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Enio R. M. Barreto Paulo Machado
Hanseníase Enio R. M. Barreto Paulo Machado
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Agente causal: Micobacterium leprae BAAR, parasitismo intracelular
Globias, bacilos isolados e agrupados
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Importância do diagnóstico correto da Hanseníase
Ausência de diagnóstico: • agravamento progressivo da doença (paucibacilar para multibacilar) • manutenção da contagiosidade – transmissão • em caso de reação = incapacidade
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Importância do diagnóstico correto da Hanseníase
Diagnóstico de MH incorreto: • tratamento desnecessário • conseqüencias psico-sociais
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Sinais cardinais: Lesões cutâneas anestésicas
Espessamento de nervo periférico Encontro de baar no esfregaço cutâneo
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Sintomas da Hanseníase Aparecimento insidioso de lesões dermatológicas
Prurido, parestesia, hipoestesia, anestesia, hiperestesia Diminuição da sudorese Aparecimento de bolhas nas mãos e/ou lesões Ulceração profunda plantar
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Lesões cutâneas com distúrbio de sensibilidade:
Sinais da Hanseníase Lesões cutâneas com distúrbio de sensibilidade: térmica, dolorosa, tátil Realizar teste após esclarecer cuidadosamente, “calibrar” o teste c/ o paciente, ambiente calmo! algodão + éter / alternar de maneira irregular
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Teste de sensibilidade normal afasta MH? NÃO
Sinais da Hanseníase Teste de sensibilidade normal afasta MH? NÃO lesões recentes; formas MB; lesões na face; teste mal realizado!
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Ulnar, peroneal comum, tibial posterior
Nervos periféricos atingidos Ulnar, peroneal comum, tibial posterior Supraorbital Auricular Cervical Radial Mediano Radial cutâneo Ulnar Tibial Posterior Peroneal comum
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Espectro da hanseníase Indeterminada
Tuberculóide (TT) Lepromatosa (LL) ou Virchowiana Borderline ou Dimorfa T , B, L Imunidade celular Bacilos - +/- +/++ ++/
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Indeterminada
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Indeterminada Indeterminada
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Tuberculóide (PB)
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Indeterminada Tuberculóide (PB)
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Borderline Tuberculóide (PB)
Indeterminada
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Borderline Borderline (MB)
Indeterminada
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Borderline Lepromatosa (MB)
Indeterminada
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Lepromatosa (MB) Indeterminada
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Lepromatosa (MB) Indeterminada
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Diagnóstico Clínico: lesão cutânea suspeita c/ distúrbio de sensibilidade e/ou nervo espessado = MH Teste de sensibilidade Palpação de nervos Laboratorial: Prova da histamina; pilocarpina Baciloscopia Teste de Mitsuda Histopatologia
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Histopatologia Bacilos
Nervo Células de Virchow – formas multibacilares Bacilos Formação de granulomas – formas paucibacilares, exceto a indeterminada Infiltração neural
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Episódios reacionais: Verdadeiro desafio da hanseníase
•Processos inflamatórios agudos que interrompem a evolução crônica da doença e às vezes a revelam •Ocorrem em 40% a 50% dos pacientes antes, durante ou após PQT • Muitas vezes cursam com manifestações sistêmicas Reação tipo 1 (RR) – hipersensibilidade celular Reação tipo 2 (ENH) – imunocomplexos, TNFa
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Reação tipo 1 (Reação Reversa)
Atinge pele e/ou nervo periférico Pode ocorrer dor intensa Ocorrência até 7 anos pós PQT (Int J Lepr 2004; 72(2):125) Principalmente nos borderlines 20% dos pacs HUPES 52% durante PQT
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RR : grande potencial p/ seqüelas!
Supraorbital Auricular Cervical Radial Radial cutâneo Mediano Ulnar Peroneal comum Tibial Posterior
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Reação tipo 2 Ocorre nos BL e LL Manifestações: Eritema nodoso
Eritema polimorfo Quadro sistêmico: Febre, astenia, artralgia/artrite, mialgia, edema de mãos/MMII, linfadenopatia generalizada, iridociclite, orquite, envolvimento hepático ( transaminases)
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Pode simular doença auto-imune (LES, Artrite reumatóide, etc.)
Reação tipo 2 - ENH Pode ocorrer antes, durante ou após alta do tratamento específico (até 8 anos!!) Pode causar seqüelas (atrofia testicular - infertilidade/ginecomastias, amiloidose renal, neurites) Pode simular doença auto-imune (LES, Artrite reumatóide, etc.)
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Tratamento da Hanseníase
Poliquimioterapia (PQT) PB : Dapsona 100mg por dia Rifampicina 600mg por mês 6 meses MB : Dapsona 100mg por dia Clofazimina 50mg por dia e 300mg por mês 12 meses Recidiva: índice baixo (1%)
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Reação Reversa (tipo 1): Eritema nodoso hansênico (tipo 2):
Controle das reações Reação Reversa (tipo 1): Prednisona 0,5 a 1,5 mg/kg/dia Repouso do membro afetado Fisioterapia Eritema nodoso hansênico (tipo 2): Talidomida: droga de escolha, 100 – 400 mg/dia Pentoxifilina: 1200 mg/dia Prednisona: neurite, iridociclite, orquite… 4 – 9 meses
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