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Vigilância Epidemiológica da Meningite

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Apresentação em tema: "Vigilância Epidemiológica da Meningite"— Transcrição da apresentação:

1 Vigilância Epidemiológica da Meningite
Universidade Federal Fluminense Instituto de Saúde da Comunidade Departamento de Epidemiologia e Bioestatística Epidemiologia IV Vigilância Epidemiológica da Meningite

2 Vigilância Epidemiológica da Meningite
Objetivo - espera-se que os alunos: a)  conheçam o histórico e a dinâmica das epidemias de meningite no Brasil b)  entendam a lógica da investigação de casos, surtos e epidemias e o conceito de diagrama de controle; c) saibam que providências devem ser tomadas a cada nível do sistema de cuidados – assistência, notificação, investigação, controle e prevenção d) entendam os conceitos de caso suspeito e caso confirmado; e) compreendam a importância da notificação individual e impacto coletivo

3 Meningites bacterianas
15 a casos anuais Brasil – Neisseria meningitidis (meningococo) Diplococo gram-negativo intracelular. Diversos sorogrupos (antígeno polissacarídeo da cápsula), sorotipos, subtipos e imunotipos. Há 13 sorogrupos de N. meningitidis, porém apenas cinco (A, B, C, W135 e Y) estão mais freqüentemente associados à doença. Causam a doença meningocócica: meningite e/ou meningococcemia    Streptococcus pneumoniae Bactéria gram-positiva com característica morfológica esférica (cocos), disposta aos pares. É alfa-hemolítico e não-agrupável, possuindo mais de 90 sorotipos capsulares. Haemophilus influenzae Bactéria gram-negativa, com 6 sorotipos (antígeno polissacarídeo da cápsula) O Haemophilus influenzae, desprovido de cápsula, se encontra nas vias respiratórias, podendo causar doenças não-invasivas tais como bronquite, sinusites e otites. A forma capsulada do Haemophilus influenzae do tipo b é responsável por doenças invasivas (meningite, septicemia, pneumonia, epiglotite, celulite, artrite séptica, osteomielite e pericardite). Mycobacterium tuberculosis - Bacilo aeróbico estrito

4 Meningites virais 10 a 12.000 casos anuais Brasil –
mediana idade de 7 anos e cura 90 % 83,3% confirmados por citoquímica, 8,9% pela clínica e apenas 1,9% por isolamento viral. Vírus Dados associados Diagnóstico Enterovírus (Echovirus*, Coxsackie poliovirus) Exantema dor abdominal ou torácica Isolamento viral Orofaringe ou das fezes (raro no LCR) Sarampo Caxumba Varicela Parotidite, orquite Lesões da varicela Isolamento viral LCR Sorologia Herpes simples 2 Lesões herpéticas genitais Isolamento das vesículas ou do LCR Arbovírus Mialgias Adenovírus/ Influenza Tosse seca, pneumonia Isolamento viral do LCR

5 Histórico da meningite meningocócica no Brasil
Início do século XX – navios provenientes de Portugal e Espanha – pacientes com a doença (1906) Amostras de LCR destes pacientes– Instituto Bacteriológico de SP – Dr. Adolfo Lutz – comprovação do meningococo. 1910 – primeiro grande surto de meningite cérebro-espinhal em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba 1920 – início do tratamento intra-raquidiano com soroterapia (cavalos – soro antimeningocócico) – Hospital São Sebastião no RJ, Dr. Miguel Couto 1930 – Uso de sulfonamidas 1947 – Uso da penicilina Aqui pensei em dizer somente que esse gráfico apresenta a variação de casos (incidência) de meningite meningococica em SP no séc XX e agora vamos tentar entender essa variação – e ver em q esse entendimento ajuda o clinico no seu dia a dia e ajuda a contermos epidemias futuras. Achei melhor tratar incidencia e letalidade separadamente primeiro – apaguei da maneira mais porca ppossível a curva de letalidade OK!

6 HISTÓRICO DA MENINGITE MENINGOCÓCICA NO BRASIL
4 1 2 3

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8 Nº de casos p/ sorogrupo de menigococo
Meningite HISTÓRICO DA MENINGITE MENINGOCÓCICA NO BRASIL Município do Rio de Janeiro Nº de casos p/ sorogrupo de menigococo total A B C (pós-epidêmico) 142 11 71 224 (endêmico) 51 59 23 133 (nova epidemia) 16 1122 263 1401 O que é importante mostrar aqui? Fonte: Granado et al., 1997

9 DOENÇA MENINGOCÓCICA NO BRASIL

10 MENINGITE MENINGOCÓCICA NO BRASIL
Que fatores induziram a ocorrência das epidemias?  Grande número de suscetíveis (novos nascimentos) Modificação dos sorogrupos circulantes Vigência de situações de vulnerabilidade social Década de 20 - Meningococo A – 50% + C -25% Essa coisa de grande numero de suscetiveis é a causa da epidemia ter acontecido em ciclos de 20 anos? Li em algum lugar que na África as epidemias são de 10 em 10 anos, acho que é por aí... Década de 40 - Meningococo A 1971 a Meningococo C e depois A (superposição) A partir da década de Meningococo B e C

11 Vigilância epidemiológica
Meningite Como o profissional de saúde pode interferir no processo de disseminação das meningites meningocócicas? Vigilância epidemiológica das Meningites Vc acha meio burrinho falar assim, desnecessário e chatinho ou pertinente?

12 Vigilância epidemiológica das Meningites (SVE/Meningites)
Todas as atividades e atores envolvidos desde a identificação de UM CASO SUSPEITO até a adoção das medidas de PREVENÇÃO E CONTROLE DA DOENÇA NA COMUNIDADE. # assistência aos casos # NOTIFICAÇÃO/investigação # identificação e estudo das características do agente etiológico # análise epidemiológica do comportamento da doença na população. Acho que slide não ajuda

13 Caso suspeito Investigação imediata *DM – Doença meningocócia
Assistência ao caso Notificação imediata Investigação imediata Coleta de dados clínicos epidemiológicos Suspeita clínica de viral Suspeita clínica de bacteriana Caso isolado Surto DM* MHI** Outras bacterianas TEM UM ERRO AQUI – REPARA CASO VIRAL INDIVIDUA L AQUI NÃO COLHE E NO DIAGRAMA DE LAB COLHE... Mixei as transparências, introduzi assistenca ao caso aqui e tb intensificação na busca de casos – chamei isso de bloqueio – parece o maior objetivo desse fluxograma *DM – Doença meningocócia ** MHI-Meningite por Haemophilus influenzae

14 Meningites - Definição de caso
Suspeito Crianças acima de 1 ano e adultos com febre, cefaléia intensa, vômitos em jato, rigidez da nuca, sinais de irritação meníngea (Kernig, Brudzinski), convulsões e/ou manchas vermelhas no corpo. Em crianças abaixo de um ano de idade, os sintomas clássicos acima referidos podem não ser tão evidentes. É importante considerar para a suspeita diagnóstica sinais de irritabilidade, como choro persistente, e verificar a existência de abaulamento de fontanela.

15 Sinais de irritação meníngea
Rigidez de nuca é testada fletindo, subitamente, o segmento cefálico, estando o paciente deitado em decúbito dorsal. Nos lactentes, os sinais meníngeos são, em geral, negativos, mesmo na presença de meningite. Nesta faixa etária, a criança fica irritada, com abaulamento da fontanela e posição em opistótono, quando há meningismo.

16 Fletindo-se os membros inferiores nas articulações coxo-femurais e nos joelhos mantendo-se ângulo de 90º entre os segmentos, haverá resistência na extensão passiva, feita pelo examinador, dos joelhos Mantendo-se a flexão do pescoço, por alguns segundos, na posição máxima, poderá haver flexão dos membros inferiores

17 Necrose hemorrágica das supra-renais- síndrome de Waterhouse-Friderichsen - característica da meningococcemia fulminante.

18 Meningites - Definição de caso
Confirmado Todo caso suspeito confirmado através dos seguintes exames laboratoriais específicos: cultura, CIE e látex, ou Todo caso suspeito de meningite com história de vínculo epidemiológico com caso confirmado laboratorialmente por um dos exames especificados acima, ou Todo caso suspeito com exames laboratoriais inespecíficos (bacterioscopia, quimiocitológico ou outro) ou com evolução clínica compatível, ou Todo caso suspeito de meningite tuberculosa com história de vínculo epidemiológico com casos de tuberculose.

19 Roteiro de investigação epidemiológica das meningites –
Confirmação diagnóstica Caso suspeito Investigação imediata Coleta de dados clínicos epidemiológicos Suspeita clínica de viral Suspeita clínica de bacteriana Caso isolado Surto até 20 amostras Coleta de sangue e liquor Coleta de sangue líquor e fezes Local Bacterioscopia e Citoquímica Chamei esse de confirmação – parece ser o maior objetivo Laboratório Local Citoquímica Local/Lacen * Cultura CIE Látex Lacen * Preparo de amostras COLAB* LRN* Fiocruz* IEC* LRN* IAL* * COLAB – Coordenação Geral de Labortaórios; LACEN – Laboratório de Saúde Pública; LRN- Laboratório de Referência Nacional; IAL – Instituto Adolfo Lutz; FIOCRUZ – Fundação Oswaldo Cruz; IEC – Instituto Evandro Chagas.

20 Investigação Laboratorial: Bacterioscopia e Citoquímica do Líquor
Gram: Diplococos Gram (-): Neisseria meningitidis Bacilos Gram (-) Pleomórficos: Haemophilus influenzae b Diplococos Gram (+): Pneumococo

21 Investigação Laboratorial: Exames específicos do Líquor e sangue
Aglutinação pelo Latex – detecção do antígeno em LCR, soro, outros fluidos. Sensibilidade 80% para meningococo (maior para outras bactérias) e especificidade 97% Contra-imunoeletroforese – precipitação do Ag-Ac em LCR, soro, outros fluidos. Sensibilidade de 70% para meningococo (90% H. Infl) e especificidade de 98% Cultura – alto grau de especificidade, identificação da espécie de bactéria

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27 Critério de confirmação Brasil – 2001 a 2006
Cultura 24.478 CIEF 1101 AG. Latex 5.558 Clínico 18.946 Bacterioscopia 8188 Necrópsia 792 Prova Terapêutica 511 Vínculo Epidemiológico 620 Citoquímica 96.814 Outros 5439 At.Óbito 571 PCR 320 Ign/Em branco 4494 Total

28 Roteiro de investigação epidemiológica das meningites - prevenção
Caso suspeito Assistência ao caso Notificação imediata Investigação imediata Coleta de dados clínicos epidemiológicos DM* Identificar contatos íntimos Busca ativa de casos TEM UM ERRO AQUI – REPARA CASO VIRAL INDIVIDUA L AQUI NÃO COLHE E NO DIAGRAMA DE LAB COLHE... Mixei as transparências, introduzi assistenca ao caso aqui e tb intensificação na busca de casos – chamei isso de bloqueio – parece o maior objetivo desse fluxograma Surto Quimioprofilaxia Medidas de controle e intensificação de busca de casos Orientações Gerais Imunização se necessário Encerramento *DM – Doença meningocócia ** MHI-Meningite por Haemophilus influenzae

29 Quimioprofilaxia Identificação contato íntimo: moradores do mesmo domicílio, indivíduos que compartilham o mesmo dormitório, colegas de creche, ou exposição direta às secreções respiratórias do doente. Esquema de quimioprofilaxia: a droga de escolha é a RIFAMPICINA – cujo objetivo e eliminar a bactéria da nasofaringe dos portadores – que deve ser administrada em dose adequada e idealmente logo após a exposição (no máximo em 48h). A eficácia da quimioprofilaxia, quando adequada, é de 90 – 95%

30 Roteiro de investigação epidemiológica das meningites
Investigação de Surto Caso suspeito Coleta de dados clínicos epidemiológicos Caracterização dos casos Diagnostico laboratorial Importância do sorogrupo Nexo epidemiológico entre casos Cálculo da TAXA DE ATAQUE (para definição de surto) Juntei duas transparencias nesse novo flusograma – pra uniformizar Duvida- ESSA COISA DE EXCLUSÃO DE CASOS SECUNDÁRIOS É PARA SE VER AS FONTES DESCONHECIDAS DE CASOS? Importancia do sorogrupo para? Definição da população sob risco (faixa etária e quantificação) Seleção de grupo alvo para vacinação Vacinação em massa quando indicado

31 Definição de surto Cálculo da taxa de ataque: Para meningite é comum usar como ponto de corte taxa de ataque igual ou maior a dez casos em indivíduos.

32 INVESTIGAÇÃO DE SURTO: Campinas (SP) 2007
Meningite INVESTIGAÇÃO DE SURTO: Campinas (SP) 2007 

33 Meningite INVESTIGAÇÃO DE SURTO

34 INVESTIGAÇÃO DE SURTO Meningite Caso Idade Data início Manifestações
(anos) sintomas clínicas 1 24 10/7 Febre, vômitos, petéquias em MMII, artrite 2 16/7 Febre, vômitos, petéquias, rigidez de nuca, convulsões, Kernig/Brudzinski 3 30 19/7 Dor abdominal intensa, mialgia, febre, cefaléia, vômitos, petéquias, rigidez de nuca, parada cardiorrespiratória 4 22 20/7 Febre, cefaléia, petéquias, rigidez de nuca, convulsões, Kernig/Brudzinski 5 13 22/7 Febre, cefaléia, vômitos, sufusões hemorrágicas, rigidez nuca, convulsões, coma, agitação, distúrbio de comportamento 6 30/7 Febre, vômitos, coma, convulsões, dor abdominal 7 17 Febre, cefaléia, vômitos, petéquias, rigidez de nuca, convulsões, Kernig/Brudzinski, icterícia 8 10 7/8 Febre, cefaléia, vômitos, petéquias, rigidez de nuca, prostração

35 Área delimitada para vacinação casa a casa, na Vila Esperança e Jardim São Marcos – técnica de geoprocessamento

36 INVESTIGAÇÃO DE SURTO: medidas de bloqueio
Meningite INVESTIGAÇÃO DE SURTO: medidas de bloqueio Doses de vacina contra o meningococo C aplicadas para controle do surto de doença meningocócica nos bairros Vila Esperança e Jardim São Marcos. População de 2 meses a 34 anos de idade, faixa etária de ocorrência dos casos. As vacinas utilizadas foram a conjugada contra o meningococo C para crianças de 2 meses a 1 ano, 11 meses e 29 dias e a polissacarídica, de 2 a 34 anos. Para crianças entre 2 meses e 1 ano de idade foi agendada a segunda dose da vacina. O último caso registrado foi em 9 de agosto. Faixas etárias < 1 ano 1 a 2 2 a 4 5 a 8 9 a 12 13 a 19 20 a 34 Total Pop. Cobertura vacinal (%) 156 125 521 762 893 1137 2011 5605 6509 86,1 Vale a pena voltar a checar o papel do medico? Aqui a vigilancia assumiu tudo logo e bem Estou com dificuldade de fazer o elo de ida e volta q vc falou no telefone, pode me dar uma dicas?

37 Bloqueio: Vacinas contra meningite
PRIMEIRAS VACINAS POLISSACARÍDICAS Proteção de curta duração (máximo 3 anos) Não-erradicação germe na orofaringe (estado de portador) Eficácia em crianças maiores e adultos, mas imunogenicidade restrita em crianças pequenas Para sorogrupo B, possibilidade de resposta auto-imune VACINAS CONJUGADAS Imunidade prolongada Eficácia nos menores de 2 anos Redução do estado de portador Disponibilidade para H. influenza (calendário) , pneumococo e meningococo C (situações especiais)

38 Critérios para vacinação

39 Campanhas de vacinação - Brasil

40 Meningites - Conceito de epidemia
Diagrama de controle: distribuição das medidas de incidência mensal média dadoença e a faixa endêmica da doença (que é o espaço entre o limite superior e inferior), limite superior - limiar epidêmico

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42 IMPORTANTE Há uma palavra chave no controle das Meningites. Essa palavra é RAPIDEZ. NA NOTIFICAÇÃO NA INVESTIGAÇÃO NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO NA QUIMIOPROFILAXIA

43 Bibliografia Kemp B, Ferreira MC, Rossi CG, Silveira NYJ. Investigação e controle de surto comunitário de doença meningocócica no Município de Campinas (SP), julho e agosto de BEPA 2007; 47(4): 4-11. Moraes JC, Barata RB. A doença meningocócica em São Paulo, Brasil, no século XX: características epidemiológicas. Cad. Saúde Pública. 2005; 21 (5): Requejo HIZ. A Meningite Meningocócica no Mundo. Dois Séculos de História das Epidemias. Edições Inteligentes, São Paulo, 2005 Sáfadi MAP, Barros AP. Meningococcal conjugate vaccines:efficacy and new combinations. J Pediatr (Rio J). 2006;82(3 Suppl):S35-44: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e Instituto Adolfo Lutz. Meningites virais. Informe técnico. Rev Saúde Pública 2006; 40(4):


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