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PublicouLuiz Canário Almeida Alterado mais de 8 anos atrás
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Prof. Dr. Luiz Renato Ignarra
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As entidades do terceiro setor precisam de recursos para ser efetivas quanto para ser sustentáveis. A existência ou não desses recursos expressa o enraizamento dessas organizações na sociedade, manifesta o grau de articulação que elas mantêm com seu entorno.
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Os mecanismos e as ações que as entidades do terceiro setor desenvolvem a fim de obter os recursos financeiros necessários ao desenvolvimento de sua missão e programas. O financiamento constitui um elemento crítico da gestão das organizações do terceiro setor.
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A ideia implícita de “arrecadar” ou “captar” parte do princípio que são os “outros” – as diversas fontes – que possuem os recursos necessários. Esse conceito não reconhece a importância dos recursos não financeiros (tempo, conhecimento, etc.), muitas vezes o ponto de partida para se conseguir os recursos econômicos necessários.
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Há recursos que podem ser gerados, e não necessariamente arrecadados. É o caso da venda de serviços, componente substancial das organizações do terceiro setor da América Latina. O Fund Raising indica o ato da solicitação de fundos em suas diversas manifestações (eventos, telemarketing, etc.).
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Há uma certa filosofia da relação entidades do terceiro setor e fontes de financiamento que aponta para um conceito societário. A fonte de financiamento, nesse modelo, é vista como o “sócio investidor” da causa, que exige o desenvolvimento do vínculo por um determinado tempo.
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O modelo de fonte única é uma situação típica na área em que as organizações de “especializaram”, subordinando sua existência – sustentabilidade – e expondo definitivamente a população destinatária de seus serviços ao risco da descontinuidade de seus programas em função da continuidade desses recursos.
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A diversificação dos recursos financeiros por meio da busca de diferentes fontes implica necessariamente uma interação ativa com o entorno, compreendendo a existência de diversos atores – Estado, cidadãos, empresas, etc. -, a partir dos quais se poderá projetar e construir a matriz estratégica de recursos financeiros apropriada para a organização.
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Isso se expressa por meio da formulação de planos de curto, médio e longo prazo, momento que as ONGs devem reconhecer suas debilidades e seus pontos fortes, bem como suas vantagens comparativas em meio a um entorno no qual a busca de recursos é cada vez mais competitiva.
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1. Fonte internacional : pública ou privada Se refere aos recursos provenientes do exterior, seja de governos, seja de organismos multilaterais ou instituições privadas. A Cooperação Internacional teve grande impacto em alguns países que demonstraram grande habilidade na captação de fundos de origem pública.
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Muitos organismos de direitos humanos ou organizações orientadas para o desenvolvimento e meio ambiente tiveram nessa fonte seu ponto de partida.
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2. Fonte Pública Local: governos nacionais, estaduais ou municipais. Com os processos de reforma do Estado, mais a influência de organismos internacionais (BID, Banco Mundial, etc.), iniciou-se um processo de “terceirização” ou outsorcing por parte do Estado, que delega às OSCs a responsabilidade de implementar diversos planos com recursos públicos.
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Esses recursos representam hoje 16% dos financiamentos das organizações no Brasil; já nos países do hemisfério norte. Esse índice é de 40%.
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3. Fonte privada: refere-se aos recursos provenientes dos indivíduos, das empresas e instituições. Hoje um total de 17% do financiamento s organizações provém dessa fonte. Esse valor representa na realidade 0,23% do PIB brasileiro, 0,33% do PIB da Argentina e 2,0% do PIB dos EUA.
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4. Venda de produtos e/ou serviços: a venda de serviços se refere à cobrança de tarifas pelos serviços prestados, relacionada à natureza e origem da organização. No Brasil, 68% dos recursos provêm dessa fonte; no restante da América Latina esse índice é de mais de 70%, em contraposição aos 44% nos países da América do Norte.
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A abordagem de uma fonte pública local pressupões que a organização contará, dentre seus recursos humanos, com capacidades que lhe permita elaborar projetos e, ao mesmo tempo, com habilidades de desenvolver uma determinada influência e boas conexões no âmbito público e político.
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Para o caso de fonte privada local, deveremos saber diferenciar os interesses próprios dos indivíduos dos das empresas. Podemos ainda segmentar os indivíduos em pequenos, médios e grandes contribuintes. A construção dos vínculos com os pequenos será substancialmente diferente daquela desenvolvida com os grandes doadores.
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Cada um desses grupos exigirá a compreensão, por parte da organização, da “linguagem” necessária para o estabelecimento do vínculo com sua audiência ou grupo de afiliação. Existirá uma clara correlação entre as diversas fontes de recursos, a gestão requerida e os recursos humanos que desenvolverão as gestões pertinentes para se alcançar o financiamento necessário.
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A capacidade de a organização interagir com uma fonte potencial de financiamento não é definida somente pelas necessidades das organizações em termos de seus programas ou serviços, mas sim, em última instância, pelas capacidades instaladas ou potenciais – a serem desenvolvidas - do recurso humano que as organizações possuem.
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O profissional responsável pela busca de financiamento dentro de uma organização deve ser mais do que um solicitante de fundos, deve ser um facilitador de processos, sendo que o trabalho em equipe constitui um fator de êxito essencial.
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A separação entre a busca de recursos e o social, ou o educacional, etc., está na dificuldade de se entender a profunda vinculação que existe entre as fontes, as pessoas e a compreensão desses fenômenos por parte do profissional
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Cada fonte requer uma forma particular de aproximação, condicionando dessa maneira as exigências de recursos humanos de cada organização, sejam eles voluntários e/ou profissionais. Em função disso é que se desenvolverão as diversas estratégias de aproximação, a fim de permitir que se concretize o processo de desenvolvimento que, porventura, culminará na obtenção dos recursos procurados.
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