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Sofistas A retórica
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. Quem eram os sofistas?
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. Os sofistas pertenciam, em geral, à periferia do mundo grego.
Eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia.
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. Levando em consideração os interesses dos alunos, davam aulas de eloquência e de sagacidade mental. Ensinavam conhecimentos úteis para o sucesso nos negócios públicos e privados.
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. Alguns deles diziam-se mestres em qualquer assunto, desde a arte de fazer sapatos até a ciência política e como viver bem na pólis grega. Por isso eram chamados de sofistas, palavra de origem grega que quer dizer “grande mestre” ou “sábio”.
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. Segundo alguns estudiosos, as lições dos sofistas tinham como principal objetivo desenvolver o poder de argumentação e a habilidade da retórica. Eles transmitiriam assim todo um jogo de palavras, raciocínios e concepções úteis para driblar as teses dos adversários e convencer as pessoas.
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. A finalidade básica seria persuadir as pessoas em assembleia, e muitas vezes, fazer prevalecer seus interesses individuais ou de seu grupo social. Por isso Platão afirmava que:
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. Essas características dos ensinamentos dos sofistas favoreceram o surgimento de concepções relativistas sobre as coisas.
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. Para o relativismo, não há uma verdade única, absoluta. Tudo seria relativo ao indivíduo, ao momento histórico, a um conjunto de fatores e circunstâncias de uma sociedade.
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Heróis ou vilões? Como vimos, o termo sofista teve originalmente um significado positivo. Entretanto, com o decorrer do tempo ganhou o sentido de “enganador” ou “impostor”, devido, sobretudo, às críticas de Platão.
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. Desde então, a sofística (a arte dos sofistas) foi considerada uma atitude viciosa do espírito... uma arte de manipular raciocínios, produzir o falso, iludir os ouvintes, sem qualquer amor à verdade.
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. Hoje se utiliza a palavra sofisma, derivada de sofista, para designar: um raciocínio aparentemente correto, mas que na realidade é falso ou inconclusivo, geralmente formulado com o objetivo de enganar alguém.
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. Entretanto, abordagens mais recentes sobre a atuação dos sofistas procuram mostrar outros aspectos do relativismo de suas teses. Na verdade haveria uma concepção flexível sobre os homens, a sociedade e a compreensão do real.
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. Para os sofistas, as opiniões humanas são infindáveis e não podem ser reduzidas a uma única verdade. Assim, não existiriam valores ou verdades absolutas.
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Protágoras de Abdera: c.480 – 410 a.C
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Ceticismo absoluto: O ser não existe;
Se existisse, não poderia ser conhecido; Mesmo que fosse conhecido, não poderia ser comunicado a ninguém.
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