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PSICOLOGIA HOSPITALAR CLÍNICAS MÉDICAS
A atuação do Psicólogo em Clínica Médica.
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Contextualização histórica
A Psicologia Hospitalar passou por grandes transformações até chegar aos moldes de formato, prática humanizada e olhar do indivíduo em sua totalidade como nos dias atuais. Seu surgimento data do final do séc XX, sendo no Brasil em meados da década de 60. Onde obteve sua entrada no hospital através da Psiquiatria e do movimento Psicossomático, possibilitando o trabalho e compreensão dos aspectos psicológicos dos indivíduos. O modelo de atuação do psicólogo hospitalar era o biomédico, influenciado em sua prática pela Medicina Científica, que visava a objetividade, enfatizava a técnica, estabelecia a compreensão da relação de saúde e doença dos pacientes como apenas biológica, com relações de causa e efeito e de maneira explicativa, obedecia a hierarquização e status do poder médico e negava a existência individual do paciente, não compreendendo-o em sua totalidade e integridade.
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O Modelo Biopsicossocial
Contudo o modelo biomédico passou a ser questionado por não ser totalmente eficiente em matéria de entender os problemas individuais dos pacientes em situação de hospitalização. Com a necessidade de buscar um novo enfoque, que possibilitasse melhor compreensão do indivíduo em seu processo de saúde e adoecimento, que integrasse práticas dos diversos profissionais no ambiente hospitalar, juntando as ciências médicas e sociais, surge do modelo biopsicossocial. Proposto por entender o processo de relação saúde e doença, como uma construção social, psíquica, biológica e cultural do homem; onde os processos atuam e interdependem-se dentro de uma ampla gama de aspectos da vida do paciente, em sua relação com a sociedade, saúde e doença.
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A Psicologia da Saúde A Psicologia da Saúde atualmente agrega o educacional, científico e o profissional da Psicologia. Não somente como avaliação, mas como promoção e manutenção da saúde, prevenção, tratamento de doença, identificação da etiologia, diagnóstico e disfunções. A atuação hospitalar envolve um fazer interdisciplinar com a prática de diversos profissionais em suas especialidades. Como exemplo: Medicina, Psicologia, Pediatria, Ginecologia, Cirurgia, Enfermagem, Urologia e etc. O Psicólogo trabalha em saúde numa tentativa de integração das dimensões psicológica, biológica e social, intervindo de maneira diferenciada e estrutura a partir da avaliação, diagnóstico e tratamento dos aspectos psicológicos que interferem na experiência particular de cada adoecimento, doença e cura, relação membro da equipe de saúde-paciente e de paciente-experiência de internação.
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Interconsulta A interconsulta pode ser compreendida como uma consulta realizada por um profissional de saúde a um paciente hospitalizado, mediante a solicitação do profissional envolvido com os seus cuidados no hospital. Envolvendo toda a equipe de saúde, paciente, médico, membros da equipe e a instituição. A Possibilidade dos cuidados com o paciente em atendimento multiprofissional, abarca muitos dos aspectos envolvidos no processo de adoecer e hospitalização. Onde cada membro da equipe de saúde colabora com as suas especialidades, contando com a participação ativa do paciente. Como interconsultor o psicólogo também atua como sendo um facilitador da comunicação entre os profissionais da saúde, o paciente e o familiar. Compreendendo as dinâmicas interpessoais dos relacionamentos efetivados e atendimento integrado.
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A falta de atendimento A falta de atendimento psicológico pode prolongar ou até mesmo dificultar o tratamento e as ações da equipe, pois sem essa atenção fica vedado o processo de relação do paciente e seus familiares a situação de doença e hospitalização, limitando-os a desvendar complexas associações entre seu momento de adoecer atual, saúde psicológica e hospitalização.
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O ser doente e a hospitalização
Segundo Simonetti (2004) a vivência do adoecimento e hospitalização relaciona-se diretamente aos aspectos psicológicos do paciente e pode propiciar condições favoráveis para uma abordagem das questões subjetivas. À psicologia fenomenológica compreende o processo do adoecer como uma desarmonização, onde o estar doente consiste em desequilíbrios, abalando o ser humano estruturalmente em sua condição de ser, mudando sua dinâmica, interferido em suas relações consigo mesmo e com o seu mundo, delimitado a vivência da doença, atribuindo a sua existência ao “estar doente”. Portanto, o trabalho do psicólogo hospitalar está em resgatar esse ser como alguém que está doente, mas reconhecendo-o como um ser dotado de capacidades e que por diversos motivos adoeceu. Resgatando o equilíbrio e a integração desse ser doente em sua totalidade, entendendo-o como um indivíduo biopsicossocial.
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O Psicólogo Hospitalar e suas práticas
O trabalho do Psicólogo Hospitalar visa o restabelecimento do estado de saúde do doente ou, ao menos, ao controle dos sintomas que prejudicam seu bem-estar. Das tarefas do psicólogo que trabalha em hospital estão listadas seis funções: 1) função de coordenação: relativa às atividades com os funcionários do hospital; 2) função de ajuda à adaptação: em que o psicólogo intervém na qualidade do processo de adaptação e recuperação do paciente internado; 3) função de interconsulta: atua como consultor, ajudando outros profissionais a lidarem com o paciente; 4) função de enlace: intervenção, através do delineamento e execução de programas junto com outros profissionais, para modificar ou instalar comportamentos adequados dos pacientes; 5) função assistencial direta: atua diretamente com o paciente, e 6) função de gestão de recursos humanos: para aprimorar os serviços dos profissionais da organização.
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Função assistencial direta
No contato direto com os pacientes em situação de internação o Psicólogo Hospitalar atua com caráter preventivista, diagnóstico e terapêutico a pacientes, familiares e à equipe de saúde. Visando sempre o paciente em sua história pregressa, o ser e o estar doente, a relação do doente com a internação e a intervenção terapêutica voltada ao ser doente. O trabalho inclui entrevistas com o paciente, sua família e a equipe profissional, para obtenção de informações como história e hábitos de vida e mudanças ocorridas após o adoecimento, aplicação de escalas para avaliação do comportamento e observação direta do comportamento.
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Função assistencial direta
Nos registros de atendimento devem constar os dados de identificação como sexo, escolaridade, faixa etária, estado civil, procedimentos de avaliação do paciente (entrevista, observação direta, escalas padronizadas de avaliação), procedimentos aplicados (técnicas e tipos de atendimento) e resultados da intervenção (mudanças relatadas e observadas após a intervenção psicológica). Ao chegar um pedido de interconsulta o psicólogo irá se deparar com um problema (queixa clínica). À partir deste problema propõe maneiras de avalia-lo, entrevistando o paciente, aplicando escalas, conversando com equipe de saúde ou familiares, observando as interações do paciente. Avaliando os resultados obtidos tanto em termos de mudanças concretas quanto através do relato do paciente, equipe e familiares.
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Instrumentos e métodos
O psicólogo pode realizar psicodiagnóstico, com anamnese, avaliação psicológica e exame psíquico adaptado para a psicologia hospitalar, de acordo com modelo proposto por Sebastiani e Fongaro (1996). Após avaliações e levantamento de hipóteses diagnósticas, o psicólogo deve definir focos a serem trabalhados e estabelecer condutas terapêuticas. A Intervenção psicológica deve ser embasada pela terapia breve e/ou emergencial, dando suporte ao paciente, focada, levando em consideração o momento de crise vivenciado pelo indivíduo, doença e situação de hospitalização. Tal procedimento breve traz alívio ao desequilíbrio agudo, agindo preventivamente contra a cronicidade dos sintomas.
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Atendimentos Os atendimentos podem ocorrer em enfermarias, ao lado dos leitos juntou ou não a seus familiares, ou em outros ambientes da unidade como (unidade de diálise, sala de quimioterapia, bancos de sangue, unidade de terapia intensiva, unidade de recuperação, salas de emergência, pronto-socorro, etc.) e nos ambulatórios (gerais ou de especialidades). Após a realização do atendimento psicológico, o profissional deve realizar evolução psicológica, registrando e realizando o acompanhamento psicoterápico do paciente, em prontuário próprio ou sistema do serviço ou unidade de psicologia do hospital, seguindo-se evolução psicológica de cada caso.
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Considerações finais Compreendemos um pouco do papel do psicólogo, seu papel e prática em promoção da saúde, ação diagnóstica e interventiva, assim como os instrumentos e métodos possíveis de trabalho, mas acima de tudo visando o bem estar do paciente em situação de adoecimento e hospitalização. Auxiliando-o em seu resgate do equilíbrio, compreendendo-o como o um ser dotado de capacidades e potencialidades que por inúmeras circunstâncias adoeceu.
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