Desenvolvimento psicológico – construtivismo: Piaget (parte 1)

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1 Desenvolvimento psicológico – construtivismo: Piaget (parte 1)
Marcela Barone Mariana Figueiredo Marina Gomes Vinícius Coimbra

2 Jean Piaget Piaget nasceu em Neuchâtel (Suíça), em 1896.
Tem mais de 70 livros e monografias, além de centenas de artigos publicados.

3 Jean Piaget Pesquisou e escreveu nos seguintes campos: Biologia , Filosofia, Psicologia, Lógica, Sociologia, Teologia e História da Ciência, além de Física e Matemática.

4 Jean Piaget A idéia mestra de Piaget consiste em compreender a formação dos mecanismos mentais na criança para auxiliar o entendimento de sua natureza e funcionamento nos adultos Piaget apresentou uma Visão Interacionista: a relação de interdependência entre o sujeito e o objeto de conhecimento

5 Jean Piaget Sua posição filosófica era da Epistemologia Genética = um ponto de vista filosófico sobre a gênese do conhecimento A técnica básica de pesquisa de Piaget é o Método Clínico. No Brasil, Piaget começou a ser conhecido na década de 60, e a partir desse período foi incorporado o seu estudo no currículo dos cursos universitários

6 Jean Piaget As escolas maternais ou jardins de infância e, até mesmo, escolas de 1º grau começaram a utilizar o que denominaram de Modelo Piagetiano.

7 Conceitos Fundamentais
Hereditariedade O indíviduo herda uma série de estruturas biológicas (sensoriais e neurológicas) que predispõem ao surgimento de certas estruturas mentais. Em relação ao aspecto biológico podemos considerar que a maturação do organismo (principalmente o sistema nervoso central) contribui de forma decisiva para que apareçam novas estruturas mentais que contribuem para uma melhor adaptação ao ambiente.

8 Conceitos Fundamentais
Adaptação O Ambiente físico e social coloca continuamente a criança diante de questões que ronpem o estado de equilíbrio do organismo e ajudam a busca de comportamentos mais adaptativos. Piaget valoriza a curiosidade intelectual e a criatividade , sugerindo que o ato de conhecer é gratificante tanto para a criança quanto para o adolescente e o adulto, e se constitui numa força motivadora para seu próprio desenvolvimento. O processo de assimilação se refere à tentativa, feita sujeito, de solucionar uma determinada situação, utilizando uma estrutura mental de solucionar uma determinada situação, ou o novo elemento é incorporado e assimulao a um sistema já pronto.

9 Conceitos Fundamentais
O indivíduo tenta solucionar a nova situação com base em experiências antigas e posteriormente usando as especificidades dessa nova situação. O processo de adaptação intelectual é, pois , um processo extremamente dinâmico e envolve a todo momento tanto a assimiliação como a acomodação, possibilitando um crescimento, um desenvolvimento pessoal, na medida em que o sujeito adquire uma competência e uma flexibilidade cada vez maiores para lidar com as situações da vida prática.

10 Conceitos Fundamentais
Esquema Poderíamos dizer que a criança , através de seu aparato sensorial, dispõe apenas de sensações provenientes tanto do exterior quanto do interior, mas de nenhuma capacidade para discriminar qualquer uma delas. Com isso Piaget afirma que a partir de um equipamento biológico hereditário a criança irá formar estruturas mentais com a finalidade de organizar este caos de sensações e estados internos desconhecidos. O esquema constitui a unidade estrutural da mente e que, da mesma forma como as unidades estruturais biológicas, não é um elemento estático, porém, dinâmico e variado em seu conteúdo. Os esquemas estão em contínuo desenvolvimento de adaptação mais complexa a uma relidade que é percebida de uma forma mais abrangente

11 Conceitos Fundamentais
Equilíbrio É a organização das estruturas cognitivas em um sistema coerente, interdependente, e que possibilita ao indivíduo um tipo ou outro de adaptação à realidade. Podemos dizer a partir disso que o desenvolvimento é um processo que busca atingir formas de equilíbrio cada vez melhores. Em cada fase de desenvolvimento o indivíduo consegue uma determinada organização mental que lhe permite lidar com o ambiente, que muda, assim como ele.

12 Principais períodos do desenvolvimento
Segundo Piaget, podemos conceituar o desenvolvimento como um processo de equilibração progressiva. Estágio ou Período A criança é estimulada pelo ambiente físico e social.

13 Principais períodos do desenvolvimento
Teoria psicanalítica X Teoria piagetiana Cada fase corresponde a determinadas características que são modificadas em função da melhor organização.

14 Período Sensório-motor
0 a 24 meses O “eu” no início mostrando que a criança é o centro da realidade.

15 Período Pré-operacional
2 a 7 anos Criança ainda egocêntrica Em função da ausência de esquemas conceituais e da noção de conservação, a criança julga pelo que vê.

16 Período Pré-operacional
Desligamento da família A criança está presa às suas próprias perspectivas. Linguagem egocêntrica X Linguagem Socializada.

17 Período Pré-operacional
Desligamento da família A criança está presa às suas próprias perspectivas. Linguagem egocêntrica X Linguagem Socializada.

18 Período das Operações concretas
7 aos 11/12 anos Declínio do egocentrismo Agrupamento – origem lógico-matemática Egocentrismo na linguagem e egocentrismo social.

19 Período das Operações concretas
O pensamento é sem dúvida para Piaget, um dos aspectos centrais na adaptabilidade de homem ao seu meio circundante.

20 Período das Operações formais
12 anos em diante Consciente de seus próprios pensamentos A busca da identidade e da autonomia pessoal.

21 Período das Operações formais
Do ponto de vista piagetiano, podemos dizer que ao adquirir as capacidades mencionadas, o indivíduo atingiu a sua forma final de equilíbrio.

22 O Pensamento da criança
Piaget abordou o tema sob três perspectivas: O que falta a criança para raciocinar como um adulto normal de cultura média? Como se constroem as estruturas cognitivas? Para que serve a “epistemologia genética”?

23 O Pensamento da criança
A criança e o adulto: - A criança começa a sua vida sendo “pré-lógica” (mais tarde Piaget chamará esse período de pré-operatório). - As ações da criança constituem o ponto de partida das futuras operações da inteligência. - O pensamento da criança é egocêntrico.

24 O Pensamento da criança
A criança e o adulto: - Característica geral pela qual a lógica inicial da criança difere da adulta: a irreversibilidade. - A irreversibilidade ocorre devido à ausência inicial da descentralização e conduz às não-conservações. - As diversas formas de não-conservação ocorrem devido a um defeito inicial de operações não reversíveis. Ex: Não conservação de quantidade de um líquido.

25 O Pensamento da criança
As estruturas cognitivas Como se constroem as estruturas operatórias lógico-matemáticas ? Piaget escreveu uma obra sobre “a gênese do número da criança” que resultou numa nova explicação da elaboração do número fornecida pela psicologia da criança.

26 O Pensamento da criança
Psicologia e epistemologia genética O estudo genético da construção das noções e das operações permite responder algumas perguntas colocadas pelas ciências, no que diz respeito aos métodos de conhecimento. A psicologia da criança se prolonga para uma epistemologia genética. Ex: A noção de tempo e velocidade (teste com os bonecos).

27 Psicologia da Inteligência
Natureza dupla da inteligência: biológica e lógica. O indivíduo só age sob império da necessidade. As relações entre afetividade e conhecimento envolvem ações “primárias” e “secundárias”.

28 Psicologia da Inteligência
Os sentimentos atribuem objetivo a conduta, ao passo que a inteligência restringe-se a fornecer os meios (a técnica). Vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, porque todo intercâmbio com o meio pressupõe ao mesmo tempo estruturação e valorização.

29 Psicologia da Inteligência
A inteligência é essencialmente um sistema de operações vivas e atuantes; é a adaptação mental mais extremada. O que é adaptação ?! Só a inteligência é capaz de todos os desvios e retornos pela atividade e pelo pensamento.

30 Psicologia da Inteligência
A inteligência constitui o estado de equilíbrio no sentido a que tendem todas as adaptações sucessivas de ordem sensório-motora e cognitiva, assim como todas as trocas assimiladoras e acomodadoras entre o organismo e o meio.