Teoria das Relações Internacionais I Teorias Clássicas Cristiane Lucena Professora Doutora, IRI/USP

Apresentação em tema: "Teoria das Relações Internacionais I Teorias Clássicas Cristiane Lucena Professora Doutora, IRI/USP"— Transcrição da apresentação:

1 Teoria das Relações Internacionais I Teorias Clássicas Cristiane Lucena Professora Doutora, IRI/USP cristiane.lucena@usp.br

2 David’s Friend Goliath Michael Mandelbaum Hiato entre o que o mundo diz sobre o poder norte-americano e o que está disposto a fazer – A maioria das acusações é falsa – Os Estados Unidos exercem uma influência global positiva – Benign hegemon? Campanhas militares pós Guerra Fria: – Somália, Haiti, Bósnia, Kosovo, Afeganistão, Iraque

3 David’s Friend Goliath Michael Mandelbaum – Doutrina da “guerra preventiva” – Fragmentação e acessibilidade ao sistema político norte-americano Papel dos grupos lobistas – Comitês do Senado e da Câmara Multiplicidade de agências

4 David’s Friend Goliath Michael Mandelbaum O papel dos Estados Unidos – Segurança internacional – Economia e comércio internacional Auxílio, através do FMI, por exemplo Mercado de consumo

5 David’s Friend Goliath Michael Mandelbaum “The alternative to the role the United States plays in the world is not better global governance, but less of it – and that would make the world a far more dangerous and less prosperous place.”

6 Mandelbaum e Tocqueville De como surge a hegemonia norte-americana? Ela é altruísta e benevolente, como propõe Tocqueville? – Tocqueville antecipou a hegemonia dos E.U.? Ela é inevitável, como sugere Mandelbaum?

7 A Democracia na América Alexis de Tocqueville Tocqueville visita os Estados Unidos em 1831-1832 Contexto histórico? – Origens de Tocqueville – Inevitável comparação com o sistema político e com a sociedade na França

8 A Democracia na América Alexis de Tocqueville O papel da religião “Os povos cristãos parecem-me oferecer hoje em dia um espetáculo aterrador; o movimento que os impele é já demasiado rápido para que ainda o possamos conter; não é ainda bastante rápido para que percamos a esperança de dirigi-lo: a sua sorte acha-se em suas próprias mãos, mas pode escapar-lhes bem depressa”

9 A Democracia na América Alexis de Tocqueville Sobre o “antigo regime” “Abandonamos, pois, o que o antigo (sic.) Estado podia apresentar de bom, sem adquirir aquilo que o Estado atual poderia oferecer de útil; destruímos uma sociedade aristocrática e, detendo-nos a fazer lamentações em meio aos escombros do edifício antigo, parecemos querer fixar-nos entre eles para sempre” De L’Ancien Régime et la Révolution (1855)

10 A Democracia na América Alexis de Tocqueville Sobre os Estados Unidos da América “Há no mundo um país onde a grande revolução social de que falo parece ter chegado, pouco a pouco, aos seus limites naturais: ali, a revolução se realizou de um modo simples e fácil; ou melhor, poder-se-ia dizer que aquele país vê os resultados da revolução democrática que se realiza entre nós sem ter passado pela própria revolução.”

11 A Democracia na América Alexis de Tocqueville De como a revolução chegou aos E.U. “Os emigrantes que, em princípios do século dezessete, foram fixar-se na América, de certo modo separaram o princípio da democracia de todos aqueles contra os quais lutava no seio das antigas sociedades da Europa, e o transplantaram sozinho para as praias do Novo Mundo. Ali, pôde ele crescer em liberdade e, caminhando com os costumes, desenvolver-se pacificamente no contexto das leis.”

12 A Democracia na América Alexis de Tocqueville Sobre a população nativa “Os europeus não causaram grande impressão ao aportar nas praias da América do Norte; a sua presença não deu lugar nem à inveja nem ao medo. Que influência poderiam ter sobre homens assim? O índio sabia viver sem necessidades, sofrer sem se queixar e morrer cantando.”

13 A Democracia na América Alexis de Tocqueville Outros temas A escravidão A religião A organização política através de comunas A influência da origem dos povos (colonizadores) – O puritanos (protestantes) – A ausência de hierarquia – Liberdade aristocrática v. liberdade burguesa e democrática

14 A Democracia na América Alexis de Tocqueville – Max Weber, A ética protestante e o espírito do capitalismo – A ética e a estética protestantes

15 Independence Hall, Philadelphia

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17 A Democracia na América Alexis de Tocqueville O Livro II “Creio não existir, no mundo civilizado, país onde menos atenção se preste à filosofia que os Estados Unidos. Os americanos não têm nenhuma escola filosófica própria e muito pouco se incomodam com todas aquelas que dividem a Europa; e mal sabem-lhes os nomes. No entanto, é fácil perceber que todos os habitantes dos Estados Unidos dirigem o espírito da mesma maneira e o conduzem segundo as mesmas regras; isto é, possuem sem que jamais se tenham dado ao trabalho de definir as suas regras, certo método filosófico que é comum a todos eles.

18 A Democracia na América Alexis de Tocqueville As idéias gerais Liberdade, igualdade, fraternidade

19 A Democracia na América Alexis de Tocqueville Sobre o papel das religiões “(...) entre as paixões que a igualdade faz nascer ou favorece, existe uma que ela torna particularmente viva e que depõe ao mesmo tempo, nos corações de todos os homens: é o amor ao bem-estar. (...) A principal função das religiões é purificar, regular e restringir o gosto demasiado ardente e demasiado exclusivo pelo bem-estar, que os homens sentem nos tempos de igualdade.” “Nunca conseguirão desviar os homens do amor à riqueza, mas podem ainda persuadi-los a só enriquecer por meios honestos.”

20 A Democracia na América* Alexis de Tocqueville Aspectos da igualdade e da democracia sobre os costumes – A igualdade e os costumes no relacionamento entre homem e mulher – A França contemporânea e os Estados Unidos François Miterrand v. Bill Clinton Sarcozy e Carla Bruni