DIDÁTICA: UMA BREVE INTRODUÇÃO

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Apresentação em tema: "DIDÁTICA: UMA BREVE INTRODUÇÃO"— Transcrição da apresentação:

1 DIDÁTICA: UMA BREVE INTRODUÇÃO
Prof. Edmar de Sousa Doutor em Geografia

2 Objetivos Geral Compreender as principais tendências pedagógicas.
Específicos Analisar as principais correntes/tendências pedagógicas. Compreender a ligação entre as tendências pedagógicas e a eucação escolar nos seus variados âmbitos. Correlacionar as tendências pedagógicas à melhoria do processo de ensino-aprendizagem.

3 Metodologia Exposição do conteúdo. Avaliação Mediadora.

4 Recursos utilizados Quadro branco Pincéis atômicos Notebook Datashow

5 Para início de conversa....
A sociedade vive imersa em uma modernidade líquida (BAUMAN, 2001). Sociedade complexa exige uma ciência e um pensamento complexo (MORIN, 2005). Sociedade dinâmica e mutável demanda um pensamento alargado (HANNOUN, 1998). Sociedades multiétnicas e multiculturais não comportam mais interpretações estanques (VESENTINI, 2009). Toda essa complexidade se constitui em um grande desafio para a educação na atualidade (BAUMAN, 2008).

6 Para início de conversa....
Essas complexidades exigem um novo modelo de: Escola (integral e focada no pleno desenvolvimento do educando). Ensino (contextualizado e mantendo profundo diálogo com o cotidiano do aluno).

7 Para início de conversa....
Existe um grave e perceptível descompasso entre o mundo da escola e o mundo do aluno (NETO e BARBOSA, 2010). Infelizmente: Escola (século XIX), Professor (século XX) e Aluno (século XXI) (RAMOS, 2015). A escola é quase sempre um ambiente insalubre para estudar e para aprendizagem. Educação não para controlar, manipular ou sujeitar, mas para despertar o interesse do aluno.

8 Para início de conversa....
Aluno não é um “gentio”, por isso não precisa ser convertido. Ter cuidado para que o debate de ideias não perda o seu caráter educador para ser doutrinamento moral. Além dos conteúdos conceituais (conceitos) e factuais (fatos / memorização) é preciso desenvolver conteúdos procedimentais (aprender fazendo) e atitudinais (valores). Obstáculos epistemológicos: ideias cristalizadas inibem a reflexão (BACHELARD, 1996).

9 Tendências pedagógicas
Papel dos professores Saviani (1997) e Libâneo (1990). Professor deve se apropriar delas. Não devem ser vistas de forma isolada. Atualmente, ocorre uma mistura de tendências.

10 Fonte: http://cmapspublic3. ihmc

11 1. Tendências Liberais Liberal não tem a ver com algo aberto ou democrático, mas com uma instigação da sociedade capitalista ou sociedade de classes. Sustenta a ideia de que o aluno deve ser preparado para papéis sociais de acordo com as suas aptidões, aprendendo a viver em harmonia com as normas desse tipo de sociedade, tendo uma cultura individual.

12 1.1 Tradicional Tem como objetivo a transmissão dos padrões, normas e modelos dominantes. Os conteúdos escolares são separados da realidade social e da capacidade cognitiva dos alunos, sendo impostos como verdade absoluta em que apenas o professor tem razão. Sua metodologia é baseada na memorização, o que contribui para uma aprendizagem mecânica, passiva e repetitiva. No ensino tradicional, o ensino é centralizado no professor e o alunos são receptores.

13 Fonte: http://4. bp. blogspot

14 1.2. Renovadora Progressiva
A educação escolar assume o propósito de levar o aluno a aprender e construir conhecimento, considerando as fases do seu desenvolvimento. Os conteúdos escolares passam a adequar-se aos interesses, ritmos e fases de raciocínio do aluno. Sua proposta metodológica tem como característica os experimentos e as pesquisas. O professor deixa de ser um mero expositor e assume o papel de elaborar situações desafiadoras da aprendizagem. A aprendizagem é construída através de planejamentos e testes. O professor passa a respeitar e a atender as necessidades individuais dos alunos.

15 1.3. Renovadora não diretiva (Escola Nova)
Há uma maior preocupação com o desenvolvimento da personalidade do aluno, com o autoconhecimento e com a realização pessoal. Os conteúdos escolares passam a ter significação pessoal, indo de encontro aos interesses e motivação do aluno. São incluídas atividades de sensibilidade, expressão e comunicação interpessoal, acentuando-se a importância dos trabalhos em grupos.  Aprender torna-se um ato interno e intransferível. A relação professor-aluno passa a ser marcada pela afetividade.

16 Fonte: http://wellingtonbarcelos. blogspot. com

17 1. 4. Tecnicista Enfatiza a profissionalização e modela o individuo para integrá-lo ao modelo social vigente, tecnicista. Os conteúdos que ganham destaque são os objetivos e neutros. O professor administra os procedimentos didáticos, enquanto o aluno recebe as informações. O educador tem uma relação profissional e interpessoal com o aluno.

18 Fonte: http://3. bp. blogspot

19 2. Tendências Progressistas
Analisam de forma critica as realidades sociais, cuja educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social, explicando o papel do sujeito como um ser que constrói sua realidade. Ela assume um caráter pedagógico e político ao mesmo tempo.

20 Tendências Progressistas
Reivindica ensino público, gratuito, democrático e de qualidade. Relação da Educação com o social, político, histórico e filosófico. Pretendem formar jovens críticos e reflexivos. Veem os alunos como agentes de transformação da sociedade. Incentivam a participação ativa dos alunos na sua própria formação, privilegiando técnicas didáticas que estimulam tais atitudes.

21 2.1. Libertadora O papel da educação é conscientizar para transformar a realidade e os conteúdos são extraídos da pratica social e cotidiana dos alunos. A metodologia é caracterizada pela problematizarão da experiência social em grupos de discussão. A relação do professor com o aluno é tida como horizontal em que ambos passam a fazer parte do ato de educar.

22 2.2. Libertária A escola propicia praticas democráticas, pois acredita que a consciência política resulta em conquistas sócias. Os conteúdos dão ênfase nas lutas sociais, cuja metodologia é está relacionada com a vivência grupal. O professor torna-se um orientador do grupo sem impor suas ideias e convicções.

23 2.3. Crítico-social dos conteúdos ou Histórico-Crítica
A escola tem a tarefa de garantir a apropriação critica do conhecimento científico e universal, tornando-se uma arma de luta importante. A classe trabalhadora deve apropriar-se do saber. Adota o método dialético, visto como o responsável pelo confronto entre as experiências pessoais e o conteúdo transmitido na escola. O educando participa com suas experiências e o professor com sua visão da realidade.

24 CINCO PASSO PARA A PRÁXIS SOCIAL NA EDUCAÇÃO (SAVIANI, 2008)
Prática social inicial. Problematização. Instrumentalização. Catarse (expressão elaborada da nova forma de entendimento). Voltar à prática social.

25 Correntes pedagógicas contemporâneas
MODALIDADES 1. Racional-tecnológica Ensino de Excelência Ensino tecnológico 2. Neocognitivistas Construtivismo pós-piagetiano Ciências cognitivas 3. Sociocríticas Sociologia crítica do currículo Teoria histórico-cultural Teoria sociocultural Teoria sociocognitiva Teoria da ação comunicativa 4. “Holísticas” Holismo Teoria da Complexidade Ecopedagogia Conhecimento em rede 5. “Pós-modernas” Pós-estruturalismo Neo-pragmatismo Fonte: (LIBANEO, 2005)

26 Construtivismo pós-piagetiano
A aprendizagem é resultado de uma construção mental realizada pelos sujeitos em interação com os fenômenos naturais e sociais. A faculdade de pensar não é inata nem é provida de fora. A noção-chave é o conflito sociocognitivo em situações de interação, envolvendo experiências sociais e culturais

27 Competências e habilidades do Aluno
Escolher, filtrar, interpretar, hierarquizar e correlacionar informações. Ser “educado” para a transformação social e não para o mero ajustamento social. Não somente fazer a crítica, mas se envolver com a mudança. Reconhecer a sociedade e a natureza de forma não fragmentada e vinculada à sua vida. Sair da aparência e caminhar em direção a essência.

28 Competências e habilidades do Aluno
Aprender: a conhecer, ser, viver/conviver e fazer (DELORS, 1998). Desenvolver competências, habilidades, valores e atitudes. Entender que o conhecimento não é dado, mas construído ao longo do tempo. Deixar de ser espectador para ser ator ativo.

29 Fonte: http://www. 4babies. com

30 Competências e habilidades do Professor
Ser intelectual: ousar, criar e inovar, professar, motivar e encantar. Gerar espanto e curiosidade. Mais do que repassar informações deve prezar pela comunicação com o aluno. Promover gestão dupla eficiente: gestão da matéria (questões técnicas) e gestão da sala (relação professor-aluno, pactos e acordos pedagógicos) (GAUTHIER, 1998). Gestar o seu Suicídio Pedagógico (HANNOUN, 1998)

31 A ideia central é..... Gerar uma aprendizagem significativa (AUSUBEL, 2003). Assim o conhecimento prévio do aluno é valorizado, através da atribuição de significado, gerando uma aprendizagem prazerosa e eficaz.

32 Para concluir !? Formação do cidadão ético, solidário, sem preconceitos, autocríticos e que assumam atitudes democráticas. Que os alunos saiam do respeito para a admiração das diferenças. Fomentar uma cidadania ativa a participativa. Ajudar a consolidar uma sociedade mais justa e equitativa, mas solidária e menos excludente. Que o aluno seja capaz de fazer várias leituras da realidade e dos problemas socioeconômicos e ambientais.

33 Referências Bibliográficas
AUSUBEL, David. Aquisição e Retenção de Conhecimentos: Uma Perspectiva Cognitiva. Lisboa: Plátano, 2003. BACHELARD, Gaston. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanalise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001. BAUMAN, Zygmunt. Los retos de la educación en la modernidad líquida. Gedisa Editorial. Argentina. 2008 CALLAI, Helena Copetti. A Geografia e a Escola: Muda a Geografia? Muda o Ensino? Revista Terra Livre, n. 16. (p ). São Paulo, 2001 CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. A formação de professores e o ensino de geografia (p ). In: Terra Livre, n. 14 (As transformações no mundo da educação). São Paulo: AGB, jan.- jul CAVALCANTI, Lana de Souza. O Ensino de Geografia na escola. Campinas: Papirus, 2012.

34 Referências Bibliográficas
DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. São Paulo: Cortez, 1998. GAUTHIER, Clermont et al. Por uma teoria da pedagogia: pesquisas contemporâneas sobre o saber docente. Ijuí (RS): Ed. UNIJUÍ, 1998. HANNOUN, Hubert. Educação: certezas e apostas. São Paulo: Editora da UNESP, 1998. HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2009b. KAERCHER, Nestor André. Quando a Geografia Critica pode ser um Pastel de Vento. Mercator – Revista de Geografia da UFC, ano 03, número 06 – Fortaleza, 2004. LACOSTE, Yves. Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas: Papirus, 1988. MORIN, Edgar. Ciência com consciência. 6ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

35 Referências Bibliográficas
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2005. OLIVEIRA, Christian Dennys M. Sentidos da Geografia Escolar. Fortaleza: Edições UFC, 2009 PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Tradução Patricia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artmed, p RAMOS, Mozart Neves. Escola do século XIX não consegue atrair jovens. Disponível em Acesso em 15 de julho de 2015. SIMIELLI, Maria Elena Ramos. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri (Org.). A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2007. TONINI, Ivaine Maria (org) et al. O ensino de geografia e suas composições curriculares. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2011. VESENTINI, José William. Repensando a geografia escolar para o século XXI . São Paulo: Plêiade, 2009.

36 Referências Bibliográficas
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítica-social dos conteúdos. 8. ed. São Paulo: Loyola, 1989. SAVIANI. Dermeval. Escola e democracia. 31 ed. Campinas: Autores Associados, 1997. GADOTTI, Moacir.  Pensamento Pedagógico Brasileiro.  São Paulo : Ática, 1988. LIBANEO, J.C. IN: Educação na era do conhecimento em rede e transdisciplinaridade. Campinas: Alínea, 2005

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