dúvida Lidar com o diferente A lentidão da educação (processo educacional)

9 A lentidão da educação (processo educacional)
A sociedade desarraigada A cultura da dúvida Lidar com o diferente A lentidão da educação (processo educacional) O sofrimento humano

10 O olho da câmera A sociedade desarraigada A cultura da dúvida
Lidar com o diferente A lentidão da educação (processo educacional) O sofrimento humano O olho da câmera

11 A doutrinação das lógicas formais A sociedade desarraigada
A cultura da dúvida Lidar com o diferente A lentidão da educação (processo educacional) O sofrimento humano O olho da câmera A doutrinação das lógicas formais

12 O Poder e o DESPODER A sociedade desarraigada A cultura da dúvida
Lidar com o diferente A lentidão da educação (processo educacional) O sofrimento humano O olho da câmera A doutrinação das lógicas formais O Poder e o DESPODER

13 II. Pastoral na Perspectiva do Urbano e do Humano

14 “A missão cristão do século XX exige da Igreja fidelidade na proclamação do Evangelho, uma reorganização de sua relação com Deus, consigo mesma e com o mundo, e uma mudança de estratégia. A estratégia que a cultura pós cristã requer que a igreja se envolva na penetração do evangelho em cada estrutura (geográfica e social) do mundo secular, na mobilização de cada um de seus membros e na renovação de sua metodologia evangelística. A renovação da metodologia missionária da Igreja é necessária não somente porque esta perdeu seu ponto de contato (a cultura cristã) com as massas (especialmente do ocidente), mas também por ter abandonado a metodologia da Igreja primitiva (...) E tem três aspectos, caracterizados por três palavras gregas: Koinonia, diakonia e kerigma” (Orlando Costas)

15 Nas cidades maiores a consciência societária ou da comunidade desloca-se para a valorização do indivíduo ou de grupos espontâneos. (...) o individuo assume o centro das decisões (Libânio) A cidade oferece ao cidadão um espaço amplo entre sua base residencial e seu trabalho. Entre seu trabalho seu lugar sagrado ou de culto. Entre seu lugar de culto e sua residência. Ele circula incógnito agora por um novo espaço denominado "espaço publico", que ele o compartilha com outras transeuntes, visitantes de lojas e shoppings, bordeis, restaurantes e uma imensidade de portas abertas convidando-o para o encontro com o novo.(J.Dias) Falar em urbanização é falar de cidades seculares, grandes e poderosas: elas se estendem como gigantes, bigas de ferro, inimigas das Igrejas. Hoje em dia, uma cidade sozinha pode ter entre 20 a 25 milhões de habitantes. Assim como um gigante, ela berra às portas da Igreja: Aqui estou eu, o que você está fazendo por mim? (Grigg)

16 Concepções de Cidade: Cidade Funcional ou Materialista - É uma máquina. Realiza funções, mas não se dirige ao homem que ali existe. Supõe que o homem é um ser que come, anda, trabalha, dorme, se diverte e só. Cidade centro de poder - cidades antigas, nações poderosas. O palácio real, burocracia, exército e comércio, fabricação de armas, tudo para manutenção do estado. Esta cidade está a serviço dos poderes que lhe deram origem. Cidade centro de relações humanas - Concepção humanista, em que a cidade não pode ser reduzida a monumentos e conjuntos de coisas, mas o essencial são as relações humanas. A cidade no sentido da pólis grega e comunidade cristã, construída sobre a tríade liberdade, igualdade e fraternidade. (J.Comblin)

17 Pastoral (...) entendida como ação do povo de Deus na realidade cotidiana na relação tempo e espaço, onde o ser humano se encontra. A preocupação básica da pastoral é a eficácia e a relevância da fé cristã. (Clovis Castro) A pastoral urbana não pode separar-se do símbolo da esperança. Não é estática, por isso é marcada pela dinâmica que se desprende da prática da Igreja que é motivada pelo Espírito a criar sinais do Reino de Deus e a mostrar e viver a justiça divina através de palavras e atos (...) (Geoval Silva)

18 Causas do empobrecimento da Cidade de São Paulo (um exemplo):
(1) Em 1991, de cada R$ 10 arrecadados na cidade, R$ 2,00 ficavam nela. Em 2001, para o mesmo valor coletado, só R$ 0,95 permaneceram em SP. O restante foi para o governo federal. (2) O orçamento paulistano de R$ 17 bilhões em 1992, caiu para R$ 11 bilhões em 2003. (3) A carga tributária na cidade, que correspondias a 26,8 % de toda a riqueza produzidas em 1991, subiu para 52,2% em 2001. Os culpados são: os tributos e taxas federais (Folha de SP, 2006) Estes dados apontam subsídios importantes para que a igreja, inserida numa cidade como São Paulo, reformule sua proposta de pastoral visto que o próprio poder público indica um processo de pauperização da população urbana com crescentes índices de violência, comprometimento no processo de formação cultural e educacional atingindo principalmente jovens e crianças.

19 As práticas pastorais urbanas desenvolvidas pelas Igrejas encontrarão adequação contextual e melhor expressão de sua fenomenologia doutrinal, histórica, teológica e missionária a partir da consideração de quatro eixos, a saber: 1) Imersão histórica e social no contexto em que se inserem, a partir de pesquisas sociais, econômicas, éticas e religiosas. 2)Eleição dos pobres como princípio de hermenêutica de sua prática pastoral, a partir do Cristo Encarnado e missionário aos pobres. 3) Entender-se vulnerável, assim como todo o segmento social em seu contexto, e nesta vulnerabilidade ser agente de transformação do homem e do meio. 4) Dialogar com comunidades em situações homólogas localizadas em outras zonas de fronteira, e promover a transformação a partir de seus modelos e mecanismos institucionais, adaptando sua linguagem e liturgia. (J.Dias)


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