Carregar apresentação
A apresentação está carregando. Por favor, espere
PublicouThalita Carneiro Sequeira Alterado mais de 10 anos atrás
1
AS CANTIGAS A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus, se non dade-me-a morte
2
A LITERATURA GALEGO PORTUGUESA
3
HISTORIA A literatura galego-portuguesa medieval é aquela escrita en galego-portugués en diversas zonas da Península Ibérica entre os séculos XII e XV. Esta inclúe lírica sacra e profana e diferentes tipos de prosa. Este é un período de esplendor xa que é cando a literatura galego-portuguesa acada un prestixio que vai ir perdendo nos séculos seguintes. A importancia que tivo a literatura en galego-portugués para a península Ibérica pódese comparar á importancia da literatura occitana en Europa Central e do Mediterráneo.
4
IDADE MEDIA A Idade Media vai estar socioeconómicamente caracterizada polo sistema feudal. Desde o século VII, o feudalismo converteuse na base política e económica de Europa. Nas sociedades feudais, o vasalo recibía terras do seu señor e quedaba baixo a súa protección e autoridade, a cambio de retribuír unha boa parte dos beneficios da dita terra ao seu propietario Un vasalo axeonllado realiza a inmixtio manum durante a homenaxe ao seu señor (sentado), e un escribente toma nota. Representación do modo de vida no Feudalismo.
5
FEUDALISMO Entre os séculos VIII e XI consolídase o sistema feudal grazas ao afianzamento da nobreza laica e ao seu poderío militar, o cal deriva nun poderío xurisdicional. A Igrexa, pola súa parte, é en Galiza a propietaria da maior parte das terras Castelo de Souto Maior entre a Terra de Montes e o Condado. Unha familia nobre podía fundar ou mellorar mosteiros. Na imaxe, mosteiro de Caaveiro
6
A SOCIEDADE FEUDAL REI CLERO e NOBREZA POBO
7
A IGREXA E O FEUDALISMO SAMOS SOBRADO DOS MONXES OSEIRA
8
CLERO a Igrexa estaba mo ben organizada : o Papa é o senhor supremo dos Reis; os clérigos eran os transmisores da cultura; a Igrexa era posuidora de todos os bens; a excomuñón era a grande arma do clero.
9
GALICIA NA IDADE MEDIA O século XII vai ser un século esplendoroso en Galiza. O aumento da demografía permitirá na extensión das actividades agropecuarias, co conseguinte aumento das actividades mercantís, baseada en produtos agrícolas levados a centros urbanos para seren trocados por produtos manufacturados
10
Socio - cultural Contexto
Durante a Idade Media fraguáronse os trazos básicos da Galicia de hoxe. Por unha parte organizouse o territorio, coa aparición de aldeas e cidades, parroquias e bispados; por outra parte definiuse a explotación dese espacio a partir da fragmentación da terras e a aplicación do sistema foral; por último, configurouse unha sociedade basicamente campesiña e mariñeira
12
Lírica galego_portuguesa
Non chegou, madre, o meu amigo, e hoj'ést'o prazo saído! ai, madre, moiro d'amor! Non chegou, madre o meu amado e hoj'ést'o prazo passado! ai, madre, moiro d'amor Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo! E ai, Deus!, se verrá cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado! E ai Deus!, se verrá cedo
13
VALOR DA POESIA MEDIEVAL
Interese social e histórico - sentimentos de homes e mulleres; - alguns usos e costumes da época; - relacións entre fidalgos e vasalos ; - loitas entre trobadores e xograres - covardia de alguns militares; - etc. Interese artístico e estilístico Interese para o estudo linguístico diacrónico
14
OS POETAS TROVADORES SEGREL XOGRAR MENESTREL TROBADOR SOLDADEIRA
O nome provén do verbo trobar, que significaba "compor versos XOGRAR O xograr adoitaba ser capaz de tocar instrumentos, cantar, contar historias ou lendas, recitar poemas. SEGREL Tipo de xograr galico-portugués que compoñía cantigas recibindo un salario. Músico-poeta ambulante da Idade Média. MENESTREL SOLDADEIRA Muller de discutible moralidade
15
CANTIGAS DE AMIGO Feição autóctone (origem galaico-portuguesa).
A donzela (moça solteira) exprime a sua situação amorosa ou os seus dramas na relação com o amigo. A donzela é uma moça simples, por vezes ingénua, mas enamorada. O amor é natural, espontâneo.
16
Senhor, eu vivo coitada vida des quando vós nom vi; mais pois vós queredes assi, por Deus, senhor bem talhada, queredes-vos de mim doer ou ar leixade m’ ir morrer. Por Deus, mha senhor fremosa. vós sodes tam poderosa de mim que meu mal e meu bem em vós é todo; [e] porem ou ar leixade m’ir morrer.
17
AMOR Eu vivo por vós tal vida que nunca estes olhos meus
dormem, mha senhor; e por Deus, que vos fez de bem comprida queredes-vos de mim doer ou ar leixade m’ ir morrer. Ca, senhor, todo m’ é prazer quant’ i vós quiserdes fazer. D. Dinis AMOR
18
Amigo Se vistes meu amigo, O por que eu sospiro?
Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo? E ay Deus, se verrá cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado? Se vistes meu amigo, O por que eu sospiro? E ay Deus, se verrá cedo! Se vistes meu amado, por que ey gran coydado? Martim Codax
19
ANÁLISE FORMAL n.º de estrofes n.º de versos por estrofe
presença ou ausência de refrão presença ou ausência de paralelismo métrica rima
20
POESIA LÍRICA GALEGO-PORTUGUESA
Sob esta designação são considerados os 1679 (Tavani) ou 1683 (D’Heur) textos poéticos compostos em galego- -português entre os finais do século XII e 1350. Estes poemas medievais em galego-português foram compilados e deram origem a colectâneas: - Cancioneiro da Ajuda - Cancioneiro da Vaticana - Cancioneiro da Biblioteca Nacional (Colocci-Brancuti) - Cantigas de Santa Maria
21
OS POETAS TROVADORES Trovador Jogral Segrel Menestrel Soldadeira
22
VALOR DA POESIA MEDIEVAL
Interesse social e histórico - sentimentos de homens e mulheres; - alguns usos e costumes da época; - relações entre fidalgos e plebeus; - lutas entre trovadores e jograis; - cobardia de alguns militares; - etc. Interesse artístico e estilístico Interesse para o estudo linguístico diacrónico
23
CANTIGAS DE AMIGO Feição autóctone (origem galaico-portuguesa).
A donzela (moça solteira) exprime a sua situação amorosa ou os seus dramas na relação com o amigo. A donzela é uma moça simples, por vezes ingénua, mas enamorada. O amor é natural, espontâneo.
24
O ambiente é rural ou marinho (sempre em contacto com a natureza)
O ambiente é rural ou marinho (sempre em contacto com a natureza). A natureza é muitas vezes a confidente ou reflecte o estado de espírito da donzela. O paralelismo é um elemento distintivo, bem como o uso do refrão. Possuem uma arquitectura simples
25
Cantigas de Amigo quanto ao tema:
Alvas, Albas, Alvoradas ou Serenas Barcarolas ou Marinhas Bailias ou Bailadas Pastorelas Cantigas de Romaria
26
Cantigas de Amigo quanto à forma:
Cantigas paralelísticas perfeitas ou paralelísticas puras Cantigas de mestria (tenções) Cantigas paralelísticas imperfeitas
27
Confidentes: - a mãe; - a irmã; - as amigas. Sentimentos: - o sofrimento de amor; - a morte de amor; - cuidados e ansiedade; - tristeza e saudade; - alegria na volta do amigo; - ódio aos mexericos.
28
- a ingénua; a confiada; a martirizada; a
Tipos psicológicos: - a ingénua; a confiada; a martirizada; a narcisada; a indiferente; a vingativa. Ambientes: - a fonte e o rio; - a praia e o campo; - a casa. Estabelecem-se algumas relações entre a natureza e a vida interior dos protagonistas das canções
29
CANTIGAS DE AMOR Influência provençal.
Simbologia amorosa (teoria do amor cortês). Os sentimentos expressos são os do homem (é o homem que fala; quando são cantigas dialogadas quem fala primeiro é o homem); o sujeito poético canta o amor por uma mulher superior a ele. O sujeito poético busca a melhor “senhor” mas esta não se alcança (inacessibilidade). Apresentação da coita como resultado de um castigo divino (divinizar a coita, hiperbolizar a coita).
30
Em algumas cantigas de amor, por influência do lirismo tradicional, está presente o paralelismo imperfeito e semântico. Nas nossas cantigas de amor há menos fingimento e mais sinceridade do que nas composições provençais. Factor concorrencial (segunda geração de trovadores).
31
Variedades das Cantigas de Amor
Canções de mestria Tenções Desacordos Prantos Cantigas de refrão
32
Influência provençal:
provençalismos (sen, cor, prez…); teoria do amor cortês; descrição da natureza; enredo entre cavaleiros e pastoras; análise introspectiva.
33
SÁTIRA TROVADORESCA A Arte de Trovar distingue duas modalidades de sátira: Cantigas de Escárnio (ridiculariza-se alguém com palavras simuladas; o processo estilístico é basicamente a ironia) Cantigas de Maldizer (ridiculariza-se alguém com palavras claras e directamente ofensivas) cf. Arte de Trovar
34
Características da Sátira Trovadoresca
É concreta e particular; fundamentalmente de carácter social; é, por vezes muito obscena. A poesia satírica galego-portuguesa oferece-nos um precioso testemunho sobre a Idade Média portuguesa e peninsular na medida em que documenta os seus costumes, sem a idealização da cantiga de amor, e nos informa sobre os factos históricos e sociais mais relevantes.
35
Cantigas de Escárnio e de Maldizer temas:
a cruzada da Balteira; o escândalo das amas e tecedeiras; a decadência e a sovinice dos infanções; a deposição de D. Sancho II e a entrega dos castelos ao Conde de Bolonha, futuro D. Afonso III; as disputas entre jograis; a traição dos fidalgos na guerra de Granada; o desconcerto do mundo;
36
a vida duvidosa das soldadeiras;
amores entre fidalgos e plebeias; as mentiras do amor. A Sátira Trovadoresca visa ainda outras entidades, como: - os fidalgos prepotentes; os reis e outros nobres que viajam muito; os peregrinos e as suas gabarolices de aventura; os fidalgos pelintras; os membros do clero, as abadessas e freiras e os cavaleiros das ordens militares; os trovadores e os jograis; os médicos, os juízes e os juristas; os ladrões, os linguareiros, os avarentos…
37
O galego-português No período trovadoresco, o galego-português foi adoptado por todos os poetas peninsulares. (Como se explica tal hegemonia?) Características: uso de hiatos terminações nasais uniformidade genérica (…)
38
Prosa no período trovadoresco
A prosa literária inicia-se nos mosteiros com as traduções do latim. Documentos de carácter histórico: cronicões e nobiliários (livros de linhagens). As canções de gesta (“Chanson de Roland”) e as novelas de cavalaria. As novelas de cavalaria ciclo carolíngio ciclo clássico ou greco-latino ciclo bretão A Demanda do Santo Graal O Amadis de Gaula
39
As obras dos príncipes de Avis.
A historiografia. A prosa didáctica.
40
A literatura galego-portuguesa medieval é aquela escrita en galego-portugués en diversas zonas da Península Ibérica entre os séculos XII e XV. Esta inclúe lírica sacra e profana e diferentes tipos de prosa. Este é un período de esplendor xa que é cando a literatura galego-portuguesa acada un prestixio que vai ir perdendo nos séculos seguintes. A importancia que tivo a literatura en galego-portugués para a península Ibérica pódese comparar á importancia da literatura occitana en Europa Central e do Mediterráneo.
Apresentações semelhantes
© 2025 SlidePlayer.com.br Inc.
All rights reserved.